FarmacocinéTica
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[email protected] Março 2009 Farmacocinética
Farmacocinética
Caio MaximinoMestrando em Neurociências e Biologia Celular
Laboratório de Neurociências e Comportamento
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Programa
• Aspectos conceituais
• (L)ADME: Liberação, absorção, distribuição, metabolismo e excreção
• Farmacogenômica e farmacocinética
• Cronofarmacologia e farmacocinética
• Meia-vida de eliminação, concentração no estado de equilíbrio e posologia
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Definição do problema
• Para que um fármaco exerça seu efeito fisiológico, ele deve ser processado pelo corpo e transportado até seu receptor.
• A farmacocinética estuda esses processos, ou seja:– Liberação– Absorção– Distribuição– Metabolismo– Excreção
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Revisão: Conceitos importantes
• Droga: “Substâncias que interagem com os sistemas vivos através de processos químicos, especialmente pela ligação a moléculas reguladoras e a ativação ou inibição dos processos corporais normais” (Katzung)
• Receptor: “Molécula específica no sistema biológico que desempenha um papel regulador” (Katzung)
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Princípios gerais
[FÁRMACO LIVRE]
DOSE DOFÁRMACO
Absorção
Liberação
MetabolizaçãoExcreção
LOCAL DE AÇÃO TERAPÊUTICA
Reservatórios (tecidos)
Local de ação inesperada
Metabolização
[METABÓLITOSATIVOS]
[METABÓLITOSINATIVOS]
“Corpora non agunt nisi fixata” – Paul Ehrlich
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Cinética vs. dinâmica
Processos fisiológicos
Fármaco
FarmacodinâmicaFarmacocinética
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Formas de administração
• Oral• Parenteral
– Intravenosa
– Subcutânea– Intramuscular– Intra-arterial– Intratecal
• Sublingual• Transdérmica• Retal
• Pulmonar
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Liberação
• Definição: Método de dispersão do princípio ativo a partir da formulação
• Aplica-se fundamentalmente a compostos administrados oralmente
• Componentes:– Liberação da droga a partir de uma pílula,
tablete, cápsula, etc.– Dissolução de drogas ativas no trato GI
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Equação de Noyes-Whitney
• dW/dt: taxa de dissolução
• A: área da superfície
• C: concentração no meio de dissolução
• Cs: concentração na camada de difusão
• D: coeficiente de difusão
• L: Espessura da camada de difusão
L
CCAD
dt
dW s )( −××=
• Descreve a taxa de dissolução de uma droga• Conseqüências práticas:
• Quanto maior a área da superfície, maior a taxa de dissolução
• •Quanto maior a espessura da camada de difusão, menor a taxa de dissolução
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Liberação
• Exemplo: Aspirinas tamponadas vs. não-tamponadas vs. revestimento entérico
Ácido araquidônico
Prostaglandina G2
Cascata bioquímica
Resposta inflamatória
Cicloxigenase
Aspirina não-tamponada
X X•Indigestão
•Gastrite
•Úlceras
Dissoluçãono estômago
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Liberação
Ácido araquidônico
Prostaglandina G2
Cascata bioquímica
Resposta inflamatória
Cicloxigenase
Aspirina tamponada
X XMenos tempo
de contato
•↓Indigestão
•↓ Gastrite
•↓ Úlceras
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Liberação
Ácido araquidônico
Prostaglandina G2
Cascata bioquímica
Resposta inflamatória
Cicloxigenase
Aspirina c/ revestimento
entérico
X XDissoluçãono intestino
delgado
•↓Indigestão
•↓ Gastrite
•↓ Úlceras
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Absorção
• Definição: Movimentação da droga a partir do sítio de administração/liberação até a circulação
• Exige a entrada das moléculas no compartimento vascular
• Biodisponibilidade sistêmica: Fração da dose administrada que, de fato, alcança a circulação
Goldberg M, Gomez-Orellana I (2003). Challenges for the oral delivery of macromolecules. Nature Reviews Drug Discovery 2: 289-295
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Absorção
a. Via transcelular
c. Via paracelular
e. Trans-citose e endocitose mediada por receptor
g. Endocitose para o sistema linfático
Goldberg M, Gomez-Orellana I (2003). Challenges for the oral delivery of macromolecules. Nature Reviews Drug Discovery 2: 289-295
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Fatores que afetam a liberação e a absorção
• Desintegração do veículo
• Efeitos inertes de ingredientes ou solventes
• Solubilidade
• pH da droga
• Concentração da droga
• Superfície de absorção
• Fluxo sangüíneo
• pH ambiental
• Estados patológicos
• Interações medicamentosas ou alimentares
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pH e absorção
Ácidos
Bases
Doam H+
Aceitam H+
HA
H+ + B-
H+ + A-
HB
Forma ionizada
Forma não-ionizada
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pH e absorção
• Se uma droga ácida estiver em um ambiente com baixo pH, o que ocorre com ela? HA H+ + A-
1. Sistema em equilíbrio (Princípio de LaChatlier)
2. H+ do ambiente ácido
HA H+ + A-
3. A forma não-ionizada predomina
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pH e absorção
• Como isso afeta a absorção?
HA
H+ + A-
HA
Conseqüência prática:
• Drogas que são ácidos fracos encontram-se na forma lipossolúvel em maior quantidade em um pH ácido
• Drogas que são bases fracas encontram-se na forma lipossolúvel em maior quantidade em um pH básico
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Eliminação na primeira passagem
• Após a absorção no trato GI, o sangue do sistema portal leva o fármaco ao fígado antes de sua entrada na circulação sistêmica.
• Esse fármaco pode ser metabolizado na parede intestinal, no sangue do sistema portal, ou no fígado (+ comum)
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Eliminação na primeira passagem
• CL: taxa de eliminação/[droga]
• Q: fluxo sanguíneo hepático (~90 l/h)
• O efeito da eliminação hepática de primeira passagem sobre a biodisponibilidade é expresso como uma RAZÃO DE EXTRAÇÃO:
Q
CLER fígado=
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Biodisponibilidade sistêmica
• A biodisponibilidade sistêmica de um fármaco (F) pode ser prevista a partir da extensão da absorção (f) e da razão de extração (ER):
)1( ERfF −×=
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Distribuição
• Após a entrada na circulação, a droga deve ser distribuída “para seu local de ação, permeando através das várias barreiras que separam esses compartimentos” (Katzung)
Administração oral
Absorção notrato GI
Sistemaportal
FígadoCirculaçãosangüínea
ÓRGÃOS
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Distribuição
• Difusão aquosa
• Difusão lipídica
• Transportadores especiais
• Endocitose e exocitose
A. Via transcelular
C. Via paracelular
E. Trans-citose e endocitose mediada por receptor
G. Endocitose para o sistema linfático
Goldberg M, Gomez-Orellana I (2003). Challenges for the oral delivery of macromolecules. Nature Reviews Drug Discovery 2: 289-295
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Ligação dos fármacos às proteínas plasmáticas
• Em concentrações terapêuticas no plasma, muitos fármacos encontram-se principalmente na forma ligada.
• A albumina plasmática é a proteína que mais se liga a fármacos; a β-globulina e a glicoproteína ácida também ligam alguns fármacos.
• A ligação saturável às vezes leva a uma relação não-linear entre a dose do fármaco e a concentração de sua porção ativa. Ex. fenilbutazona
• Uma extensa ligação protéica retarda a eliminação do fármaco.
• A competição entre fármacos pela ligação protéica pode levar a interações medicamentosas clinicamente importantes. Ex.: sulfonamidas
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Ligação dos fármacos às proteínas plasmáticas
a. Uma droga não-ligada pode entrar e sair de um tecido.
Wasan KM, Brocks DR, Lee SD, Sachs-Barrable K, Thronton SJ (2008). Impact of lipoproteins on the biological activity and disposition of hydrophobic drugs: Implications for drug discovery. Nature Reviews Drug Discovery 2: 289-295
a. Uma droga não-ligada também pode ligar-se a proteínas plasmáticas como albumina; isso restringe a capacidade da droga em penetrar em um tecido, afetando a depuração e o volume de distribuição.
a. Uma vez no tecido, uma droga não-ligada pode ligar-se inespecificamente a proteínas tissulares ou ao alvo farmacológico.
a. Drogas não-ligadas no plasma também podem se associar com lipoproteínas, diminuindo a capacidade da droga em penetrar em um tecido.
a. A endocitose mediada por receptor das lipoproteínas pode resultar em um aumento no acúmulo da droga em tecidos que expressam altos níveis desse receptor.
a. Os componentes lipídicos e proteicos de uma lipoproteína podem afetar a expressão e função de enzimas metabólicas.
a. Interações entre a droga e produtos da degradação da lpoproteína podem alterar o transporte intracelular.
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Volume de distribuição
• O volume de distribuição Vd é definido como o volume de líquido necessário para conter a quantidade total Q do fármaco no organismo na mesma concentração presente no plasma, Cp
pd C
Qv =
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Metabolismo
• O metabolismo de um fármaco se dá pela biotransformação dos elementos químicos que o compõem.
• Fase I: Oxidação, redução, hidrólise
• Fase II: Reações de conjugação
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Metabolismo
ABSORÇÃO METABOLISMO ELIMINAÇÃO
Fase I Fase II
Metabólito ativo
Metabólito inativo
Conjugado
Conjugado
Conjugado
Fármaco
Fármaco
Fármaco
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Fase I
• Sistema de monooxigenase do citocromo P450
• Sistema de monooxigenase continente de flavina
• Álcool desidrogenase
• Aldeído desidrogenase
• Monoamina oxidase
• Co-oxidação por peroxidases
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Fase I: P450• O P450, que contém Fe3+, combina-se
com uma molécula do fármaco (RH)...
• ... Recebe um elétron da NADPH-P450 redutase, que reduz o ferro para Fe2+...
• ...combina-se com o oxigênio molecular, um próton e um segundo elétron...
• ... formando o complexo Fe2+OOH-RH.
• Esse combina-se com outro próton, produzindo água e (FeO)3+-RH.
• O (FeO)3+ extrai um átomo de H do RH, com formação de um par de radicais livres de curta duração, liberação do fármaco oxidado e regeneração da enzima P450
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Fase II
• Metil-transferase
• Glutationa S-transferases
• Sulfotransferases• N-acetiltransferases
• Aminoácido N-acil transferases
• UDP-glucoronosiltransferases
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UDP-glucoronosiltransferase
• Transferência do grupo glucuronosil a partir do ácido uridina 5’-difosfo-glucoronico (UDPGA) a moléculas que contém oxigênio, nitrogênio, enxofre, ou grupos carboxila.
• A glucuronida é mais polar (i.e., hidrofílica) e mais facilmente excretada do que a molécula original.
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Eliminação (clearance ou depuração)
• A ação da droga pode ser terminada pela eliminação, que compreende a biotransformação e a excreção.
• Biotransformação: As enzimais microssomais do fígado e as enzimais não microssomais de outros tecidos podem inativar as drogas na circulação.
• As drogas podem ser secretadas pelos rins, pulmões, e fígado e nas secreções corporais.
• As drogas podem ser redistribuídas para outros tecidos.
• O desenvolvimento de tolerância também pode terminar o efeito de uma droga.
• O uso de um antagonista competitivo pode terminar o efeito de um agonista.
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Eliminação
• As drogas podem ser excretadas pelos rins, mas também pelos pulmões e pelas glândulas exócrinas.
• Uma característica cinética importante da excreção é o fato de que a concentração de uma droga é maior nos órgãos que a excretam do que no resto do organismo.
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Excreção renal
• Filtração glomerular: Os poros dos glomérulos renais são suficientemente grandes para permitir a passagem de todas as moléculas de drogas que não estão ligadas a proteínas plasmáticas.
• Secreção tubular ativa: Proteínas transportadoras, conhecidas como carreadoras de secreções, são encontradas nos túbulos contornados proximais do néfron. Certas drogas competem por essas proteínas.
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Meia-vida de eliminação
• Quantidade de tempo necessária para que a concentração plasmática da droga seja reduzida em 50%.
• Vários fatores podem prolongar a t1/2 de uma droga: falências do fígado e dos rins, idade avançada e muitos outros.
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Concentração no equilíbrio
• Drogas que são administradas em doses múltiplas e contínuas acumulam-se gradativamente no organismo, alcançando um platô de concentração (f = ER)
• O acúmulo da droga até o ponto em que o equilíbrio é alcançado é um processo cinético de primeira ordem, porque a [ss] é atingida quando a taxa de absorção se iguala à velocidade de eliminação, e os processos envolvidos na cinética não são saturados.
• O tempo necessário para que a [ss] seja atingida é uma função da t1/2 da droga t[ss] = 4(t1/2)
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Conceitos importantes• O etinilestradiol e o dl-norgestrel são rápida e quase completamente
absorvidos no trato gastrintestinal. O etinilestradiol é sujeito a considerável metabolismo inicial, com uma biodisponibilidade média de 40-45%. O dl-norgestrel não sofre metabolização inicial e é por isso completamente biodisponível. O dl-norgestrel, no plasma, fixa-se à globulina fixadora dos hormônios sexuais (SHBG) e à albumina. O etinilestradiol, contudo, fixa-se apenas à albumina plasmática e acentua a capacidade fixadora da SHBG. Após a administração oral, os níveis plasmáticos máximos de cada substância ocorrem dentro de 1 a 4 horas. A meia-vida de eliminação do etinilestradiol é de aproximadamente 25 horas. É primariamente metabolizado por hidroxilação aromática, mas forma-se uma ampla variedade de metabólitos hidroxilados e metilados, que estão presentes simultaneamente em estados livre e como conjugados glicuronídicos e sulfatados. O etinilestradiol conjugado é excretado na bile e sujeito à recirculação êntero-hepática. Cerca de 40% do fármaco é excretado na urina e 60% eliminado nas fezes. A meia-vida de eliminação do dl-norgestrel é de aproximadamente 24 horas. O fármaco é metabolizado primariamente por redução do anel “A”, seguida de glicuronização. Cerca de 60% do dl-norgestrel é excretado na urina e 40% eliminado nas fezes.
![Page 40: FarmacocinéTica](https://reader034.fdocuments.fr/reader034/viewer/2022042715/559c51401a28abdd458b4789/html5/thumbnails/40.jpg)
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Conceitos importantes• O etinilestradiol e o dl-norgestrel são rápida e quase completamente
absorvidos no trato gastrintestinal. O etinilestradiol é sujeito a considerável metabolismo inicial, com uma biodisponibilidade média de 40-45%. O dl-norgestrel não sore metabolização inicial e é por isso completamente biodisponível. O dl-norgestrel, no plasma, fixa-se à globulina fixadora dos hormônios sexuais (SHBG) e à albumina. O etinilestradiol, contudo, fixa-se apenas à albumina plasmática e acentua a capacidade fixadora da SHBG. Após a administração oral, os níveis plasmáticos máximos de cada substância ocorrem dentro de 1 a 4 horas. A meia-vida de eliminação do etinilestradiol é de aproximadamente 25 horas. É primariamente metabolizado por hidroxilação aromática, mas forma-se uma ampla variedade de metabólitos hidroxilados e metilados, que estão presentes simultaneamente em estados livre e como conjugados glicuronídicos e sulfatados. O etinilestradiol conjugado é excretado na bile e sujeito à recirculação êntero-hepática. Cerca de 40% do fármaco é excretado na urina e 60% eliminado nas fezes. A meia-vida de eliminação do dl-norgestrel é de aproximadamente 24 horas. O fármaco é metabolizado primariamente por redução do anel “A”, seguida de glicuronização. Cerca de 60% do dl-norgestrel é excretado na urina e 40% eliminado nas fezes.
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Uma aplicação clínica
• A meia-vida de eliminação de uma droga X é de 10 horas e ela é administrada a cada 8 horas.
• A [ss] será atingida depois de 40 ou 50 horas.
• Para que a [ss] seja atingida após 40-50 hs, os intervalos entre as doses devem ser menores do que 1.4x101 horas. 8 < 14; Q.E.D
• A efetividade de um novo esquema posológico só pode ser completamente avaliada depois que outras 4 ou 5 meias-vidas tenham se passado, porque uma nova [ss] deve ser atingida.
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Tópicos especiais: Cronofarmacologia
• O sistema circadiano (i.e., ciclos de ~24 horas) dos mamíferos é organizado de forma hierárquica, com um marcapasso central (SCN) sincronizando osciladores celulares.
• Ciclos de alimentação e de sono-vigília são as principais dicas (cronadores) na sincronização da maioria dos relógios periféricos, sugerindo que a coordenação temporal do metabolismo e da proliferação é uma das principais funções desse sistema.
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Tópicos especiais: Cronofarmacologia
• O controle rítmico da depuração e metabolização de fármacos é a base molecular da dependência que a eficácia e a toxicidade das drogas tem no tempo das dosagens.
• Exemplo: ritmo circadiano de expressão da ácido aminolevulínico sintase e da P450 oxidoreductase.
Oishi et al. (2003). Genome-wide expression analysis of mouse liver reveals CLOCK-regulated circadian output genes. Journal of Biological Chemistry 278: 41519-41527
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Tópicos especiais: Farmacogenômica
• Campo de investigação que busca elucidar a natureza herdada das diferenças individuais nas disposições e efeitos das drogas.
• Essas diferenças genéticas podem afetar a cinética de um fármaco.
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Polimorfismos genéticos no transportador MDR1
• A P-glicoproteína é uma bomba de efluxo dependente de ATP que transporta uma grande diversidade de compostos.
• Limita a absorção de fármacos do lúmen intestinal, protege tecidos sensíveis (cérebro, feto, gônadas), e está ligada à excreção biliar e urinária dos metabólitos.
• Diversos polimorfismos no gene MDR1 afetam a expressão e funcionamento da P-glicoproteína.
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http://www.slideshare.net/caio_maximino/farmacocinetica