XXVII Caderno Cultural de Coaraci

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  • 7/29/2019 XXVII Caderno Cultural de Coaraci

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    XXV

    mm

    Coaraci Bahia / Ano 3 / Maro de 2013 / 500 Exemplares Mensais / 13.500 Exemplares Distribudos GratuitamenteSite: informativocultural/coaraci / E-mail:[email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    E-mail: [email protected] 2

    CRDITOS

    CAPA, PROJETO GRFICO,DIAGRAMAO, EDITORAO E

    ARTEFINALIZAO:PauloSNSantana

    IMPRESSO GRAFICAGRFICAMAIS

    NOSSOS COLABORADORES PARA ESTE VOLUME

    Joel PimentaPolticas Pblicas.Mauricio LealUsina de Leite de Coaraci.Renato Rebello -Acessibilidade.Enock DiasCoaraci-Mais carnaval.PauloSNSantana- Educao em Coaraci

    Marcos TlioDesmatamentoSolon PlanetaUma partida de futebol.Rubem BragaO Padeiro.Solon PlanetaUm conto de CoaraciPlaneta- Maravilha sem Glria(poesia)HIATOS Estados AnsiosWaldir Amorim Um Sonho Ecolgico

    TRABALHE CONOSCOCaderno Cultural de Coaraci(73)8121-8056/9118-5080/3241-1183

    CARTAS [email protected] SITEwww.informativocultural.wix.com/coaraciPARA [email protected]

    O trabalho dependendo do trabalho

    O que eu antes no pensava, agora resolvi pensar, a propsito, pensar e escrever. Neste quieto de tonublado dia, a falta do imponente Sol, deixa minha casa fria, e se, no fosse o calor da famlia, poderiaacabar achando triste tudo a minha volta. Hoje, por vezes penso no tanto sonolento que estou, poispara compensar minha ausncia em determinado momento, careo chegar mais cedo. Sempre dizem

    que o trabalho enobrece o homem, mas eu diria que o excesso de trabalho cansa, e s vezes tantoque desmotiva a realizao de mais trabalho. Pareceu repetitivo? de propsito, para mostrar quetrabalho demais no legal. Durante as primeiras horas de mais este dia aguardei a chegada denformaes da qual dependem os meus afazeres de praxe que por sua vez faro outras pessoasdependerem de mim, um ciclo vicioso e perigoso, pois se nada acontece l em cima, to inerteficam as coisas aqui em baixo. O mais curioso neste momento presenciar problemas deadolescentes em conflitos com professores e relembrar que eu os tive h algum tempo atrs, refleti arespeito: ser que eles tero meus problemas no futuro? Enfrentando dias nublados, noites de poucosono e dependero do trabalho de outros para trabalhar? Bom, melhor voltar ao meu prprio trabalho.omenta

    Data da Fundao: 07 de dezembro de 2010Publicaes: Fatos Histricos, Geografia daRegio, Aspectos Sociais, Econmicos ePolticos, Artes, Msica, Poesias e Cultura daTerra do Sol. Doze pginas de informaesilustradas, com mapas, fotografias e matriaspertinentes.

    Patrocnio: Comrcio de Coaraci

    Tiragem mensal: Quinhentos exemplares,Distribuio: Gratuita.

    Colaboradores: Escritores, Poetas, Jornalistas.

    Matrias Publicadas: Teor crtico, educativo,potico, artstico, cultural, social e politico.

    Tempo de circulao: Dois anos

    O CADERNO CULTURAL DE COARACI UMVECULO DA CULTURAL COARACIENSE,DIRECIONADO A LEITORES DE TODAS ASIDADES.

    ESTATSTICA DE LEITURAS DO CADERNO CULTURAL DE COARACI

    PERODO ENTRE DEZ DE 2010 E FEVEREIRO DE 2013

    DOCUMENTOSDISTRIBUI O

    MENSAL GRATUITAMESES LEITURAS NA INTERNET TOTAL

    CADERNO CULTURAL DE COARACI

    500EXEMPLARES

    JAN 301 801

    CADERNO CULTURAL DE COARACI FEV 226 726

    CADERNO CULTURAL DE COARACI MAR 258 758

    CADERNO CULTURAL DE COARACI ABR 645 1145

    CADERNO CULTURAL DE COARACI MAI 312 812

    CADERNO CULTURAL DE COARACI JUN 451 951

    CADERNO CULTURAL DE COARACI JUL 213 713

    CADERNO CULTURAL DE COARACI AGO 137 637

    CADERNO CULTURAL DE COARACI SET 251 751

    0 CADERNO CULTURAL DE COARACI OUT 194 694

    CADERNO CULTURAL DE COARACI NOV 232 732

    2 CADERNO CULTURAL DE COARACI DEZ 207 707

    3 CADERNO CULTURAL DE COARACI JAN 203 703

    4 CADERNO CULTURAL DE COARACI FEV 320 820

    5 CADERNO CULTURAL DE COARACI MAR 259 759

    6 CADERNO CULTURAL DE COARACI ABR 300 800

    7 CADERNO CULTURAL DE COARACI MAI 190 690

    8 CADERNO CULTURAL DE COARACI JUN 154 654

    9 CADERNO CULTURAL DE COARACI JUL 199 699

    0 CADERNO CULTURAL DE COARACI AGO 150 650 CADERNO CULTURAL DE COARACI SET 240 740

    2 CADERNO CULTURAL DE COARACI OUT 200 700

    3 CADERNO CULTURAL DE COARACI NOV 190 690

    4 CADERNO CULTURAL DE COARACI DEZ 201 701

    5 CADERNO CULTURAL DE COARACI JAN 199 699

    6 CADERNO CULTURAL DE COARACI FEV 200 700

    LEITURAS POR REGIO

    BRASIL 92.5%

    ESTADOS UNIDOS 5.3%

    PORTUGAL 0.7%

    ANGOLA 0.6%

    HOLANDA 0.3%

    ALEMANHA 0,3%

    UNITED KINGDOM 0,3%

    Leituras

    brasil

    usa

    portugal

    PauloSNSantana

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    TRS ALMOOSFonte: Livro Coaraci Ultimo Sopro de Enock Dias

    Texto adaptado por PauloSNSantana

    A dureza do trabalho nas roas exigia das famlias praticamente trs almoos dirios. O feijo,base dessas refeies, era preparado com muito toucinho e jab, especialmente a da marcaRio Grande, que se destacava atravs das mantas compostas de dois pelos. Possua cheiro esabor extremamente agradveis, e era produzida no Rio Grande do Sul. Esse charque eralargamente consumido em forma de churrasco como acompanhamento do prprio feijo, oucom banana da terra, aipim, inhame, ou simplesmente com a prpria farinha de mandioca, emforma de farofa, o que dava indicao de que no havia muita diferena entre caf da manh,almoo ou jantar. Eram refeies reforadas e de acordo com o pesado trabalho empreendidoem suas lidas dirias acompanhado de uma variedade de frutas entre elas: laranjas, bananas,jacas, tangerinas, limas, abacates, cana-de-acar, consumidas enquanto trabalhavam. Dealgumas frutas, se aproveitava at o bagao.O feijo era preparado e consumido nas roas quase sempre na primeira refeio. Na maioriadas vezes, esse feijo era levado at aos locais de trabalho, outras vezes, era preparado emgalpes dentro da prpria roa com os mesmos ingredientes que lhe garantiam o tradicionalsabor, melhor ainda, quando era consumido debaixo de uma rvore frondosa, e usando semnenhuma cerimnia... As mos.Alm do feijo tradicional, a fava, o feijo de corda, o andu, o mamo, a abbora, verduras ehortalias tambm faziam parte da cultura de subsistncia.Embora no representasse um fato rotineiro, grandes banquetes eram oferecidos em algumasfazendas coaracienses, especialmente quando haviam convidados ilustres.Leites, perus, novilhas, a depender da poca do ano peixadas com grandes pitus, traras,jundis, piabas, camares, cuidadosamente preparados e servidos durante longas e divertidasprosas.Para as moquecas, bastava colocar um jequi, introduzir um anzol, arrastar um jerer ou umarede em 10 ou 12 metros de rio para fisgar muitos peixes e crustceos agitados em suasmalhas, principalmente nos perodos das enchentes, quando a quantidade tornava-se bemmaior.A fatada e a viva de carneiro, por exemplo, eram preparadas com midos, que no serto daBahia conhecida como mininico, essas iguarias consumidas nas roas eram trazidas paraCoaraci pelos fazendeiros despertando o interesse e o apetite das famlias.A tripa frita de porco de to apreciada, provocava uma revoluo dentro da famlia, eraconsumida semelhantemente ao jab. O frango criado solto nos terreiros era outro grandemanja. Ciscavam o cho junto com os outros animais procurando seu alimento e faziam partedo cardpio do homem da roa, servido frito, recheado, assado ou ao molho pardo, o pescoo,os ps, a asa, nada se perdia.A primeira fase de preparao de qualquer desses cardpios passava pelas guas do RioAlmada, onde se limpava carnes e midos. Esse processo, o cheiro e o aspecto da guaatraam ateno de uma infinidade de peixes e crustceos, que competiam ferozmente embusca do alimento. Na regio era usada a banha de porco para preparar quase todos essesalimentos.

    COMETA HALLEY & ECLIPSE EM COARACITexto adaptado por PauloSNSantana

    m abril de 1910, um fato de rara beleza quebrou aotina e privilegiou os moradores de todo Sul daahia: a passagem do cometa Halley. Ningumncontrou palavras que pudesse descrev-lo comdelidade, tal a beleza de sua imensa cauda prateadae mais de 300 milhes de quilmetros de extenso,uando fora interceptada pela terra em sua translaonual em torno Sol. noite, o brilho de sua caudacupava metade da abboda celeste provocandoombra nos objetos. Em seu esperado retorno, em986, um imenso aparato tcnico fora montado para

    studos mais detalhados, mas, dessa vez suaassagem fora muito discreta, visvel apenas a algunsoderosos instrumentos de observao tica.ometas so corpos errantes que vagam pelo espaom longas rbitas elpticas, deixando em seu caminho

    mensas caudas que chegam a atingir milhes deuilmetros.utro fenmeno que se constituiu em mais umesquecvel dia para os habitantes de Coaraci foi oclipse total do sol, em 20 de maio de 1947,quando adade foi includa em sua zona de escurecimento

    mximo. As primeiras manifestaes tiveram incio sh20m, com a lua bloqueando lentamente a luz do

    ol, impedindo-a de chegar a terra. A cada minuto, osaios solares iam sendo interceptados pelo disconar, e consequentemente obrigando a suspensoas aulas, levando o comrcio a fechar as suasortas, as aves retornaram aos seus ninhos eoleiros. s 9h32m, a escurido, j era total, asstrelas ressurgiram no cu com todo o seusplendor, como se fosse uma noite de primavera.om a volta da normalidade, os moradores saram s

    uas, abandonando, seus vidros esfumaados e rocura de explicao mais lgica para o fenmeno.as fazendas, trabalhadores e proprietrios foramurpreendidos dentro das roas, embora o fato tivesseegistro em todos os almanaques da poca. Ascurido e o isolamento trouxeram medo e pavorara aqueles que se preparavam para colher osrimeiros frutos da safra de 1947. Fonte: Livro denock Dias Coaraci Ultimo Sopro

    http://pensador.uol.com.br/autor/confucio/
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    programa gestado pela CONAB, que analisa e libera os recursos para que asntidades possam comprar o produto do agricultor familiar. A entidade tem queossuir uma declarao de aptido do PRONAF, Programa Nacional deortalecimento da Agricultura. Essa declarao servir para o agricultor participare todas as politicas publicas do governo, inclusive a aposentadoria rural. Comeferencia ao PAA a instituio local faz a proposta de compra do alimento dogricultor familiar, o PAA uma politica de fixao do homem no campo, oagamento a base do preo de indstria, o produto adquirido nas mos dogricultor familiar doado para as instituies beneficentes, e para pessoas questo em fase de insegurana alimentar. Este Programa chama-se PAA Doao.om o PAA estoque, voc formaliza a proposta ao CONAB, para liberar os

    ecursos, que s sero liberados aps compromisso de prestao de contas. OAA estoque vai evitar que os alimentos produzidos pelos agricultores familiaresassem pelas mos dos atravessadores. Exemplo: A instituio quer comprar dezoneladas de poupa de frutas, produzidas por um agricultor familiar, ento faz umaroposta CONAB, se aprovada, sero liberados os recursos para compra dostoque mediante a prestao de contas da operao. O comprador pode revenderoutrem por um preo melhor e repassar os lucros a produtor familiar. Com isso o

    gricultor familiar sai das garras do atravessador. Outra politica publica existente PENAI, Programa Nacional de Fortalecimento da Alimentao Escolar. Este

    rograma foi uma exigncia do Governo Lula de que as Prefeituras Municipaisomprassem trinta por cento da merenda escolar nas mos do agricultor familiar.so para evitar que se comprassem produtos qumicos, contraindicados. Ooverno com esse programa potencializa o agricultor familiar e melhora a qualidadea merenda escolar oferecida aos estudantes. Se por ventura a prefeitura quiseromprar cem por cento nas mos do agricultor familiar pode. Produtos como o

    bacate, aipim, mel, banana da terra, banana da prata, beiju, todos estes produtosodero ser comprados ou nas mos do agricultor familiar ou de uma associao.as a Associao deve ser registrada juridicamente, para receber estes recursos eferecer os produtos venda. A Associao deve ter CNPJ ou CPF. Outra politicaublica de Governo o Crdito Fundirio, que uma politica na qual o governoomprar terra para aqueles que no tm terra ou tem pouca terra. Para tal riado um grupo de produtores ou uma pessoa fsica, que devem procurar aropriedade, com documentao em dias, o governo ento compra a propriedade,nancia para ser pago em vinte anos com prazo de carncia de trs anos, e comnus de quarenta por cento. Alm do bnus de quarenta por cento, o governobera recursos no reembolsvel, ou seja, recursos a fundo perdido, para que osgricultores invistam na infraestrutura da propriedade. O grupo pode construirasas, uma cerca, plantar uma rea de cacau, este programa uma politica dexao do homem no campo. Outra politica publica implementada pela Presidente

    ilma a liberao atravs da Caixa Econmica Federal para o agricultor que noem casa prpria, de vinte e cinco mil reais, e o agricultor dever pagar apenas mileais em quatro prestaes de 250,00 reais em quatro anos. Outro programa dooverno Dilma para 2012 e 2013 o PRONAF Programa Nacional de

    ortalecimento da Agricultura Familiar. um projeto de microcrdito onde seroberados 2.500 reais pagos em dois anos no valor de 1.900 reais. O agricultor term bnus de 25 por cento. Resumindo, voc paga menos do que financiou. Essa ma politica de fixao do homem no campo. Todas essas politicas j esto sendo

    mplementadas em Coaraci.ara o agricultou ter acesso a essas politicas publicas dever apresentar umaeclarao de aptido ao PRONAF, essa declarao poder ser feita no site doinistrio Agricultura, atravs dos rgos de assistncia tcnica que possuem

    enha de acesso e emitiro o SEDAP informando os dados atualizados dogricultor. No necessrio que o agricultor seja o proprietrio, poder ser umarceiro, ou apresentar uma carta de anuncia. As politicas pblicas temontribudo para fortalecimento da economia da regio, em um ano o EBDAonseguiu emprestar mais de quatro milhes s em Coaraci, assegurando

    melhores condies econmicas ao agricultor familiar, retendo a sada de muitaente para outras regies e fortalecendo o comrcio local.onte: Eng. Agrnomo do EBDA Joel B. Pimenta.

    COORDENA O DE A OE DESENVOLVIMENTO

    REGIONAL

    Na opinio de Mauricio Leal otrabalho desenvolvido pelaCoordenao voltado infraestrutura; Um exemplo a usina de leite de Coaracique dever ser inauguradano ms de maro de 2013.As associaes beneficiadaspor este projeto transportaroo leite de seus associados,os agricultores familiares deCoaraci, Almadina Itapitanga,Ibicara, Floresta Azul, Ilhus,Inema, para ser processadoem leite pasteurizado tipo C,doce de leite, manteiga,

    iogurte e queijo.

    Para J. Pimenta, o processode organizao de politicaspblicas em Coaraci estmuito evoludo, graas aotrabalho srio da EBDA, nos

    ltimos vinte e dois anos.Embora com algumasresistncias de setorespblicos em colaborar com aimplantao dos programas.Hoje Coaraci consideradauma cidade desenvolvida emtermos de associativismo.Foram criadas cooperativas,e aproximadamente vinte eduas associaes deagricultores familiares, e maisde seiscentos agricultoresainda resistem na regiograas ao trabalho realizadopela EBDA.

    Fonte: Chefe de escritrio daEBDA, CoordenadorRegional e CoordenadorEstadual da Cadeia Produtivade cacau e Credito Assistido,Sr. Joel B. Pimenta, Eng.A rnomo da EBDA a trinta e

    ACESSIBILIDADESegundo Renato Rebello, que representaem Coaraci o CAU, Conselho de Arquiteturae Urbanismo a acessibilidade, o direito deir e vir das pessoas, estejam elas andandopela cidade, ou tendo acesso a qualquerlugar. Segundo ele em Coaraci alguns

    lugares j atendem s expectativas daacessibilidade, mas disse que a Cmara deVereadores e a Prefeitura Municipal sodois locais pblicos que tem sriosproblemas de acessibilidade, pelainexistncia de rampas para acesso aoprimeiro andar. Segundo Renato os prdiosescolares do municpio sero todosadaptados para atender s exigncias daacessibilidade ainda este ano.Andando pelas ruas centrais de Coaraci, claramente visvel a falta de conscinciasobre a acessibilidade;

    Passeios com mercadorias expostas,bicicletas estacionadas, carros impedindo otransito das pessoas e at imensas filas nospasseios foram os transeuntes a desceremdo passeio arriscando-se nas viasexpressas para veculos motorizados. preciso que os rgo pblicos tenhamprojetos muito bem elaborados voltados aestas questes vitais para a comunidade.

    Algumas Escolas Municipais j voltaramseus olhos para estas questes, inclusiveporque alguns alunos so cadeirantes,outros cegos, ou com problemas de viso emuitos outros especiais. preciso tambmeducar os jovens estudantes para o assuntoacessibilidade, mesmo porque alguns portotal ignorncia excluem colegas de sala deaulas, vizinhos e conhecidos da vida normalpor serem portadores de deficincias fsicas,ou intelectuais. As escolas devemaparelhar-se para receber os alunos commobilirio adequado, uma boa iluminao e

    ventilao suficiente.Esse um assunto que deve ser debatidopelos gestores pblicos, professores e paisde alunos, mas tambm democratizado coma comunidade.

    POL TICA P BLICA DEGOVERNO EM COARACI

    Entre as politicas de governo quens trabalhamos na regio deCoaraci na Bahia temos o PAA,Programa de Ateno deAlimentos e Doao Simultneaonde participam os ministrios dedesenvolvimento social e dedesenvolvimento agrrio. (Joel)

    http://pensador.uol.com.br/autor/aristoteles/
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    POCA DE OURO DO CACAUTexto adaptado por PauloSNSantana

    O excelente preo do cacau nos primeiros60 anos do sculo XX, deixava osprodutores satisfeitos e despreocupadoscom as finanas. Seus lucros, sobretudo,pela participao da famlia em todas as

    atividades da roa, permitiam que fossemcontratados trabalhadores rurais para suasfazendas. Como os bancos ainda nofaziam parte do cotidiano na regio, odinheiro era guardado em bas e sempreinvestido em benfeitorias na prpriafazenda.

    As noticias de fartura chegavam de todaparte, trazidas por viajantes via rodoviaItacar-Pirangi.Desperdcio no fazia parte do vocabulriodos pioneiros, eles perdiam o humor ao veralguma fruta verde no cho; pior ainda, sefosse um coco de cacau;

    A economia era um exemplo a ser seguidopor toda a famlia; Como no dilogo abaixo:

    -Pai! Aquela cala azul que eu estavalavando, rasgou-se, eu vou jogar fora!-Sim filha, mas no se esquea de retirar osbotes!Coaraci, recebia constantemente famliasinteiras vindas de fazendas da regio paracompras no comrcio, montados emanimais de linhagem.Os cacauicultores e pecuaristas tinham umtrato especial com os seus animais, j queeram os transportes dos familiares paraIlhus, Itabuna e outros municpios vizinhos.Os Coronis viajavam nos melhoresanimais, encomendavam celas, e assenhoras e senhoritas em silhes, trazendoesporas e tacas com admirveis

    ornamentos de nquel, prata, ou banhados aouro, tudo obedecendo as mais altasexigncias da elegncia.Vistosas correntes douradas eram presass calas segurando valiosos e tradicionaisrelgios das marcas: Cima, Mido, Tissot ouOmega Ferradura, em ouro 18 quilates;Usavam botas de cano longo, de finssimotrato, confeccionadas em couro de bezerroou cromo alemo; Chapus Prada,Ramezzoni ou Curi Especial ou ainda ostradicionais e elegantes Panams ouPalhetas de Aba Dura, eram facilmenteencontrados no comrcio de Coaraci;Ternos de Mescla Casemira ou Tropicalcompletavam o dia, sem esquecer aqueles

    costurados com elegante diagonal S120,produzido nas indstrias da Europa. Era umtempo de fartura luxo e riquezas...

    COARACI:MAISCARNAVAL

    No Informativo XIV foi feita uma rpida abordagem ao Cordo do Bola Preta fundado em 1937, e j participandontensamente do carnaval de 1938 na condio de primeira manifestao do gnero da histria urbana de Coaraci,ue sete anos antes tinha aproximadamente 40 moradores residindo em dez ou doze casas, algumas delas tambmervindo de comrcio. Essa pequena e agitada comunidade s se tornou conhecida aps a chegada do administradoruvncio Peri Lima em 1931, poca em que as principais fazendas de pecuria j estavam com milhares de reses emeus pastos, e as de cacau j estavam prximas a 90% de sua plantao, atividades essas que se desenvolveram porerca de quarenta anos, onde as projees indicam a participao de aproximadamente trinta mil pessoas. Mesmoispersa dentro da mata, essa grande populao foi consolidando um profundo sentimento de unio entre irmos, eemais famlias, e assim se mantendo medida que foram se transferindo para a rea urbana da vila.

    Uma fotografia da poca mostrou que o Bola Preta era composto por pouco mais de cento e trintagurantes, onde a crianada menor de dez anos predominava, e as fantasias de colombina, arlequim, pirata,

    marinheiro, pierr, palhao eram as mais preferidas, da mesma forma que no carnaval do Rio de Janeiro, tido comoeferncia. Suas msicas, fantasias e evolues eram to contagiantes que blocos masculinos, femininos e mistos jstavam participando do carnaval de 1939, 40, 41 a exemplo dos inesquecveis: No dou Confiana, Gato Preto e

    Holandesas, esse, organizado pela sra. Nomia Leal, esposa de um dos mais conhecidos comerciantes da poca. Atual praa Getlio Vargas e imediaes, at ento, sem calamento, no permitia qualquer manifestao pblica, emecorrncia das obras em execuo.

    Grupos de dez, de cinco, de trs, de dois, folies individuais, mascarados ou no, e sem destino, enchiams ruas de cho batido, cantando e lanando jatos de lana-perfume, punhados de confetes e bobinas de serpentina

    olorida para todos os lados para dar vazo s alegrias do carnaval coaraciense. Zum Zum de Dalva de Oliveira;Mame eu Quero de Jararaca; Saca-Rolha e Ressaca de Z e Zilda; Madureira Chorou de Joel de Almeida; Ns, osCarecas dos Anjos do Inferno; Praa Onze do Trio de Ouro; Balzaquiana de Jorge Goulart; Lata dgua de Marlene;Eva Querida de Mrio Reis; Trabalhar, eu no de Nuno Roland; Confete de Francisco Alves eram apenas algumasas dezenas e dezenas de msicas cantadas nas ruas pelos carnavalescos e tambm executadas pelos servios delto-falantes da Voz da Liberdade de Helvcio Lemos e da Voz do Comrcio de Oscar Arajo.

    A criao da Banda de Msica 13 de Junho, a partir de 1944 impulsionou ainda mais a alegria dosoaracienses, que tinham, a partir de ento, msicos de qualidade, filhos da terra vindo das classes mais humildes doistrito, que abrilhantavam todos os tipos de festas, inclusive as procisses catlicas. Era composta inicialmente porerca de 40 figurantes, e at 1954 esteve sob a batuta do maestro fundador Joo Evangelista Melo.

    Foi tambm em meados dos anos quarenta que a Batucada de Vitalino Ribeiro e o Afox de JoaquimNascimento surgiram nas ruas de Coaraci, provocando arrepios nos que lhes assistiam. preciso lembrar que a suaopulao foi beneficiada a partir de 1941 com o parque de diverses Estrela do Sul, que atraa todos os dias

    milhares de moradores do meio da tarde ao amanhecer do dia seguinte. Em 1944 surgiram o campo de futebol, o cineeatro Coaraci, a escola de Corte e Costura de Alice Kruschevsky, e em 1949, o requintado cine Glria que se tornou

    mais um ponto de atrao da populao.A partir de 1937/38, as festas, mesmo as no carnavalescas, aconteciam nos armazns de cacau

    spalhados em diversos pontos da vila em decorrncia da falta de clubes sociais, embora boa parte da populaoontinuasse fiel aos j tradicionais bailes fantasia que vinham acontecendo em fazendas da regio, sobretudo na deos Simes, no distante Brejo Mole, prximo a Ribeiro do Terto, poca em que todo o Brasil j cantava A Jardineira,

    marcha de Benedito Lacerda e Umberto Porto. Algumas outras da regio da Lagoa, das Duas Barras e da estrada dePouso Alegre tambm se tornaram conhecidas por suas festas e churrascadas que aconteciam em boa parte do ano.

    Nenhum centavo do dinheiro pblico participava dessas festividades. Segundo moradores da poca, todass comemoraes carnavalescas bem como as festas natalinas iniciadas a partir de 1938, mantiveram o mesmorilho em todos os anos da dcada de quarenta, s perdendo motivao por volta de 1955, j com Aristides Oliveiraa condio de primeiro prefeito, quando possivelmente nove a dez mil coaracienses j tinham deixado a cidade noerodo mdio de quatro anos. Nos primeiros anos da dcada de setenta, j se via uma cidade inteiramenteesmotivada com uma populao se reduzindo a cada ano, sem a meninada nas ruas, nas fazendas, nos campos deutebol, nos cinemas, nos clubes, nas tradicionais prosas na praa at uma, duas horas da madrugada, etc. Essas

    mudanas no ficaram restritas a Coaraci, atingiram todos os municpios brasileiros.Boa parte da populao adulta encontrava em Coaraci, desde meados dos anos trinta, vrias formas

    oturnas de divertimento, onde permanecia at a alta madrugada. Essas atraes se concentravam na rua 1 o. deaneiro, conhecida como zona de prostituio. Alis, essa intensa movimentao em direo a Coaraci era tambmbservada por volta de 1943/44, na estrada das Duas Barras, em plena segunda guerra, no apenas durante o dia,

    mas tambm tarde, noite e em toda a madrugada, em qualquer direo da estrada, poca em que, sete de cadaez coaracienses, ainda residiam em sua zona rural.

    H dcadas que as construtoras pelo Brasil afora procuram atrair compradores para seus imveisferecendo um grande nmero de opes de lazer, onde alguns esquecem que todos eles so cobrados nas taxas

    mensais de condomnio. Todas essas opes juntas eram insignificantes em relao ao que nossos pioneirosoaracienses ofereciam em suas fazendas: banho de rio, de represa, passeio pela plantao de cacau, a p ou emnimais, jogos de futebol, consumo de qualquer tipo de fruta de poca, cuscuz de milho verde, frango a molho pardo,

    eito na brasa, feijo com jab Rio Grande, pituzada com espcimes de grande porte, alm de poder ver estrelas elanetas no cu azul, com se estivessem h poucos metros dos prprios olhos, privilgio nunca alcanado por

    queles que so beneficiados pela energia eltrica .As ltimas manifestaes carnavalescas em suas modalidades tradicionais aconteceram entre os anos de954 e 60 por contra das primeiras turmas pioneiras dos estudantes do Ginsio de Coaraci, onde o tema era a msicaTurma do Funil.

    Enock Dias de Cerqueira

    http://pensador.uol.com.br/autor/voltaire/
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    Professora Josefina Castro, Prefeita deCoaraci, fala aos Professores no Encontro

    Pedaggico 2013.

    Texto adaptado por PauloSNSantana

    Prefeita Josefina Castro, durante abertura do encontroedaggico dirigiu-se aos educadores de Coaraci,colhendo-os com muita alegria, com muito entusiasmo

    disse que, apesar do calor daquele recinto, respiravaes saudveis pois se encontrava entre Professores,retores, Coordenadores e funcionrios da educao,e este sentimento porque no dia 27 de marompletar trinta e cinco anos como educadora do ensinoperior. Disse que comeou sua vida acadmica em

    978 no ensino superior e que nunca se arrependeu der professora, e que verdadeiramente adora serofessora e educadora. Disse que gostaria de explicitar,

    aquele ambiente repleto de pais e mes, que quandom bebe nasce do ponto de vista psicolgico, ele aindao se constituiu como sujeito, desprovido denhecimentos, e vive dependente direto da me. Nom afetividade, seu psicolgico e social no esto

    esenvolvidos. Que esse sujeito s se torna pessoa e semaniza atravs da educao. Citou Kant quando disse

    e o nico ser vivo que precisa de educao oomem. Prosseguiu dizendo que o ser humano o servo que tem a maior infncia, e que a infncia longao por acaso, mas porque ns precisamos destaucao, precisamos dessa formao, e que para elaas instituies so importantssimas neste processo: Amlia e a Escola, que a Instituio Educacional e que

    o se pode prescindir de uma parceria entre as duas.ara a Professora Josefina importante trabalharmosnjuntamente com a famlia, porque imprescindvel noocesso da educao, mas no pode ser responsvel

    or tudo. Enfatizou a importncia da escola nastematizao histrica de todos os conhecimentosoduzidos pela humanidade. Disse que se no fosseso, no precisaria ter escola. Ressaltou a importnciaa educao escolar, no papel educacional e que

    quina nenhuma poder substituir nossa misso desinar, que o computador informa, mas para educar, sser humano. Disse tambm que se consultssemosdos os filsofos eles iriam dizer que ns nos educamos

    a relao com o outro, que sozinhos no somos nada, ee o outro nos oferece o feedback, quem sou, minhalorizao, minhas deficincias, que precisamos dessetro, que pode ser um irmo mais velho, um coleguinha

    e escola, um colega da vizinhana, os pais, as famlias, professores. Afirmou o quanto cada profissional dacola importante. Do porteiro ao Professor, ao Diretor,e para ela, no existe um papel de destaque, um serais importante que o outro. Com a sua experincia naucao superior a trinta e cinco anos, sempre

    abalhando com formao de professores, observa queando um determinado colgio bem aceito, nem

    mpre porque propicia melhores conhecimentos, masndamentalmente isso se deve s relaesterpessoais, ao acolhimento que existe inclusive daegada do aluno ao colgio, at o momento da sada, ee por isso ressaltava a importncia do papel doncionrio da educao, a quem neste ano se dedicarpecialmente, oferecendo capacitao e formao.Professora Josefina Castro disse que sabe da

    nstruo de muitas cadeias de pensamento lgico,ais que, o que fica gravado na memria afetiva douno a qualidade dos nossos professores. Ela dissee se perguntssemos quais os professores quearcaram as nossas vidas, lembraramos de algunsofessores que foram excelentes e tambm daquelese gostaramos de riscar das nossas lembranas

    cadmicas.

    oncluiu, afirmando que embora seja muito importante adeia de informaes que construmos na escola, o que estudantes levam consigo, so as relaes

    terpessoais. Finalizou desejando a todos, que no futurojam lembrados na memoria afetiva dos alunos, comoelhor professor e melhor professora...

    SECRETRIA DE EDUCAO DE COARACIAPRESENTA O PROJETO DE GESTO DA SMED

    AOS EDUCADORES MUNICIPAISTexto adaptado por PauloSNSantana

    A Secretria Municipal de Educao Professora RosileneVila Nova Cavalcante iniciou sua apresentaodesejando boas vindas aos professores, coordenadoraspedaggicas e diretores presentes. Cobrou incialmente apontualidade dos professores, que observassem oshorrios de chegada e de sada. A Secretria disse quevai cobrar assiduidade e pontualidade do professor.Disse que nossa obrigao como sujeito, cumprir anossa carga horria. Falou sobre um momento cvico naescola semanalmente, com cnticos dos hinos, noesde cidadania. Ela no compreende porque algumaspessoas no se orgulham de ser coaraciense, e afirmamter vontade de ir embora da cidade, mas quem vai depoisquer voltar. Acha que devemos valorizar as nossas

    razes, por causa delas somos quem somos. Vai enviarum CD com hinos gravados, para ser executado nasEscolas, principalmente o hino de Coaraci. Falou que ummomento de espiritualidade se faz necessrio,independente da religio de cada um. Principalmente noinicio das aulas. O seu desejo humanizar as Escolas.Criticou enfaticamente a burocracia nas escolas. Disseque o corpo pedaggico da escola ser um sustentculodo fazer cotidiano. Falou tambm sobre a lei 11789 quedispe sobre o ensino da msica na educao bsica, alei que incide sobre a educao ambiental e sobre suapolitica, que deve ser tratada em uma proposta curricular,e no somente no dia do meio ambiente. Conclamou oseducadores a fortalecerem a incluso das crianas comnecessidades especiais nas classes regulares, que jexiste um grupo de apoio na rede e uma sala de apoio,mas que vai ampliar este grupo, porque preciso atendera estes alunos nos dois turnos, que as atividades deveminiciar-se em loco. Convidou a Professora JosefinaCastro para contribuir com o grupo j que a mesma tem aespecializao nesta rea.Em outro momento a Secretria disse que precisofortalecer o planejamento da Escola, falou sobre o AC,que ser sistematizado, no contra turno. Se no forcumprido no ser pago. Ela entende que o AC importante para o Planejamento.O planejamento faz parte do cotidiano de qualquer

    pessoa, que o planejamento prev situaes na escola.A Secretria lembrou a programao para o segundo dia

    da jornada, reunio de diretores e coordenadoraspedaggicas para preparar a jornada no turno vespertinocom a presena dos professores, que vo construir oprojeto politico pedaggico, e no ms de Maro asescolas, as coordenadoras pedaggicas, e osprofessores devem construir seu planejamento.

    Afirmou que o professor no ter acesso as aulas seno apresentar o planejamento.Algumas escolas vo comear pelo planejamento e

    devem fazer uma leitura, do PPP, para adequar-se sleis. Avisou que na sexta feira dia 8 de maro, umacpia dos planejamentos deve ser entregue na SMED.Que os tcnicos da SMED vo prestar assessoria asunidades escolares e professores. Em sumasincronizar as atividades da SMED com as planejadas

    pela Escola. Ela disse que a importncia doplanejamento contemplar os alunos com novastcnicas, contedos e habilidades, e que no basta osnossos conhecimentos necessrio atualizaoparalela para uma melhor qualidade de ensino.Referiu-se Educao de Jovens e Adultos, sobre aquesto das matriculas, as dificuldades com referenciaao turno noturno, e que ainda no fechou turmas pelaquantidade nfima de alunos matriculados na rede.Percebeu que um dos motivos da evaso noturnaseriam os horrios e para equacionar o problemaantecipou o inicio das aulas para 17h00, finalizando-as20h00, por causa da concorrncia com as novelas.Para fortalecer o acesso permanente devero utilizarde metodologias inovadoras.Referindo-se Educao Fsica, comentou a gesto

    do Professor Waldir, do Projeto do Coordenador deEducao Fsica do Municpio, Professor Paulo SergioNovaes Santana. Comunicou que o Professor Paulo o Coordenador de Educao Fsica da Secretaria, nasua gesto, e que j apresentou sua proposta. Querampliar as aulas de educao fsica nas escolas doensino fundamental I, fazer alguns ensaios comcreches. Prometeu realizar jogos recreativos, naperspectiva de ratificar os valores e costumes, demanter a tradio dos jogos estudantis nos meses desetembro, porque eles possibilitam uma formaointegral do individuo. Falou do Programa MaisEducao, que foram feitos ensaios em 2012, masno se conseguiu alcanar um equilbrio nas aesporque a logstica era grande e pertinente aoprograma, e que na atual gesto o corpo pedaggico

    vai ajudar a encontrar este equilbrio. Vai associar oMais Educao ao percurso educativo do aluno. Dissetambm que j pensou em implantar o PROGESTOa partir de maro, pois um curso muito bom que nosd uma viso do que pretendemos como instituiosocial que ser ampliado para Diretores e Vice-Diretores e Servidores no docentes. Que o Plano deCargos e Salrios ser discutido amplamente em2014, em uma mesa de negociao. Afirmou que preciso ampliar os atendimentos nas creches. Pontuousobre a necessidade de implantar a educao emrede, no s para professores, mas para os nodocentes. Falou sobre o Programa Nacional deEducao na Idade Certa, sobre o FICAI, a parceriacom o Ministrio Publico e sobre o Programa deValorizao do Professor j iniciado no ano de 2012.

    Este programa dever cuidar da sade do professor.Finalizou dizendo que no h autonomia da escolasem autonomia do individuo. Disse tambm que seorgulha de ser professora, e de poder formarindivduos.Advertiu que sejamos autnomos, responsveis ecompromissados com o nosso fazer. No um favorque se faz a ningum uma obrigao como cidadocoaraciense.

    http://pensador.uol.com.br/autor/aristoteles/
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    IBAMA IDENTIFICA AUMENTO DODESMATAMENTO NO SUL DA BAHIA

    s mais importantes remanescentes de Matatlntica do Sul da Bahia ainda no protegidosm unidades de conservao sofrem hoje gravemeaa com a expanso da pecuria. Nessasegies visvel o aumento de desmatamentos

    egais, principalmente devido chegada deovos pecuaristas que venderam suas terras emutras regies para empresas de celulose eutros interessados na produo do eucalipto.sta a principal constatao do relatrio daperao de fiscalizao Mata Viva elaboradoela Gerncia Executiva do IBAMA emunpolis.urante oito dias, quatro equipes de fiscalizaoercorreram cerca de 10 mil quilmetros no SulExtremo Sul da Bahia com o principal objetivo

    e monitorar e fiscalizar denncias deesmatamentos em formaes de Mata

    tlntica. A operao priorizou trs reas ondesto localizados os mais expressivosemanescentes florestais e que sofrem hoje forteresso.primeira est localizada em um polgono que

    brange os municpios de Mascote, Canavieiras,amacan, Pau Brasil e Santa Luzia. Parte da

    egio coincide com grandes reas de cultivo deacau, que foi inicialmente plantado emonsrcio com espcies nativas da Matatlntica. A segunda fica um pouco mais ao sulntre os municpios de Santa Cruz de Cabrlia,elmonte e Barrolndia e atualmente objetoe estudo para a criao de um Parqueacional.

    terceira rea priorizada, onde tambm nalisada a criao de unidade de conservaoelo Governo Federal, fica no Extremo Sul daahia, entre os municpios de Itamaraj e ostrito de Nova Alegria, na regio serranaonhecida como Serra de Itamaraj.ssas trs reas concentram os maiores

    emanescentes de Mata Atlntica ainda norotegidos por unidades de conservao e soxtremamente importantes para a formao dem corredor ecolgico no Sul da Bahia. "Aanuteno dessa cobertura vegetal ndamental para permitir a conexo entre os

    rios fragmentos de Mata Atlntica da regioue se encontram cada vez mais isolados",xplica Srgio Bertoche, coordenador do Ncleoe Fiscalizao da Gerncia Executiva doBAMA em Eunpolis.

    m de concentrar importantes fragmentos deata Atlntica, essas reas tambm registram oaior nmero de denncias de desmatamentos

    o Sul e Extremo Sul da Bahia. "Principalmenteela chegada de novos pecuaristas na regio,ue venderam suas terras a altos preos parateressados no cultivo de eucalipto, adquiriramrras com cobertura vegetal a preos bemenores e agora partem para o desmatamento

    egal", explica Srgio Ramos, chefe doscritrio do IBAMA em Ilhus.

    Durante a operao, as equipes de fiscalizaodo IBAMA lavraram 30 autos de infrao, novalor total de R$ 519 mil. S nos municpios deCanavieiras, Santa Luzia e Camacan forammultados 18 proprietrios de terra e apreendidosquatro caminhes carregados com 70 metroscbicos de madeira extrada ilegalmente, alm

    de um trator e oito motosserras. Serrariaslacradas e caminhes de madeira apreendidos.A existncia da presso sobre a Mata Atlnticano Sul da Bahia no novidade para o IBAMA.Neste ano o IBAMA j suspendeu atividades de15 serrarias na regio de Camacan por falta delicena ambiental. "Por causa dos embargos,percebemos que a atividade das serrarias estcada vez menor na regio. O que constatamoshoje o aumento de aes de extratores demadeira, que produzem estacas e pranchasdentro mesmo das matas com machados emotosserras, e que so hoje o principal alvo de

    nossas aes de fiscalizao", informa JosAugusto Tosato, Gerente Executivo do Ibamaem EunpolisAps o encerramento da operao Mata Vivafiscais do IBAMA apreenderam nos municpiosde Camacan e Belmonte, no Sul da Bahia, seiscaminhes carregados com cerca de 50 m demadeira extrada ilegalmente de remanescentesflorestais de Mata Atlntica. Dois caminhes quelevavam carga de vinhtico escondida embaixode lona foram abordados na BR 101. Em duasserrarias da regio foram apreendidos mais doisveculos carregados cada um com cerca de

    15m de pau-dalho. Os ltimos dois caminhes,que continham 5 toras cada um, foramapreendidos no local em que a madeira eraextrada, prximo ao municpio de Camacan. Oprimeiro, com 12 m de pau-dalho e pequi. Osegundo com 4 m de ip. Todos os caminhese a madeira foram apreendidos. Os motoristas eos responsveis pelas cargas foram presos emflagrante e encaminhados a delegacias depolcia.- Chegando antes do crime

    A prioridade do IBAMA no Sul da Bahia investir em fiscalizao e monitoramento dessasreas para chegar ao local antes que odesmatamento ocorra. Um exemplo aconteceu

    em propriedade rural de 130 hectares localizadas margens do Rio Pardo, no municpio deMascote, onde o proprietrio j havia iniciado ocorte seletivo de rvores.

    A maior parte da madeira extrada foi vendida aterceiros e uma pequena parte foi utilizada paraa construo de um grande curral napropriedade."Acontece que no existe pasto na fazenda.Toda a mata, boa parte localizada em rea depreservao permanente, estava condenada a

    ser cortada para dar lugar a pastagens, o que foiconfirmado por trabalhadores e moradores daregio", relata Jos Augusto Tosato.Outro exemplo aconteceu em propriedade ruralno municpio de Santa Luzia, onde tambm jhavia sido iniciada extrao seletiva de produtosflorestais em rea de 50 hectares. A devastaoestava programada para ser maior. A enormeestrutura do acampamento e a confisso dostrabalhadores acampados revelaram a intenodo proprietrio em desmatar todos os 800hectares da propriedade.Chegar ao local antes que o desmatamento

    ocorra o grande desafio do IBAMA, comorelata Jlio Rocha, Gerente Executivo do IBAMAna Bahia. "Estes poderiam ter sido os maioresdesmatamentos de Mata Atlntica deste ano, ens conseguimos evit-los. Essa uma raraoportunidade que temos de chegar ao localantes que o desmatamento ocorra e salvarimportantes reas, o que nosso maior objetivo.Antes de multar, nossa inteno garantir apreservao da mata", disse Jlio Rocha.Durante a operao Mata Viva o IBAMAapreendeu ainda 800 pssaros silvestres nosmunicpios de Itanhm e Medeiros Neto. Na

    maior apreenso foram encontrados 600canrios-da-terra que seriam comercializadosilegalmente para Pernambuco. Segundo o chefedo Escritrio Regional do IBAMA em Teixeira deFreitas, Joo Luiz Monti, as pssimas condiessociais da regio acabam empurrando aspessoas para o comrcio ilegal de animaissilvestres. "Junto com a ao repressiva,percebemos que necessria outra forma deatuao que leve educao ambiental ealternativas de renda a essas comunidades",disse Joo Luiz Monti. A operao Mata Vivacontou com a participao de 13 servidores do

    IBAMA da Gerncia Executiva de Eunpolis edos Escritrios Regionais de Ilhus e Teixeira deFreitas.(Fonte: Marco Tlio Gerncia Executiva doIbama em Eunpolis/[email protected]

    http://pensador.uol.com.br/autor/platao/
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    Texto adaptado por PauloSNSantana

    No ms de fevereiro comemora-se o aniversrio de NossaSenhora de Lourdes, em Coaraci. Neste perodo os fiis edevotos prestam homenagens a Nossa Senhora, queapareceu na cidade de Lourdes - Frana, no dia 11 de

    fevereiro de 1858, para a pequena camponesa Bernadete deSoubirous, na gruta de Massabielle.A Festa de Nossa Senhora de Lourdes realizada nacircunvizinhana da Igreja Matriz. Tempos atrs eraconcorrida e se parecia com as festas da Boa Viagem, e doSenhor do Bomfim em Salvador. Era um centro de encontrose reencontros, um ambiente saudvel e divertido. Havia umparque com muitos equipamentos, uma roda-gigante e umcarrossel e alguns barquinhos.Muitas barracas enfileiradas ou sobre os passeios serviamsalgados, comidas tpicas, e bebidas em mesas comtamboretes de madeira, ao som de Waldik Soriano, OdairJos, Agnaldo Timteo, Roberto Carlos e outros cantores.Em algumas barracas jogava-se na roleta, nos dados, e nascartas, e para testar a pontaria tentava-se a sorte no tiro ao

    alvo.A Igreja promovia leiles e bingos para arrecadar fundospara suas obras, e a barraca principal da festa sempre foi ada parquia que oferecia frango assado, porco assado,sarapatel e caruru. Muitas doaes eram feitas pelos fiispara possibilitar a execuo dos projetos pastorais da igreja.Mas o tempo passou, hoje vivemos outra realidade bemdiferente de outrora. Neste ano a festa no foi menosbrilhante, novenas, missas nos dois turnos diariamente,durante onze dias. A presena de fieis e devotos de NossaSenhora de Lourdes, o Grupo de Jovens EJC, e convidadosde outras Parquias prestigiaram as comemoraes peloaniversrio de nossa Senhora, que culminou com umaprocisso. Muitas doaes para as obras sociais da Igreja

    foram realizadas pelos fervorosos fies de Nossa Senhora deLourdes. O Padre Lau convidou Padres da Arquidiocese deIlhus e Regio.

    UMA FATDICA PARTIDA DE FUTEBOLPor Solon Planeta, Coaraci, 06 de fevereiro de 2013.

    Desde adolescente que eu jogava futebol. Joguei em todos os campos da roa, porque fui menino da roa. Nasci e me criei na roa e o que fao at hoje. Meu campopredileto era de Aureliano Dias porque era mais perto, porm, jogava nos campos deJos Dias, de Sambaba, de Inema, do Brao do Norte, de Unio Queimada, doBandeira do Almada, estes trs ltimos pertencentes ao Municpio de Itajupe, nasDuas Barras e outros mais.Certo dia, j no me lembro da data, inventamos de disputar uma partida de futebolcom o time da Ruinha dos Trs Braos. Marcamos a data e fomos preparar o nosso

    time. Para a conduo do grupo, fretamos um caminho velho de um cara conhecidopor Juca de Joo Vital. No dia aprazado Juca botou o caminho na Praa GetlioVargas, onde se fazia o ponto de partida. Todos reunidos, subimos no caminho paraa realizao do grande evento.Fazia parte da caravana uma figura ilustre que tambm jogava bola e que tinha aalcunha de Chico Viola, por ser violonista e saxofonista, animador das boates da Rua1 de janeiro. Tudo organizado Juca deu partida e l fomos ns. Quando passamos oporto de Z Fialho, chegando perto do lixo, que na poca era tudo mato e ondeexistia duas olarias, quando uma roda traseira se soltou e quando se desprendeu doeixo, desenvolveu uma velocidade assustadora e passou na frente do caminho ecoincidentemente na frente da olaria fez uma curva fechada e entrou olaria a dentroderrubando tudo. O oleiro que na hora gradeava telhas e tijolos, correu assombradopelos fundos e desapareceu.

    Quando Juca viu o pneu passar na frente do caminho, brecou o carro velho queexpeliu um bueiro de fumaa, quando se ouviu um grito: O carro vai pegar fogo, a foium rolo s. Todos a querer pular ao mesmo tempo, rasgando a camisa de Chico Violaque virou um jipe. A outra roda ficou segura numa capinha, que se tivesse soltadoteria sido uma catstrofe.Fomos ento procurar o pneu dentro da olaria para recolocar no lugar, porm, tinhasoltado todos os parafusos, Juca que sabia tudo, tirou um parafuso de cada roda erecolocou os dois pneus no eixo e seguimos viagem.

    Chegando aos Trs Braos quase passada a hora, foi s tirar as calas e trocar ascamisas e dar incio a peleja. No me lembro qual foi o resultado, s sei que paracompletar o drama, um dos nossos jogadores chutou uma pedra na beirada do docampo e quase quebrou o p, ficando muitos dias sem andar e sem trabalhar, o quenos causou uma despesa extra por dois ou trs meses, cabendo a mim a contribuio

    maior por ser considerado o mais desapertado do grupo

    http://pensador.uol.com.br/autor/confucio/
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    RETORNO S AULASFonte: TV Bahia

    Texto Adaptado por PauloSNSantanaais de135 mil alunos da redeunicipal de Ensino em Salvador

    oltaram s aulas no dia 18 devereiro, e este ano com umaovidade cinco escolas entre asuatrocentas municipais,ncionaro em tempo integral. Eavia uma preocupao com afeio, o que estes alunos iro

    omer o dia inteiro para garantir umaoa aula. Em clima de festa noimeiro dia de aulas dia deencontro e de contar as fofocas,

    s estudantes foram surpreendidosmesa para a primeira refeio doa. Um feijozinho, bife, salada, pire batatas, e arroz. Refeioostosa e admirada pelos alunos.egundo a nutricionista da Escola, aaior preocupao com amentao na hora de escolher o

    ardpio tentar variar o mximo,olocando alimento do grupo darmide alimentar. A alimentaoeve ser leve, pois com o programascola integral os alunos, voceber o lanche da manh, omoo, o lanche da tarde e a jantantes de sair da escola. De acordoom a professora da escola, alm

    os contedos que j existem naade curricular eles tero aapoeira, futsal, artes plsticas,anto, coral, informtica e os alunoso poder criar grupos de dana.gumas escolas da rede municipal

    e Salvador receberam os alunos eeus os pais ou responsveis comsta, e em vrias escolas os alunosram recebidos com msica,presentaes de hip hop, enfarra. Os alunos recebidos essanergia e tranquilidade, j iniciam o

    eu dia na escola com uma boaerspectiva. Em algumas escolas osunos foram recebidos pelo Prefeitoe Salvador ACM Neto. O Prefeitolou sobre as novidades deste anodisse que nas escolas onde no

    ouver tempo integral os alunosermanecero mais tempo, trintainutos aproximadamente.m Coaraci uma equipe deoordenadores e Professores visitous bairros em busca de alunos quenda no haviam se matriculado,

    clusive adultos e terceira idade.oram visitados os bairros: Alto Belasta, Maria Gabriela, Feirinha,arragem, Lagoa Encantada,erimbau I e II, Colina, Centro entreutros.

    que a cada ano o nmero dematriculas vem caindo, e isso refleteum desinteresse pela escola, e comessa queda cai tambm os recursosenviados pelo FUNDEB, paramanuteno da educao,pagamento de professores e outras

    despesas. O que tem sido umagravante a queda do nmero dehabitantes de Coaraci, hoje na faixade mais ou menos dezenove mil,ndice este fornecido pelo IBGE.Seria muito bom que as escolas daRede Municipal de Educaorecebessem seus alunos preparascom festa, boa alimentao, ealgumas em tempo integral. Quehouvesse professores suficientes,material adequado, e direopreparada com formao

    pedaggica. Seria ainda melhor seos Programas Mais Educao e oPrograma Segundo Tempo fossemexecutados obedecendo sorientaes dos tcnicos do MEC, eque a alimentao seguisse amesma linha nutricional das escolasda rede municipal de Salvador.

    PAIS E FILHOSENSINO DENTRO DE CASA

    SE ESTA MODA PEGA!Fonte: Fantstico, Rede Globo.

    Algumas famlias brasileiras esto tirando seus filhos da escola eoptando pela educao familiar. Os prprios pais viram professoresdos seus filhos. Mas isso no permitido no pas. Os filhos estudamna companhia da me e na companhia virtual, Kaleb passa os diasestudando em casa. Ele saiu da escola a trs anos por deciso dospais que moram em Belo Horizonte. A irm de Kaleb tem quinze anose tambm no frequenta a escola. Os pais dizem que os filhos hojerendem muito mais. Kaleb estuda em um cantinho da casa, umaespcie de gabinete, no tem horrios fixos, mais uma coisa obrigatria todos os dias, a leitura. Kaleb diz que prefere estudar emcasa, porque tranquilo e pode concentrar-se melhor.A Justia determinou ms passado que Kaleb e a irm voltem paraescola at o comeo de maro, porque a legislao brasileira noprev educao domiciliar.O mesmo aconteceu com um casal que vive na zona rural deCaratinga. Interior de Minas. Eles tambm tiraram os filhos docolgio. As crianas tronaram-se autodidatas, sem aqueladependncia de serem ensinados para aprender, os filhos hoje com18 e 19 anos esto a sete anos longe da escola. Em casa elesdisserem aprender com mais gosto e o fato de escolher os contedosos ajudou a formarem-se em programador de computador e webdesign. Quando tinham 12 e 15 anos passaram no vestibular deDireito, s para provar que podiam. Agora eles pretendem fazer oexame nacional do ensino mdio, pra tentar conseguir um certificadode concluso do curso. O que permitido pelo ministrio daeducao. A filha caula da famlia segue o mesmo caminho, Ana,tem cinco aninhos nunca foi a uma creche, ou escolinha e seus paisquerem que continue assim, que a educao seja s em casamesmo. Aninha j est alfabetizada. Aos quatro aninhos j estavalendo em portugus e ingls. Os pais afirmam que seus filhos noprecisam da escola. Na opinio deles a escola deve ser a ultimaalternativa, com isso este casal at hoje tem problemas com aJustia, inclusive j esto devendo mais de dez mil reais erespondem por abandono intelectual. Mas os Pais dizem que estodispostos a lutar at as ultimas consequncias. Estes pais no estosozinhos, a Associao Nacional de Educao Domiciliar, afirma queno Brasil cerca de mil famlias, do lies aos filhos em casa. NosEstados Unidos a educao familiar aceita em vrios Estados. Em2007 hum milho e meio de crianas, estudavam assim.

    No Brasil um projeto de lei, esta em tramitao no CongressoNacional e pretende liberar este tipo de aprendizagem. Mas ascrianas teriam que passar por exames peridicos.Para as pedagogas quem no tem convvio escolar deixa de interagire perde a essncia da convivncia comunitria, mas os pais rebatem,e dizem que seus filhos brincam com os amiguinhos, no bairro todosos dias, e Kaleb faz aulas de violo e tambm tem amigos.Para a promotoria da infncia e juventude, estes pais desrespeitam oestatuto da criana e do adolescente, que diz que os pais devemmatricular os filhos, na rede regular de ensino, j os pais se apoiamem um artigo da declarao universal dos direitos humanos, que dizque os pais tem prioridade na escolha do aprendizado dos filhos. Ospais de Kaleb foram multados em trs salrios mnimos cada um por

    desrespeito ao estatuto da criana. Eles tambm podem perder aguarda dos filhos se os adolescentes no voltarem a escola. Os paisdizem que vo lutar para que as leis do pas admitam a instruodomiciliar.

    Se esta moda pega hem!

    H escolas queso gaiolas e h

    escolas que soasas.Rubem Alves

    TCNICOS DA SMED

    Crianas residentes noBairro Maria Gabriela

    http://pensador.uol.com.br/autor/rubem_alves/http://pensador.uol.com.br/autor/rubem_alves/http://pensador.uol.com.br/frases_curtas_e_inteligentes/2/
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    O padeirode Rubem Braga

    Levanto cedo, fao minhas ablues, ponho achaleira no fogo para fazer caf e abro a porta doapartamento - mas no encontro o po costumeiro.No mesmo instante me lembro de ter lido algumacoisa nos jornais da vspera sobre a "greve do po

    dormido".De resto no bem uma greve, um lock-out,greve dos patres, que suspenderam o trabalhonoturno; acham que obrigando o povo a tomar seucaf da manh com po dormido conseguiro nosei bem o que do governo.Est bem. Tomo o meu caf com po dormido, queno to ruim assim. E enquanto tomo caf voume lembrando de um homem modesto que conheciantigamente. Quando vinha deixar o po porta doapartamento ele apertava a campainha, mas, parano incomodar os moradores, avisava gritando:- No ningum, o padeiro! Interroguei-o uma

    vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? "Entovoc no ningum?"Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprenderaaquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecerabater a campainha de uma casa e ser atendido poruma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouviruma voz que vinha l de dentro perguntando quemera; e ouvir a pessoa que o atendera dizer paradentro: "no ningum, no senhora, o padeiro".Assim ficara sabendo que no era ningum...Ele me contou isso sem mgoa nenhuma, e sedespediu ainda sorrindo. Eu no quis det-lo paraexplicar que estava falando com um colega, ainda

    que menos importante. Naquele tempo eu tambm,como os padeiros, fazia o trabalho noturno.Era pela madrugada que deixava a redao dejornal, quase sempre depois de uma passagempela oficina - e muitas vezes saa j levando namo um dos primeiros exemplares rodados, ojornal ainda quentinho da mquina, como posado do forno.Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! Es vezes me julgava importante porque no jornalque levava para casa, alm de reportagens ounotas que eu escrevera sem assinar, ia umacrnica ou artigo com o meu nome. O jornal e o

    po estariam bem cedinho na porta de cada lar; edentro do meu corao eu recebi a lio dehumildade daquele homem entre todos til e entretodos alegre; "no ningum, o padeiro!. E assobiava pelas escadas.

    OLHA AS MULHERES SO ESPERTAS N?O AS SUBESTIME! NO AS SUBESTIME!

    E o sapo perguntou. E qual o teu primeiro desejo? Quero ser a mulher mais bela do planeta. Temerteza perguntou o sapo lembrando que o seu marido, receber dez vezes mais o que far delem homem extremamente belo. Um deus grego por quem as mulheres se apaixonaro. Isso noar mal algum, disse ela, porque sendo eu a mulher mais bela do mundo ele s ter olhos paramim. Disse a mulher sempre com a voz mais animada.Chazam! O sapo concedeu-lhe o primeiro desejo. Tornou-a a mais bela mulher do universo.E o teu segundo desejo? Quis saber o sapo. E a mulher pediu. Quero ser a mulher mais rica do

    mundo. Tu tens certeza! No te esqueas que o teu marido vai ficar dez vezes mais rico do que tu.Avisou o sapo.

    No faz mal, porque o que meu dele e o que dele meu, respondeu a mulher com algumamalcia no olhar.

    Chazam! O sapo concedeu-lhe o segundo desejo. Tornando-a a mulher mais rica do mundo.E finalmente chegara a hora do terceiro desejo, do ultimo, diz a mulher:Agora quero ter um ataque do corao fraco, um ataque fraco. E sorriu sacanamente. E Chazam oapo concedeu-lhe o ultimo desejo. A histria poderia parar por aqui. Mas no. O desfecho foi oeguinte: A mulher apesar de ter pedido um ataque cardaco fraco, mesmo assim, no aguentou e

    morreu. Agora o marido sem fazer nada, tornou-se o homem mais bonito do mundo, mais rico, eeve um ataque cardaco, dez vezes mais fraco que a mulher, e sobreviveu.

    e tu jogas golfe, procura teu sapo e seja feliz. Texto Blogado na NET por PauloSNSantana.

    UM CONTO DE COARACIPor Solon Planeta,

    Coaraci, 5 de fevereiro de 2013.

    as barrancas do Ribeiro dos Macacos, onde j existia cinco ou seis casebres, local conhecidoomo Boca da Conversa, um pouco abaixo das barcaas do Sr. Joaquim Moreira.

    metade da dcada de 1930, o Dr. Eusine Lavigne, Prefeito de Ilhus, veio aqui em Itacar dolmada, que se no me falha a memria, para empossar o Dr. Juvncio Peri Lima comodministrador do distrito. O palanque foi armado na prainha cheia de mato e lama que da para aente passou a ter o seu nome, hoje, a Praa Getlio Vargas. Quase todo o povo compareceu aocontecimento. Como de praxe a caravana era composta de gente ilustre, onde se destacava orande tribuno e criminalista da poca, Dr. Rui Penalva, respeitado at nos Tribunais da Bahia,omo era chamada na poca a cidade de Salvador.oncedida a palavra, uma pessoa tomou a iniciativa da solenidade. A certa altura falou algumaoisa que o povo no gostou e recebeu uma forte vaia. Falaram outros e mais outros, at quehegou a vez do Dr. Rui Penalva. Comeou com palavras singelas e na proporo que o povo foiostando, ele foi se aprofundando ao ponto de atingir os plos rticos, antrticos, passar peloxtremo Oriente, sobrepor as montanhas dos Andes at chegar na concluso do seu discurso

    zendo as mesmas coisas e palavras do que antes fora vaiado, e o povo o aplaudiu ruidosamente.eita a pausa, o orador exclamou: A est o fator da inconscincia, como quem queria dizer que oalor no est na ao, e sim em quem a pratica. Na minha maneira de ver e analisar esse fator deconscincia vem perdurando at nossos dias, quando ns deliberamos escolher para gerir osroblemas coletivos gente desprovida de quaisquer ao de viso para tal finalidade.

    ma mulher jogava golfe, e numa tacada mais fortebolinha caiu no meio de um bosque. A moa

    enetrou no bosque procurando a bola, a percorreurodou atalhos e finalmente no viu a bola. Mas viu

    m sapo preso numa armadilha, e o sapo lhe disse:O sapo falava e falava na segunda pessoa do

    ngular, j que era um sapo formado em letras. Seu me soltares, conceder-te-ei trs desejos: Amulher sem hesitar libertou o sapo. Obrigado, massqueci-me de mencionar uma condio para teonceder os trs desejos. Seguinte: Qualquer coisaue tu pedires, o teu marido receber dez vezes

    mais. Ha...Respondeu a mulher. No h problemas.o h problema nenhum. E seus olhos brilharame forma estranha.

    egundo os moradores da poca, quandoacar do Almada tinha quarenta ou cinquentaasas, quando o campo de futebol era na atualua 1 de janeiro, o cemitrio era onde hoje oanco do Brasil e que segundo o Sr. Raimundoontes, j morador do Jardim Cajueiro, sendole quem fabricou os primeiros tijolos noovoado, cuja olaria foi construda naropriedade do Sr. Jos Antnio Amorim situada

    http://tvcultura.cmais.com.br/aloescola/literatura/cronicas/rubembraga.htmhttp://tvcultura.cmais.com.br/aloescola/literatura/cronicas/rubembraga.htmhttp://tvcultura.cmais.com.br/aloescola/literatura/cronicas/rubembraga.htmhttp://tvcultura.cmais.com.br/aloescola/literatura/cronicas/rubembraga.htmhttp://tvcultura.cmais.com.br/aloescola/literatura/cronicas/rubembraga.htmhttp://tvcultura.cmais.com.br/aloescola/literatura/cronicas/rubembraga.htm
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    ESTADOS ANSIOSHiatos

    Nos estados ansiosGoverna o rei da alegria

    Mestre do humorPrncipe da fantasia

    Nesta terraSorrir preciso

    Seus personagensTrazem sorrisos

    Terra do profetaDe bento carneiroLegitimo vampiroVampiro brasileiro

    Bebendo cervejas com nazarenoOuvindo historias de pantaleo

    Na minha vida jovemEncontro inspirao

    Assisti aos jogos de coalhadaMeu craque predileto

    Meu ator Alberto Roberto

    Sou amigo de bozRapaz conquistador

    Sou primo de HaroldoMacho, hetero, sedutor.

    Minha tia Salom fofoqueira sem igualFaz fofoca da politica

    Politica nacional

    Votei em justo

    Politico ladroRetrato verssimo da corrupo

    Na escolinha do professor RaimundoFui aprendiz

    Entendi que a grande lio ousar ser feliz

    Nos estados anisiosNascem personagens do riso

    Personagens eternosDe Chico Ansio

    Terra de encantosOnde o solBrilha como um sorriso

    Terra de ChicoChico Ansio.

    MARAVILHAS SEM GLRIA

    De PlanetaSou caboclo brasileiro

    Dascercanias de Itabuna,Sou da gema Grapina

    Perteno a esse povo altaneiroDe olhar vivo e p ligeiroDas extenses do cacau

    De fama internacionalPor sua grande pujana

    Reconhecida nas Amricas e at na FranaPelo seu exuberante potencial.

    Um poeta improvisadoQue prosa por intuioNo cursou a educao

    No atingiu o aprendizadoO que tem lhe foi dotadoDo gnese dos cacauais

    S aprendeu dos seus paisO que h de mais sagrado

    Respeitar e tambm ser respeitadoReconhecer as virtudes dos demais.

    Ser trovador um domGraas s tem quem mereceQuem no as tem s padeceNo tem ritmo nem tem som

    No valoriza o que bomNem aceita o que esta certo

    Vive a pregar no desertoPor no ter outra faceta

    Tem inveja e despeito de PlanetaPor falar com altivez e peito aberto.

    O Brasil muito bomAlgumas pessoas que no prestam

    Lisura no mais lhes restaNo tem virtudes nem dom

    como uma orquestra sem somSem maestro e sem instrumento

    como um balo sem vento como um barco furado

    Em alto mar relegado espera de um comandante

    Que seja um exmio navegantePra lhes manter prumo e norteado.

    O Brasil excelenteSeu povo que descansado

    Negligente e acomodadoQue chega a ser displicente

    Que no sabe olhar pra frenteNo dar importncia ao que tem

    Como fosse um Z ningumA esperar vida mansa

    E os sagazes enchendo as panasNos tratando com escrnio e com desdm.

    Planeta

    SONHO ECOLGICOWaldir Amorim

    Sonhei que chegou um diaem que, bichos e homensviviam em paz na terra,

    tudo em plena harmonia.Sem dio, sem raiva, sem guerra.

    Que a gua do Rio Almadavivia sempre ornada

    de todo tipo vida,de animais e aves raras.

    O que prendia a ateno?Isso todo mundo viu.

    Uma viso emocionante,preenchera meu vazio.

    Em meio aquele leitouma famlia bem quietinha

    se aquecendo a luz do sol,sobre a pedra de cor clara,com baronesas ao redor,os meus olhos cativara.

    E o que marcou o eventoser, voc adivinha?

    que todos contemplavamum filhote se banhado

    como fosse uma criancinha.

    Desprovidos de suas armas:arapucas, armadilhass um sorriso no rosto

    que meu sonho notara.Todo mundo ali em frente,

    viso sublime e rara,

    http://pensador.uol.com.br/autor/marques_de_marica/
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    O BAIRRO ONDE EU MOROAutor desconhecido

    Poema adaptado por PauloSNSantana

    O Bairro onde moro um mundo de luzes e cores,

    luzes de alegria

    e cores de amizades.H ruas caladas e asfaltada,mais de um morro alto,

    d para ver o cu de perto,d para ver as estrelas,

    d para ver a lua,que refletem em minha rua,

    a dignidade de um povoesperando um ano novo.

    Meu bairro poesiade crianas em euforia,

    um canto ondevivo em descanso.Nele existe um larOnde vivo a morar.

    Bairro Maria GabrielaQuem te conhecer

    Com certeza,Vai te amar.