EL ROMANCER EO N LA PRIMER A PARTE DEL...

16
EL ROMANCERO E N L A PRIMERA PARTE DEL QUIJOTE Así calificó el narrador del Ingenioso hidalgo don Quijote de la Man- cha al entonces popularísimo romance del Marqués de Mantua: "...historia sabida de los niños, no ignorada de los mozos, cele- brada y aun creída de los viejos, y, con todo esto, no más verdadera que los milagros de Mahoma" (I, 5, 103) l . Años después, Mateo Alemán y Rodrigo Caro nos informan que los pliegos sueltos de este mismo romance se utilizaban en las escuelas para enseñar a leer a los niños (y, de paso, adormecerlos, pues el poema consta de más de ¡400 versos dieciseisílabos!) 2 . No sabemos si Cervantes fue uno de estos niños, en todo caso, lo que es evidente es que él, como Alemán y Caro, y como todo hombre de su tiempo, sabía muchos romances, y n o dejó de aprovechar ese conocimiento en algunas de sus obras, por ejemplo, El Quijote. Hay romances en las dos partes de la novela, que, como es sabido, fueron publicadas con diez años de diferencia. Sin duda, tales años no fueron ocio- sos, ni para el autor, ni para la historia de don Quijote, pues entre el texto de 1605 y el de 1615 hay grandes diferencias. Una de ellas tiene que ver con el romancero. 1 Para todos los casos sigo la edición que Luis ANDRÉS MURILLO preparó para Clásicos Castalia (Madrid, 1982). En adelante, indico en el texto la parte, el capí- tulo y las páginas. Ocasionalmente, remitiré a las notas de FRANCISCO RODRÍGUEZ MARÍN , incluidas en la edición del Patronato del IV Centenario de Cervantes (Madrid, 1947-1949). 2 En 1609, MATEO ALEMÁN critica los errores de los viejos métodos de ense- ñanza, en los siguientes términos: "Comencávamos niños, i salíamos casi barba- dos a la Gramática, pasándose lo mejor de la vida entre las coplas de Marqués de Mantua, i fecha la plana" (Ortografía castellana, ed. J. Rojas Garcidueñas, El Colegio de México, México, 1950, p. 24) . En una composición festiva que se con- serva en la Biblioteca Colombina de Sevilla, Rodrigo Caro exclama: "¡Oh, noble Marqués de Mantua!, / qué de veces repetido / fue tu caso lastimero / que en la escuela deprendimos" (apudF. RODRÍGUEZ MARÍN, ed. cit., t. 1, p. 173, nota). NRFH, XLV (1997), núm. 2, 321-336

Transcript of EL ROMANCER EO N LA PRIMER A PARTE DEL...

Page 1: EL ROMANCER EO N LA PRIMER A PARTE DEL QUIJOTEaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27162/1/45-002-1997-03… · elaboración del Quijote', De Cervantes y Lope de Vega, Espasa-Calpe,

E L R O M A N C E R O E N L A P R I M E R A P A R T E D E L QUIJOTE

Así ca l i f icó e l n a r r a d o r d e l Ingenioso hidalgo don Quijote de la Man­cha al entonces p o p u l a r í s i m o r o m a n c e d e l Marqués de Mantua: " . . . h i s t o r i a sabida de los n i ñ o s , n o i g n o r a d a de los mozos , cele­b r a d a y a u n c r e í d a de los viejos, y, c o n todo esto, n o m á s verdadera que los mi lagros de M a h o m a " (I, 5, 1 0 3 ) l . A ñ o s d e s p u é s , M a t e o A l e m á n y R o d r i g o C a r o nos i n f o r m a n que los pl iegos sueltos de este m i s m o r o m a n c e se u t i l i z a b a n e n las escuelas p a r a e n s e ñ a r a leer a los n i ñ o s (y, de paso, adormecer lo s , pues e l p o e m a consta de m á s de ¡400 versos d i e c i s e i s í l a b o s ! ) 2 . N o sabemos si Cervantes fue u n o de estos n i ñ o s , e n todo caso, lo que es evidente es que él, c o m o A l e m á n y C a r o , y c o m o todo h o m b r e de su t i e m p o , s a b í a m u c h o s romances , y n o d e j ó de aprovechar ese c o n o c i m i e n t o e n algunas de sus obras, p o r e j emplo , El Quijote. H a y romances e n las dos partes de l a nove la , que , c o m o es sabido, f u e r o n publ icadas c o n d iez a ñ o s de d i f e renc ia . S i n d u d a , tales a ñ o s n o f u e r o n oc io­sos, n i p a r a e l autor , n i p a r a l a h i s tor i a de d o n Qui jote , pues entre e l texto de 1605 y e l de 1615 hay grandes di ferencias . U n a de ellas t iene que ver c o n e l r o m a n c e r o .

1 Para todos los casos sigo la edición que Luis ANDRÉS MURILLO p reparó para Clásicos Castalia (Madrid, 1 9 8 2 ) . En adelante, indico en el texto la parte, el capí­tulo y las páginas . Ocasionalmente, remitiré a las notas de FRANCISCO RODRÍGUEZ MARÍN , incluidas en la edición del Patronato del I V Centenario de Cervantes (Madrid, 1 9 4 7 - 1 9 4 9 ) .

2 En 1 6 0 9 , MATEO ALEMÁN critica los errores de los viejos métodos de ense­ñanza, en los siguientes términos: "Comencávamos niños, i sal íamos casi barba­dos a la Gramática, pa sándose lo mejor de la vida entre las coplas de Marqués de Mantua, i fecha la plana" (Ortografía castellana, ed. J. Rojas Garcidueñas , El Colegio de México, México, 1 9 5 0 , p. 2 4 ) . En una composición festiva que se con­serva en la Biblioteca Colombina de Sevilla, Rodrigo Caro exclama: "¡Oh, noble Marqués de Mantua!, / qué de veces repetido / fue tu caso lastimero / que en la escuela deprendimos" (apudF. RODRÍGUEZ MARÍN , ed. cit., t. 1, p. 1 7 3 , nota).

NRFH, XLV (1997), núm. 2, 321-336

Page 2: EL ROMANCER EO N LA PRIMER A PARTE DEL QUIJOTEaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27162/1/45-002-1997-03… · elaboración del Quijote', De Cervantes y Lope de Vega, Espasa-Calpe,

322 MAGDALENA ALTAMIRANO NRFH, XLV

Si revisamos e l c o n j u n t o de la obra , e n c o n t r a r e m o s que e n la P r i m e r a parte hay pocos romances , frente a lo que o c u r r e en la Segunda , d o n d e e l n ú m e r o y l a var i edad de e jemplos se incre­m e n t a n o t a b l e m e n t e . Semejante contraste p u e d e l levarnos a pen­sar que es e n l a ú l t i m a parte d o n d e nuestro g é n e r o a lcanza mayor peso, q u i z á así sea, pe ro los romances de la P r i m e r a parte t a m b i é n poseen su p r o p i o i n t e r é s , entre otras cosas, p o r q u e gracias a ellos Cervantes e x p l o r ó varias de las pos ib i l idades que d e s a r r o l l a r á al escr ib ir l a h i s tor i a de l a tercera sal ida de d o n Qui jote . E n esta oca­s ión , veremos q u é es lo que e l texto de 1605 nos apor ta en mate­r i a r o m a n c í s t i c a .

R O M A N C E S PREFERIDOS

E n l a o b r a aparecen siete romances , citados pa rc i a l o tota lmente p o r d o n Qui jo te , e l n a r r a d o r u otros personajes 3 . E n este peque­ñ o g r u p o hay dos tipos de poemas , que , a su vez, c o r r e s p o n d e n a dos g é n e r o s c o m p l e t a m e n t e dist intos :

a) R o m a n c e s viejos, es dec ir , aquel los romances a n ó n i m o s que se v e n í a n c a n t a n d o desde l a E d a d M e d i a , p o r toda clase de gente, a l o largo y a n c h o de l a P e n í n s u l a i b é r i c a (e, inc lu so , m á s a l lá de las fronteras nac iona le s ) ; los romances viejos d e l Quijote son cua­tro: Mis arreos son las armas... o La constancia (I, 2, 84-85), Lanzarote y el orgulloso (I, 2, 85; 13, 170-171), e l ya m e n c i o n a d o Marqués de Mantua (I, 5, 103-104; 10,150-151; 19, 228; 31, 383) y En el val de las estacas... (I, 17, 206 ) 4 . Quizá h a b r í a que cons iderar t a m b i é n los versos "de los que d i c e n las gentes / que van a sus aventuras" o "destos que d i c e n las gentes / que a sus aventuras v a n " (I, 9, 40; 49, 581) , que , p o r su esti lo, b i e n p o d r í a n per tenecer a u n r o m a n c e viejo h o y d e s c o n o c i d o 5 .

3 En el recuento que sigue no incluyo las meras alusiones a personajes o epi­sodios romancíst icos, donde no se citan o refunden versos concretos, por ejem­plo, el desacato que hizo el Cid al Papa, mencionado por don Quijote en el episodio del cuerpo muerto (1,19, 2 3 5 - 2 3 6 ) . Por la misma razón, dejo para otro momento el análisis de los paralelos entre la figura de Cardenio loco y el pro­tagonista de Por unos puertos arriba... (RAMÓN MENÉNDEZ PIDAL, "Un aspecto en la e laboración del Quijote', De Cervantes y Lope de Vega, Espasa-Calpe, Buenos Aires, 1 9 4 3 , pp. 3 2 - 3 3 ) .

4 En el texto de 1 6 1 5 reaparecen Lanzarote y el orgulloso ( I I , 2 3 , 2 2 0 ; 3 1 , 2 7 5 ) y el Marqués de Mantua (II, 2 3 , 2 2 2 ; 3 2 , 2 8 8 ) .

5 La otra posibilidad, ya apuntada por RODRÍGUEZ MARÍN (ed. cit, t. 1, pp. 2 7 5 -2 7 6 , nota), es que los versos se deben a la pluma de Alvar Gómez de Ciudad

Page 3: EL ROMANCER EO N LA PRIMER A PARTE DEL QUIJOTEaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27162/1/45-002-1997-03… · elaboración del Quijote', De Cervantes y Lope de Vega, Espasa-Calpe,

NRFH, XLV EL ROMANCERO EN LA PRIMERA PARTE DEL "QUIJOTE" 323

b) R o m a n c e s nuevos, o sea, los romances escritos p o r poetas cortesanos e n las dos ú l t i m a s d é c a d a s d e l siglo xvi y l a p r i m e r a d e l xv i i ; a u n q u e estas nuevas c o m p o s i c i o n e s conservan l a m é t r i c a y u n o que o t ro r e c u e r d o de los ant iguos romances , e n def ini t iva , su esti lo es e l de la p o e s í a cu l t a c o e t á n e a . E n nuestra o b r a hay tres e jemplos de este t ipo . U n o de ellos es e l que c o m i e n z a " ¿ D ó n d e es tá s , s e ñ o r a m í a . . . ? " (I, 5, 103) y es, e n rea l idad , u n contrafactum d e l texto viejo d e l Marqués de Mantua] e l r o m a n c e nuevo se debe a J e r ó n i m o T r e v i ñ o y se i m p r i m i ó e n Alca lá , e n 1598 ( t a m b i é n p a s ó a varias edic iones d e l Romancero general). P o r o t ra parte, Mari­nero soy de amor... (I, 43, 521-522) es o b r a de Cervantes , q u i e n d e b i ó e scr ib i r lo e n 1591, o p o c o antes, ya que fue e n este a ñ o c u a n d o L u i s Salvador (cantor de cap i l l a y c á m a r a de F e l i p e II) m u s i c a l i z ó e l p o e m a ; es m u y pos ib le que Cervantes sea t a m b i é n e l autor de Yo sé, Olalla, que me adoras... (I, 9, 158-160).

C o m o se ve, tenemos u n l i gero p r e d o m i n i o d e l r o m a n c e r o viejo sobre e l nuevo (cuatro frente a tres) 6 . A p a r e n t e m e n t e , este p r e d o m i n i o d i s u e n a u n p o c o de las modas p o é t i c a s de a q u e l entonces , c u a n d o los romances nuevos gozaban de u n a p o p u l a r i ­d a d ex t raord inar i a . . . e n algunos sectores (el cortesano y e l u rbano , sobre t o d o ) ; Cervantes m i s m o e s c r i b i ó m u c h o s de estos romances (al i gua l que L o p e , G ó n g o r a , L i ñ á n , Quevedo , entre otros n o m ­bres c é l e b r e s ) . N o t e m o s t a m b i é n que, c o n e x c e p c i ó n d e l contrafac­tum, e n e l Quijote, los romances nuevos se r e p r o d u c e n comple to s y e spec i f icando q u i é n es e l supuesto autor (dentro d e l m a r c o de la ficción novelesca, c laro e s t á ) 7 , mientras los romances viejos se c i t an de m a n e r a f ragmentar ia , apenas u n o s pocos versos interca­lados e n los par l amentos de los personajes o e n e l discurso d e l n a r r a d o r :

Real, quien los usó en su traslación de los Trionfi de Petrarca. En la Segunda par­te de la novela, don Quijote recurre a nuestros versos para presentarse ante don Diego de Miranda (II, 16, 151).

6 En la Segunda parte, los romances viejos también dominarán sobre los nuevos (alrededor de quince sobre siete).

7 En relación con Yo sé, Olalla, que me adoras..., uno de los cabreros dice así a su c o m p a ñ e r o Antonio: "Hémos le dicho [a don Quijote] tus buenas habilida­des y deseamos que las muestres y nos saques verdaderos; y así, te ruego por tu vida que te sientes y cantes el romance de tus amores que te compuso el benefi­ciado tu tío, que en el pueblo ha parecido muy bien" (I, 5,158). Mucho más avan­zado el texto, don Luis, el falso mozo de muías, aparece cantando Marinero soy de amor...; por las palabras de d o ñ a Clara, su enamorada, suponemos que fue el pro­pio Luis quien compuso el romance: "todo aquello que canta lo saca de su cabeza; que he o ído decir que es muy grande estudiante y poeta" (I, 43, 524).

Page 4: EL ROMANCER EO N LA PRIMER A PARTE DEL QUIJOTEaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27162/1/45-002-1997-03… · elaboración del Quijote', De Cervantes y Lope de Vega, Espasa-Calpe,

324 MAGDALENA ALTAMIRANO NRFH, XLV

Para mí, señor castellano, cualquiera cosa basta, porque mis arreos son las armas, / m i descanso el pelear, etc. (I, 2, 84).

.. . como [don Quijote] se imaginaba que aquellas traídas y llevadas que le desarmaban eran algunas principales señoras y damas de aquel castillo, les dijo con mucho donaire:

N u n c a fuera caballero / de damas tan bien servido como fuera don Quijote / cuando de su aldea vino: doncellas curaban del, / princesas del su rocino,

o Rocinante, que éste es el nombre, señoras mías, de mi caballo (I, 2, 85-86).

Yo hago juramento al Criador de todas las cosas y a los santos cuatro Evangelios... de hacer la vida que hizo el grande marqués de Man­tua cuando j u r ó vengar la muerte de su sobrino Valdovinos, que fue de no comer pan a manteles, / ni con su mujer folgar, y otras cosas que, aunque dellas no me acuerdo, las doy aquí por expresadas, hasta tomar entera venganza del que tal desaguisado me fizo (I, 10, 150).

Hab ía ya vuelto en este tiempo de su parasismo don Quijote, y, con el mesmo tono de voz con que el día antes había llamado a su escu­dero, cuando estaba tendido en el val de las estacas, le comenzó a lla­mar. . . (I, 17, 206).

H o y e n d í a , t enemos que a c u d i r a las viejas co lecc iones r o m a n c í s -ticas si q u e r e m o s c o n o c e r e l texto c o m p l e t o de estos poemas 8 , l o que es m á s , d i c h o c o n o c i m i e n t o es i m p r e s c i n d i b l e pa ra captar los juegos que subyacen e n m u c h o s de los romances citados e n El Quijote9. C o n seguridad, Cervantes s a b r í a que sus lectores i n m e d i a ­tos n o t e n d r í a n nues tro p r o b l e m a , pues, p a r a ellos e l r o m a n c e r o viejo e ra cosa co t id i ana , se cantaba, rec i taba y o í a p o r d o q u i e r , i n c l u s o , d e n t r o d e l lenguaje cor r i en te , a m a n e r a de frases pro­verbia les 1 0 . Así pues, Cervantes pr ivi legió a los romances viejos por-

8 Cf., por ejemplo, el Cancionero de romances (Amberes, s. a.), ed. facs. R. Menéndez Pidal, CSIC, Madrid, 1945, donde aparecen: Mis arreos son las armas... (f. 252), Lanzarotey el orgulloso (f. 228) y El Marqués de Mantua (ff. 29-42); como veremos más adelante, En el val de las estacas puede llevarnos al segundo tomo de la Silva de varios romances (Zaragoza, 1550), a la Rosa española de Timoneda (1573), o a un (desconocido) códice del siglo xvi, que sirvió de base a don AGUS­TÍN DURAN, Romancero general o Colección de romances castellanos anteriores al siglo xviii, Imp. M. Rivadeneyra, Madrid, 1849-1851, núm. 750.

9 Véase DAVID L . GARRISON, "Bailad as code in Don Quijote", Neophilologus, 64 (1980), 384-389.

1 0 R. MENÉNDEZ PIDAL, Romancero hispánico (hispano-portugués, americano y sefar­dí). Teoría e historia, Espasa-Calpe, Madrid, 1968, t. 2, pp. 184-189. Además, los lee-

Page 5: EL ROMANCER EO N LA PRIMER A PARTE DEL QUIJOTEaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27162/1/45-002-1997-03… · elaboración del Quijote', De Cervantes y Lope de Vega, Espasa-Calpe,

NRFH, XLV EL ROMANCERO EN LA PRIMERA PARTE DEL "QUIJOTE" 325

que é s to s e r a n los que p o d í a n resultar famil iares a l a m a y o r í a d e la gente, frente a l o que o c u r r í a c o n los r o m a n c e s nuevos, q u e p o d í a n pasar de m o d a m u y r á p i d a m e n t e o n o l legar a conocer se e n e l á m b i t o r u r a l , p o r e j emplo .

D e n t r o d e l r e p e r t o r i o de romances viejos citados e n El Quijote hay tres r o m a n c e s caballerescos (La constancia, Lanzarotey el orgu­lloso y El Marqués de Mantua) y s ó l o u n o de asunto é p i c o - n a c i o n a l (En el val de las estacas...). D a d o que los tres p r i m e r o s aparecen , sobre todo , e n b o c a de d o n Qui jo te , p o d e m o s s u p o n e r que , de a l g u n a m a n e r a , e l h i d a l g o p r e f e r í a estos y n o otros romances . D i c h a p r e f e r e n c i a es bastante l ó g i c a si pensamos que los r o m a n ­ces caballerescos c o n t r i b u í a n a re forzar l a m o n o m a n í a de d o n Qui jo te , convert irse e n u n n u e v o caba l lero andante , y c o m p l e ­m e n t a b a n lo que él h a b í a l e í d o e n las t a m b i é n viejas novelas de c a b a l l e r í a s : p o r e j e m p l o , las i n c o m o d i d a d e s de l a v i d a andante q u e d a b a n m u y b i e n resumidas e n Mis arreos son las armas...', e l r o m a n c e de L a n z a r o t e , e l amante c e l e b é r r i m o de l a m a t e r i a ar-túr ica , t r a í a cons igo l a i m a g e n d e l caba l le ro e n a m o r a d o , s i e m p r e r o d e a d o de damas y defensor de e l l a s 1 1 ; p o r ú l t i m o , l a f i d e l i d a d a l l ina je , as í c o m o l a ne ce s idad de vengar las ofensas hechas p o r los malos cabal leros , c o n c o r d a b a n marav i l lo samente c o n l a h i s to r i a d e l m a r q u é s de M a n t u a y su desventurado s o b r i n o 1 2 .

tores del Siglo de Oro estaban más que acostumbrados a toparse con citas de romances dentro de obras de muy diversa índole . Parece ser que no era extra­ño que en las mismas novelas de caballerías se insertaran versos romancíst icos, como señaló JOSÉ DE PEROTT, "Reminiscencias de romances en libros de caballe­rías", RFE, 2 (1915), 289-292, a propósito de: Elprisionero>y Amadís de Grecia (1530, 1542); los romances de don Rodrigo y la traducción italiana del Elorisando, de Páez de Ribera (Venetia, 1610); y El incendio de Roma y el Onzieme livre dAmadis de Gaula (Lyon, 1576). Para romances derivados de este tipo de novelas, véase MARÍA CRUZ GARCÍA DE ENTERRÍA, "Libros de caballerías y romancero", JHPh, 10 (1985), 103-115.

1 1 D . L. GARRISON, art. cit., p. 386. 1 2 El paralelo entre este tipo de romances y las novelas de caballerías ha sido

notado por varios críticos, con propósi tos muy diferentes. En relación con el problema de una posible influencia del Entremés de los romances sobre el texto cer­vantino, MURILLO señala: "Cervantes no distingue [en los capítulos iniciales] entre libros en prosa y romances caballerescos de tradición oral porque todavía no se ha cuajado en redondo que el propósi to de su libro sea extirpar los libros en prosa de caballerías" , "Cervantes y El entremés de los romances", en CH(8), t. 2, p. 354. Según DANIEL EISENBERG ("El romance visto por Cervantes", Estudios cer­vantinos, Sirmio, Barcelona, 1991, pp. 58 y 72-73), Cervantes consideraba el romance similar al libro de caballerías, pues ambos géneros tenían graves defec­tos que el autor quería señalar a sus lectores: a) los dos estaban plagados de men-

Page 6: EL ROMANCER EO N LA PRIMER A PARTE DEL QUIJOTEaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27162/1/45-002-1997-03… · elaboración del Quijote', De Cervantes y Lope de Vega, Espasa-Calpe,

326 MAGDALENA ALTAMI RAN O NRFH, X L V

F O R M A S D E I N C O R P O R A C I Ó N D E L R O M A N C E R O .

A L G U N A S F U N C I O N E S D E L O S T E X T O S R O M A N C Í S T I C O S

E n esta p r i m e r a parte de l a obra , e l r o m a n c e se i n c o r p o r a de varias maneras :

a) Versos insertos c o m o tales, c o n dos p r o p ó s i t o s bás icos . E l m á s s imple de el los es e l canto de u n r o m a n c e p a r a r e p r o d u c i r u n c o n ­texto de o r a l i d a d , c o m o sucede c o n Yo sé, Olalla, que me adoras... y Marinero soy de amor... Las c ircunstancias que r o d e a n l a performan­ce de ambos romances p o d r í a n , m u y b i e n , darse e n l a r e a l i d a d de l a é p o c a : e n e l p r i m e r caso, e l cabrero A n t o n i o "s in hacerse m á s de rogar , se s e n t ó e n el t r o n c o de u n a d e s m o c h a d a e n c i n a , y, tem­p l a n d o su rabe l , de allí a p o c o , c o n m u y b u e n a gracia , c o m e n z ó a cantar" , a n i m a n d o así l a ve lada de sus c o m p a ñ e r o s y d o n Qui jote (I, 11, 158); e n e l segundo , nos e n c o n t r a m o s c o n u n a sent ida se­renata amorosa , a cargo de d o n L u i s , e l falso m o z o de m u í a s , q u i e n , c o n su sola voz, "canta que encanta" , c o n m o v i e n d o a todos los que l o oyen (1,43, 5 2 1 ) 1 3 .

A d e m á s de lo anter ior , debemos cons iderar que e l i n c l u i r estos y otros poemas sirve p a r a r o m p e r , de vez e n c u a n d o , l a m o n o t o ­n í a d e l discurso p r o s í s t i c o , agregando var i edad est i l í s t ica y vita l i­d a d a l c o n j u n t o de l a o b r a .

b) Versos i n c o r p o r a d o s a los par l amentos de los personajes o al d i scurso d e l n a r r a d o r ( u n solo caso). V e a m o s u n e j e m p l o de l a p r i m e r a p o s i b i l i d a d . D o n Qui jote e x p l i c a a V i v a l d o y c o m p a ñ í a e n q u é consiste l a o r d e n de l a c a b a l l e r í a andante :

tiras, y b) algunos romances eran tan lascivos como los libros de caballerías (recordemos aquello de "no con su muger folgar"). A mí no me parece que el objetivo de Cervantes sea censurar a los romances (o la afición que la gente de la época sentía hacia ellos), por el contrario, creo que Cervantes usa los roman­ces para jugar con ellos y, de paso, añadir cierto carácter oral a su obra.

1 3 Parece ser que las cualidades poético-musicales de los enamorados solían causar buena impres ión entre sus damas. Casi al final de la obra, el cabrero Eugenio nos narra c ó m o la pobre Leandra sucumbió a los encantos del pillo Vicente de la Rosa: "este bravo, este galán, este músico, este poeta fue visto y mirado muchas veces de Leandra, desde una ventana de su casa que tenía la vis­ta a la plaza. E n a m o r ó l a el oropel de sus vistosos trajes: encantáronla sus roman­ces, que de cada uno que componía daba veinte traslados, llegaron a sus oídos las hazañas que él de sí mismo había referido y, finalmente, que así el diablo lo deb ía tener ordenado, ella se vino a enamorar del, antes que en él naciesse pre­sunción de solicitalla" (I, 51, 593).

Page 7: EL ROMANCER EO N LA PRIMER A PARTE DEL QUIJOTEaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27162/1/45-002-1997-03… · elaboración del Quijote', De Cervantes y Lope de Vega, Espasa-Calpe,

NRFH, XLV EL ROMANCERO EN LA PRIMERA PARTE DEL "QUIJOTE" 327

Pues en tiempos deste buen rey [Arturo] fue instituida aquella famo­sa orden de caballería de los caballeros de la tabla Redonda, y pasa­ron, sin faltar un punto, los amores que allí se cuentan de don Lanzarote del Lago con la reina Ginebra, siendo medianera dellos y sabidora aquella tan honrada d u e ñ a Quintañona, de donde nació aquel tan sabido romance, y tan decantado en nuestra España, de

N u n c a fuera caballero / de damas tan bien servido como fuera Lanzarote / cuando de Bretaña vino,

con aquel progreso tan dulce y tan suave de sus amorosos y fuertes fechos (I, 13, 170-172).

A q u í d o n Qui jote subraya los nexos que exis ten entre las novelas de c a b a l l e r í a s y e l r o m a n c e r o cabal leresco, entre e l pasado le jano y fabuloso a que r e m i t e n estas historias y el presente e s p a ñ o l d o n ­de se sigue c a n t a n d o el r o m a n c e de L a n z a r o t e . E l a r g u m e n t o de d o n Qui jote p o d r í a ser e l s iguiente : este r o m a n c e n a r r a u n a his­t o r i a de los t i empos e n que se f u n d ó l a c a b a l l e r í a andante , si toda­vía se canta, ¿ q u é de e x t r a ñ o t iene que a h o r a yo intente revivir tan g lor io sa o rden? , si L a n z a r o t e fue tan b u e n caba l lero y amante , ¿ p o r q u é he de ser m e n o s yo? (Vo lveremos sobre e l part icular . ) O t r o s casos de versos i n c o r p o r a d o s a los pa r l amentos de los per­sonajes son: Mis arreos son las armas... (I, 2, 84) , Lanzarote (I, 2, 85) , El Marqués de Mantua (I, 5, 103; 10, 150; 19, 228) .

E n ocasiones, los versos e s t á n usados c o m o e lementos fraseo­l ó g i c o s d e l i d i o m a , s i gu ien do u n o de los usos habituales e n e l l en­guaje de la é p o c a , tal vez é s te sea e l caso de " M i s arreos son las armas . . . " , c u a n d o aparece e n boca de d o n Qui jote ; m á s c laro a ú n , es e l e j e m p l o de " en e l val de las estacas", usado p o r e l n a r r a d o r a l p r i n c i p i o d e l c a p í t u l o 17:

Había ya vuelto en este tiempo de su parasismo don Quijote, y, con el mesmo tono de voz con que el día antes había llamado a su escu­dero, cuando estaba tendido en el val de las estacas, le comenzó a lla­mar. . . (I, 7, 206).

P e r o , c o m o e n t i empos de Cervantes y c o m o sigue o c u r r i e n d o e n nuestros d í a s , e l m a n e j o de u n a frase p r o v e r b i a l p u e d e tener segundas in tenc iones , y é s ta s son, prec i samente , las d e l n a r r a d o r ( q u i e n , a pesar de usar m u y p o c o e l r o m a n c e r o , sabe sacar pro­v e c h o d e l g é n e r o ) . E l verso e n c u e s t i ó n i n i c i a dos romances c id ia-nos , de asunto m u y s imi lar ; e n e l p r i m e r o , e l C a m p e a d o r va a recoger las parias que u n rey m o r o debe a l rey castel lano:

Page 8: EL ROMANCER EO N LA PRIMER A PARTE DEL QUIJOTEaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27162/1/45-002-1997-03… · elaboración del Quijote', De Cervantes y Lope de Vega, Espasa-Calpe,

328 MAGDALENA ALTAMIRANO NRFH, XLV

Por el val de las estacas / pasó el C i d a mediodía , en su caballo Babieca, / ¡oh, qué bien que parecía! E l rey moro que lo supo / a recibirlo salía

- N o te las daré yo, el buen C i d , / C i d , yo no te las daría, si m i padre las pagó , / hizo lo que no debía.

- E n cuanto a eso, rey moro, / creo que nada te debía, que si buena lanza tienes, / por buena tengo la mía, mas da sus parias al rey, / a ese buen rey de Castilla.

- P o r ser vos su mensajero, / de buen grado las da r í a 1 4 .

E l s egundo de estos romances n a r r a e l e n f r e n t a m i e n t o d e l C i d y e l m o r o A b d a l l a :

Por el val de las estacas / el buen C i d pasado había, a la mano izquierda deja / la villa de Constantina. E n su caballo Babieca / muy gruesa lanza traía, va buscando al moro Abdal la , / que enojado le tenía,

- M u c h o s tiempos ha, el buen C i d , / que esperaba yo este día, porque no hay hombre nacido / de quien yo me escondería , porque desde m i niñez /s iempre huí de cobardía.

-Alabarte, moro Abdalla , / poco te aprovecharía, mas si eres tal cual tú hablas, / en esfuerzo y valentía, a tiempo eres venido, / que menester te sería. Estas palabras diciendo, / contra el moro arremetía, encontróle con la lanza / y en el suelo lo derriba, cortárale la cabeza, / sin le hacer cortesía (núm. 752).

Re tengamos los e lementos presentes e n ambos textos: l a g lo r io sa figura d e l C i d m o n t a d o e n Bab ieca ; e l C a m p e a d o r se en f renta a u n m o r o d i s t i n g u i d o (rey, g u e r r e r o ) , a q u i e n - p o r supues to- ven­ce, i n d i r e c t a o d i rec tamente gracias a su lanza . C u a n d o e l narra­d o r d e l Ingenioso hidalgo... u t i l i z a l a frase " en e l va l de las estacas", seguramente , sabe que los lectores r e c o r d a r á n a l g u n o de los ro­mances citados y, l o que es m á s , sabe que d i c h o s lectores contras­t a r á n l a mater i a c i d i a n a c o n las in for tunadas aventuras que d o n Qui jote acaba de pasar, e n los dos c a p í t u l o s anteriores : e l ep i sod io de los y a n g ü e s e s y l a p r i m e r a n o c h e e n la venta de J u a n Pa lomeque .

AGUSTÍN DURAN, op. cit, núm. 750.

Page 9: EL ROMANCER EO N LA PRIMER A PARTE DEL QUIJOTEaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27162/1/45-002-1997-03… · elaboración del Quijote', De Cervantes y Lope de Vega, Espasa-Calpe,

NIÎ1TJ, X L V EL ROMANCERO EN LA PRIMERA PARTE DEL "QUIJOTE" 329

E n e l c a p í t u l o 15, los intentos amorosos de R o c i n a n t e c o n las " s e ñ o r a s facas" p r o v o c a n que los arr ieros y a n g ü e s e s -estacasy palos en m a n o - p r o p i n e n soberb ia pa l i za a l caba l lo , a l caba l lero y su escudero, q u e d a n d o , m u y d e m o c r á t i c a m e n t e , t odos junto s y en el suelo:

... al segundo toque dieron con Sancho en el suelo, y lo mesmo le avino a don Quijote, sin que le valiese su destreza y buen ánimo; y quiso su ventura que viniese a caer a los pies de Rocinante, que aún no se había levantado; donde se echa de ver la furia con que macha­can estacas puestas en manos rústicas y enojadas (I, 15, 191-192)1 5.

E l contraste entre los dos "val de las estacas" n o p u e d e m e n o s que m o v e r a r isa , sobre t o d o , c o n s i d e r a n d o que R o c i n a n t e , e l caba l lo que d o n Qui jo te cree s u p e r i o r a B u c é f a l o y B a b i e c a (I, 1, 76) , fue e l causante de l a desgrac ia , t o d o lo c o n t r a r i o d e l ve loz y austero Bab ieca , que , c u a n d o se h u m a n i z a , lo hace s ó l o p a r a ayu­dar a su a m o 1 6 .

L o s golpes c o n t i n ú a n . R o c i n a n t e d e b i ó contag iar sus deseos amorosos a d o n Qui jote , ya que , e n e l c a p í t u l o 16, este ú l t i m o ata­ca a M a r i t o r n e s , c reyendo que l a m o z a es u n a h e r m o s í s i m a d o n ­ce l l a que "a fur to de sus padres , v e n d r í a a yacer c o n él u n a b u e n a p i e z a " (I, 16, 202) . Las i n t e n c i o n e s de l a as tur iana e ran yacer c o n . . . e l a r r i e ro , que d o r m í a al o t ro l ado de l a h a b i t a c i ó n y que , s i n t i é n d o s e t r a i c i o n a d o , arremete c o n t r a nues tro h i d a l g o . C o n l a i n t e r v e n c i ó n de M a r i t o r n e s , S a n c h o y e l ventero , l a bata l la se a r m a , e l c a p í t u l o t e r m i n a c u a n d o - p o r segunda v e z - d o n Qui jote acaba m o l i d o y en el piso . Es p r o b a b l e que las resonancias de "en e l va l de las estacas" l l e g u e n hasta este ep i sod io , al m e n o s e n lo que se ref iere a l a pre senc ia d e l a r r i e ro , que , p o r su p r o f e s i ó n y "parentesco" c o n C i d e H a m e t e 1 7 , p o d r í a servir de c o n t r a p u n t o p a r ó d i c o a los adversarios d e l C i d .

1 5 Más adelante, Sancho recordará el "molimiento de las estacas" (I, 17, 2 0 8 ) , y, el narrador, hablando del mismo Sancho, se referirá a las "bendiciones de las estacas" ( 1 , 2 3 , 2 8 4 ) .

1 6 En el romance del Rey moro que perdió Valencia, el Cid va persiguiendo al moro, hasta casi alcanzarlo, y, de repente, resulta que ambas cabalgaduras están emparentadas: "Do la yegua pone el pie, / Babieca pone la pata. / / Allí habla­ra el caballo, / bien oiréis lo que hablaba: / / —¡Reventar debía la madre / que a su hijo no esperaba!— / / Siete veces la rodea / alrededor de una jarra; / / la yegua, que era ligera, / muy adelante pasaba", dejando atrás a su hijo y al jine­te de éste, Cancionero de romances (Amberes, s. a.), f. 179.

1 7 "...era uno de los ricos arrieros de Arévalo, según lo dice el autor desta historia [aquí: Cide Hamete Benengeli] que deste arriero hace particular men-

Page 10: EL ROMANCER EO N LA PRIMER A PARTE DEL QUIJOTEaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27162/1/45-002-1997-03… · elaboración del Quijote', De Cervantes y Lope de Vega, Espasa-Calpe,

330 MAGDALENA ALTAMIRANO NRFH, XLV

c) Versos glosados d e n t r o d e l discurso de los personajes o, m u y eventualmente , d e l nar rador . H e m o s c i tado ya e l caso de Mis arreos son las armas..., lo que n o hemos d i c h o es q u é le contesta e l p r i m e r ventero a d o n Qui jote , he a q u í l a respuesta:

- S i vuestra merced, señor caballero, busca posada, amén del lecho (por que en esta venta no hay ninguno) , todo lo demás se hallará en ella con mucha abundancia.

-Para mí, señor castellano, cualquiera cosa basta, porque mis arreos son las armas, / mi descanso el pelear, etc.

- S e g ú n eso, las camas de vuestra merced serán duras peñas, y su dormir, siempre velar; y siendo así, bien se puede apear, con seguridad de hallar en esta choza ocasión y ocasiones para no dormir en todo un año, cuanto más en una noche ( I , 2 , 8 4 - 8 5 ) .

Esta es l a p r i m e r a vez que e l r o m a n c e aparece e n l a o b r a 1 8 , y ya desde a q u í se nos d a n algunas de las pautas que g u i a r á n l a inser­c i ó n d e l p r i m e r o e n l a segunda .

P o r p r i n c i p i o de cuentas, es d o n Qui jote q u i e n i n t r o d u c e e l g é n e r o , lo c u a l es s ignif icat ivo p o r q u e l a m a y o r í a de las alusiones las hace o las p r o v o c a él , a l menos , e n lo que se ref iere a l texto de 1 6 0 5 1 9 . E l d i á l o g o c o n e l ventero i lus t ra las dos pos ib i l idades que acabamos de m e n c i o n a r . P o r u n l ado , d o n Qui jote apenas se e s t á au to-conf igurando c o m o caba l lero a n d a n t e 2 0 , q u i z á busca hacer m é r i t o s pa ra que e l ventero (que él cree e l s e ñ o r de castil lo) lo

ción, porque le conocía muy bien, y aun quieren decir que era algo pariente suyo" (I, 16, 201).

1 8 La frase, "En un lugar de la Mancha", forma parte del romance con que se abre cierta ensalada anónima: "Un lencero portugués , / recién venido a Cas­tillas, / más valiente que Roldan / y más galán que Macías, / en un lugar de la Mancha, / que no le saldrá en su vida, / se e n a m o r ó muy despacio, / de una bella casadilla..."; la ensalada se incluyó en las Flores del Parnaso. Octava parte, recopilada por Luys de Medina (Toledo, 1596, f. 112), y pasó al Romancero gene-raláe 1600 (en la ed. de A. González Palencia, CSIC, Madrid, 1947, pp. 532-533). No se sabe cuál fue la fuente del verso de la ensaladilla, me inclino a creer que se trata de una fórmula de inicio de cuento folclórico, más que de un verso de romance viejo.

1 9 Las excepciones son, por supuesto, los romances de Antonio y don Luis. En el caso de En el val de las estacas..., ¿no estar íamos también frente a una "pro­vocación" indirecta de don Quijote? El "monopolio" romancíst ico de nuestro hidalgo desaparece en la Segunda parte de la novela, donde es Sancho quien lle­va la voz cantante, en aquello de citar romances.

2 0 Tiene armas, caballo, dama y nombres (Rocinante, Dulcinea del Toboso, don

Page 11: EL ROMANCER EO N LA PRIMER A PARTE DEL QUIJOTEaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27162/1/45-002-1997-03… · elaboración del Quijote', De Cervantes y Lope de Vega, Espasa-Calpe,

NRFH, XLV EL ROMANCERO EN LA PRIMERA PARTE DEL "QUIJOTE" 331

arme cabal lero , q u i z á p o r eso se vale de " M i s arreos son las armas / m i descanso e l pe l ea r " p a r a mostrar le a su i n t e r l o c u t o r que él, c o m o todo b u e n caba l lero andante , s i empre p iensa m á s e n las h a z a ñ a s guerreras que e n las c o m o d i d a d e s materiales ; p o r e l o t ro , e l ventero h a visto y o í d o l o suf ic iente pa ra saber que e l r e c i é n l le­gado e s t á l o c o , p e r o , c o m o todo h o m b r e de b u e n h u m o r , dec ide seguir le l a c o r r i e n t e c o m p l e t a n d o (muy a su manera ) l a c i ta d e l r o m a n c e .

E n e l c a p í t u l o 5 aparecen las pr imera s a lusiones a l Marqués de Mantua, que se p r o y e c t a r á n hasta e l c a p í t u l o 31 y, d e s p u é s , a l tex­to de 1615. E l p o e m a se r e c u e r d a a par t i r de dos m o m e n t o s bás i­cos: p o r u n l ado , e l e n c u e n t r o de V a l d o v i n o s m o r i b u n d o y su t ío , p o r e l o t ro , e l j u r a m e n t o que hace e l m a r q u é s pa ra vengar l a m u e r t e de su s o b r i n o . C o m o veremos , e l p r i m e r m o m e n t o se d a e n e l c i tado c a p í t u l o 5, sobre todo , a través de d o n Qui jote , p e r o e l n a r r a d o r p o n e su gran i to de a rena y glosa a lgunos versos d e l r o m a n c e p a r a descr ib i r las acciones de P e d r o A l o n s o (I, 5, 104). E l s egundo m o m e n t o aparece a par t i r d e l c a p í t u l o 10, e n c ircuns­tancias m u y s imilares a las d e l d i á l o g o de l a p r i m e r a venta. C o m o e l ventero , S a n c h o t a m b i é n r e t o m a r á versos de u n r o m a n c e que h a o í d o a d o n Qui jote ("no c o m e r p a n a manteles , / n i c o n su m u j e r fo lgar" , a p r o p ó s i t o d e l Marqués de Mantua, I, 10, 1 5 0 ) 2 1 ; e n u n a o c a s i ó n , S a n c h o ci ta casi los mi smos versos que su a m o ("no c o m e r p a n a mante les n i c o n l a r e i n a fo lgar" , I, 19, 2 2 8 ) 2 2 , p e r o , p o r lo genera l , pre f iere glosar otros ("el d o r m i r vestido, y e l n o

Quijote de la Mancha), en este momento, su preocupac ión básica es conseguir quien lo arme caballero.

2 1 En este viejo romance juglaresco, el marqués jura vengar la muerte de su sobrino en los siguientes términos: 'Juro por Dios poderoso / y por Santa María, su madre, / / y al santo sacramento / que aquí suelen celebrare / / de nunca pey-nar mis canas, / ni las mis barvas cortare, // de no vestir otras ropas / ni renovar mi calcare, / / de no entrar en poblado, / ni las armas me quitare // si no fuere una hora / para mi cuerpo alimpiare, // de no comer a manteles, / ni a la mesa me asen­tare, / / fasta matar a Carloto / por justicia o peleare, / / o morir en la deman­da / manteniendo la verdade...", Cancionero de romances (Amberes, s. a.), f. 41. Juramentos semejantes se encuentran en otros romances carolingios (CondeBir­los, Desafío de Montesinos a Oliveros); para MENÉNDEZ PIDAL este tipo de acumula­ción de votos viene de la épica francesa (Romancero hispánico, t. 1, pp. 267-268).

2 2 En ninguna de las versiones conocidas del romance hay algo parecido a "ni con muger folgar" o "ni con la reina folgar", en cambio, este último verso figura en Las quejas de Jimena: "Rey que non faze justicia, / non deviera de rei­nare, / / n i cavalgar en cavallo, / ni con la reina holgare, / / n i comer pan a man­teles, / ni menos armas se armare...", JUAN DE ESCOBAR, Historia y romancero del Cid

Page 12: EL ROMANCER EO N LA PRIMER A PARTE DEL QUIJOTEaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27162/1/45-002-1997-03… · elaboración del Quijote', De Cervantes y Lope de Vega, Espasa-Calpe,

332 MAGDALENA ALTAMIRANO NRFH, X L V

d o r m i r e n p o b l a d o " , I, 10, 151 ; " s in c o m e r p a n a manteles n i s in peinarse l a barba" , I, 31, 383) . Esta in ic i a t iva i m p l i c a que e l escu­d e r o t a m b i é n t e n í a su p r o p i o bagaje r o m a n c í s t i c o 2 3 .

d) Desar ro l lo de episodios c o n base e n textos o recuerdos ro-m a n c í s t i c o s . E n e l texto de 1605 este recurso se da durante l a p r i ­m e r a salida de d o n Quijote, cuando éste se cree Va ldov inos (cap. 5) ; e n l a segunda, e l r o m a n c e r o i n s p i r a r á dos episodios: e l de l a cueva de Monte s inos (romances de Durandar te y B e l e r m a , cap. 23) y e l re­tablo de maese P e d r o (romances de Gaiferos y M e l i s e n d r a , cap. 26).

L A PRIMERA SALIDA D E D O N Q U I J O T E : " E L M A R Q U É S D E M A N T U A "

H e m o s d i c h o que el r o m a n c e r o aparece p o c o en esta P r i m e r a par­te de l a obra , s in embargo , es cur ioso que sea e n los c a p í t u l o s i n i ­ciales d o n d e se desencadenan las citas rornanc í s t i ca s , c o m o si e l r o m a n c e c o b r a r a u n a fuerza que d e s p u é s n o g e r m i n ó o n o se q u i ­so m a n t e n e r .

L a p r i m e r a sal ida de d o n Qui jote abarca los c a p í t u l o s 2 a 5. C o m o v imos , e n e l segundo c a p í t u l o d o n Qui jote i n t r o d u c e a nues t ro g é n e r o , m e d i a n t e su d i á l o g o c o n e l p r i m e r ventero ; m u y p o c o d e s p u é s , las mozas d e l par t ido ayudan al r e c i é n l l egado a desarmarse (hasta d o n d e es pos ib le ) , la r e a c c i ó n de és te n o se hace esperar y les rec i ta parte de Lanzarote y el orgulloso, p e r m i ­t i é n d o s e u n a que o t ra m a n i p u l a c i ó n d e l texto viejo:

Nunca fuera caballero / de damas tan bien servido como fuera don Quijote / cuando de su aldea vino: doncellas curaban del, / princesas del su rocino,

(Lisboa, 1605), ed. A. Rodríguez-Moñino, Castalia, Madrid, 1973, p. 131; mismo pasaje en la Rosa española de Timoneda, y en el Cancionero de romances (Amberes, 1550), ed. A. Rodríguez-Moñino, Castalia, Madrid, 1967, p. 225. A menos que Cervantes recordara una versión desconocida del Marqués de Mantua, es posible que estuviera fusionando, consciente o no, hemistiquios que pertenecían a dos romances diferentes; según RODRÍGUEZ MARÍN , Cervantes se transcordó y atribu­yó al Marquéslo que había leído (¿por qué no oído?) en Las quejas (ed. cit., t. 1, p. 302, nota).

2 3 Al respecto, EISENBERG ha señalado que, fuera de don Quijote y el narra­dor, en estay otras obras de Cervantes, "los romances se asocian con la clase baja o no hidalga"; cita como ejemplos a Sancho, la d o ñ a Rodríguez , el labrador del Toboso, gitanos yjuliana la Cariharta de Rinconetey Cortadillo (art. cit., p. 79, nota). Tal vez, Cervantes quer ía subrayar el carácter popular de los romances viejos.

Page 13: EL ROMANCER EO N LA PRIMER A PARTE DEL QUIJOTEaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27162/1/45-002-1997-03… · elaboración del Quijote', De Cervantes y Lope de Vega, Espasa-Calpe,

NRFH, X L V EL ROMANCERO EN LA PRIMERA PARTE DEL "QUIJOTE" 333

o Rocinante, que éste es el nombre, señoras mías, de m i caballo, y don Quijote de la Mancha el mío; que, puesto que no quisiera des­cubrirme fasta que las fazañas fechas en vuestro servicio y pro me descubrieran, la fuerza de acomodar el propósito presente este romance viejo de Lanzarote ha sido la causa que sepáis mi nombre antes de toda sazón (I, 2, 85-86) 2 4.

E l h e c h o de que nues tro h i d a l g o se valga de este r o m a n c e para

dec larar , p o r p r i m e r a vez, su n o m b r e n o debe ser oc ioso , pues,

seguramente , e l n o m b r e d e l b r e t ó n fue u n o de los o r í g e n e s de

don-Qui-jo-te25. E l todav ía n o v e l cabal lero sabe que t iene m u c h o e n

c o m ú n c o n L a n z a r o t e , y, p o r eso, c o n t i n ú a a c o m o d a n d o l a real i­

d a d a su m a n e r a : si l a venta es cast i l lo , e l p o r q u e r o , h e r a l d o , y el

ventero , castel lano, las mozas d e l p a r t i d o n o s e r á n tales s ino s e ñ o ­

ras, ¡ d o n c e l l a s ! o princesas (pues todo b u e n caba l lero suele estar

r o d e a d o de e l l a s ) 2 6 . P o r supuesto, e l desat ino de d o n Qui jote es

t r e m e n d o , p e r o , a lgo h a b í a ya e n e l r o m a n c e viejo que se presta­

b a a l a p a r o d i a : p o r e j emplo , e l contraste entre l a alta c a l i d a d de

las damas, y d e l p r o p i o L a n z a r o t e , y e l h e c h o de que l a cabalga­

d u r a de este ú l t i m o sea u n s imple r o c í n 2 7 .

2 4 El romance decía así: "Nunca fuera cavallero / de damas tan bien servi­do / / como fuera Lancarote /cuando de Bretaña vino: / / que dueñas curavan del, / donzellas del su rocino, / / essa d u e ñ a Quintañona, / se lo acostava con­sigo...", Cancionero de romances (Amberes, s. a.), f. 228.

2 5 Desgraciadamente, no he podido consultar el trabajo de L. A. Murillo, "Lanzaroteand Don Quijote', que, sin duda, sería muy esclarecedor para éste y otros pasajes relacionados con la balada. Por ello recurro a las notas que este mismo investigador incluye en la edición que utilizo: "en la mente de Cervantes don-Qui-jo-tey Lan-za-ro-tehacían una especie de paronomasia" (I, 1, 76-77, nota). Otras fuentes debieron ser: la raíz del apellido del hidalgo (Quijada, o Quixono) y el nombre de una pieza de la armadura defensiva que cubría el muslo (quijote); ade­más, el sufijo -obtiene un matiz ridículo en castellano (monigote, libróte, mitote), también conviene recordar a un personaje del Primaléon (1535), el "fidalgo Cami­lo te", escudero ridículo y feo que ante el rey pide que se le arme caballero.

2 6 El romance reaparece en la Segunda parte. Cuando don Quijote y San­cho llegan al palacio de los duques; el ingenuo escudero le pide a la d u e ñ a Rodr íguez que se encargue de su rucio, ante el enojo de ésta, Sancho se justifi­ca diciendo lo que ha o ído decir a su amo sobre Lanzarote, "Cuando de Breta­ñ a vino...", etc., etc. (II, 31, 275). Evidentemente, este episodio es un eco voluntario del que estamos tratando.

2 7 Como dice Murillo, el antiguo romance expresaba "una visión ya defor­mada, humoríst ica y popular, del caballero medieval" (I, 2, 85-86, nota). Que el rocín era una cabalgadura indigna de un caballero nos lo dice el romance del conde Almerique de Narbona: "cativado han al conde, / al conde Benalmeni-que: / / descienden lo de una torre, / cavalgan lo en un rocín, / / la cola le dan

Page 14: EL ROMANCER EO N LA PRIMER A PARTE DEL QUIJOTEaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27162/1/45-002-1997-03… · elaboración del Quijote', De Cervantes y Lope de Vega, Espasa-Calpe,

334 MAGDALENA ALTAMIRANO NRFH, XLV

Y a a r m a d o caba l lero , d o n Qui jote sale de l a venta. E n e l cap í ­tu lo 4 lo vemos m u y o r o n d o , pues cree h a b e r rea l izado su p r i m e ­r a h a z a ñ a : l i be ra r a A n d r é s de los azotes que le daba su a m o , J u a n H a l d u d o . T o d o parece i r m u y b i e n para e l i n c i p i e n t e caba l l e ro ("que h o y h a desfecho e l m a y o r tuerto y agravio que f o r m ó l a s in­r a z ó n y c o m e t i ó l a c r u e l d a d " , I, 4, 99) , p e r o , a l toparse c o n los mercaderes to ledanos (en su o p i n i ó n , caballeros andantes) , l a for­t u n a se le revela adversa. D o n Qui jote , que h a p r e t e n d i d o que los to ledanos d e c l a r e n a D u l c i n e a l a d o n c e l l a m á s h e r m o s a d e l m u n ­do , n o sopor ta las burlas que u n o de ellos hace sobre su d a m a , y, l anza e n m a n o , a r remete c o n t r a e l mercader , c o n tal m a l a suerte que R o c i n a n t e cae e n m i t a d d e l c a m i n o , de j ando a su a m o t i rado e n e l suelo. U n o de los mozos de m u í a s de los comerc iantes d a a l h i d a l g o su p r i m e r a pa l iza . ¿El in s t rumento? L o s restos de l a l a n z a d e l p r o p i o c a b a l l e r o 2 8 . E l c a p í t u l o 4 t e r m i n a c o n d o n Qui jote t ira­d o e n e l suelo y s in poderse mover , a causa de los golpes rec ib idos , e l c a p í t u l o s iguiente ( " D o n d e se pros igue l a n a r r a c i ó n de l a des­grac ia de nues tro cabal lero" ) c o m i e n z a as í :

Viendo , pues, que, en efecto, no podr ía menearse, acordó de aco­gerse a su ordinario remedio, que era pensar en algún paso de sus libros, y trujóle su locura a la memoria aquel de Valdovinos y del marqués de Mantua, cuando Carloto lo dejó herido en la mont iña . . . Esta [historia] le pareció a él que le venía de molde para el paso en que se hallaba; y así, con muestras de grande sentimiento, se comen­zó a volcar por la tierra, y a decir con debilitado aliento lo mesmo que dicen decía el herido caballero del bosque (I, 5, 102-103).

¡ D o n Qui jote se cree V a l d o v i n o s m o r i b u n d o ! H a y algo e x t r a ñ o e n todo esto. Se nos h a d i c h o - y se nos d ice e n este pasaje- que l a o b s e s i ó n d e l h i d a l g o es i m i t a r las h a z a ñ a s de los h é r o e s de las novelas de c a b a l l e r í a s , y, de repente , resulta que d o n Qui jote n o s ó l o se acuerda de u n r o m a n c e s ino que asume la p e r s o n a l i d a d de u n o de los personajes d e l p o e m a . A f l o r a n l a citas r o m a n c í s t i c a s . E n p r i m e r lugar tenemos :

por riendas / por más deshonrado yr", Cancionero de romances (Amberes, 1550), p. 318. Rocín: "el caballo de mala traza y flaco", "se llama c o m ú n m e n t e el caba­llo de trabajo, a distinción del que llaman de regalo" (Dice. Aut, s.v. " rocín") .

2 8 "Y l legándose a él, tomó la lanza y, después de haberla hecha pedazos, con uno dellos comenzó a dar a nuestro don Quijote tantos palos, que, a des­pecho y pesar de sus armas, le molió como cibera... y acudiendo por los demás trozos de la lanza, los acabó de deshacer sobre el miserable ca ído" (I, 4, 101).

Page 15: EL ROMANCER EO N LA PRIMER A PARTE DEL QUIJOTEaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27162/1/45-002-1997-03… · elaboración del Quijote', De Cervantes y Lope de Vega, Espasa-Calpe,

NRFH, XLV EL ROMANCERO EN LA PRIMERA PARTE DEL "QUIJOTE" 335

¿Dónde estás, señora mía, que no te duele mi mal? O no lo sabes, señora, o eres falsa y desleal (I, 5, 103).

Se supone que estos versos son " lo m e s m o que d i c e n d e c í a e l her i ­do cabal lero d e l bosque" , pero n o es así , p o r q u e e l r o m a n c e viejo es l igeramente di ferente: " ¿ D ó n d e estás , s e ñ o r a m í a , / que n o te p e n a m i male? / / D e mis p e q u e ñ a s heridas / compass ion sol ías tomare , / / agora de las mortales / n o tienes n i n g ú n pesare. . . " 2 9 . L o que su­cede es que d o n Qui jote , que t iene varias cosas revueltas e n l a cabe­za, e n este m o m e n t o y só lo a q u í , e s t á r e c o r d a n d o versos de u n ro­mance nuevo, c o n t r a h e c h o sobre e l ant iguo d e l Marqués de Mantua.

D o n Qui jote vuelve a l r o m a n c e viejo, s in dejar de c o m e t e r incongruenc ia s , c o m o c u a n d o d ice : " ¡ O h , n o b l e m a r q u é s de M a n ­tua, / mi tío y señor carnall" (I, 5, 103), p o r " ¡ O h , n o b l e m a r q u é s de M a n t u a , / mi señor tío carnaleV (f. 33) . P o r si fuera p o c o , todas las c ircunstancias inmediatas c o n t r i b u i r á n a que d o n Quijote siga c o n su d e l i r i o . C o m o hace e l m a r q u é s e n e l r o m a n c e , e l l a b r a d o r P e d r o A l o n s o se acerca a l c a í d o para preguntar le " q u i é n era y q u é m a l s ent í a , que tan tr i s temente se quejaba" , ante este estado de cosas, nues tro h i d a l g o n o p u e d e m e n o s que creer que su in ter lo­cu tor es e l p r o p i o m a r q u é s , "y as í , n o le r e s p o n d i ó o t ra cosa si n o fue prosegu i r e n su r o m a n c e " (I, 5, 104). Has t a ahora , e l l a b r a d o r n o h a r e c o n o c i d o a d o n Qui jote , su v e c i n o ; e l n a r r a d o r , que h a estado d e t r á s de todo esto, a p r o v e c h a otros versos d e l r o m a n c e p a r a e x p l i c a r e l r e c o n o c i m i e n t o :

E l labrador estaba admirado oyendo aquellos disparates; y quitán­dole la visera, que ya estaba hecha pedazos, de los palos, le l impió el rostro, que le tenía cubierto de polvo, y apenas le hubo l impiado, cuando le conoció (id.).

P e d r o A l o n s o a c t ú a i g u a l que e l m a r q u é s : "desque le quito el almete / c o m e n t ó l e de m i r a r e : / / . . . / / c o n u n p a ñ o que traya / l a cara le fue a l i m p i a r e , / / desque l a ovo l i m p i a d o / luego c o n o c i d o lo h a e . . . " (f. 36) . D o n Qui jote sigue i n m e r s o e n su d e l i r i o r o m a n -cís t ico , P e d r o A l o n s o lo levanta y dec ide regresarlo a casa; e l h i d a l ­go suspira y e l l a b r a d o r le vuelve a p r e g u n t a r q u é le pasa, ahora , d o n Qui jote ya n o es V a l d o v i n o s s ino A b i n d a r r á e z , c o n d u c i d o p o r R o d r i g o de N a r v á e z a l a a l ca ld í a . E l r o m a n c e fue sust i tuido p o r l a n o v e l a mor i s ca , y, c o n estas p lá t i ca s , d o n Qui jote l l ega a casa.

29 Cancionero de romances (Amberes, s. a.), f. 32.

Page 16: EL ROMANCER EO N LA PRIMER A PARTE DEL QUIJOTEaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27162/1/45-002-1997-03… · elaboración del Quijote', De Cervantes y Lope de Vega, Espasa-Calpe,

336 MAGDALENA ALI AMI RANO NRFH, X L V

A n t e este estado de cosas, u n o n o puede menos que preguntarse p o r q u é d o n Qui jote e m p i e z a sus andanzas a d o p t a n d o l a perso­n a l i d a d de h é r o e s que n o p e r t e n e c e n a las novelas de c a b a l l e r í a s , causa s e ñ a l a d a de su l o c u r a , desde e l p r i m e r c a p í t u l o . L a p r e g u n ­ta conl leva varios problemas . Quizá e l m á s impor tan te t iene que ver c o n las s imi l i tudes que hay entre este ep i sod io y u n a n ó n i m o En­tremés de los romances, cuyo protagoni s ta e n l o q u e c e de tanto " leer e l r o m a n c e r o " e i m i t a r i d i c u l a m e n t e las h a z a ñ a s de sus h é r o e s ro-m a n c í s t i c o s 3 0 ; l a p ieza teatral a p a r e c i ó e n l a tercera parte de las Comedias de L o p e de V e g a ( ¿Va lenc ia , 1611?, ¿ B a r c e l o n a , 1612?), p e r o c o n t i e n e ciertas a lusiones (Francis D r a k e , l a r e i n a Isabel, e l conf l i c to c o n Ingla terra ) , que de ser c o n t e m p o r á n e a s , p u e d e n lle­varnos a 1 5 8 8 - 1 5 9 7 3 1 . Las semejanzas entre las dos obras son las siguientes: ambos protagonistas son apaleados c o n su p r o p i a lan­za, caen y e c h a n la c u l p a a su caba lgadura ; ambos creen ser V a l -dov inos y r e c u e r d a n trozos d e l Marqués de Mantua (Bar to lo sigue s iempre la ver s ión ant igua) , y, c u a n d o son auxi l iados , ambos c r e e n que q u i e n acude es e l m a r q u é s , e n persona . D e s p u é s de esto, Bar­to lo adopta l a p e r s o n a l i d a d de u n o de los Abencerra je s .

L o s paralelos entre e l ep i sodio cervant ino y e l a n ó n i m o entre­m é s h a n intr igado a m u c h o s crít icos, d a n d o lugar a todo t ipo de op i ­n iones : Cervantes es e l autor de ambas obras (A lonso de Cas tro) , e l Entremés es anter ior y sirvió de in sp i r ac ión a Cervantes ( M e n é n d e z P i d a l ) , e l Entremés i m i t a al texto cervant ino ( E m i l i o C o t á r e l o y M o r i , R o d o l f o Schev i l l ) , e l Entremés es c o n t e m p o r á n e o a la escr i tura d e l Quijote, pero n o lo i m i t a d i rectamente ( M u r i l l o ) . A n t e semejante es­tado de cosas, n o p o d e m o s terciar e n l a batalla. D e ah í que, a l mar­gen de este p r o b l e m a de inf luencias , apuntemos que l a p r i m e r a sal ida de d o n Qui jote h a sido m u y breve, c o m o si e l h é r o e todav ía n o estuviera listo para c o m e n z a r su "verdadero" r e c o r r i d o (ya c o n escudero y comparsa , y c o n e l c laro objetivo de i m i t a r só lo a los ca­bal leros de sus amadas novelas) . ¿Es ta r í a Cervantes tanteando e l c a m i n o para , d e s p u é s , lanzar def in i t ivamente a su h é r o e ? , ¿ lo h a r í a conscientemente? , ¿ b u s c a b a sorprendernos c o n u n a i n c o n g r u e n c i a del iberada? T o d o p u e d e ser.

M A G D A L E N A A L T A M I R A N O

3 0 La versión moderna del texto en EMILIO COTARELO Y MORÍ , Colección de entre­meses, loas, bailes, jácaras y mojigangas, BAE, 1 7 , Madrid, 1 9 1 1 , pp. 1 5 7 - 1 7 6 .

3 1 Para los problemas de datación, véanse, sobre todo, las opiniones de JUAN MILLÉ Y GIMÉNEZ, Sobre la génesis del "Quijote", Araluce, Barcelona, 1 9 3 0 , esp. pp. 9 7 ss., R. MENÉNDEZ PIDAL, art. cit. y MURILLO , art. cit.