Diss é mination de l ’ esprit d ’ entreprise dans l ’ enseignement sup é rieur
Diss Ivair Pasquali
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UNIVERSIDADEFEDERALDESANTAMARIACENTRODETECNOLOGIA
PROGRAMADEPSGRADUAOEMENGENHARIACIVIL
INFLUNCIADOTIPODEARGAMASSAMENTO
NARESISTNCIACOMPRESSODEPEQUENAS
PAREDESDEALVENARIAESTRUTURALCERMICA
DISSERTAODEMESTRADO
IvairPasquali
SantaMaria,RS,Brasil2007
-
PGEC/U
FSM,R
S.
PASQUALI,Ivair
Mes
tre
2007
-
INFLUNCIADOTIPODEARGAMASSAMENTO
NA RESISTNCIACOMPRESSODEPEQUENAS
PAREDESDEALVENARIAESTRUTURALCERMICA
por
IvairPasquali
DissertaoapresentadaaoCursodeMestradodoProgramadePsGraduaoemEngenhariaCivil,nareadeConcentraoem
ConstruoCivilePreservaoAmbiental,daUniversidadeFederaldeSantaMaria(UFSM,RS),comrequisitoparcialparaobtenodograu
deMestreemEngenhariaCivil.
Orientador:Prof.Dr.JosMarioDoleysSoares
SantaMaria,RS,Brasil2007
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UniversidadeFederaldeSantaMariaCentrodeTecnologia
ProgramadePsGraduaoemEngenhariaCivil.
AComissoExaminadora,abaixoassinada,aprovaaDissertaodeMestrado
INFLUNCIADOTIPODEARGAMASSAMENTO
NARESISTNCIACOMPRESSODEPEQUENAS
PAREDESDEALVENARIAESTRUTURALCERMICA
elaboradaporIvairPasquali
comorequisitoparcialparaobtenodograudeMestreemEngenharia
COMISSOEXAMINADORA:
JosMrioDoleysSoares,Prof.Dr.(Presidente/Orientador)
EduardoRizzatti,Prof.Dr.(UFSM)
MarcusViniciusVeledaRamires,Prof.Dr.(UNISINOS)
SantaMaria,28deFevereirode2007
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Dedico:
Aos meus pais, Ao meu irmo; minha irm;
Pelo contnuo apoio, f e esperana; E a Deus, pela plenitude da vida.
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AGRADECIMENTOS
Venhoexpressarmeuagradecimentosseguintespessoaseinstituies:
AoprofessorJosMrioDoleysSoares,pelaamizade,orientao,dedicao
eincentivonarealizaodestapesquisa
AosprofessoresMarcusViniciusVeledaRamires,Dr.(UNISINOS)eEduardo
Rizzatti,Dr.(UFSM, pelaparticipaonabancadacomissoexaminadora
Aos colegas do Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento em Alvenaria
Estrutural:Eng.GilsonMarafigaPedroso,Eng.MauroFriederichdosSantos,Eng.
Fabiane Rezende e estagiria bolsista Gabriela Martins, pelas sugestes e
permanenteincentivo
AosgrandesamigosEng.FabianoA.Nienov,Eng.MarcoAntonioPozzobon,
Eng. Marcus Daniel Friederich dos Santos, Eng. Ildomar Schneider Tavares,
Fernando F. Flain Junior, Darci Roggia e ao professor Eng. Odilon Pncaro
Cavalheiro,osquais,comdedicao,empenhopessoaleamizade,possibilitarama
elaboraodestapesquisa
Aos Engenheiros Paulo Obregon do Carmo (Diretor do Laboratrio de
Materiais deConstruoCivil) e RinaldoJ.B. Pinheiro (Coordenador doCurso de
PsGraduao),pelasimportantescolaboraes
SociedadeVicentePallotti,fabricantedeblocosestruturais,que,napessoa
do seu diretor, Pe. Cludio, e do amigo Joo Carlos Pissutti, cooperaramcom o
fornecimentodomaterialparaapesquisa
Aos Irmos Cioccari & Cia. Ltda, fabricantes da argamassa industrializada
Fida, que, na pessoa do Eng Paulo Anversa e do amigo Giofredo Barros,
colaboraramcomapesquisaporintermdiodofornecimentodomaterial
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AosServidoresEliomarBaldunoPappis,poragilizarostrmiteslegaisjunto
instituioMarialvaCezar,Vitor, Jooea toda a equipedo LMCC, aos bolsistas
GiancarloGiacomini,RicardoJulianoRippeleLucianoBolzaneaopedreiroGiovane
CardosodaSilva,importantenoauxlioenaconfecodosensaios
A muitas outras pessoas, que contriburam, de alguma forma, com minha
pesquisa, sou imensamente grato. Agradeo a todos por participarem dessa
importanteetapademinhavida.
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RESUMO
DissertaodeMestradoProgramadePsGraduaoemEngenhariaCivilUniversidadeFederaldeSantaMaria,RS,Brasil
INFLUNCIADOTIPODEARGAMASSAMENTO
NARESISTNCIACOMPRESSODEPEQUENAS
PAREDESDEALVENARIAESTRUTURALCERMICA
AUTOR: IVAIRPASQUALIORIENTADOR: PROF. DR. JOSMARIODOLEYSSOARES
DataeLocaldaDefesa:SantaMaria,28defevereirode2007.
O presente trabalho tem com objetivo principal analisar a influncia do tipo deargamassamento na resistncia compresso de pequenasparedes de alvenariaestruturalcermica.Paraoestudo, foramutilizadosdois tiposdeblocoscermicos(paredesmaciaseparedesvazadas), trs tiposdeargamassa(2,4e10MPa)edois tipos argamassamento: pleno quando os blocos so assentados comargamassa em todas as suas paredes (superfcie de contato) e longitudinal quando o bloco assentado com argamassa colocada somente em dois fileteslongitudinais (paredinhasexternasdobloco).Os tiposdeblocosedeargamassasforam caracterizados individualmente atravs de diversos ensaios especficos denorma e posteriormente foram confeccionadas de 72 pequenas paredes. Aspequenasparedestinhamdimenses140mmx450mmx900mmsendo:alturade4fiadas+1canaletaubaixade9cmcomprimentode1blocoemeiolarguradeumbloco.Osblocosdasextremidadesdasparedesforammontadosjcapeadoscompastadecimento.Aanlisedosresultadosmostrouque,paraaargamassade2MPa,blocodeparedesmaciaseargamassamentopleno,aresistnciamdiade4,68MPae,paraaargamassade10MPa,mantendoseasdemaiscondies,aresistnciamdiaaumentapara6,57MPa(40,4%).Jparaaargamassade2MPa,blocodeparedesmaciaseargamassamentolongitudinal,aresistnciamdiade2,90MPae, paraaargamassade 10MPa,mantendoseas demais condies,aresistnciamdiaaumentapara3,33MPa(14,8%).
Palavraschave:alvenariaestruturalargamassaassentamentoblococermicopequenasparedes.
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ABSTRACT
MastersDissertationPostGraduationPrograminCivilEngineeringFederalUniversityofSantaMaria,RS,Brazil
INFLUENCEOFTHETYPEOFMORTARBEDDINGTOTHECOMPRETIONRESISTENCE
OFSMALLSTRUCTUREMANSONRYWALLS
AUTHOR: IVAIRPASQUALIADVISER: PROF. DR. JOSMARIODOLEYSSOARES
Dateandplaceofpresentation,February28th,2007SantaMaria,RSBrasil
The present work has as itsmain objective to analyze the influence of themortarbedding intheresistancetocompressionofsmallstructuremasonrywalls.For thisstudy were used two types of ceramic blocks (bulk wall blocks and hollow wallblocks), three typesofmortar(2Mpa,4Mpaand10Mpa)and twotypesofmortar
bedding: whole bedding when the blocks are bedded with mortar in all contactsurfaces and longitudinal bedding when the blocks are bedded with only twolongitudinallines(externalthicknessoftheblock).Twotypesdosblocksandmortarwere individually characterized throughvariousspecificnorms testsandafterwards
72smallwallswerebuilt.Thesmallwallswerebuiltwiththepatterndimensionof140mmx450mmx900mmbeing4rowsinheight+ulowchannellengthofoneandahalfblocksandwidthofoneblock.Theblocksattheextremitiesofthewallswerealreadymountedbathedinacementpaste.Theanalysesoftheresultsshowthatfor
the2Mpamortar,bulkwallblockandwholebeddingtheaverageresistanceis4.68Mpa and for the 10 Mpa mortar considering the same conditions the averageresistanceincreasesto6.57Mpa(40.4%).Forthe2Mpamortar,hollowwallblocksand longitudinalmortar bedding the average resistance is 2.9Mpaand for the 10
Mpamortar, considering the same conditions the average resistance increased to3.33Mpa(14.8%).Keywords:StructuralmasonryMortarMortarBeddingCeramicBlockSmallWalls.
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LISTADEFIGURAS
FIGURA2.1Resistnciacompressocaractersticadaalvenaria,construda
comblocosvazadoscomrelaoh/tentre2e4(BS5628part
1)........................................................................................
FIGURA2.2Tipodeblocosestudados no Building Technology Laboratory
(GANESANeRAMAMURTHY,1988).........................................
FIGURA2.3Unidadesensaiadascompresso(PRADO,1995)...............
FIGURA2.4Tensesnosblocosoutijolosenaargamassanacompresso
simples.........................................................................................
FIGURA2.5Relaoentreastensesdecompressoetraoemblocoou
tijolonaruptura............................................................................
FIGURA2.6Deformaolateraldosblocoseargamassadeassentamento
submetidocompressosimples...............................................
FIGURA2.7StrainGages:a)decologemsuperficialb)deembutir...............
FIGURA2.8Extensmetrosmecnicosfixos(maruto):utilizadosemcorpos
deprovade25x50Cm(montadosparaensaios)......................
FIGURA2.9Extensmetromecnicocomparadorfixocommedidores digitais:
utilizadosnoscorposdeprovadestadissertao.......................
FIGURA 2.10 Representao esquemtica dos mdulos de elasticidade:
Tangente(Eig)'TangenteInicial(E.)eSecante(Esec.n).........
FIGURA2.11Curvatensodeformaotpicadeconcretos......................
FIGURA 3.1 Demonstrativo da pequena parede de blocos macios,
argamassa na longitudinal, com canaletas u e furos da 1
fiadagrauteada..........................................................................
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FIGURA 3.2 Demonstrativo da pequena parede de blocos macios,
argamassa plena, com canaletas u e furos da 1 fiada
grauteada..........
FIGURA3.3Demonstrativodapequenaparedede blocos vazados com
argamassanalongitudinal,comcanaletaue furosda1fiada
grauteada............................................................................
FIGURA3.4Demonstrativodapequenaparededeblocosvazados, argamassa
plena,comcanaletasue furosda1fiadagrauteada........
FIGURA3.5Argamassaindustrializadaparaensaiosacondicionadasobpalete.
FIGURA3.6Blocosestruturaiscermicosdeparedemaciaecomparede
vazada.........................................................................................
FIGURA3.7Corposdeprovadeargamassaindustrializadade50mmx100
mm........................................................................................
FIGURA3.8Corposdeprovadeargamassaindustrializada4cmx4 cm x
16cm......................................................................................
FIGURA3.9Blococomparedemaciasubmetidoaoensaioderesistncia
prensa.....................................................................................
FIGURA3.10 Bloco parede vazada submetido ao ensaio de resistncia
prensa........................................................................................
FIGURA3.11Blocossendosubmetidosaoensaiodedimensesnominais..
FIGURA3.12Blocossendosubmetidosaoensaiodeinspeopormedida
direta..........................................................................................
FIGURA3.13Corposdeprovacilndricosdediferentesargamassas............
FIGURA3.14Rupturadecorpodeprova..................................................
FIGURA3.15Seqnciadedosagemdaargamassa.....................................
FIGURA3.16Corposdeprovasendomoldadoseadensados.....................
FIGURA3.17Corposdeprovadesmoldados................................................
FIGURA3.18Seqnciaensaioderupturatraonaflexo.......................
FIGURA3.19Seqnciaensaioderesistnciacompressoaxial...............
FIGURA3.20Seqnciadaexecuodaspequenasparedes.......................
FIGURA4.1Seqnciadaspequenasparedessendosubmetidasao ensaio
eresistnciacompresso.........................................
FIGURA4.2Mdulodedeformaodispositivodeensaio...........................
FIGURA4.3Mdulodedeformaoblocodeparedemacia argamassa
2MPa..........................................................................................
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FIGURA4.4Mdulodedeformaoblocodeparedevazadaargamassa
2MPa..........................................................................................
FIGURA5.1Valoresdasresistnciascompressodosblocosvazados....
FIGURA5.2Valoresdasresistnciascompressodosblocosmacios....
FIGURA5.3Valoresdasresistnciascompressoaxialdaargamassade
2MPa..........................................................................................
FIGURA5.4Valoresdasresistnciascompressoaxialdaargamassade
4MPa..........................................................................................
FIGURA5.5Valoresdasresistnciascompressoaxialdaargamassade
10MPa........................................................................................
FIGURA5.6Valoresdasresistnciastraonaflexodasargamassasde
2,4e10MPa.........................................................................
FIGURA5.7Relaoentreasresistnciasmdias traonaflexoena
compressoaxialdasargamassasde2,4e10MPa.................
FIGURA5.8 Resistncia compressoaxial com argamassa plena e
longitudinalde2MPa..................................................................
FIGURA5.9Resistnciacompressoaxialargamassaplenaelongitudinal
de2MPablocovazado.............................................................
FIGURA5.10Pequenasparedesdeblocosdeparedesmaciasevazadas
argamassaplenade2MPa.......................................................
FIGURA5.11Pequenasparedesdeblocosdeparedesmaciasevazadas
argamassalongitudinalde2MPa.............................................
FIGURA5.12Pequenasparedescomparativoderesistnciasparaargamassa
de2,0MPa................................................................................
FIGURA5.13Resistnciacompresso axial com argamassa plena e
longitudinalde2MPa................................................................
FIGURA5.14Resistncia compresso axial com argamassa plena e
longitudinalde4MPa................................................................
FIGURA5.15Resistnciacompressoaxialargamassaplenaelongitudinal
de4MPabloco.......................................................................
FIGURA5.16Pequenasparedesdeblocosdeparedesmaciasevazadas
argamassaplenade4MPa.......................................................
FIGURA5.17Pequenasparedesdeblocosdeparedesmaciasevazadas
argamassalongitudinalde4MPa.............................................
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FIGURA5.18Pequenasparedes comparativoderesistnciasparaargamassa
de4,0MPa...............................................................................
FIGURA 5.19 Resistncia compresso axial com argamassa plena e
longitudinalde4MPa.................................................................
FIGURA 5.20 Resistncia compresso axial com argamassa plena e
longitudinalde10MPa...............................................................
FIGURA5.21Resistnciacompressoaxialargamassaplenaelongitudinal
de10MPa..................................................................................
FIGURA5.22Pequenasparedesdeblocosdeparedesmaciasevazadas
argamassaplenade10MPa.....................................................
FIGURA5.23Pequenasparedesdeblocosdeparedesmaciasevazadas
argamassalongitudinalde10MPa...........................................
FIGURA5.24Pequenasparedes comparativoderesistnciasparaargamassa
de10MPa................................................................................
FIGURA5.25Resistnciacompressoaxi0061nlcomargamassaplena e
longitudinalde10MPa..............................................................
FIGURA5.26Mdulosdedeformaoargamassas2MPa, 4 MPa e 10
Mpa............................................................................................
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102
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LISTADETABELAS
TABELA2.1ResistnciacompressodasargamassasdaNormaBritnica
(BS5628)....................................................................................
TABELA2.2Valoresderesistnciaparablocoseparedes.............................
TABELA2.3Resistnciacompressodeblocos..........................................
TABELA2.4Tolernciasdefabricao...........................................................
TABELA2.5Exignciasmnimasdasargamassas.........................................
TABELA2.6Traosdasargamassasdeassentamento..................................
TABELA2.7Especificaesdostraosdasargamassas................................
TABELA3.1Nmerodepequenasparedesaseremensaiadas.
TABELA4.1Precisodimensionalblocosvazados......................................
TABELA4.2Dimensesnominaisblocosvazados......................................
TABELA4.3Resistnciacompressoblocosvazados..............................
TABELA4.4Ensaiosdimensionaisblocosdeparedesmacias..................
TABELA4.5Dimensesnominaisblocoscermicosdeparedesmacias.....
TABELA4.6Resistnciacompresso blocosestruturaisdeparedesmacias .
TABELA4.7Resistnciacompressosimplesargamassaindustrializada
(2MPa)........................................................................................
TABELA4.8Resistnciacompressosimplesargamassaindustrializada
(4MPa).......................................................................................
TABELA4.9Resistnciacompressosimplesargamassaindustrializada
(10MPa)......................................................................................
TABELA4.10Resistnciatraonaflexoargamassa2MPa..............
TABELA4.11Resistnciatraonaflexoargamassa4MPa..............
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TABELA4.12Resistnciatraonaflexoargamassa10MPa............
TABELA4.13Resistnciacompressopequenasparedes argamassa
de2MPa...................................................................................
TABELA4.14Resistnciacompressopequenasparedes argamassa
de4MPa...................................................................................
TABELA4.15Resistnciacompressopequenasparedes argamassa
de10MPa.................................................................................
TABELA4.16Mdulodedeformao Pequenas paredes blocos de
paredemaciaevazada...........................................................
TABELA5.1Mdulodedeformaosegundoalgumaspesquisas nacionais,
valoresemMPa.ModificadodeParsekian(2002).....................
TABELA5.2Fatordeeficincia.......................................................................
TABELA5.3Valoresdeeficinciaexperinciabrasileira.............................
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110
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LISTADESMBOLOS
fak
fbm
fbk
fb
fb
fa
fk
b
a
falv,c
Eb
resistnciacaractersticadaargamassacompresso
resistnciamdiadoblococompresso(calculadonareabruta)
resistnciacaractersticadoblococompresso(calculadonareabruta)
resistnciacaractersticadoPrisma(pequenasparedes)(calculadonareabruta)
resistnciacompressodobloco(calculadonareabruta)
resistnciacompressodaargamassa
resistnciacaractersticadaparede
tensonobloco
tensodaargamassa
tensomximaadmissveldeclculoparaaparede
mdulodeelasticidadedobloco
-
LISTADEABREVIATURASESIGLAS
ABNT
ANICER
ASTMBIABS
BS
BSI
CIENTEC
GPDAE
IPT
LMCC
NBR
NCMA
NEPAE
UFRS
UFSC
UFSM
UNISINOS
AssociaoBrasileiradeNormasTcnicas
AssociaoNacionaldaIndstriaCermica
AmericanSocietyforTestingandMaterialsBrickInstituteofAmrica
BritishStandard
BritishStandard
BritishStandardinstitute
FundaodeCinciaeTecnologia
GrupodePesquisaeDesenvolvimentoemAlvenariaEstrutural
InstitutodePesquisasTecnolgicas
LaboratriodeMateriaiseConstruoCivil
NormaBrasileira
NationalMasonryConcreteAssociation
NcleodeEstudosePesquisasdaAlvenariaEstrutural
UniversidadeFederaldoRioGrandedoSul
UniversidadeFederaldeSantaCatarina
UniversidadeFederaldeSantaMaria
UniversidadedoValedoRiodosSinos
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LISTADEANEXOS
ANEXOAEnsaiosdasargamassas................................................................
ANEXOBEnsaiosdosblocosdeparedesmaciasevazadas.....................
124
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SUMRIO
RESUMO.............................................................................................................
ABSTRACT.........................................................................................................
LISTADEFIGURAS...........................................................................................
LISTADETABELAS..........................................................................................
LISTADESMBOLOS........................................................................................
LISTADEABREVIATURASESIGLAS.............................................................
LISTADEANEXOS............................................................................................
1INTRODUO.................................................................................................
1.1Consideraesiniciais...............................................................................
1.2Objetivoprincipal........................................................................................
1.3.Objetivosespecficos...............................................................................
1.4Hipteses.....................................................................................................
1.5Justificativaerelevnciadoestudo..........................................................
1.6Estruturadotrabalho..................................................................................
2REVISOBIBLIOGRFICA............................................................................
2.1Introduo....................................................................................................
2.2Conceituaespreliminares......................................................................
2.3Fatoresqueinfluenciamnaresistnciadaalvenaria...........................
2.3.1Resistnciadobloco..................................................................................
2.3.2Resistnciadaargamassa.........................................................................
2.3.3Espessuradasjuntashorizontais...............................................................
2.3.4Geometriadaunidade................................................................................
2.3.5Tipodeassentamento................................................................................
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20
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2.4Resistnciacompressodaalvenaria...................................................
2.5Rupturanaalvenaria...................................................................................
2.5.1CritriodeHilsdorf......................................................................................
2.5.2CritriodeLenczner...................................................................................
2.5.3Modosderupturaemalvenariaestrutural..................................................
2.6Deformaesemdulodeelasticidade ....................................................
2.6.1ExtensmetroseltricosderesistnciatipoCarlson..................................
2.6.2ExtensmetroseltricostipoStrainGages................................................
2.6.3Extensmetrosdemediomecnicas......................................................
2.7MdulodeelasticidadeecoeficientedePoisson....................................
2.8Caractersticasdosmateriaiscomponentesdaalvenaria......................
2.8.1Blococermico...........................................................................................
2.8.1.1Efeitosdoprocessodefabricaonodesempenhomecnicodobloco....
2.8.2Prisma........................................................................................................
2.8.3Pequenasparedes,paredinhas(prismacontrafiado)...........................
2.8.4Argamassadeassentamento.....................................................................
2.8.5Resistnciatraodaalvenaria..............................................................
3METODOLOGIADAPESQUISA....................................................................
3.1Consideraesiniciais...............................................................................
3.2Metodologiaempregada.............................................................................
3.3Planejamentodosensaios.........................................................................
3.3.1Materiaisutilizados.....................................................................................
3.3.1.1gua........................................................................................................
3.3.1.2Argamassaindustrializada......................................................................
3.3.1.3Blococermico........................................................................................
3.3.1.4Corposdeprovadeargamassaindustrializada......................................
3.4Ensaiodebloco...........................................................................................
3.4.1Ensaioderesistnciacompressodeblocoscermicos........................
3.4.2Ensaiodedimensesnominaisdeblocoscermicos................................
3.4.3Ensaiodeprecisodimensionaldeblocoscermicos...............................
3.5Ensaiodasargamassasindustrializadas.................................................
3.5.1Ensaioderesistnciacompressoaxialdeargamassaindustrializada.
3.6Execuodaspequenasparedes.................................................................
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4RESULTADOSDOSENSAIOS.......................................................................
4.1Consideraesiniciais...............................................................................
4.2Resultadosdosensaiosdosblocos.........................................................
4.2.1Resultadosdosblocosestruturaiscermicosvazados............................
4.2.2Resultadosdosblocosestruturaiscermicosdeparedesmacias...........
4.3Resultadosdasargamassasindustrializadas..........................................
4.3.1Ensaioderesistnciacompressoaxial.................................................
4.3.2Ensaioderesistnciatraonaflexodeargamassaindustrializada....
4.4Resultadosdosensaiosdaspequenasparedes.....................................
4.5Mdulosdedeformao.............................................................................
5ANLISEEINTERPRETAODOSRESULTADOS....................................
5.1Introduo....................................................................................................
5.2Anlisedosresultados...............................................................................
5.2.1Anlisedimensionalevisual......................................................................
5.2.2Resistnciacompressodeblocoscermicosvazados,NBR6461......
5.2.3Resistnciacompressodeblocoscermicosdeparedesmacias......
5.2.4Anlisedosresultadosdosensaiosderesistncia compresso axial
dasargamassasindustrializadas...............................................................
5.2.5Resistnciatraonaflexodeargamassaindustrializada...................
5.2.6Resistnciacompresso axial de prismas (pequenas paredes) de
blocosdeparedesmaciasevazadas......................................................
5.2.7Mdulosdedeformao.............................................................................
5.2.8Eficincia ....................................................................................
6CONCLUSES................................................................................................
6.1Concluses..................................................................................................
6.2Sugestesparaoutrosestudos.................................................................
REFERNCIASBIBLIOGRFICAS...................................................................
ANEXOS.............................................................................................................
78
78
78
78
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1INTRODUO
1.1Consideraesiniciais
Avantagembsicado processoda alvenariaestrutural est no fatodeque
um mesmo elemento pode responder por diversas funes, atuando com a
capacidadederesistirstensesecomodivisordeambientes.ParaFranco(1993),
este fato resulta em inmeras vantagens do ponto de vista construtivo, que
possibilitaram a racionalizao desse processo, com todos os benefcios que isso
acarreta.Outroaspectosignificativoqueaalvenariaestruturalpermitefacilmentea
incorporao construo de conceitos de industrializao e racionalizao, com
conseqentemelhoriadequalidade.
Apesar de todo o progresso conquistado para propiciar maior conforto ao
homem, ainda o problema da habitao um desafio difcil e permanente. As
elevadastaxasdecrescimentodemogrfico,aliadasaospequenosndicesderenda
dapopulao,apresentamsecomofatoresagravantesdestedesafio.
Esse problema social aumenta, principalmente, medida que nos grandes
centrosascorrentesmigratriasse intensificam.Omigrante,procurandomelhores
condies devida,mudase para as cidades, onde ter um local paramorar de
fundamentalimportncia.
Roman (1983) cita como as maiores vantagens do mtodo construtivo: a
economiaqueresultaquandocomparadascomasestruturasdeaoouconcreto,a
maior rapidez,a facilidadedeexecuoesuapropriedadeparausoscomgrandes
variedades funcionais. Alm disso, o material cermico apresenta alto grau de
proteo ao fogo, com bom isolamento trmico e acstico, proporcionando boas
condiesdehabitabilidade,oquecomeaasernoBrasilumapreocupao.
Gonalves(1997)comentaque,mesmocomestagrande influnciasobrea
economia brasileira, h, atualmente, um dficit habitacional de aproximadamente
cinco milhes de moradias. Ano aps ano, ele agravado pela ausncia de
polticashabitacionaisquevenhamaimplementarumasoluovivelparasupriras
necessidadesdopas(ALYeSABBATINI,1994,p.115).
Ainda, outra caracterstica marcante da indstria da construo civil no
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21
Brasilodesperdciodeinsumosque,segundoPicchi(1993),estemtornode30%
em relao ao custo total das edificaes, considerando o volume de entulho
retirado,bemcomooentulhoqueincorporadonoprprioprocessoconstrutivo,em
funodanecessidadedecorreesdeproblemasdenveis,prumos,etc.
Esse um dos fatores que geram a busca de novas tecnologias, pois se
acreditaque,incorporadasaelas,estaromelhorescondiesdecontroledaobra.
Outrofatordepesoparaestasmudanasaprpriademandadeummaiornmero
de habitaes. Sendo assim, as novas tcnicas apresentam tambm maiores
chancesdeincrementaraprodutividadedamodeobra.
Aalvenariaestruturaldeveserentendidacomoumsistemaemqueparedes
atuam simultaneamente como elemento de vedao e estrutural, podendo ser
armada ou no, sendo executada com blocos de concreto, cermicos ou silico
calcrios.
Astcnicasconstrutivasutilizadasatualmente,pelasempresasdeconstruo
civil, noqueserefereconstruodeedifcios,almdeapresentaremaltocusto,
nemsempredeterminamdesempenhosatisfatriodasedificaesemutilizao,no
propiciando,muitasvezes,asatisfaodousurio.Diversosfatorescontribuempara
o crescimento constante desse problema, entre os quais merecem destaque:
aplicaes inadequadas de materiais de construo, ausncia de modeobra
qualificada,assimcomodediretrizesconstrutivas,ealtondicededesperdcios.
Na buscade eficincia e produtividade foram tentadas, nos ltimos anos,muitas solues.Dentre as poucas experincias de sucesso destacamseosprocessosemalvenariaestrutural,osquaisse tornarampredominantesnaconstruohabitacionaldeinteressesocial(FRANCO,1993,p.10).
O uso da alvenaria estrutural aumentou muito no Brasil nas ltimas trs
dcadas.Oseuempregohojenoserestringesomenteaconstruespopulares.
Atualmente, esse uso desponta como uma alternativa tcnica e economicamente
vivelparaograndedficithabitacionalexistentenoBrasil.Issosedeveaogrande
nmerodepesquisasqueestosendofeitasdesdeadcadade70,refletidaspelo
nmerodeeventosepublicaessobreoassunto.
Esse sistema construtivo parece ser ideal para a realidade brasileira, pois
necessita de modeobra de fcil aprendizado, possui elevado potencial de
racionalizao, no exige grandes investimentos e imobilizao de capital para a
-
22
aquisiodeequipamentos.
Todavia,existeanecessidadederealizarpesquisasparacaracterizaodos
materiais, devido grande variabilidade desses e em funo das condies
especficas do Brasil. Ressaltase que o mtodo construtivo est servindo de
parmetro para a elaborao de uma norma especfica no caso de alvenaria de
blocosestruturaiscermicos.
O desenvolvimento de pesquisas no campo tecnolgico da produo deblocosestruturais,comotambmodesenvolvimentoeacompanhamentodemetodologiasparaaexecuodeobrasso,semdvida,ocaminhoparaoavanotecnolgicodestesistema(MEDEIROSeSABBATINI,1993,p.10).
Autilizaodenovas tecnologias,asquais trazem reduonoconsumode
modeobra, menor desperdcio de materiais e melhores condies de trabalho,
deveserconvenientementeestudada.Sabeseque,paraomaioraproveitamentode
todasascondiesqueaalvenariaestruturalpodeoferecer,devesepromoveruma
conscientizao do meio tcnico. No Brasil, alguns centros de pesquisa vm
trabalhando nessa rea, a citar:CIENTEC (UFRGS), GPDAE (UFSM), FEC
(UNICAMP),NEPAE(UNESP),UESCAR,UFSC.
1.2Objetivoprincipal
Otrabalhoprocuradarasuacontribuioatravsdoestudodainflunciada
juntaplenacomalongitudinaldeargamassacomtrscomposies,deresistncias
de2,4e10Mpa,naresistnciacompressodepequenasparedesdealvenaria
estrutural cermica no armada, de blocos macios e vazados, enfatizando os
conceitos a partir dos resultados dos ensaios obtidos a esforos verticais axiais.
1.3Objetivosespecficos
a)determinareavaliarocomportamentodaresistnciacompressodepequenas
paredesdeblocosestruturaiscermicosmaciosevazadoscomargamassade
trsresistncias,de2,4e10Mpanasjuntasplenasenalongitudinal
b)verificar a influncia das trs composies de argamassa, 2, 4 e 10Mpa, nas
juntasplenase longitudinais,na resistnciacompressodeblocosmaciose
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23
vazados nas pequenas paredes, enfatizando os fatores e as tendncias
conhecidasnosistemaconstrutivodaalvenariaestrutural
c)compararascargasde rupturadaspequenasparedes,quandosoassentadas
comargamassasplenasequandosoassentadascomargamassa longitudinal,
comastrscomposiesdeargamassas,2,4e10Mpacomeosdoistiposde
blocos,maciosevazados,mostrandoadiferenadaresistnciacompresso
desseselementos.
1.4Hipteses
a)Oargamassamento,naspequenasparedinhaslongitudinaisdosblocosmaciose
vazados,influinaresistnciacompressoemrelaoaocomportamentodoque
astodaspreenchidasplena
b)Ocomportamentodobloco deparedemacioeparedevazado,comounidade,
diferenocomportamentodepequenasparedes
c)Paraseestimarocomportamentorealdaalvenaria,necessriaarealizaode
ensaiodepequenasparedes.
d)Asargamassasdecomposiesde trsresistncias2,4e10Mpaeosblocos
macios e vazados de duas geometrias diferentes, os quais apresentam melhor
desempenho,podemsermaisviveisnaexecuodaalvenariaestrutural
e)Oargamassamentonasparedesassentadasplenas,em relaosassentadas
longitudinais, difere no desempenho, na resistncia, na economia de material, no
tempoenaestanqueidadedaparede.
1.5Justificativaerelevnciadoestudo
Aalvenariaestruturalvemassumindo,nosltimosanos, importanteposio
nomercadobrasileiro daconstruohabitacional.Quandobemutilizada,minimiza
ndicesdedesperdcioe,poressemotivo,vmcrescendoo interesseeaplicao
desse tipodealvenariaporpartedasconstrutoras.Mesmosemototaldomnioda
tecnologia,asconstrutorasestovisualizando,nessesistema,umaalternativamuito
competitivaparaaconstruodehabitaes.
O setor de cermica vermelha tem, aproximadamente, o mesmo perfil em
quase todos os estados do Brasil (ANICER2004). Esse perfil mostra um grande
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24
potencial, aliado s empresas de pequena capacidade tecnolgica e de
investimentose,conseqentemente,comafabricaodeprodutos(blocos)debaixa
qualidade. Ao mesmo tempo, encontramse, praticamente em todas as regies,
jazidasdeargilaemqualidadeequantidadesuficientesparajustificarinvestimentos
econmicosecientficosnarea.
Nesse sentido, o desenvolvimento de materiais adequados para o uso em
alvenaria estrutural far com que a indstria cermica aumente a sua
competitividade.
A qualidade da alvenaria estrutural depende dos materiais a serem
empregados e de suas tcnicas. Logo, melhorar a qualidade da alvenaria est
intimamente ligado busca de materiais que permitam ao conjunto um melhor
desempenho. Assim, o desenvolvimento de pesquisas que otimizem o uso de
produtoscermicosparaaalvenariaestruturalpoderauxiliarnodesenvolvimento
desteimportantesetorindustrial.
Para muitos materiais estruturais, podese adotar ou adaptar tecnologias
desenvolvidasemoutrospases,podendoseaplicarosmesmosprocedimentosde
clculoeconstruoeasmesmasespecificaesdosmateriaisquandoseobjetiva
produzir estruturas econmicas e seguras. Temse como exemplo o concreto
armado.Contudo,essenoocasodaalvenariaestrutural,comblocoscermicos,
umavezqueasdiferenasexistentesentreasunidadesdosdiversospasesfazem
comquea tecnologiadaalvenarianopossasersimplesmentecopiada(ANICER
2004).
NoBrasil,porumproblemaestruturaloumesmodecultura,diversostiposde
blocossofabricadossemouquasenenhumconhecimentosobreocomportamento
estruturalqueapresentam.Almdodesconhecimentododesempenhomecnicona
compressodessesblocos,parausodosprojetistas,nosepodeafirmarqualtipo
deblocopossuimelhoreficinciaestruturalnemmelhoreficcia.
Odesempenhomecnico avaliado tanto doponto devista dasegurana,
emrelaoaoestadolimite,quantodopontodevistadeutilizao.Comrelao
utilizao, so consideradas caractersticas como a deformao do elemento,
fissuras e demais falhas que possam comprometer outras exigncias, como a
estanqueidadeguaeadurabilidade.
As caractersticas do bloco, ou da alvenaria, relacionadas ao desempenho
trmico,acsticoevedaonoseroabordadasnestetrabalho.
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praticamente aceito por todo o meio cientfico que o principal elemento
resistentedasparedesdealvenariaobloco.Ele,basicamente,odeterminante
da sua resistncia. Dessa forma, a resistncia da alvenaria cresce, de forma
considervel, com a resistncia dos blocos, enquanto que a resistncia da
argamassatem influnciaquandomantidadevidaproporoderesistnciaentre
asduasunidadesargamassa/bloco.
Dentrodessecontexto,algumasquestesdevemserlevantadas:porqueso
usadasasformasdeargamassamentoatuais?Existemcondicionantestcnicospara
o argamassamento longitudinal das pequenas paredes de blocos? Quais so?
Seriamsimetria,espessuradeparedes,tipodesepto,espessuradosseptos,largura
deargamassautilizadanalongitudinal,argamassamentopleno?
Estapesquisatemcomoobjetivoavaliarocomportamentocompressodas
alvenarias das pequenas paredes de blocos estruturais cermicos macios e
vazados, argamassados com trs composies de resistncia 2, 4 e 10 Mpa,
executadasnasjuntasplenasenasjuntaslongitudinais,procurandoempregar,nos
dadosobtidos,osfatoresdeeficinciaeeficcia,tendnciasconhecidasnosistema
construtivodaalvenariaestrutural.
Para a realizao dos ensaios, optouse por blocos macios e vazados
estruturais da Cermica Pallotti, parceira na pesquisa. Esses blocos, com duas
diferentes geometrias, esto sendo analisados em uma tese de doutorado, junto
comargamassaindustrializadaFida.
Vrios pesquisadores afirmam que a resistncia dos blocos importante
devido ao assentamento na argamassa, sem, contudo, caracterizar seu grau de
importncia.Esperasequeosresultadosobtidosnessetrabalhocontribuamdeuma
formageralparaosetor,naescolhadecomoprocedernoassentamentodosblocos
estruturaisnasedificaesbrasileiras.
Esse sistema construtivo parece ser ideal para a realidade brasileira, pois
necessita de modeobra de fcil aprendizado, possui elevado potencial de
racionalizaoenoexigegrandes investimentose imobilizaodecapitalparaa
aquisiodeequipamentos.
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1.6Estruturasdotrabalho
Otrabalhoestestruturadoemseiscaptulos:
Captulo1 descreveosobjetivosaquese prope apesquisa, a justificativa,as
hiptesesadmitidaseaimportnciadotrabalho
Captulo2 apresenta uma reviso da literatura, que abrange o comportamento
dos componentes da alvenaria estrutural na compresso (bloco e
pequenas paredes), os fatores que interferem na sua resistncia, o
modo e o tipo de ruptura, o mdulo de deformao que ocorre na
alvenaria, sua eficincia e eficcia. Tambm estabelece os
componentesdaalvenariaestruturalblocoeargamassa
Captulo3 define a metodologia e descreve os materiais da pesquisa a ser
seguidaparaarealizaodotrabalho
Captulo4 expe os resultados da pesquisa feita com os ensaios dos
componentesdaalvenariaestruturalblocoseargamassa
Captulo5 analisa e interpreta os resultados da pesquisa, considerando as
diferentescaractersticasdosmateriais utilizados.Avalia, igualmente,
os mtodos descritos no terceiro captulo com base nos resultados
experimentais
Captulo6 apresentaasconclusesfinaiserecomendapesquisasquepoderiam
serfeitasemfuturostrabalho.
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2REVISOBIBLIOGRFICA
2.1Introduo
A alvenaria ummaterial que, em sua forma tradicional, constitudo por
blocos unidos por argamassa. Por ser um material composto, anisotrpico e
heterogneo,surgemdificuldadesdeseestabeleceroseucomportamento.
Existem vrias maneiras de se determinar a resistncia compresso da
alvenaria,podendoseratravsdeensaiosdeblocos,prismas,pequenasparedese
paredes ou atravs de equaes resultantes de teorias, baseadas em dados
experimentais.
2.2Conceituaespreliminares
Comoobjetivo deestabelecer uma linguagemcomum, soapresentadas a
seguiralgumasdefinies:
Alvenaria:componentecomplexo,queutiliza,comocomponentesbsicos,tijolosou
blocosunidosentresiporjuntasdeargamassademodoaformarumconjuntorgido
ecoeso.
Alvenaria Estrutural: toda a estrutura em alvenaria, predominantemente laminar,
dimensionadaporprocedimentosracionaisdeclculoparasuportarcargasalmdo
pesoprprio.
Argamassa: material composto por areia, gua e um ou mais aglomerantes
(cimento,cal,cimentoecal)que,porsuascaractersticasplsticas,deadernciaa
materiaisporososeendurecimentoapscertotempo,usadoparaunirasunidades
daalvenaria,formandoasjuntasdeargamassa.Constituise,dessaforma,umdos
componentesbsicosdaalvenaria.
ArgamassaPlena:usadaparaunirasunidadesdaalvenaria,que,seaplicadaem
todos osseptos do bloco, influina formaodas juntas horizontais longitudinaise
emdoiscordesverticaisnosbordosenasextremidadesdoblocopara formao
dasjuntastransversaishorizontais.
ArgamassaLongitudinal: utilizada para unir as unidades da alvenaria. Deve ser
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28
aplicada somente nas paredes externas do bloco, no sentido longitudinal, para a
formao das juntas horizontais longitudinais, e em dois cordes verticais nos
bordos.
Amostra:conjuntodeblocosretiradoaleatoriamentedeumloteparadeterminao
desuaspropriedadesgeomtricas,fsicasoumecnicas.
rea Argamassada: rea da seo correspondente rea ocupada pela
argamassadeassentamento.
reaBruta(Ab):readaseodeassentamento,delimitadapelasarestasdobloco,
semdescontodasreasdos furos,quandoexistirem. resultadodamultiplicao
dasdimensesdasdimensesexternasdeumafacedaunidade.
rea Lquida (Aliq): rea da seodeassentamento,delimitadapelas arestas do
bloco,comdescontodasreasdosfuros,quandohouver.ovalorqueseobtmao
subtrairdareabrutaareareferenteaosvazioscontidosnamesmaface.
Corpodeprova:exemplardoblocoprincipal,integrantedaamostraparaensaio.
Bloco cermico: segundoaNBR152702:2005, um componente de alvenaria
quepossuifurosprismticose/oucilndricosperpendicularessfacesqueocontm.
Os blocos cermicos so classificados de acordo com suas resistncias
compresso,sendoaargilaomaterialbsicodesuafabricao.
Unidade ou componente: cada parte em separado da alvenaria. Cada unidade
possuisuaspropriedadesmecnicasindividuais(blocooutijolo,argamassa,graute).
Elemento: resultado da unio de duas ou mais unidades. So os prismas e as
pequenasparedes.
ndicedeEsbeltez:relaoentreaalturaeaespessuradocorpodeprova.
Fatordeeficincia:definidocomoarelaoentrearesistnciacompressoaxial
daparede(fp)pelaresistnciadobloco(fb).fbfp
Deformao especfica: grandeza adimensional que expressa a variao de
comprimento da base de medida de um corpodeprova em relao ao seu
comprimentoinicial.
Mdulo de elasticidade: definido como o coeficiente de proporcionalidade entre
tensoedeformaosobumcarregamento.umapropriedadequedefinecomose
datransfernciadetensesentreosdiferentesmateriais.
Mdulo de elasticidade tangente: dadopeladeclividade deuma reta tangente
curvatensodeformao,emrelaoaqualquerpontodareta.
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Mdulodeelasticidadesecante:neste trabalho,serconsideradocomosendoo
valorobtidopeladeclividadedeuma reta traadadaorigemaumpontodacurva
tensodeformaocorrespondentea30%dacargaderuptura.
Resistncia compresso axial da alvenaria: valor limite da capacidade da
alvenaria de suportar cargas verticais aplicadas ao longo do seu plano axial
longitudinal, termo, s vezes, abreviado para resistncia ou resistncia
compresso.
Pequenasparedes, paredinhas :corpodeprovadealvenariamoldadocompelo
menos trs fiadas, compostas de trs blocos mais trs meios blocos estruturais,
unidosentresiesobrepostosnosentidodeamarrao,(contrafiados)solidarizados
comargamassaindustrializadaoufeitainloco.
2.3Fatoresqueinfluenciamnaresistnciadaalvenaria
Existem vrios fatores que influenciam na resistncia compresso da
alvenaria.Noentanto,nestapesquisa,abordarseoapenasosfatoresprincipais.
2.3.1Resistnciadobloco
A resistncia da alvenaria compresso cresce consideravelmente com a
resistncia dos blocos.Entretanto,oaumento de resistnciadas alvenariasno
linearmenteproporcionalaoaumentoderesistnciadosblocos.
Roman (1983), com relaoao fator de eficincia, observouque esse fator
diminui com o aumento da resistncia da unidade. A BS5628: Part 1 (1992)
estabeleceascurvasdecrescimentodaresistnciadaparedecomaresistnciado
bloco,comomostraafigura2.1.
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30
FIGURA2.1Resistnciacompressocaractersticadaalvenaria,construdacom
blocosvazadoscomrelaoh/tentre2e4(BS5628part1).
TABELA2.1ResistnciacompressodasargamassasdaNormaBritnica(BS
5628).
ResistnciaTipo TraoemVolume
Laboratrio Situ
i 1:0:3 16MPa 11MPa
ii 1:44,5 6,5MPa 4,5MPa
iii 1:1:56 3,6MPa 2,5MPa
iv 1:2:89 1,5MPa 1,0MPaFONTE:BS5628part1.
2.3.2Resistnciadaargamassa
Estandoomecanismoderupturadaalvenariaintimamenteligadointerao
entre unidade e junta, o comportamento mecnico das argamassas relevante,
embora alguns pesquisadores nodefendam isso. (RAMAMURTHYEGANESAN,
1992).
A influncia da resistncia compresso da argamassa aumenta com o
aumento daqualidade dobloco econseqente aumento das tenses admissveis.
Contudo, esse aumento de resistncia da argamassa gera um aumento menos
significativoqueaqueleocasionadopelamaiorresistnciadosblocos.
Gomes (1974)concluique a resistncia daargamassadevesesituar entre
0,7a1,0daresistnciadobloco.Aoseutilizarargamassasmaisrgidas,aalvenaria
passar a ter uma ruptura excessivamente frgil e tambm no acompanhar
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31
eventuaismovimentosdaestruturasobcargasemservio.
Quanto maior a diferena de deformao especfica entre a unidade e a
argamassa,maiorodiferencialdedeformaoentreosmateriais,ocasionandoum
aumentodastensesdetraonasunidadese,comisso,umarupturadaalvenaria
comcargasmenores.
2.3.3Espessuradasjuntashorizontais
Diversaspesquisasindicamqueaespessuraidealdajuntahorizontalde1
cm.Valoresmenores,que teoricamente gerariamalvenariasmais resistentes,no
so recomendveis, pois a junta no consegue absorver as imperfeies das
unidades.
Espessuras maiores que 1 cm causam diminuio da resistncia das
alvenarias devido ao aparecimento de tenses maiores de trao lateral nas
unidades.
SahlinapudRoman(1983)dizquearesistnciadaalvenariadiminuiem15%
paracadaaumentode3mmnaespessuradajuntaeviceversa.
Segundo Francis apud Gomes (1974), comprovado que a resistncia da
parededecrescecomoaumentodaespessuradajuntahorizontal.
2.3.4Geometriadaunidade
Com os blocos vazados, a disposio e o tipo de furos podem acarretar
grandesconcentraes de tenses, reduzindoa resistncia econduzindoa falhas
frgeis.
Comoobjetivodedefinirotipodearranjoexperimentalquemelhordefinao
comportamento das paredes de alvenaria, Ramamurthy e Ganesan (1992)
realizaram um estudo analtico, atravs domtodo dos elementos finitos, sobre o
comportamento da alvenaria de blocos de concreto. Nesse estudo, tais autores
consideraram a influncia de: diferentes geometrias, diferentes arranjos e
propriedadesdasargamassas.
Osresultadoseconclusesqueelesobtiveramforamosseguintes:
- comrelaoaosblocos,surgeumalviodetensesverticaisnumintervaloentre
5 cm acima e 5 cm abaixo do centro do prisma, sendo o ponto mnimo de
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32
compressoocentrodoprisma
- blocosde trs furosproduzemnveisde tensomaioresqueosdedois furose
distribuiodetensesdiferentes
- adistribuio de tensesemblocos dedois furos estruturalmente eficientesse
assemelha mais de trs furos do que de dois convencionais. Na regio
prxima ao centro do prisma, as tenses permanecem constantes, no se
observandooalviocitadoanteriormente
- comrelaoaosepto,adiferenadecomportamentoentreostrstiposdeblocos
analisadosmaisevidentequandoessessoassentadoscomjuntaamarrada.
Tensesdecompressosobemmaioresemblocosconvencionaisdedois
furosquenosestruturalmenteeficientes,anosernomeiodoprisma,ondeocorre
umalviodatensovertical.
Boult (1979),estudandoprismasdeconcreto,observouqueaespessurado
septo parece no influenciar na resistncia do prisma e que furosmais paralelos
produzemmelhorresistnciasqueosafunilados,concluindoqueageometriadofuro
umavarivelimportantenaresistnciadaalvenaria.
Abiko (1994) estudoua influnciado formatodosblocoscermicos emsua
resistncia compresso. Como resultado de sua pesquisa, concluiu que a
resistnciacompressodafacelateraldosblocosdefurosredondosmenorque
adosblocosdefurosquadrados.
Shrive (1983), aps pesquisar o mecanismo de ruptura da alvenaria e a
distribuio de tenses no bloco e na alvenaria, chegou seguinte concluso: a
buscadeumageometriaadequadaparaoblocoimportanteparaqueseconsiga
ummelhordesempenhodeambos,blocoealvenaria.Emseuestudo,prope trs
tiposdeblocos,testandounidades,prismasdetrsblocoseparedesdetrsblocos
delarguraeseisdealtura,utilizandoargamassasomentenasparedeslaterais,com
juntaalternada:
1) blocos com furos alinhados afunilamento de 0,8 % e septo central com
espessura igual a duas vezes as paredes do bloco mais 10 mm, volume de
concreto igual ao volume do bloco padro. Esses blocos apresentaram
resistncias apenas um pouco superiores (8%) ao padro. Os prismas
executados com blocos propostos foram significativamente mais resistentes
(30%) que os tradicionais. A resistncia das paredinhas foi superior quelas
construdas com blocos tradicionais. Tal diferena, porm, no se mostrou
significativa.
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33
2)blocoscomfurosonduladosdesenvolvidosapartirdoanterior,aespessuradas
paredes lateraisesepto foramaumentadasde formaaaumentarareadocentro
dosblocos.
Essetipodeblocofoi5%menosresistente,nosignificativamente,enquanto
que as capacidades resistentes dos prismas e das paredinhas foram bem mais
expressivas,27,7%e24,4%respectivamente.
3)blocoF (FinBlock)Esseblocopropostoapresentareentrncias,comumarea
14,4%menor,notendooautorchegadoaumaconclusoquantoatalgeometria.
Shrive(1983)defendequeexistemvantagensemaumentaraespessurados
septos,reduziroafunilamentodosfurosealinharosfuros.
Ganesan e Ramamurthy (1992) afirmam que o fator de eficincia varia
conformeaformadoblocoeotipodeassentamento.Emalgumasformasdeblocos
etiposdearranjo,aparecemconcentraesdetensesquereduzemaresistncia
compressodaalvenaria.
Osautoresanterioresfazemcomentriosarespeitodeestudosrealizadosna
ndia, no Building Technology Laboratory, nos quais foram testadas trs formas
diferentes de blocos. Os blocos tipoA foram assentadoscomargamassa apenas
nasfaces,eosdemaisforamargamassadosnasfacesenosseptos.
A figura2.2mostraos tiposdeblocosestudados.Osvaloresde resistncia
parablocoseparedespodemservistosnatabela2.2.
FIGURA2.2TipodeblocosestudadosnoBuildingTechnologyLaboratory(GANESAN
eRAMAMURTHY,1988).
TABELA2.2Valoresderesistnciaparablocoseparedes.
Bloco fbk(MPa) fwk(MPa) FatordeEficincia
A 3,30 1,46 44,24%
B 5,10 3,33 65,29%
C 4,94 2,91 58,91%FONTE:GanesaneRamamurthy(1992).
-
34
ConformeGanesaneRamamurthy(idem)necessrioqueaformadobloco
sejarepensadaa fimdequeseaumenteaeficinciadeblocosestruturais.Esses
pesquisadorespropemquesejamutilizadosblocoscujoseptocentralsejaigualao
dobro da lateral mais a espessura da junta, conseguindose, dessa forma, o
alinhamentodosfuros.Osreferidosestudiosostambmrealizaramumaanlisepor
elementosfinitosem3D.
Asconclusesaqueosautoreschegaramforam:
- oblocoracionalizadotipoBmelhorqueosoutros
- aanlisedetensesindicaconcentraodetensesevariaesbruscasdessas
nos blocos convencionais, enquanto que,nos blocos racionais, a variao
suave.
Gomes(1974)constatouquearesistnciadosblocoscermicosdevedao
de furos circulares apenas 12% da resistncia dos mesmos blocos de furos
retangulares, quando ambos so ensaiados com as cargas normais aos furos e
assentadossegundoamenor face.Nosensaios realizadoscomparedes,concluiu
quearesistnciadasparedesdeblocoscermicoscomfuroscirculares50%da
resistnciadasparedesconstrudascomblocosdefurosretangulares.
Prado (1995) investigou a resistncia compresso de cinco unidades
(blocos) diferentes e tambm elementos (prismas) confeccionados com essas
unidades.Asunidadesutilizadassomostradasnafigura2.3.
FIGURA2.3Unidadesensaiadascompresso(PRADO,1995).
Comoconcluses,oautordizquenofoipossvelestabelecercomclarezauma
tendnciademaiorrendimentodaunidadepelageometriaoupelaalturadaunidade.
-
35
Entretanto, com o aumento das dimenses das unidades, a resistncia
compressodoblocoseaproximadaresistnciadoprisma.(PRADO,idem)
Os resultados obtidos deixam claro o risco da generalizao de resultados
feitoscomdeterminadotipodeunidadeparaumuniversodetiposmaisamploede
unidadescomcomportamentosdesconhecidos.
2.3.5Tipodeassentamento
Otipodeassentamentoigualmenteumfatorquepodealterararesistncia
daalvenaria.A ausnciade argamassa, nas paredes laterais dos blocos,provoca
umaconcentraodetensesnessasparedes,causandoareduonaresistncia
doprismaoudaspequenasparedes.
Ganesan e Ramamurthy (1992), utilizando o mtodo dos elementos finitos
paraestudar ocomportamento de prismas comdiferentes tipos deassentamento,
chegaramconclusoqueacolocaodeargamassasomentenasparedeslaterais
dosblocos,porimposioounodageometriadobloco,implicanosurgimentode
grandes concentraes de tenses nas paredes transversais dos blocos. Nesse
caso, a fissurao inicia na parede transversal central. Atravs da simulao
computacional,puderamobservarque,seacolocaodaargamassaerarealizada
emtodoobloco,essasconcentraesdetenseserameliminadas.
Colville e Woldetinsae (1990) estudaram a influncia do tipo de
assentamento na resistncia compresso da alvenaria de blocos de concreto.
Foramanalisados224prismas,sendo115prismascomargamassamentolaterale
109 prismas com argamassamento total. Com base nessa pesquisa, os autores
puderamconcluirque:
- aresistnciacompressodosprismasvazadosdevesercalculadacombasena
readeassentamento
- aresistnciacompressodosprismasvazados(calculadaemrelaoreade
assentamentoda argamassa) aproximadamente 8%menor para prismascom
assentamentototaldoqueparaprismascomassentamentolateral.
2.4Resistnciascompressodaalvenaria
Considerando que o principal esforo atuante nas alvenarias o de
-
36
compresso,emboraelastambmsejamsubmetidasaesforosdetrao,flexoe
cisalhamento, numerosas pesquisas tm sido realizadas tentando estabelecer de
maneiraanalticaaresistnciacompressodaalvenariadeblocos.
O desenvolvimento de modelos matemticos, que expliquem o
comportamento daalvenaria, dificultadoporser essa ummaterial composto por
materiaisdepropriedadeselsticasdiferentes,tornandoseummaterialheterogneo
eanisotrpico.
Oesforo eadeformao,na ruptura doprisma, correspondemaum valor
intermedirio entre os valores correspondentes do bloco e da argamassa que
compemoprisma.
LaRovere eSoliz (1995) uniformizameapresentamasequaes adotadas
porPriestleyeYuketambmporHamideDrysdaleparaoclculodaresistnciada
alvenaria.PelocritriodeHilsdorf,aresistnciacompressodaalvenariadada
pelaexpresso:
1
'K
f ym s
= (2.1)
onde:K1 =umcoeficienteparaconsideraranouniformidadededistribuiode
tenseslaterais,variandoentre1,1e2,5.
y=resistnciacompressodobloco
PriestleyeYukadotaramamesmaequaodeHilsdorf,sugerindoadotarum
valorde1,5paraocoeficienteK1:
fm=5,91(0,1fcb+0,01284fa) (2.2)
Hamid eDrysdale igualmente adotarama equaodeHilsdorf, tomandoK1
igual a 1,08 chegando seguinte equao para a resistncia compresso da
alvenaria:
fm=8,08(0,1fcb+0,01460f) (2.3)
onde: fcb=resistnciacompressodobloco
fa=resistnciacompressodaargamassa
Khalaf et al. (1994), baseados em resultados experimentais, propem a
equaoabaixoparaprismasdeblocosdeconcreto,grauteadosounoemrelao
reabruta.
-
37
fm=0,3.fb+0,2.fa+0,25.fg (2.4)
onde: fm=resistnciacompressodaalvenaria(reabruta)
fb=resistnciacompressodobloco(reabruta)
fa=resistnciacompressodaargamassa
fg=resistnciacompressodograute
Mohamad(1998)estabeleceequaesparaindicararesistnciadaalvenaria
deblocosdeconcreto nograuteadosem funoda rigidez entre osmateriais.A
resistnciacompressodosprismas,em funoda resistnciadaargamassa,
dada pela primeira equao a seguir j a resistncia do prisma, em funo da
resistnciatraodobloco,dadapelasegundaequao.
Fm=fa.0,5794.(Ea/Eb)1,1093 (2.5)
Fm=fbt.[5,4491.(Ea/Eb)2+3,6377.(Ea/Eb)+10,219] (2.6)
onde: Fm=resistnciacompressodaalvenaria
Fa=resistnciacompressodaargamassa
Fbt=resistnciadoblocotrao
Ea=mdulodeelasticidadedaargamassa
Eb=mdulodeelasticidadedobloco
AnormabrasileiraNBR10837/89prevoclculoemalvenariaestruturalde
blocosvazadosdeconcreto,masnoexistenormabrasileiraespecficaparabloco
cermico. As cargas admissveis, para compresso de paredes de alvenaria no
armada, so calculadas atravs do critrio das tenses admissveis, usando a
resistnciacompressomdiadeprismascontrafiados.
A Norma Britnica, BS 5628 part 1, no estabelece diferenas entre
alvenarias de blocos cermicos ou de concretos. A resistncia caracterstica
compressodaalvenariafkpodeserobtidaatravsdeduasmaneiras:
a)testederesistnciafinaldepainisdetijolosoublocos,cujasdimensesdevem
ser de 1,20m a 1,80m de comprimento por 2,40m de altura, com uma rea
mnimada seco transversal de 0,125m2, emque aexecuoe a argamassa
empregadasnospainistestesdevemserasmesmasutilizadasnaprtica
b)atravs decorrelaes empricas, tendo por base a resistncia da unidade e o
tipodeargamassaaseremempregados.
-
38
Aresistnciacaractersticacompresso,fk,podesercalculadacomosegue:
2,1mum
k xAFf y y = (2.7)
onde: Fm mdiadacargamximadedoispainisteste
Areadasecotransversaldequalquerpainel
m fatorde reduodaresistnciadaargamassa,dadoTabela2.1daBS
5628part1
u fatordereduoparaamostrasdeelementosestruturais.
Ainda, de acordo com a BS 5628 part 1, a resistncia caracterstica
compressodependeprincipalmenteda resistnciadaunidade.Paravaloresmais
baixos de resistncia compresso dos blocos, a argamassa no tem influncia
significativanaresistnciadaalvenaria.medidaqueseaumentaaresistnciado
blocoaserusado,essainflunciapassaasersignificativa.
Aequaoabaixoestabelecidapelocdigoeuropeu,EUROCODE6,para
determinaodaresistnciacaractersticadaalvenariacompresso:
Fk=k.fb0,75 .fa0,25 (2.8)
onde: k=umcoeficiente
fa=resistnciacompressomdiadaargamassa
fb=resistnciacompressomdiadaunidade
k=0,4.
Parafb>15N/mm2=(15/fb)0,331,5
Parafb15N/mm2,=1
Podeseobservarque,peloEUROCODE6,aargamassatemumainfluncia
bempequenacomparadacomadobloco.
2.5Rupturanaalvenaria
Paraaelaboraodemodelosde rupturadasparedesquesejamrealistas,
devem ser considerados os possveis modos de ruptura devido trao, ao
cisalhamento,flexoeaosesforoscombinados.
A alvenaria um elemento composto pela unio de componentes
heterogneos, o que dificulta o desenvolvimento de modelos matemticos que
-
39
expliquemfielmenteoseucomportamentoestrutural.
Vrios pesquisadores tm aprovado equaes na tentativa de estabelecer
teoricamente o modo de ruptura que acontece na alvenaria. Os dois principais
critrios,osquaisdescrevemarupturanaalvenariasubmetidacompresso,so
oscritriosdeHilsdorfedeLenczner.Taiscritriossosemelhantes,assumemas
mesmashipteses.Entretanto,Hilsdorfsebaseianastenses,eLencznersebaseia
nacompatibilidadededeformaes.
2.5.1CritriodeHilsdorf
Hiptesesconsideradas:
- os blocos ou tijolos somacios, e toda a rea das facesmaiores encontrase
assentadaemargamassa,existindoperfeitaadernciaentreambos
- adistribuiodetensesdetraouniformeaolongodaalturadaunidade
- osesforosdetraolaterais soiguaisnasdireesxez
- a relao linear deCoulombentre ovalorda resistncia traouniaxial e da
resistnciacompressouniaxial,definindoaenvoltriaderupturabiaxialdotijolo
(bloco)submetidoaocarregamentotriaxial.
FONTE:Gomes,1974.
FIGURA2.4Tensesnosblocosou tijolos e na argamassa na compresso
simples.
Essecritriopermitechegaravaloresquantitativos.Nafigura2.5,alinhaCD
representa o esforo de compresso na argamassa, sendo que sua resistncia
-
40
aumentacomonveldecompressolateral.Ainterseodessaretacomaretade
Coulomb, AB, a qual define a envoltria de ruptura, causar a ruptura doprisma.
Admitese,nessecritrio,que,aomesmotempo,oblocorompesobestadobiaxial
(traocompresso)eaargamassasobestadotriaxialdecompresso.
Resistnciatrao
FONTE:Gomes(1974).
FIGURA2.5Relaoentreastensesdecompressoetraoemblocooutijolo
naruptura.
2.5.2CritriodeLenczner
O critrio de Lenczner, apresentado em Gomes (1974), considera a
contribuiodaargamassadeassentamentonaresistnciadaalvenaria,baseando
se na compatibilidade de deformaes entre os elementos componentes da
alvenaria,blocoeargamassa.
Afigura2.6explicaessecritriodecompatibilidadededeformaes.Nela,
possvelnotarqueaargamassa,porpossuirummdulodeelasticidademenorqueo
bloco, ficasubmetidaaesforosdecompressoeosblocosaesforosdetrao,
ocorrendoarupturaportraonobloco,devidoasuabaixaresistnciatrao.
-
41
FONTE:Gomes(1974).
FIGURA2.6Deformaolateraldosblocoseargamassadeassentamentosubmetido
compressosimples.
2.5.3Modosderupturaemalvenariaestrutural
Gomes (1974)concluiuquea rupturausual,emparedesdeblococermico
submetido compresso, caracterizase pela ruptura dos blocos. Porm, quando
ocorreoempregodeargamassascombaixaresistncia,arupturapodeocorrerpor
esmagamentodeumadesuasfiadas.
SegundoCheemaeKlingner (1986,) osmodosde rupturados prismasno
grauteadosso:
- trao no bloco, em que a tenso de trao principal no bloco maior que a
resistnciatraodobloco
- esmagamento do bloco, no qual a tenso principal de compresso no bloco
maiorquearesistnciacompressodobloco
- esmagamento da argamassa, em que a tenso de compresso axial na
argamassamaiorquearesistnciacompressodaargamassa.
ConformeMonk (1967), os resultados obtidos, em testes de laboratrio de
alvenarianoarmada,mostraram,empraticamente todososcasos,quea ruptura
ocorre no bloco cermico pelo fendilhamento vertical, ocasionado quando as
tensesdetraoultrapassamaresistnciatraodaunidade.Quandounidades
cermicassoensaiadascompresso,opratodeao,porsermuitomais rgido
queobloco,produz,nessasdeformaes,lateraisdecompresso,oqueocasionaa
rupturaporcisalhamento.
-
42
2.6Deformaesemdulodeelasticidade
DeacordocomAndrade (1997),asvariaes decomprimento queocorrem
no concreto so provocadas por diversos fatores. Elas podem ocorrer devido
expanso ou contrao do concreto endurecido, resultante das seguintes causas:
embebio, secagem, variaes de temperatura ou do fenmeno autgeno
resultantedereaesqumicasnointeriordoconcreto.Adeformaoautgenano
deve ser confundida com a contrao plstica, a qual ocorre no concreto fresco
antesdoinciodesuapega.
temperaturaconstante,ogeldecimentoformadonoconcretoendurecido,
durante a reao de hidratao, aumenta de volume quando absorve umidade e
retraiquandoliberaessaumidadenasecagem.Taisexpanseseretraesdogel,
causadas pela embebio e secagem, respondem pela maioria das variaes de
comprimento no concreto. Por exemplo, corposdeprova curados em ambiente
continuamentemidomantmseucomprimentooriginal,enquantocorposdeprova
mantidosemumaatmosferadeumidade relativade50%e temperaturaconstante
de 23C podem retrairse entre 0,04%e 0,07% em ums ano. Por outro lado, a
retraoporsecagemafetadapormuitosfatores,entreelestemperatura,umidade,
dosagememateriaisconstituintes,notadamenteasvariaesdostiposlitolgicosde
rocha.
Avariaodecomprimento autgena, resultante das reaesdehidratao
da pasta de cimento, quandomedida emcorposdeprova, requer que esses no
tenham nenhum impedimento de se contrair ou se expandir. necessrio que
estejam selados e sejam mantidos em salas ou ambientes com temperatura
constante.
Outra causa de variao de comprimento de interesse produzida por
esforosaplicadosrapidamente(ensaiosdemdulodeelasticidadeecapacidadede
deformaocomcarregamentorpido),ounosensaiosemqueessesesforosso
mantidosporlongosperodos(ensaiosdeflunciaecapacidadededeformaocom
carregamentolento).
As expanses devidas s reaes alcaliagregado ou aos sulfatos, que
afetam a durabilidade do concreto, constituemse outras causas de variaes de
comprimentonasestruturasdeconcreto.
Amediodedeformaesnoconcreto,paraa realizaodedeterminados
-
43
ensaios em laboratrio, revestese de caractersticas especficas, inerentes s
mediesdevariaesdecomprimentoemfunodosdiversosostiposdecorpos
deprovautilizados.
No se pretende, neste captulo, abordarcommuita abrangncia osvrios
mtodos empregados para a medio de deformao, mas mostrar apenas os
procedimentos adotados, para as medies das variaes de comprimento na
realizaodapesquisa.
Comooassunto"mediodedeformao"ricodeinformaesnaliteratura
especializada, qualquer pormenor, que requeira maior detalhamento, poder ser
encontradoembibliografiaespecfica.
Os seguintes procedimentos utilizados para medio de deformao sero
abordados:
- medio de deformao utilizando extensmetros eltricos de resistncia tipo
Carlson
- mediodedeformaoutilizandoextensmetroseltricosderesistnciavarivel
tipoStrainGages,cujoelementosensvelpodeserformadopor"fio"oulminade
umaligametlica(metalfilme),conhecidopor"foil"
- mediodedeformaoutilizandoseextensmetrosmecnicos.
2.6.1ExtensmetroseltricosderesistnciatipoCarlson
Essesextensmetrossebaseiamnapropriedadequeosmateriaiscondutores
apresentamdevariarderesistnciaeltricaquandosodeformados.
OsmedidorestipoCarlsonutilizamdoisprincpioseletromecnicosdistintos:o
davariaodatensoemumfio,queprovocaalteraodaresistnciaeltrica,eo
davariaodaalteraodatemperaturadeumfio,oqualcausaomesmoefeito.
Assim,fixandoseintimamenteumfiocondutornasuperfcieexternadeuma
pea ou estrutura, podese acompanhar, a partir de ento, suas deformaes,
apenasmedindoavariaoderesistnciaeltricadocondutor.
A solicitaomecnica que produz avariao na resistncia eltrica do fio
condutorderivadadeformaolocaldaestruturaaqueofioestsolidrio.Isto,a
experinciamostraqueadeformaoE=/Lcorrespondeaumavariaounitria
deresistnciaR/Rque,dentrodeamploslimites,sensivelmenteproporcional
deformaodofio.
-
44
Um problema fundamental, nessa tcnica de medio de deformao,
justamentegarantiraperfeita transmissodedeformaoentreaestruturaeo fio
condutor.
O extensmetro eltrico resistivo tipoCarlson constitudo por um tubo de
lato (ououtra ligasemelhante),com formadeumcilindroalongado, fechadonos
dois extremos por dois flanges, que fazem a sua ancoragem no concreto que o
envolve.Nointeriordocilindro,existemduashastesdeaoligadasdiretamenteaos
flanges, que formam a estrutura do aparelho. Tais hastes so livres para se
deslocaremumaemfrenteaoutra,quandosevariaoafastamentodasextremidades
do aparelho. Nessas hastes, so fixados pequenos isoladores de porcelana, nos
quais esto enrolados fios de ao,formando duas bobinas. Tais fios possuem
dimetrode0,06mmesomantidosaumatensodetraode700Mpa.
Adeformaodapeaaplicadaaoextensmetro,emsuasextremidades,e
transferidamecanicamenteaoselementossensveis.Esseselementossensveisso
doisenrolamentosde fiodeaoesticados,decomprimentose resistncias iguais.
Esses fios possuem deformaes iguais, em valor absoluto, mas de sinais
contrrios.
Asrelaesentreasresistnciasnosoafetadasporvariaessimultneas
detemperatura,porqueasbobinassofremvariaesemporcentagensiguais.
Oextensmetrofuncionatambmcomotermmetro.Atemperaturamedida
tomandose a soma das resistncias das bobinas. A referida soma no afetada
materialmente pela variao na resistncia, devido a mudanas de comprimento,
poisoacrscimodeumacompensaodecrscimodaoutra,quandosesomam.A
resistnciadosextensmetroscercade70ohmsa21,0C,aumentandocercade
1ohmparacada5,0Cdeacrscimodetemperatura.
OsextensmetrostipoCarlsonpossuemdimensesvariveis,possibilitando,
destaforma,quesejamempregadosdeacordocomafinalidadeaquesedestinam
na medio das deformaes nas estruturas, ou conforme a dimenso mxima
caractersticadoagregado,emlaboratrio.
A amplitude, ou seja, o valor mximo da deformao que o extensmetro
pode registrar, ajustada na fbrica para dois teros na compresso, para os
extensmetrosdogrupoA,eparadois terosa trsquartosparaosdogrupoM.
Quandohouvernecessidade,aamplitude pode ser especificada parao fabricante
comointuitode ajustlaigualmentecompressoetrao.
-
45
2.6.2ExtensmetroseltricostipoStrainGages
OsStrainGagesabrangemosextensmetroseltricosde "fio",assimcomo
osdenominados"foil(lmina),nosquaisomaterialdabaseconstitudodeligade
metal filme estabilizada (constantan). Esses extensmetros podem ser colados s
superfciesdosmateriaisoutambmembutidosemcorposdeprovanessescasos,
obedecendoaosmesmoscritriosadotadosparaosextensmetrostipoCarlsonde
embutir.
OprincpiobsicodeoperaodosextensmetrosmicrorresistivostipoStrain
Gages similar ao dos extensmetros Carlson. Os materiais dos condutores
eltricos possuem uma sensibilidade deformao, definida como a relao da
variaodaresistnciaeltricarelativadocondutorparaavariaorelativadeseu
comprimento,podendoserconsideradoscomomedidoresdedeformao.
A sensibilidade de deformao funo das variaes dimensionais,
ocasionadasquandoocondutoresticadoelasticamente,gerandoalgumavariao
naresistividadebsicadomaterialcomadeformao.
A sensibilidade deformao F pode ser estabelecida em funo das
variaes dimensionais, admitindo que a resistividade permanea constante. Se o
condutor esticadoelasticamente, haveruma variao deseucomprimento (&),
que ser associada reduo na seo transversal de sua rea, devido ao
coeficiente de Poisson. tais efeitos so aditivos no acrscimo da resistncia do
condutor.Admitindoum coeficientedePoissonmde 0,3,o fatordemedioser
cercade1,6paraasligascomumenteutilizadasemextensmetros.
Asensibilidadedeformao,noentanto,varivelparaosvriosmateriais,
mostrando valores extremos entre 12 (nquel) a +6 (platina), sendo que, para o
constantan,de+2,1.
Ovalor do fator demedio, para uma determinada srie deStrainGages
(obtidoatravsdetestesdecalibrao),dadopelofabricante.AmaioriadosStrain
Gagesmodernosajustadaadequadamenteao fatordemedio,possibilitandoa
mediodadeformaodiretamente.
A figura 2.7 mostra os tipos de Strain Gages mais comuns utilizados nos
ensaios.
-
46
FIGURA2.7StrainGages:a)decolagemsuperficialb)deembutir.
2.6.3Extensmetrosdemediomecnica
Amediodedeformaesoudeslocamentosdefundamental importncia
no campo da engenharia, pois abrange operaes bsicas, tais como o controle
dimensional de peas pela tcnica da medio diferencial, as pesquisas
experimentais, a transduo de vrias grandezas fsicas (fora, presso, torque,
temperaturaetc.),ouaindaamediodedeslocamentoslinearesouangulares.
De modo geral, os medidores mecnicos, juntamente com os medidores
eltricos (analgicos ou digitais), os pneumticos e os eletroticos, compem os
sistemasdetransduodemedidoresdedeslocamentooudeformao.
Dentreosprocessosousistemasdetransduoexistentes,osextensmetros
mecnicossoosmaistradicionais.Sodispositivosque,emprincpio,apresentam
ponteiros que se fixam em dois pontos do corpo a ser deformado e ampliam o
movimentodedeslocamentodessespontos,quandoocorreadeformao,atravs
deumsistemadealavancasouengrenagens,acopladoaumrelgiocomparadorou
aumdispositivoqualquerderegistro,noqualindicadoomovimento.
Os referidos extensmetros medem a variao de comprimento DL, cujo
valor,divididoporL,dadeformaoespecficaourelativa.
Conformeotipodeextensmetromecnico,podemsemedirdeformaesde
10x106a100x106,sendoessasdeformaescausadassomentepor tenses
estticas, no sujeitas a variaes bruscas. Compem o grupo de medidores
mecnicos, ou genericamente extensmetros mecnicos, em especial, os
denominadosalongmetrosoutambmcomparadoresdecomprimento.
Osalongmetrospodemserdotipofixadoaoscorposdeprova,pormeiode
-
47
estribos ou de garras mveis, que so posicionados em pontos de referncia
preestabelecidosdoscorpos deprovaouaindadebase fixaouestrutura rgida,
nos quais so posicionados os corposdeprova. Nesse ltimo caso, as bases de
medidasofixadasnasextremidadesdoscorposdeprova.
Afigura2.8mostraalgunstiposdemedidoresmecnicosquesofixadosaos
corposdeprovaemantidossomentedurantearealizaodosensaios.
FIGURA 2.8 Extensmetros mecnicos fixos (maruto): utilizados emcorposde
provade25x50Cm(montadosparaensaios).
Dentreosmedidoresfixadosaoscorposdeprova,destacamseosutilizados
em ensaios para determinao do mdulo de elasticidade ou capacidade de
deformao(emcorposdeprovaprismticos),ambosparacarregamentosrpidos.
Nocasodoensaiodemdulodeelasticidade,emcorposdeprovacilndricos
dedimetro igualoumaiorque20cm,emgeral,sousadosmedidores individuais
fixados aos corposdeprova e dispostos entre si, formando ngulos de 120 ou,
mais freqentemente, para corposdeprova de 15 cm x 30 cm, o dispositivo
denominado"compressmetroexpansmetro".
Paramedieslongitudinais,emcorposdeprovacomcomprimento igualou
superior a 50 cm, pode ser utilizado umdispositivo fixo ao corpodeprova, como
mostradonafigura2.9abaixo.
-
48
FIGURA2.9Extensmetromecnicocomparadorfixocommedidoresdigitais:utilizados
noscorposdeprovadestadissertao.
Esses medidores so utilizados principalmente nos ensaios para
determinao do mdulo de elasticidade. Tal dispositivo consiste de dois pinos,
rosqueados em bases embutidas nos corposdeprova. Essas bases so
posicionadas junto parede interna dos moldes, ficando assim embutidas e
faceandoasgeratrizesdocorpodeprovaquandodeformado.
Para o posicionamento do dispositivo de medio, utilizase uma barra de
invar, fixaemumdospinos,naqualacopladooextensmetromecnico.Opino
inferior serve paramanter o alinhamento dabarra e possui, em sua extremidade,
umabasechata,aqualpermiteocontatocomocursordoextensmetro.
2.7MdulodeelasticidadeecoeficientedePoisson
O conhecimento do mdulo de elasticidade fundamental na anlise das
deformaeselsticasouviscoelsticasdasestruturasdeconcreto.
Quando se aplica uma carga de compresso num determinado corpode
prova de concreto, produzse uma deformao proporcional tenso aplicada,
dentrodolimiteelstico,conformeaLeideHooke.Arelaoentreoincrementode
tenso e o incremento de deformao chamada de mdulo de elasticidade
"E".Esse mdulo de elasticidade determinado de acordo com os mtodos NBR
8522daABNT111ouASTMC469121.
Para tensesmoderadas,oconcretosegue,comboaaproximao,a leide
Hooke,sendoque,nosmaisresistentes,azonaaproximadamenteelsticamaior
-
49
doquenosmenosresistentes.
Os concretos muito resistentes tm maior inclinao na origem da curva
tensoxdeformao.Poroutrolado,osconcretosmenosresistentesrompemcom
deformaes maiores, apresentando, assim, maior capacidade de acomodao
plstica.Osconcretosmuitoresistentesso,porconseguinte,relativamentefrgeis.
O conhecimento do grfico tensodeformao na compresso permite a
obteno do mdulo de elasticidade. Vrias maneiras tm sido utilizadas para a
determinaodomdulodedeformaoespecficodoscomponentesdaalvenaria.
Nocasodoselementosdealvenaria,suadeterminaonormalmentefeitaatravs
dogrficotensodeformaoparaumacargaequivalentea50%dacargaltima,
paraseterocomportamentolineardocomponente(prismasoupequenasparedes).
Parablocoscermicosoumesmodeconcreto,noexistemensaiosnormalizados,
osquaisdeterminemomdulodeelasticidade.
Omdulodeelasticidadeumamedidadaresistnciadeformaoelstica
domaterial.Emboraoconcretonosejaverdadeiramenteummaterialelstico,eo
grficotensodeformao,paraincrementoscontnuosdecargaemgeral,tenhaa
forma de uma linha com uma suave curvatura, para fins prticos, considerado
linear,dentrodocampodastensesnormalmenteadotadas.
Omdulodeelasticidadeestticoobtidocarregandoseocorpodeprovae
observandoseadeformaoelsticacorrespondenteacadaincrementodecarga.
A figura 2.10 mostra o plano de carga mdulo de elasticidade diagrama
tensodeformaoaefetuar(*).
FIGURA2.10Representaoesquemticadosmdulosdeelasticidade:Tangente
(Eig)'TangenteInicial(E.)eSecante(Esec.n).
-
50
TangenteInicialnaOrigem(A)SemtraododiagramaITangenteinicialem
umpontosimulandoestruturapreviamentesubmetidaagenrico(A)carregamentos
e descarregamentos (8) 11 Secante no primeiro carregamento (C) Simulando
estruturaemseuprimeirocarregamento(C)li.
ANBR8522consideraqueatensoinicial,pontoBdacurvadeensaio,de
0,5MPa,eatensoconsiderada,paraoclculodosdiferentesmdulos,de30%da
resistnciacompressodoconcretojaASTMC469consideraumadeformao
especficainicial,pontoBdacurvadeensaio,de50x106,considerandoatenso,
para o clculo dos diferentes mdulos, de 40% da resistncia compresso do
concreto(PontoE).Oclculodealteraodetenses,emvirtudedemodificaono
carregamento,deveserfeitocomomdulotangente.
O mdulo de elasticidade tangente poder ser obtido determinandose o
coeficienteangulardatangentedacurva,aumadadatenso.Essetipodeclculo
socorreemalgunscasos,poisovalorobtidolimitadoacertoscritrios,comona
avaliao da carga crtica de flambagem, em que o mdulo de deformao a
empregarseromdulotangentecurvatensodeformao,obtidanoensaiode
compresso,nopontocorrespondenteaessacargacrtica.
A relao tenso x deformao, em qualquer ponto, a declividade da
secante(corda)entreaorigemeopontonoqualomdulodeterminado,devido
suavecurvaturadodiagramatensoxdeformao.
Geralmente,omdulodeelasticidadeobtidonotrechododiagramatenso
xdeformaoatumafraodovalormdiodatensoderupturadopardecorpos
deprovamoldadosparaoensaiodecompresso,paraaidadenaqualsepretende
fazeroensaio.
Afigura2.11mostraumacurvatpicadetensodeformaodeumconcreto
submetido a esforos de compresso ou trao, com carregamentos e
descarregamentossucessivos.
-
51
FIGURA2.11Curvatensodeformaotpicadeconcretos.
possveldeterminaromdulotangenteemqualquerpontodacurvatenso
deformao,maseleaplicvelsomenteapequenasvariaesdovalordatenso
emtornodopontoondeseconsiderouessemdulo.
Um material denominado perfeitamente elstico se as deformaes
aparecemoudesaparecemimediatamentecomaaplicaoeremoodetenses.
Essadefinionoimplicalinearidadedarelaoentreatensoeadeformao.O
comportamento elstico associado a uma relao no linear entre tenso e
deformaoobservado,porexemplo,novidroeemalgunsminerais.
2.8Caractersticasdosmateriaiscomponentesdaalvenaria
Nesta parte do trabalho, ser feita a caracterizao dos componentes da
alvenaria estrutural, de interesse neste estudo, os quais so: bloco cermico e
argamassadeassentamento.Abordarsetambmoprocessodefabricao,suas
caractersticasmecnicaseasespecificaesnacionaiseinternacionais.
2.8.1Blococermico
Omaterialconstituintedasunidadescermicasaargila.Elacompostade
slica,silicatodealumnioevariadasquantidadesdexidosferrosos.Aargilapode
ser calcria ou no. No primeiro caso, quando cozida, produz um bloco de cor
amarelada.Aquenocalcriacontmde2a10%dexidodeferroefeldspatoe
-
52
produz umaunidade de variados tons vermelhos, que depende da quantidade do
xidodeferro.
Aargilaapropriadaparaafabricaodeblocosdeveterplasticidadequando
misturada com gua, de maneira que possa ser moldada, deve ter suficiente
resistnciatrao,paramantero formatodepoisdemoldada,e,ainda,deveser
capazdefundiraspartculasquandoqueimadaaaltastemperaturas.
Aplasticidade,aguademoldagemeocomportamento,nasecagemena
queima,dependemdagranulomtricaedosdiversosmineraispresentes.
Segundo a ABNT (PEB179), as argilas so compostas de partculas
coloidaisdedimetroinferiora0,005mm,comaltaplasticidade,quandomidas,as
quais,quandosecas, formam torres,dificilmentedesagregveispelapressodos
dedos.
Todasaspropriedades fsicasdosblocossoafetadaspelacomposioda
matriaprimausadaepeloprocessodefabricao.
O processo de preparao da matriaprima consiste da dosagem
(formulao)emisturadasargilas.Adosagemdasargilasdeveserfeitadeformaa
promover uma pasta que possua determinadas caractersticas para uma boa
moldagem,secagemequeima.
Tambmaformulaodamassapodeinfluenciarnascaractersticasfinaisdo
produto acabado, como a sua resistncia compresso. Podem ser obtidas
unidadesdebaixaresistncia(3MPa)edealtaresistncia(>100MPa).
A norma brasileira NBR 152702: 2005 define bloco cermico como o
componente da alvenaria que possui furos prismticos e/ou cilndricos
perpendicularessfacesqueocontm.
A rea da sua seo transversal pode ser calculada de trs maneiras
diferentes,definindose:
reabruta:readequalquerumadasfaces.
rea lquida: reabruta de qualquer umadas faces do bloco diminudas darea
dosvazioscontidosnessaface.
reaefetiva:readaseotransversalocupadaporargamassa.
ANBR152702005difineosblocosemdoisgrandesgrupos:
Blocosdevedao:soosblocosquenotmafunodesuportaroutrascargas
verticaisalmdeseupesoprprioepequenascargasdeocupao.
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Blocosestruturais:soblocosprojetadosparasuportaremoutrascargasverticais
almdeseupesoprprio,compondoaestruturaeavedaodaedificao.
Tantoosblocosdevedaoquantoosblocosestruturaissoclassificadosde
acordo com sua resistncia compresso definida conforme a tabela 2.3. de
lamentar a falta de uma diferenciao, nessa norma, entre blocos cermicos de
vedaoeblocoscermicosestruturais.
TABELA2.3Resistnciacompressodeblocos.
Classe Resistnciacompressonareabruta(Mpa)
10
15
25
45
60
70
100
1,0
1,5
2,5
4,5
6,0
7,0
10,0FONTE:NBR71711992.
Asnormas brasileiras fixam valormuito baixo de resistncia compresso.
Estudos realizados mostram que mesmo os blocos de baixssima qualidade
possuemresistnciacompressomaiorquearesistnciade4,0Mpa,determinada
pelaNBR6460.
2.8.1.1Efeitosdoprocessodefabricaonodesempenhomecnicodobloco
Aspecto
Soascaractersticasvisuaisquetminteressedopontodevistaestruturale
esttico.As falhas visualmente perceptveis, as quais tm reflexos na capacidade
resistente das paredes, so as quebras, os trincamentos e as deformaes. Do
pontodevistaesttico,podesecitaraintegridadedasarestasevrtices,atextura
dasuperfcie,acor,etc.
Dimenses
Quanto mais uniforme o tamanho do bloco, mais fcil ser o trabalho do
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pedreiroemelhoraqualidadedaparede.Ahomogeneidadedasdimensestornase
aindamaisimportantenamedidaemque,cadavezmais,utilizaseamodulaoda
alvenariacomoformadeeliminarodesperdciocom quebras.
EsquadroePlaneza
A extruso, o corte e a queima dos blocos cermicos fazem com que
ocorram,eventualmente,distoresnessetipodebloco,senohouverumcontrole
adequado na produo. Blocos no esquadro e planos facilitamo assentamento e
permitemmaiorprodutividade.Naalvenariaestrutural,ageometriatemaindamaior
importncia,poisoesquadroeaplanezainfluemnacapacidadeportantedaparede.
Os blocos no devem apresentar defeitos sistemticos, tais como trincas,
quebras, s