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8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652 Vol. XXII • N° 393 • Montreal, 17 de maio de 2018 RE/MAX Action Inc. Agence Immobilière Francisco Lopes Agente de imóveis 1314, Avenue Greene Westmount (QC) H3Z 2B1 (514) 813-0007 [email protected] Apostar na compra de uma CASA é garantir o sucesso do que está por vir. EDITORIAL UM OBCECADO Por Carlos DE JESUS Grande parte da população dos Estados Unidos é racista. Sobretudo no Sul e nos estados rurais que nunca aceita- ram a derrota da Guerra da Secessão e mui- to menos o fim da escravatura. Esta população nunca aceitou ser go- vernada por Barack Obama, um negro. Donald Trump só tem uma obceca- ção e um único programa. Desfazer tudo quanto Obama fez. Foi assim que foi elei- to. Desde o seguro de doença até ao acor- do anti nuclear com o Irão, passando pe- los acordos de Paris destinados a reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Para culminar, remover o veto que impedia a mudança da embaixada de Telavive para Jerusalém. Como era de esperar, a abertura da nova embaixada está a traduzir-se num banho de sangue do lado palestiniano. Mas que importância tem isso? Para des- fazer o que Obama fez, nem sequer é a perspetiva de uma guerra que irá impedir Trump de o fazer. O mais triste no meio de tudo é saber que quase metade dos seus concidadãos, não obstante, ainda estão prontos a reelegê-lo! LP No Centro de Anjou... Mãe é flor à janela do coração Por Adelaide Vilela, pág. 3 No PSD - Açores... A segunda humilhação Leia artigo de Osvaldo Cabral, pág. 4 Major League Soccer: Impacto afunda-se... Por Norberto Aguiar, pág.14 Cont. na pág 10 Ministro Vieira da Silva... Em visita surpresa Por Ludmila AGUIAR Oministro do Trabalho, Solidarieda- de e Segurança Social de Portugal, José António Vieira da Silva, esteve de visita à Comunidade Portuguesa, ontem. A sua passagem, que teve todo o cariz de surpresa, pelo menos para nós, representante do LusoPresse e LusaQ TV, teve como ponto de encontro o Centro de Ação Sócio-Comunitária de Montreal, um organis- mo, como o seu nome indica, vocacionado para questões de índole social e, já agora, tam- bém ligado a assuntos de Imigração. A visita àquele centro, como nos disseram in loco, obedeceu ao interesse do ministro Viei- ra da Silva em conhecer a problemática funcio- nal do mesmo, aproveitando o facto de estar de passagem por Montreal, onde veio tomar parte numa reunião internacional relacionada

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8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 10 PM

3737376-2652

Vol. XXII • N° 393 • Montreal, 17 de maio de 2018

RE/MAX Action Inc.Agence Immobilière

Francisco LopesAgente de imóveis1314, Avenue GreeneWestmount (QC) H3Z 2B1(514) [email protected]

Apostar na compra de uma CASA é garantir o sucesso do que está por vir.

EDITORIAL

UM OBCECADO• Por Carlos DE JESUS

Grande parte da população dosEstados Unidos é racista. Sobretudo noSul e nos estados rurais que nunca aceita-ram a derrota da Guerra da Secessão e mui-to menos o fim da escravatura.

Esta população nunca aceitou ser go-vernada por Barack Obama, um negro.

Donald Trump só tem uma obceca-ção e um único programa. Desfazer tudoquanto Obama fez. Foi assim que foi elei-to. Desde o seguro de doença até ao acor-do anti nuclear com o Irão, passando pe-los acordos de Paris destinados a reduziras emissões de gases de efeito estufa. Paraculminar, remover o veto que impedia amudança da embaixada de Telavive paraJerusalém.

Como era de esperar, a abertura danova embaixada está a traduzir-se numbanho de sangue do lado palestiniano.Mas que importância tem isso? Para des-fazer o que Obama fez, nem sequer é aperspetiva de uma guerra que irá impedirTrump de o fazer. O mais triste no meiode tudo é saber que quase metade dos seusconcidadãos, não obstante, ainda estãoprontos a reelegê-lo!

L P

No Centro de Anjou...Mãe é flor à janela do coraçãoPor Adelaide Vilela, pág. 3

No PSD - Açores...A segunda humilhaçãoLeia artigo de Osvaldo Cabral, pág. 4

Major League Soccer:Impacto afunda-se...Por Norberto Aguiar, pág.14

Cont. na pág 10

Ministro Vieira da Silva...

Em visita surpresa• Por Ludmila AGUIAR

O ministro do Trabalho, Solidarieda-de e Segurança Social de Portugal, José AntónioVieira da Silva, esteve de visita à ComunidadePortuguesa, ontem. A sua passagem, que tevetodo o cariz de surpresa, pelo menos para nós,representante do LusoPresse e LusaQ TV, tevecomo ponto de encontro o Centro de AçãoSócio-Comunitária de Montreal, um organis-mo, como o seu nome indica, vocacionadopara questões de índole social e, já agora, tam-bém ligado a assuntos de Imigração.

A visita àquele centro, como nos disseramin loco, obedeceu ao interesse do ministro Viei-ra da Silva em conhecer a problemática funcio-nal do mesmo, aproveitando o facto de estarde passagem por Montreal, onde veio tomarparte numa reunião internacional relacionada

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O BOM, O MAU E O CARICATO• Por Humberta ARAÚJO

A visita do primeiro-ministro, António Costa, serviu, entre ou-tros, para mostrar que o jornalismo a sério e a opinião crítica, cujo intuitoé o de esclarecer e promover a discussão, não são fáceis nesta comunidade,para mal da democracia.

Por isso, continuamos o caminho traçado, ao trazer nesta edição osvários ângulos, as opiniões e as reportagens jornalísticas.

O bom: Nesta visita, realço o que de positivo ela trouxe ao setor econó-mico, ao permitir contatos e troca de ideias, entre governos e empresariado, noâmbito do acordo económico entre o Canadá e a União Europeia: o CETA. Es-ta oportunidade de relações, acolhida pelo “Economic Club”, deu voz, uma vezmais, a muitos do costume. Espera-se, contudo, que tenha facilitado permuta deoportunidades, para novos empresários/as, que procuram ocasiões de negócio,sem continuarmos a privilegiar sempre os mesmos, pois de papel higiênico acores, acho que estamos já bem apetrechados/as, obrigada!

Os resultados práticos desta abertura de mercados estão aí, e um dosque mereceu mesmo visita ministerial, foi a Frulact Group, uma empresaagroalimentar portuguesa. Associada à Kingston Economic DevelopmentCorporation, (KEDCO), a Frulact é não só um investimento, com possi-bilidades de expansão, mas também uma aposta política, que pretende calaras vozes do descontentamento em Kingston. De realçar que os governosfederal e provincial contribuíram, até ao momento, com 6 milhões de dólarespara a Frulact.

Portugal foi acolhido calorosamente, sendo notório o facto de o atualgoverno canadiano apostar fortemente na possibilidade que Portugal oferece,como porta de entrada na Europa. Não foi por acaso que o ministro do Co-mércio Internacional, François-Philippe Champagne, discursou durante25 minutos, a enfatizar as “benfeitorias” deste relacionamento com Portugal,através do CETA.

Positivo, em termos de esclarecimento, foi a posição do ministro daImigração, Ahmed Hassen, quanto ao PP e indocumentados. Ahmed Hassenconfirmou que soluções estão a ser estudadas, mas que há que ter em contaque as respostas são multifacetadas, porque não podem estar centradas sóna solução para os trabalhadores da construção, mas também para os milha-res de indocumentados/as noutras profissões. Já o secretário de Estado dasComunidades, em conversa com o Milénio, dizia mesmo haver muita con-fusão nesta matéria, e que se está a dar passos muito positivos para simpli-ficar os processos de candidatura, relaxando as exigências no campo daproficiência da língua inglesa, a favor da experiência profissional.

Positiva também foi a assinatura do Acordo de Mobilidade Jovem, quevai permitir a entrada anual de 2000 jovens portugueses no Canadá e vice-versa. Portugal é o 35°. país a fazer parte deste programa, sendo o único cu-ja idade limite está nos 25 anos, enquanto os outros países vão até aos 30/35 anos. Uma boa oportunidade para os/as jovens ganharem experiência,mas também um risco, especialmente para Portugal, que tem visto muitoscérebros jovens a abandonar o país. Para o Canadá é a inovação e a criatividadejovem que está em causa, e que pode transformar-se em residência permanente.Todavia, ainda não há datas nem regulamentos, para por em prática esteprograma, para Portugal. Positivo, espero, seja a imagem de paridade que acomitiva levou consigo: o elevado número de mulheres em posições de po-der no Canadá, uma lição para os governantes portugueses.

O Mau: O esquecimento da comunidade portuguesa em Toronto,das muitas instituições culturais e sociais, da sua juventude e idosos. Estafoi uma visita, sem dúvida, de caráter político e económico, e diria mesmoelitista. Para além de uma grande confusão, quanto a questões protocolares,os organizadores portugueses de lá e de cá, esqueceram-se de celebrar o tra-balho do imigrante comum, que dá centenas de horas voluntárias paramanter vivas a cultura e a língua portuguesas, sendo o principal embaixadorda portugalidade no Canadá, e que no anonimato constrói relações, “comer-cializando” e “publicitando” o Portugal de hoje.

Negativo também o facto de António Costa trazer consigo o presidentedo governo regional dos Açores, Vasco Cordeiro, da região portuguesa quemais contribuiu com homens e mulheres para este país, sem lhe dar o valordevido. António Costa perdeu uma das muitas ocasiões para falar da contri-buição das Regiões Autónomas no desenvolvimento das relações entrepaíses ao, por exemplo, preferir dar importância à TAP e à Air Canada, es-quecendo por completo uma companhia que daqui nunca arredou pé, mesmoem tempos difíceis: a SATA.

O caricato: Bom, claro, o apagão nas instalações da LIUNA. Nãoporque o mau tempo fez das suas, mas muito simplesmente porque ninguémentende como é que uma organização que pretende ser topo de gama, nãotenha um gerador para casos de emergência.

Obrigado, thank you, merci, monsieur le premier ministre, António Costa.

Foto LusoPresse.

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Visita de António Costa a MontrealA importância do Português no Mundo

Reportagem de Ludmila AGUIAR

SANTA CRUZ - Não é todos os dias que temos a oportunidadede encontrar o Primeiro Ministro de Portugal. Depois de Otava, Kings-ton e Toronto, foi em Montreal, no dia 5 de maio, que o Doutor Antó-nio Costa terminou a sua visita ao Canadá, com um programa dedicadoà divuldação da língua portuguesa.

Acompanhado por José Luís Carneiro (secretário de Estado dasComunidades Portuguesas), José Moreira (embaixador de Portugal emOtava), José de Guedes de Sousa (Cônsul de Portugal em Montreal),Carlos Leitão (ministro das Finanças do Quebeque), Alexandra Mendes(deputada Liberal Federal), Alex Norris (vereador na Câmara Municipalde Montreal) e Daniel Loureiro (conselheiro das Comunidades Portu-guesas), a visita do Primeiro Ministro começou pelo Centro Comuni-tário Santa Cruz, onde foi recebido pelos alunos e professores das Es-colas Santa Cruz e Lusitana. Na ocasião, António Costa esteve nas sa-las de aula à conversa com alunos e professores antes de entrar no Sa-lão Nobre, onde a comunidade o esperava calorosamente. Depois dasapresentações feitas pela Marta Raposo, da atuação musical por partede crianças alunas e do discurso do Padre Phong, o Primeiro Ministrode Portugal discursou sobre vários temas, com prevalência sobre a im-portância da língua portuguesa no mundo. Também elogiou a comu-nidade portuguesa, o maior elo de ligação de Portugal com o Canadá,um país que não conhecia mas que disse que é muito bonito e que pre-tende visitar em... férias. Mostrou-se igualmente satisfeito pela comu-nidade continuar na conservar a língua, a cultura e as tradições do nos-so país.

À tarde, o Primeiro Ministro voltou a encontrar a comunidade noCais Alexandra, no Velho Montreal.

Ali, Daniel Loureiro começou por salientar os méritos dos portu-gueses de Montreal e pediu ao Primeiro Ministro para não se esquecerda comunidade. Seguiu-se-lhe Carlos Leitão, ministro das Finanças doQuebeque, que sublinhou as boas relações entre Portugal e o Quebeque.A finalizar, o Doutor António Costa declarou que Portugal está muitobem representado pelos Portugueses que residem no Canadá. E comoque para apoiar essa declaração, o Primeiro Ministro condecorou, emnome do Presidente da República Portuguesa, Helena Loureiro, Chefe empresária, com a medalha de Mérito Comercial. (Parabéns à nossaHelena!)

A tarde do dia 5 de maio, na companhia do Primeiro Ministroportuguês, terminou com a atuação do credenciado fadista portuguêsCamané, que também fez parte da comitiva lusitana.

Um cocktail, da responsabilidade de Helena Loureiro, como sempremuito bem preparado, foi servido a todos os presentes. L P

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Fazer história da... HistóriaDe futebolista a dirigente comunitário

Em Montreal, ainda antes de voltar a pisar um terreno de futebolmais ou menos à séria, fui sendo convidado para um rol de atividadescomunitárias. A primeira, que me recordo, foi para fazer parte do Con-selho de Administração do Centro Português de Referência e PromoçãoSocial – hoje dá pelo nome de Centro de Ação Sócio-Comunitária deMontreal. A segunda foi para fazer parte da equipa dirigente do LusoStars. Depois, convidaram-me, sucessivamente, para fazer parte da Rá-dio Portugal de Montreal, do jornal «O Emigrante», da Liga ComercialPortuguesa de Futebol, da Rádio Saint-Louis Centre-Ville, entre outros.Por esta mesma altura fui sendo convidado para assistir às reuniões daCasa dos Açores, ora criada, ao mesmo tempo que era o jovem de ser-viço junto dos programas de televisão Luso-Québécois...

Entretanto, também por essa altura, fim dos anos setenta, apareceu-me convite para me ligar ao futebol em termos locais. Foi meu mentor,se assim se pode dizer, Francis Millien, um francês bem instalado nosmeandros da Câmara Municipal de Montreal. Com ele passei muitasjornadas a trabalhar para a evolução do futebol montrealense, entãoparquíssimo nas suas estruturas físicas e humanas... De todas, a maissignificativa foi a da criação da Associação de Futebol Concórdia, aqual veio dar, definitivamente, credibilidade às organizações futebo-ís-ticas da cidade, até ali nas mãos de particulares, longe do que se fazia empaíses como Portugal e França, por exemplo...

Mas destas e doutras participações minhas em organizações locais,hei-de voltar a cada uma delas de per si, pois tenho tanto para dizer epor isso quero que fique para a história desta comunidade, que muitotem consumido... de mim.

No último número, eu falava do treinador José Pereira, tambémconhecido por José Teixeira. E dizia que o tinha conhecido, primeiro,no ginásio da Escola St-Patrick, onde o Luso Stars treinava no invernoe, depois, nos campos de futebol da cidade e não só. Lembro-me queuma certa vez acompanhei a equipa até Otava, visto ali haver uma equi-pa, chamava-se Saint-Anthony, que fazia parte da mesma liga do LusoStars. E fui porque o Norberto Eleutério me convidou. Nessa altura, oLuso Stars já tinha nas suas fileiras mais dois jogadores açorianos con-tra os quais eu tinha jogado nos Açores: o Laurindo, do Benfica Águia,da Ribeira Grande, e o Rasga-Mar (Alberto Ribeiro, pai do Mike Ribeiro)do Marítimo Spot Clube, da Calheta, em Ponta Delgada.

Assistiu ao jogo junto da Antonieta, a mulher do Norberto. Quan-do o desafio terminou, creio com derrota do Luso Stars, como quasesempre acontecia, pois o grupo de origem italiana era muito forte, fo-mos fazer um piquenique num dos parques da capital canadiana. Du-rante o convívio, estavam os açorianos recentes, digamos assim, de umlado; os outros jogadores, dirigentes e acompanhantes, do outro. Maisuma vez não deu para trocar impressões com o treinador José Pereira.

Meses mais tarde e já com algum conhecimento sobre o que era oLuso Stars, fui convidado para dirigente da equipa. Recordo aqui algunsdos dirigentes que me acompanharam: José Remelgado, Romano Mi-chel, Aranha Eires (todos já falecidos), Luís Soares, Manuel dos Santos...Dos que já faziam parte do clube, lembro-me apenas do Manuel Diase do José Tavares...

A minha implicação como dirigente do Luso Stars demorou apenasalguns meses. Foi da nossa posse, no início de 1976, até maio – fazanos agora pelas festas do Senhor Santo Cristo. Um desacordo comJosé Tavares, que não tendo responsabilidades junto da equipa, funçõesque me estavam atribuídas, fez-me deixar a direção do clube. Sobre estee outros pormenores passados no ou com o Luso Stars merecerão daminha parte um texto em devido tempo.

Entretanto, no tempo que lá passei, ainda tive ocasião para criar oTorneio de Futebol Santo Cristo, como acontecia na ilha, e co-liderar oprocesso de escolha de um novo treinador. Foi desta maneira que esco-lhemos Joaquim dos Santos, em detrimento de António Marques, Fer-nando Anselmo, ambos infelizmente já falecidos, e Lourenço, antigoavançado do Sporting, que então vivia em Montreal.

Resta dizer que quando cheguei ao Luso Stars já José Pereira tinhadeixado o comando técnico da equipa.

Norberto Aguiar

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L P

Festa no Centro Comunitário de Anjou

MÃEMÃEMÃEMÃEMÃE é flor à janela do coração• Por Adelaide VILELA (Texto e foto)

Caros leitores, depois do frio que assolou o corpo e a mentedos citadinos de Montreal, eis que rebenta a primavera, por toda a ci-dade, e veio magnificamente perfumar o Centro Comunitário do DivinoEspírito Santo de Anjou, no passado 13 de maio, dia de Nossa Senhorade Fátima. Se reparou no título deste artigo há três letrinhas que valempor todas as rosas dos jardins do Mundo, o nome mãe. Eu perdi a ra-inha do nosso lar há cinco meses… Assim sendo, o nome mãe tem pa-ra mim um significado da mais alta importância.

E foi para todas as mães que a Associação, acima citada, organizouuma belíssima festa, com o romântico e excelente cantor, Júlio Louren-ço, ao comando daquele barco de paixão maternal.

A festa foi muito bem organizada pelas senhoras do Centro, auxi-liadas pelos cavalheiros que compõem o grupo de trabalho deste ano.Todas elas, todos eles, fazem parte de uma direção dinâmica e próspera,onde a unidade entre as pessoas é reforçada a cada vez que se encontram.

Muito embora seja tempo de Domingas e de outros eventos religi-osos, a sala de festas esteve bem composta. O almoço teve um cheirinhoa mar, com a lagosta a encher o prato, por si só já delicioso. A mesa dosbolos e do café, servidos graciosamente a todos, estava colorida e rica,tudo com muito bom aspeto.

Como a tarde foi de encantar, vimos entrar os filhos com as mãoscheias de flores para as suas mães queridas. Os mais pequenos faziamcorrerias felizes, e de vez em quando pregavam um beijinho no rostode suas mamãs.

Nesse mesmo dia cantou-se “Parabéns a você” a quatro aniver-

IGREJA BAPTISTA PORTUGUESADomingos às 15H00 – Pregação do Evangelho6297 Ave. Monkland, (NDG) Montreal

http://www.madisonbaptistmontreal.com/portugues.htmlTel. 514 577-5150 – [email protected]

sariantes, que ficaramsurpreendidos e satis-feitos. O bolo de ani-versário foi confecio-nado por mãos de fa-da. Dá por nome deSuzie, esta artista empastelaria fina, filhado presidente JoséCosta, natural de Á-gua de Pau, S. Miguel,Açores.

O Centro Co-munitário do Divino

Espírito Santo de Anjou orgulhou-se de maisuma vitória na organização da festa para o Diadas Mães.

E cá estou então em nome do jornal Luso-Presse para testemunhar o que vi, fazendo umbalanço positivo desta minha passagem peloCentro de Anjou.

Já agora, convém que seja dito muitas ve-zes: a mãe é uma flor à janela do coração doseu rebento. Ama a tua mãe. L P

Lúcia Sousa e a neta.

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Dra. Carla Grilo, d.d.s.

Escritório1095, rue Legendre est, Montréal (Québec)Tél.: (514) 385-Dent - Fax: (514) 385-4020

Clínica Dentária Christophe-Colomb

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LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Anália NARCISOContabilidade: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Daniel Bastos• Osvaldo Cabral• Ludmila Aguiar• Adelaide Vilela• Raúl Mesquita• Humberta Araújo• Joaquim Eusébio• Onésimo Teotónio Almeida• Francisco Lopes• Carlos Taveira

Revisora de textos: Vitória Faria

Societé canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor e Realizador:• Norberto AGUIARContatos: 514.835-7199

450.628-0125

Programação:• Segunda-feira: 21h00• Sábado: 11h00(Ver informações: páginas 5 e 8)

Foto LusoPresse

A SEGUNDA HUMILHAÇÃO DO PSD-AÇORES• Por Osvaldo CABRAL

Rui Rio infli-giu, no passado fimde semana, a segundahumilhação aos atuaisdirigentes do PSD-A-çores, sendo provávelque a terceira esteja acaminho com as elei-ções europeias.

Ao escolher Mo-ta Amaral para ser homenageado nas comemo-rações do 44º aniversário do PSD nacional,Rui Rio deu mais um sinal de força ao antigopresidente regional e rompeu, uma vez mais,com o PSD de Duarte Freitas, o mesmo quedispensou Mota Amaral de continuar a repre-sentar o partido e os Açores na Assembleia daRepública.

O primeiro sinal de desacordo foi noCongresso do PSD, em fevereiro passado,quando Rui Rio “riscou” das suas listas qual-quer representação do aparelho açoriano doPSD.

Duarte Freitas não deixou de apoiar Rio,mas pediu “o mesmo respeito pelo PSD-A-çores”.

A nova direção nacional do partido nãoligou aos reparos e, agora, com esta homena-gem, o PSD nacional distancia-se ainda maisda nomenclatura regional.

É muito provável que Rui Rio possa es-colher Mota Amaral para integrar – se nãomesmo liderar – a lista dos candidatos às elei-ções do Parlamento Europeu.

Com o gesto da homenagem, Rio nãoesconde que gostaria de “recuperar”, nova-mente, Mota Amaral para a ribalta nacional,onde deixou boa imagem, tanto mais que, nes-ta altura, fala-se tanto na falta de valores moraise de mais seriedade na política.

Mota Amaral seria o emblema dessa serie-dade e o exemplo do político que nunca seserviu da política, ao mesmo tempo que RuiRio resolveria o problema da representaçãoaçoriana do partido na lista dos candidatos aoParlamento Europeu, mesmo indo contra oaparelho regional.

Aliás, a ausência a qualquer referência aoatual PSD-Açores nas referidas comemorações,concentrando todos os elogios na figura deMota Amaral, é bem exemplificativo do rompi-mento da direção nacional com a estrutura aço-riana.

Do mesmo modo, percebe-se o incómo-do de todo o aparelho açoriano do PSD, poisnem uma nota pública se conhece de apoio àhomenagem ao seu fundador e antigo presi-dente.

É verdade que Duarte Freitas esteve pre-sente, mas ao que parece entrou mudo e saiucalado.

Está visto que Rui Rio não quer ouvir fa-lar de Duarte Freitas e Berta Cabral, jogandonoutro tabuleiro para sinalizar que gostaria dever novo rumo por parte dos sociais democra-tas açorianos.

Terá o PSD-Açores percebido?

UM PRESIDENTE EM DESESPERO– O discurso de Vasco Cordeiro, domingo, nailha Terceira, é o de um político em desesperoperante o seu próprio eleitorado ‘ingrato’.

Está visto que Vasco Cordeiro não gostoudo cartão vermelho que os seus camaradas daTerceira mostraram à sua política, aliando-se atoda a oposição na Assembleia Municipal deAngra.

É estranho que o Presidente do Governotenha demonstrado qual é a parte que aindanão percebeu.

O mandato deste governo está adormeci-do e apodrecido, sem nada que se veja de rele-vante, mergulhado num grande buraco finan-ceiro, com empresas públicas a definharem-seumas atrás das outras, calotes seguidos a forne-cedores, ausência de investimento público, au-mento de famílias a recorrerem ao RendimentoSocial de Inserção, grande desorientação emquase todos os setores, mas principalmentena Saúde, na Agricultura, nos Transportes enas Pescas, sendo notória a incapacidade dosseus titulares, envolvidos num filme em quesão atores de segunda.

É preciso não esquecer que este governocoleciona a maior originalidade do nosso re-gime: teve as suas contas aprovadas pelo Tribu-nal de Contas, mas com “reservas sobre a lega-lidade e a correção financeira”. Isto já diz muito.

Nos próximos meses, se o problema daSATA falhar, é todo o governo de Vasco Cor-deiro que falha.

É surpreendente que ninguém esteja a ver,no governo, que muita coisa vai mal.

Veja-se isto: as Câmaras da Terceira apro-vam resolução a condenar o modelo dos trans-portes para a Terceira, a Câmara de Comérciode Angra do Heroísmo emite comunicado acriticar os transportes e a exigir novas soluções,a Câmara do Comércio e Indústria de PontaDelgada há muito que reclama novos modelosde transporte aéreo e marítimo, a Câmara doComércio e Indústria da Horta reclama novassoluções para os transportes aéreos, a Câmarado Comércio e Indústria dos Açores anda háanos a reclamar nova política para os trans-portes marítimos e aéreos, os empresários doPico nem querem ouvir falar da SATA, o con-curso para o avião de carga é uma vergonha,toda a gente já receia que a operação de verãoda SATA vai ser um descalabro.

O que faz o governo? Finge-se de morto!As críticas dos socialistas da Terceira são

apenas o eco de uma voz muito mais forte quese vai ouvindo por estas ilhas fora, peranteuma enorme desilusão que tem sido esta gover-nação.

Não compreender isto é não perceber osentimento popular, só explicado pela incapaci-dade de ouvir no terreno a sociedade, porquenão se sai dos gabinetes confortáveis dos palá-cios.

E o mais grave disto tudo é que a popula-ção olha para as alternativas e não vislumbracenário melhor.

É por isso que Vasco Cordeiro se dá aoluxo de responder, com uma certa altivez, aosque o criticam.

Porque sabe que esta oposição é o seu se-guro de vida político.

O BALÃO ESVAZIOU – Um dos exem-plos mais hilariantes desta governação é o casodo Air Center, que nunca ninguém percebeu oque era, mas que os nossos governantes regio-nais fizeram tal profissão de fé, que agora nãosabem como se explicar perante aquilo que sedesconfiava.

Os terceirenses têm razão para se senti-rem, mais uma vez, enganados.

Elevaram-se as expectativas tão altas, comum festim internacional nas Lajes que maisparecia uma cimeira entre várias potênciasmundiais, para agora se ficar a saber que o fa-moso Air Center não passa de uma sala comum funcionário, uma secretária e um computa-dor... Uma “sede simbólica”, dizem eles.

O Secretário Regional da Ciência, Gui Me-neses, que já tinha sido o bagageiro do Minis-tro da Ciência, para transportar do Brasil umsupercomputador para o Minho, tentou expli-car, na conferência de imprensa dos milhõespara a Ciência e Tecnologia, todo este imbró-glio, mas fê-lo de uma forma tão confrange-dora que até mete dó como se deixa embalarpelas promessas dos seus colegas da república.

Mas isto não vai ficar por aqui.A seguir virá o porto da Praia da Vitória,

este incansável arremesso de promessas políti-cas que, se fossem para levar a sério, deixariamtodos os portos oceânicos de Portugal e daEuropa cheios de medo...

E porque já não há nada para mostrar –nem para inaugurar –, ainda há governantesque se dão ao ridículo de fazer uma festa coma inauguração de... lâmpadas LED numa reser-va natural!

Ao que isto chegou.

Com a Altice PortugalLagoa celebra protocolo

LAGOA - A Presidente da Câmara Mu-nicipal de Lagoa, Cristina Calisto, assinou on-tem, no NONAGON – Parque de Ciência ede Tecnologia de São Miguel, um protocolode cooperação com a Altice Portugal e foi anun-ciado que, até 2019, o concelho de Lagoa ficarácom uma cobertura de 100% no acesso à fibraótica.

Para a líder do executivo camarário lagoen-se, “o protocolo que estabelece a partilha decondutas entre o município e a Altice Portugalrepresenta um passo importante para o conce-lho, na medida em que irá evitar a duplicaçãode infraestruturas, bem como a minimizaçãodo volume de intervenções no subsolo doConcelho de Lagoa, uma maior eficiência e re-dução de custos, para além de reforçar a possi-bilidade de interligar todos os edifícios da Lagoacom fibra ótica”. Por outro lado, Cristina Ca-listo adianta que, “esta parceria enquadra-sena estratégia política do município vocacio-nada para a ciência e inovação, desenvolvi-mento tecnológico, de que é exemplo o Tecno-parque e, por outro lado, é também uma parce-ria associada ao projeto de modernizaçãoadministrativa e Smart Cities que a autarquiaestá a desenvolver, assente na competitividadetecnológica que se pretende incutir no con-celho”.

De relembrar que, a MEO é proprietáriade uma rede de condutas instalada no Conce-lho de LAGOA com cerca de 35 066 m, sendoque, as mesmas encontram-se, integradas naORAC (Oferta de Referência de Acesso a Con-dutas), regulada pela ANACOM. A Altice Por-tugal, nos últimos 3 anos, já investiu cerca de6 milhões de euros na Região Autónoma dosAçores.

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Feliz Natala todos!

O vosso programa de televisão em português!OOOOOOOOOOOOOOO vvvvvvvvvoooooooooosssssssssssssssssoooooooooo ppppppppppprrrrrrroooooooooggggggggggggrrrrrrrraaaaaaaaaammmmmmmmaaaaaaa dddddddddddddeeeeeeee ttttttttttteeeeeeeeellllllllllleeeeeeeeeevvvvvvvviiiiiiiisssssããããããããooooooo eeeeeeeemmmmmmm ppppppppoooooooorrrrrrrrttttttttuuuuugggguuu

LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Éditeur et rédacteur en chef : Norberto AguiarDirecteur : Carlos de Jesus

Hora Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo5:00 BossBen MAG TV Yoga Passion Apputamento con Nick & Silvana MM YOGA Vivere bene AVA TV5:30 Yoga Passion Il Est Écrit Hello Beirut Saluti Da MCT6:00 Hay Horizon BossBen Voix Succes Escu TV Madagascar TV Yoga Passion Hay Horizon6:30 LusaQ TV MM YOGA Il Est Écrit Table de Maria7:00 MAG TV Table de Maria Saluti Da Voix Succes AVA TV Hay Horizon Zornica7:30 Il Est Écrit Good Taste Vivere bene Il Est Écrit Hello Beirut8:00 Shalom MTL Madagascar TV Yoga Passion Table de Maria MAG TV Il Est Écrit Pinoy Pa Rin8:30 Voix Succes Shalom MTL Arts & Lettres Yoga Passion Echo Femme et Pouvoir Il Est Écrit9:00 Escu TV AVA TV Ça va causer BossBen Voix Succes Madagascar TV BossBen9:30 Echo Fatto in casa a MTL MAG TV10:00 Femme et Pouvoir Hello Beirut Escu TV LusaQ TV Padelle & Grembiuli Voix Succes Escu TV10:30 Arts & Lettres Zornica Hey Latino TV Madagascar TV Yoga Passion Zornica Yoga Passion11:00 Personalité Femme et Pouvoir Tele-Ritmo V Hey Latino TV MCT LusaQ TV MAG TV11:30 Ça va causer Pinoy Pa Rin Tele-Ritmo V Escu TV Padelle & Grembiuli Shalom MTL12:00 LusaQ TV Fatto in casa a MTL Shalom MTL BossBen Zornica12:30 Table de Maria Voix Succes Hello Beirut MAG TV Pinoy Pa Rin Arts & Lettres13:00 Good Taste Ça va causer Madagascar TV MCT Arts & Lettres AVA TV Personalité13:30 Pinoy Pa Rin MAG TV Fatto in casa a MTL Personalité Table de Maria14:00 Madagascar TV Table de Maria Hay Horizon Voix Succes Ça va causer Arts & Lettres MCT14:30 Hey Latino TV MCT Pinoy Pa Rin Personalité Hey Latino TV15:00 Tele-Ritmo V Escu TV BossBen Echo Hey Latino TV Ça va causer Tele-Ritmo V15:30 Hey Latino TV Arts & Lettres Tele-Ritmo V16:00 AVA TV Tele-Ritmo V Femme et Pouvoir Personalité Femme et Pouvoir Hay Horizon16:30 Voix Succes Zornica LusaQ TV Echo17:00 Hay Horizon Echo MCT Yoga Passion Table de Maria Good Taste Ça va causer17:30 Personalité Pinoy Pa Rin Table de Maria Hello Beirut Table de Maria18:00 BossBen AVA TV LusaQ TV Hay Horizon BossBen Hello Beirut AVA TV18:30 Shalom MTL MCT19:00 OMNI NEWS (PUN) OMNI NEWS (PUN) OMNI NEWS (PUN) OMNI NEWS (PUN) OMNI NEWS (PUN) OMNI NEWS (PUN) OMNI NEWS (PUN)19:30 OMNI NEWS( ITA) OMNI NEWS( ITA) OMNI NEWS( ITA) OMNI NEWS( ITA) OMNI NEWS( ITA) OMNI NEWS( ITA) OMNI NEWS( ITA)20:00 Apputamento con Nick & Silvana Saluti Da Padelle & Grembiuli Vivere bene Fatto in casa a MTL Apputamento con Nick & Silvana Padelle & Grembiuli20:30 Zornica Arts & Lettres Personalité Shalom MTL Pinoy Pa Rin Hey Latino TV Table de Maria21:00 LusaQ TV Hay Horizon Hello Beirut Ça va causer AVA TV Tele-Ritmo V Echo21:30 MCT Escu TV Hello Beirut22:00 OMNI NEWS (MAN) OMNI NEWS (MAN) OMNI NEWS (MAN) OMNI NEWS (MAN) OMNI NEWS (MAN) OMNI NEWS (MAN) OMNI NEWS (MAN)22:30 OMNI NEWS (CAN) OMNI NEWS (CAN) OMNI NEWS (CAN) OMNI NEWS (CAN) OMNI NEWS (CAN) OMNI NEWS (CAN) OMNI NEWS (CAN)23:00 Ça va causer BossBen AVA TV Madagascar TV Echo Hay Horizon Apputamento con Nick & Silvana23:30 Hello Beirut Arts & Lettres Vivere bene0:00 BossBen Escu TV BossBen Escu TV Personalité Shalom MTL Voix Succes0:30 Zornica Hay Horizon Tele-Ritmo V MAG TV LusaQ TV1:00 Hay Horizon LusaQ TV Hey Latino TV Table de Maria Hay Horizon1:30 MAG TV Tele-Ritmo V Echo LusaQ TV Personalité2:00 AVA TV Table de Maria Ça va causer Madagascar TV Good Taste Ça va causer2:30 Personalité Pinoy Pa Rin Pinoy Pa Rin Yoga Passion3:00 Yoga Passion Good Taste MCT Femme et Pouvoir BossBen MCT AVA TV3:30 Hey Latino TV Hello Beirut Table de Maria Zornica Echo4:00 Tele-Ritmo V Ça va causer Zornica Madagascar TV AVA TV Escu TV Zornica4:30 Shalom MTL MAG TV Hello Beirut Personalité

s!!!uuês

chef : Norberto Aguiarsussus

Sexta-feifeirara SáSábado DDommingingoggMM YOGA ViVi b

PROGRAMA SEMANAL

3204 ,Jarry Est514-729-9494

8042, St-Michel514-376-2652

5825, Henri-Bourassa514-321-6262

GRILLADES PORTUGAISES

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DIA DA LÍNGUA PORTUGUESA NAS NAÇÕES UNIDAS• Por Onésimo TEOTÓNIO ALMEIDA

Ser cronista de um evento em que se éparticipante não é propriamente um ato curialnos códigos jornalísticos, a não ser num regis-to diarístico, que não é o caso. Por isso façoquestão de abrir estas linhas deixando claro:este meu usar do chapéu de jornalista aconteceapenas em resposta a um pedido específico dodiretor José Carlos de Vasconcelos. Por issoteclo em contra-relógio, quase na hora do fechodeste número do JL, um apressado relato doque foi a bela festa do Dia da Língua Portu-guesa, evento anual ocorrido este ano nos jar-dins das Nações Unidas, em Nova Iorque. Umprograma rico, variado, mas longo para ser re-produzido em pormenor. Sintetizarei: a pri-meira parte da manhã abriu com uma interven-ção do Presidente do Instituto Camões, LuísFaro Ramos, mais as atuações em série de alu-nos de oito escolas portuguesas dos “tri-sta-tes” (Estados de New York, Connecticut e NewJersey) – apresentações diversas, desde a reci-tação de poemas de autores lusófonos (JorgeBarbosa, João Cabral de Melo Neto, A. RamosRosa, e Alda do Espírito Santo) a breves inter-pretações teatrais e a testemunhos sobre asrazões de estudar português. Seguiram-se con-tos tradicionais dos países da CPLP, por AnaSofia Paiva. O programa da tarde abriu comuma atuação da banda portuguesa Octa Push,seguida de um conjunto de intervenções ins-titucionais: de Mauro Vieira, RepresentantePermanente do Brasil junto das Nações Unidas;de Teresa Ribeiro, Secretária de Estado dos Ne-gócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal;da Secretária Executiva da CPLP, a santomenseMaria do Carmo Silveira; culminando com umaalocução de António Guterres, Secretário-Ge-ral das Nações Unidas. Acabado de chegar daEuropa, fez questão de aparecer. Acentuou ocaráter multi-étnico, multi-cultural e multi-reli-gioso do espaço lusófono português, apontan-do a convivialidade reinante como exemplopara outras parcelas do globo. Sublinhou aimportância da CPLP como ponte entre essadiversidade que nos une e o resto do mundo.Esta presença, pela primeira vez, do portuguêsnas Nações Unidas pretende frisar o multilin-guismo que aquela instituição personifica con-tra o mundo uniformizado. Houve ainda umaevocação, feita pela escritora caboverdiana VeraDuarte, a José Saramago no 20º aniversário daatribuição do Nobel. Veio depois uma mesa-redonda (sem mesa) sobre a língua portuguesacom o Ricardo Araújo Pereira e eu próprio,moderada pela brasileira Mônica Grayley. RAP,com o seu brilhante humor, brincou com algu-mas facetas da língua portuguesa inexistentesnoutras línguas, como por exemplo a diferençaentre ser e estar. – Como é que hão-de distin-guir entre estar bêbado e ser bêbado? EEstás bonita não é a mesma coisa que Ésbonita – pois isso dá uma confiança que nãoestou preparado para conceder – disse com oseu mais sisudo ar irónico. Impossível resumiras divertidas tiradas com que nos brindou. Vá-rias delas incidiram sobre o abuso dos termose expressões inglesas pelos média (gozou comos que preferem dizer mídia, à inglesa). Refe-riu, por exemplo, o brunch, refeição de que dizemergir todas as vezes sem saber se comeu demais para um pequeno almoço ou se ficou

com fome depois de um almoço; e onde seconsome combinações de alimentos que devi-am ser ilegais, como a pescada com Camem-bert. Uma série de outras piadas incidiu sobrea cultura portuguesa e a comida (receio citarmal pois não tomei apontamentos): sobre amoderna culinária portuguesa confessou queas descrições na ementa são muito melhoresdo que a própria comida. Eu por vezes sintoque não tenho habilitações literárias para co-mer aqueles pratos – disse ele a provovocarfartas gargalhadas na assistência. E no palco,porque eu ri também de boca rasgada, comoum pobre – o Ricardo chamou a atenção parao modo como os ricos riem de modo contro-lado e boca quase fechada. Abro um parêntesespara registar a tremenda popularidade de Ricar-do Araújo Pereira, o que não é surpresa nemnovidade. A razão deste meu registo tem a vercom o facto de ele ter sido assaltado pela peque-nada das escolas, o que significa que tambémo conhecem, pois vêem-no na televisão portu-guesa.

Pela minha parte, contei sobretudo histó-rias reais da minha coleção sobre a língua portu-guesa no mundo lusófono, incluindo o luso-americano. Num registo sério, porém, fiz ques-tão de acentuar a diferença entre o que era estarali naquele espaço cheio de gente a falar portu-guês e a lembrança de, em 1970, na minha pri-meira visita aos EUA, um dia em conversa comalguém no passeio de uma rua de Fall River,Massachusetts ser aconselhado pelo meu in-terlocutor a falar mais baixinho para que quempassasse por nós não se apercebesse de queéramos portugueses. Fiquei menente, como sediz em S. Miguel, minha ilha natal, onde se fa-la com um sotaque muito diferente da normaportuguesa. Na mesma cidade, dois anos maistarde, quando decidi ficar-me pelos EUA a estu-dar, um advogado luso-americano de nomeFreitas avisou-me: Com um sobrenome termi-nado em vogal, nunca poderás ir longe nestepaís. Se esse senhor, filho de portugueses denome Freitas (portanto terminado em s, oque o terá ajudado a convencer-se de escapar àsentença de morte de um sobrenome termi-nado em vogal), fosse hoje vivo, eu bem gosta-ria de lhe perguntar se sabia como se escreveObama. Ao ver ali aquela garotada livre e di-vertida, e ouvi-la expressar-se gostosamentenum bonito português, era deveras reconfor-tante. Por isso lembrei aos jovens presentes:Eram outros os tempos e ainda bem que vocêshoje, habitantes desta América incompara-vel-mente mais aberta a outras línguas do que aque conheci há quase meio-século, têm oportuni-

dade de se expressar na língua que quiserem.Fiz questão de contar estórias reais tocandoos vários espaços lusófonos. A propósito,lembrei a frase de Mia Couto parafraseando ealterando a estafadamente citada de Pessoa/Bernardo Soares – “a minha pátria é a minhalíngua portuguesa”, o que me serviu para lem-brar que cada país lusófono tem a sua e, dentrodeles, cada região usa natural e legitimamenteo seu sotaque (“o sotaque é a cor da minha lín-gua” – escreveu o escritor luso-americano JoséFrancisco Costa, autor do livro Estórias doTempo que fui apresentar em Hudson, Massa-chusetts, no dia seguinte). Contei, por exem-plo, a do Francisco, garoto de quatro anos so-brinho-neto do falecido escritor micaelenseDaniel de Sá. Todo contente, foi dizer à avó:Vovó, estou a aprender brasileiro. Já sei umapalavra: Você quer dizer tu. Outra foi a docasal emigrante português no Brasil. A mulherchegou primeiro, e só passados três anos selhe juntou o marido. No final do primeiro diade contactos fora de casa, ele chegou a casa de-sesperado e queixou-se: Não entendo nada dofalar destes brasileiros! Então a mulher conso-lou-o: Ah! ‘Cê tá-se queixando e chegou àgo-ra?! Hàvia di ter vindo como eu há dois anosp’rá vê com’ é qui eles fàlavam!

Mas basta que o espaço é curto e será me-lhor deixá-lo para algumas fotos, restando ape-nas acrescentar que a festa terminou com abanda Choro Livre e a peça By Heart de TiagoRodrigues. Durante o evento esteve aberta umamini-feira do livro.

Fiquei – ficámos eu e muitos dos presen-tes com quem conversei, incluindo os respon-sáveis Pedro Oliveira, Cônsul de Newark, eFrancisco Duarte Lopes, Embaixador de Por-tugal junto das Nações Unidas – convencidode aquela convivência, entre jovens portugue-ses e luso-americanos das mais variadas escolas,ter sido um momento de robusta alegria e dereforço da ideia de que falar português é giro eútil (cito adjetivos ouvidos aos alunos). Issoajuda-os a crescerem falando português des-complexadamente. Mas senti até que os profes-sores que lá estavam reforçaram alianças e estí-mulos. Respirava-se satisfação por todos oslados e tenho isso confirmado nos registos derostos que fixei em fotos.

Uma curta nota final: o evento teve lugarno relvado adjacente ao edifício das NaçõesUnidas. Ao que parece, é proibido circular sobrea relva. Perante a estranheza de um circunstanteao interrogar-se sobre a exceção, um segurançacomentou: Pois!... O Secretário-Geral é portu-guês. L P

ESPAÇOS QUE CONTAM

MUDAR DE CASA

Estimados leitores, sou Francisco Lo-pes e a partir de hoje, por algum tempo, estareiconvosco e prometo trazer, a cada edição dojornal LusoPresse, um assunto relativo aos es-paços que contam nas nossas vidas. Refiro-me às casas que habitamos, as que compramosou as que pretendemos vender. Espero que ca-da palavra minha seja imprescindível neste mo-mento de partilha com a comunidade lusa deMontreal e arredores. Quaisquer questões estouao Vº. inteiro dispor, como amigo e comoagente imobiliário na Remax.

Hoje trataremos da transição do imóvel ea mudança de casa na Terceira Idade. Sersénior é ganhar conhecimentos maiores, termais saber ser e estar na vida; ser sénior é viverde modo maturo e sadio. Todavia, dum extre-mo ao outro deste grande país, ou em qualquerparte do mundo, o idoso chega a um pontoque não consegue mais tratar da sua casa, dojardim, da limpeza, dos seus haveres, etc. Sabe-mos que mudar de casa, comprar um condo-mínio ou pensar numa residência mais pequenatraz vantagens para os mais velhos, facilita-lhes a vida e até alivia o stresse, pois a carga detrabalho e os compromissos tornam-se meno-res. Todavia, antes do casal vender a sua casadeve preparar-se para tal. Depois de tomar adecisão, antes de mudar de residência, deve avi-sar a família, e não se esquecer de levar consigo,por exemplo, os móveis da sala de jantar, ouos do quarto. É importante que a mulher ou ohomem transportem para a outra casa, algo deque gostem muito, assim é sempre mais fácil aadaptação noutro lugar.

Um dia veio ter comigo um casal de ido-sos, e perguntou-me o seguinte: “O que devofazer para levar os móveis do nosso quarto,não quero desfazer-me deles. Há 60 anos queos compramos, quando nasceu o nosso pri-meiro filho. Mas o condomínio que compra-mos é mais pequeno que a nossa casa”. O ca-salinho hoje vive feliz pois ainda dorme na ca-ma que lhes traz tão belas recordações. Quantoa dois dos móveis do quarto (translados para acasa nova) estão colocados no corredor e nacozinha, e ficam lá muito bem.

Mudar de casa na Terceira Idade, ou antes,é importante mas tem que haver coesão nosvalores da missão e refletir. Antes de tudo, aslembranças do dia a dia, as mais importantes,devem levá-las no coração, sim, mas tambémna carrinha da mudança.

Desejo que todos os séniores vivam emespaços que contam para que possam amadu-recer na vida com saúde, segurança e alegria.

Francisco Lopes

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O ASSÉDIO DO FANTASMA ALGARVIO

ONDE SE CONTA A HISTÓRIA VIVIDA DE UMA ALMA PENADA© Carlos TAVEIRA.Artigo publicado simultaneamente no meu blogue: «O Blogue do Beto Piri»

Hoje é de fantasmas, almas penadase coisas afins que falamos. Talvez nem existam,mas os espanhóis garantem que «Yo no creoen brujas, pero que las hay, las hay» enquantoos ingleses, na sua lógica fria, pretendem quecada castelo britânico que se preze abriga oseu fantasma. Em África abundam («Tem ca-zumbi», ouvi bastas vezes dizer) e até emigra-ram nos porões dos veleiros, para consolarmilhões de escravos agrilhoados e fazer carreirado lado de lá do Atlântico. Mesmo o Facebook,propriedade daquele milionário com cara dereguila simpático, não escapa à infestação dasalmas penadas, fantasmas pavorosos e exor-cistas de todo o género. Exemplo: posta-se afotografia de uma criança em crise, diagnostica-se-lhe possessão e receitam-se-lhe chapadas.

Até onde a memória do nosso passadoalcança, chegam-nos ecos de seres do outromundo, alguns protetores, outros vingativos.Se um dia virar alma penada, hei-de transfor-mar-me em vírus de computador, assombran-do discos rígidos de políticos e juízes, destruin-do-lhes os cadeados e derramando por essemundo fora coisas que muitos de nós gostariade saber e aquelas que evitamos, para não man-charmos a reputação dos nossos heróis preferi-dos. Porque isto de verdades tornou-se coisacomplicada, a mentira é cristalina, acessível, defácil manipulação e sem necessidade de provas:basta repeti-la assiduamente para convencerquem quer ouvi-la. Não te vás embora que nãoestou aqui para analisar lógicas binárias, é defantasmas que te venho falar...

Faço outro parêntesis para precisar signifi-cados, no caso de utilizares o francês como

língua alternativa. Já alguns francófonos (efrancófonas) muito se riram de mim quando,todo contente, lhes falei no meu fantasme pes-soal, objeto deste artigo. É que na língua deMolière a coisa não tem o mesmo significadoque na de Camões. Na primeira significa literal-mente fantasma sexual (o outro diz-se fantôme),enquanto na segunda, quando de sexo se fala,deve precisar-se-lhe o intento. A mais antigaalma penada que a minha parca memória regis-tou podia levar à confusão entre os dois fantas-mas, porque se trata de uma costureirinha quese revelou em várias cidades daquele retânguloà beira mar espigado. As lendas divergem, amais corrente diz-nos que a dita moçoila,aquando em vida, não cumpriu uma promessafeita ao possante São Francisco (nome escolhi-do pelo atual papa). Consequência: dado quecom santos não se faz farinha, a infeliz, aomorrer, foi condenada a dar ao pé no pedal daSinger para a eternidade... Em vez de se divertira dar com os pés aos pretendentes como mefizeram (quase) todas as minhas namoradas.Que, aliás, não perdem pela demora, esperemque passe para o outro lado da linha do hori-zonte, me transforme em vírus Cazumbi e meinfiltre nos vossos computadores. Hei de sabo-rear as calúnias que, sobre mim, escreveramumas às outras... Regalo-me antecipadamentecom a vingança!

Lá estou eu a divergir, tenho dificuldadeem perseguir objetivos, prefiro perder-me porestradas nacionais (a não confundir com nacio-nalistas) à esquerda e à direita, embora tenhaas minhas tendências. Acho tedioso guiar porautoestradas com destinos preestabelecidos ealtos cartazes de propaganda pelo caminho. É

monótono, aquilo é seguiradiante obedecendo aos si-nais, sem olhar para os la-dos, evitando o contactocom povoados pobres, la-gos poluídos e florestas car-bonizadas, não vá a misériadeste mundo distrair-nos doque é essencial: a eficiência(ou a eficácia?) na manipula-ção do veículo! Olha quechatice... Persisto em derivar!Se continuo assim vou terde dividir isto em duas par-tes, coisa que detesto quandoleio e me deparo com aqueleinfame: a continuar no pró-ximo artigo...

A coisa aconteceu-meera eu de idade curta, na casados meus avós. Em Faro,por uma razão simples, éque eles eram algarvios e umalgarvio volta sempre ao seuAlgarve. Estava eu por lá apassar uma feliz temporada,eram passeios sob os galhosdas amendoeiras em flor, di-versões nas feiras e visitas àilha, ainda poupada pela ava-lanche de turistas, o únicoincidente infeliz do qual fuivítima (antes da assom-bra-

ção) tendo sido uma dolorosa ferradela de abe-lha no pescoço. Era muito menino para pensar(e sobretudo falar) contra ou a favor de um in-divíduo sobre o qual as opiniões divergiam,homem bem penteadinho, calçado com botas-de-elástico e a quem o Vilhena da Gaiola Abertachamará um dia fantasma (na aceção portugue-sa do termo) de Santa Comba Dão! Embora jáfosse fantasmagórico para muita gente, aindanão se transformara em alma penada. Não foiele, portanto, quem me amargou as madrugadas.

Apesar de já ser inocente, a minha igno-rância não ia ao ponto de não saber o que eraum fantasma. Não porque tivesse visto algumem carne e osso, passe a expressão porque se éespírito de morto não tem substância terrena.O meu conhecimento sobre o mundo dos es-píritos vinha de conversas catrapiscadas entreadultos e de um livro sobre espetros, surripiadonuma estante lá de casa. Repousava ao lado deum outro que me acompanhou toda a vida,uma recolha de poemas de António Aleixo,poeta cauteleiro algarvio que morreu enchar-cado de pobreza e tuberculose, vendendo aodesbarato riquezas deste género: «Sei que pare-ço um ladrão / Mas há muitos que eu conheço,/ Que, não parecendo o que são, / São aquiloque eu pareço.»

Voltemos às almas penadas. Como dizia,travei conhecimento, teórico, com fantasmasvários, inclusivamente com mouras de umaépoca esquecida em que o Algarve se chamavaAl-Gharb (Oeste em árabe). Tratava-se de mo-renas de rara beleza e olhos enormes, negros,inquietantes, que deixaram doces recordaçõesaos cristãos que as expulsaram, gerando bastosfantasmes (na aceção francesa do termo) noshomens e lendas de mouras encantadas na po-pulação em geral. Tem-se assistido ultimamenteao regressar das descendentes de muitas dessasmuçulmanas a países do mercado comum eu-ropeu. Todavia, e mau grado a semelhança comas outras das lendas, os sentimentos que hojelhes votam os garbosos cavaleiros cristãos sãoopostos aos que por elas sentiam os seus corre-ligionários de antanho. Bom... Regressemosao fio da narrativa, não vá ferir-me no fio dosabre de algum Dom Quixote prenhe de tra-dições cavalheirescas.

Em Faro, no antigo casarão dos avós, comquintal, poço e tudo, havia um corredor compri-do e o quarto onde eu dormia situava-se ao la-do da porta de entrada. Ora, numa bela madru-gada de verão, fui acordado por passos corredoracima: Shhhh... Shhhh... Shhhh... Um somalongado, cadenciado, como quem arrasta pre-guiçosamente pantufas gigantescas, lerdo co-mo o andar daqueles mortos-vivos do cinemade hoje, com olhos sanguinolentos a cair, vesti-dos de farrapos de carnes verdes, putrefactas.Começavam ao longe e aumentavam de volu-me à medida que avançavam: Shhhh... Shhhh...Shhhh... Quando alcançaram à porta do quarto,enterrei a cabeça, apavorado, nos cobertores etapei os ouvidos. Quando me descobri, as pan-tufas iam longe. Uf!

Doravante, sempre que tinha o azar deacordar de madrugada, ouvia-lhe, com o cora-ção às marteladas, o arrastar dos passos aterra-dores. Seria eu vítima de uma moura encantadaem pantufas que decidira amargar-me a existên-cia cristã, deambulando corredor acima pelasmadrugadas farenses? É o que vamos descobrirdentro de duas semanas, na segunda parte desteconto fantástico... Mas verídico!

(A continuar no próximo artigo...)L P

O Observatóriodos Lusodescendentes

• Por Daniel BASTOS

Simbolicamente constituído no dia 10de junho de 2010, o Observatório dos Luso-descendentes, assume-se como uma organiza-ção sem fins lucrativos e apartidária, que temcomo principal objetivo identificar, unir, re-presentar e apoiar os filhos de portuguesesnascidos no estrangeiro (lusodescendentes)que optem por regressar a Portugal ou que, aresidir nas comunidades da diáspora, queirammanter uma ligação com o país das suas ori-gens.

Na esteira do seu ideário, o Observatóriodemanda um movimento de cidadania positiva,de lusodescendentes para lusodescendentes, dePortugal para o resto do mundo, visando estrei-tar relações com as novas gerações e divulgar aidentidade, cultura e língua portuguesas.

No âmbito da sua missão, a instituiçãoorganizou no decurso do mês passado, na So-ciedade de Geografia de Lisboa, o Fórum Luso-Estudos “Temas atuais e perspetivas futuras”.

A tertúlia, realizada num dos espaços em-blemáticos da história contemporânea portu-guesa, teve o condão de reunir mais de oito de-zenas de lusodescendentes provenientes doscinco continentes, assim como dos Embaixa-dores da França e do Luxemburgo, e o Secretá-rio de Estado das Comunidades Portuguesas,José Luís Carneiro, que em conjunto refletiramsobre a lusodescendência.

Uma reflexão motivada essencialmentepela necessidade de constituir uma plataformaprivilegiada para o diálogo e partilha de experi-ências e redes de contacto dos investigadoressociais e da comunidade científica sobre estatemática, procurando desse modo dar a conhe-cer os estudos existentes e a produzir, discutira disseminação e divulgação dos resultados,aprofundar a importância das ComunidadesPortuguesas, quer no desenvolvimento dospaíses em que se encontram inseridas, querpara a própria política externa nacional.

Numa época em que a afirmação internaci-onal de Portugal é uma causa da sociedade por-tuguesa no seu todo, e uma condição sine quanon para o país prosseguir uma visão de futuromoderna e progressista, esta iniciativa dinami-zada pelo Observatório dos Lusodescendentesdemonstra o extraordinário ativo que os jo-vens lusodescendentes podem constituir aonível da afirmação e inovação da pátria dosseus avoengos. L P

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Os 90 anos da nossa mãeA Nossa Mãe, Adelaide Raposo Onofre, é uma graça de Deus.Ela é uma mãe marivilhosa, amorosa, muito disciplinada e equilibrada.Ela é a pilar da nossa vida. Uma grande mulher, esposa, mãe cuidadosa,enfermeira, confidente, cozinheira, e a alegria da nossa família.

Uma apaixonada pela vida, pelas artes, pelo tecido e agulha, costureirae uma grande estilista de moda. A sua maior paixão é a família, os seus

pais,10 irmãs/ãos, seu amado esposo, Manuel Moniz Onofre, seus 9 filhos/

as, 25 netas/os, 29 bisnetas/os, sobrinhas/os, e a não esquecer o seu amor

pela costura.Ela será sempre a princesa do nosso pai, dizia ela muitas vezes, “minha

princesa!” Para nós, filhos, a mãe é a nossa rainha. Através dela sentimos opai sempre por perto.

Parabéns mãe, pelos teus 90 anos de Vida - felicidade, paz, saúde emuito amor. Agradecemos a toda família pela vossa presença, neste tão lindodia de celebração de aniversário da nossa mãe.

Os teus filhos, que te amam muito!Família Onofre, 7 de abril 2018.

Texto da autoria de Noémia Onofre De Lima.

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com a Política Social da OCDE. A importantereunião desenrolou-se nas passadas segunda eterça feira.

O ministro português, que se fez acompa-nhar pelo cônsul, José Guedes de Sousa, foirecebido por Valentina Barbosa, diretora geraldo Centro. Estiveram reunidos durante pratica-mente uma hora. À saída da reunião, o ministroVieira da Silva e Valentina Barbosa falaram para

o LusoPresse e para a LusaQ TV.Começámos por perguntar a razão da sua

vinda ao Canadá, concretamente a Montreal.Vieira da Silva, simpaticamente, fez-nos umpequeno resumo da sua ação na reunião deMontreal como ministro português responsá-vel pela Política Social do nosso país, versus anecessidade de discutir e partilhar desafios eoportunidades com os seus homólogos. Fo-cou, por exemplo, questões como modernizaros sistemas de proteção social dos trabalha-dores, promover a diversidade e inclusão, como

lidar com uma população a envelhecer, comocriar condições para assegurar às criança e jo-vens oportunidades iguais para todos, sem es-quecer a igualdade de género.

Vieira da Silva também nos disse que este-ve com o ministro canadiano da Família e De-senvolvimento Social, Jean-Yves Duclos. Aconversa centrou-se nas relações Canadá - Por-tugal, os quais teem um acordo de cariz socialassinado. O envelhecimento da população e osistema de educação para adultos fizeram igual-mente parte das discussões.

Já Valentina Bar-bosa mostrou-se sur-preendida, mas con-tente pelo interessedo ministro na ativi-dade que o seu centrodesenvolve. «Do go-verno dos Açores te-mos tido apoio e co-laboração. Mas do go-verno português é es-ta a primeira vez queacontece interessa-rem-se pelo que faze-mos». E logo depois,«O Senhor ministroprometeu apoio. Va-mos esperar paraver», conclui com umsorriso.

Mais pormeno-res sobre a visita doministro Vieira da Sil-va a Montreal em fu-turo programa da Lu-saQ TV.

VIEIRA DA SILVA...Cont. da pág 1

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Em Laval...Festas do Espírito Santo

LUSOPRESSE – A Missão de Nossa Senho-ra de Fátima, em Laval, promove as grandes festasdo Divino Espírito Santo já no fim de semana de 1de junho.

Com efeito, as tradicionais Festas do DivinoEspírito Santo de Laval começam na sexta-feira, dia1 de junho e prolongam-se por todo o fim de sema-na, com atividades religiosas, como não podia deixarde ser, e lúdicas.

Assim, na sexta-feira há, nomeadamente, a rezado terço, seguida de cantigas ao desafio, com os canta-dores Victor Santos, natural da ilha Terceira, e Ilde-berto Ferreira, de São Miguel. No remate, haverá atão apreciada carne guisada, servida no salão de fes-tas.

No sábado haverá cortejo com as filarmónicasPortuguesa de Montreal e do Divino Espírito Santo,com início marcado para as 16h00. Seguem-se Missacantada e abertura dos Impérios, com Folia e GrupoCoral. À noite, o arraial contará com folclore, DJ econjunto para dançar. À meia-noite será servido so-pas para todos.

Finalmente, no domingo, dia 3 de junho, as fes-tividades começarão logo pelas 10h00 da manhã,com o Bodo de Leite, Missa cantada e cortejo às11h00. O arraial, por sua vez, está marcado para as15h00, com as Sopas do Divino Espírito Santo, eatuações dos ranchos folclóricos de Calgary (pro-víncia de Alberta), Estrelas do Atlântico de Laval, econcertos pelas duas filarmónicas locais.

Os festejos terminarão com a tiragem das «sor-tes» para as Domingas, e escolha do Mordomo para2019.

Boas festas a todos! L P

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Caríssimos Compatriotas

Patrocinei o Ten. Cor. PILAV BrandãoFerreira no processo crime que lhe foi movidopelo Vate de Argel porque o BF entendeu, ebem, que uma criatura que se aliara, objetiva-mente, aos movimentos que nos emboscavamem África não podia ser Comandante Supremodas Forças Armadas (cargo que é inerente aoPresidente da República em conformidade como artº 120º da CRP).

O artigo tinha por título “Manuel AlegreCombatente por Quem?” e é uma peça de anto-logia que merece ser lida e com a qual tambémcomungo, in totu! – Cfr. anexo –.

Na primeira instância a Meritíssima Juizabsolveu o BF sustentando, e bem, que o can-didato devia ser escrutinado pelos cidadãos doPortugal que restou, sendo legitimo questionara bondade da candidatura de Manuel Alegre aPresidente da República. O ato do BF mereciao conforto do artº 10º da C.E.D.H.

A douta sentença foi confirmada por dou-to acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa,onde, a certo passo, se escreveu:

“ouvida toda a prova produzida em audi-ência de julgamento…” o Tribunal concluiuque o BF não cometeu qualquer crime!

Note-se que na audiência de julgamentosufragaram o artigo supracitado as seguintestestemunhas, por nós arroladas:

– General José Lemos Ferreira;– Almirante Nuno Vieira Matias;– Maj. General Heitor Almendra;– Coronel Alberto Ribeiro Soares;– Coronel Raúl Folques;– Eng.º João Corte Real (Oficial Miliciano

Veterano da Guerra de África);– D. Miguel de Lencastre (ibidem);– Major da FAP António Lobato (o mais

bravo Português que o signatário conhece);– Coronel de Cavalaria e Advogado Carlos

Anselmo de Oliveira Soares;– Maj. PILAV Carlos Baptista Acabado;– Eliseu Ferreira Dias (bravo combatente

civil no Norte de Angola).Também na fase de instrução o saudoso

Comandante Alpoim Calvão, no depoimentode 29.7.2011, disse que subscreveria o artigodo BF.

Nas testemunhas arroladas pelo triste Po-eta a maioria é filiada no Grande Oriente Lusi-tano (v.g dois ex-Grão-Mestres) organizaçãoque é tipificada, por muito boa gente, comouma associação de malfeitores destinada à prá-tica de crimes de tráfico de influências… Enfim,

Campanha de apoio a um defensor da Honra e da Dignidade

Encontra-se em movimento uma campanha de solidariedade a fim de ajudar o senhorTenente Coronel Brandão Ferreira, homem de postura e de combate contra traidores edestruidores da Pátria, devido à reviravolta dos Tribunais portugueses que fizeram marcha atrás,por razões que só a sinistra no cargo pode dizer, e, de ilibado de qualquer responsabilidade nocaso, viu-se condenado a pagar cerca de 30 mil euros ao principal implicado, Manuel Alegre.

Sugiro que o leitor leia a carta do Dr. Lafayete, advogado oficial do piloto aviador BrandãoFerreira, onde com humor e maestria tudo explica do que resultou em mais um compadrio quebrada aos céus. Encontra na carta do advogado todos os elementos de que necessita para poderajudar com o que entender. É preciso que leiam para que possam meditar, e épreciso que meditem.

Vamos ajudar a suplantar o pérfido MA. Raul Mesquita

Nota da redação – recebemos o pedido abaixo, que publicamos na íntegra, embora coma clara ressalva de que as ideias expressas pelos seus autores de modo algum refletem a linha edi-torial do LusoPresse.

opiniões…Uma luminária, um tal ex-padre Doutora-

do em Ética, Luís Moita, “bateu-se com bravu-ra” pelas ideias da sarjeta: afirmou que se dedi-cava a recortar a segunda página do velho Di-ário de Notícias (onde constava o nome dosnossos Camaradas que tombaram no Campoda Verdade e da Honra) que, depois, era difundi-da, repetidamente, na “Rádio Voz da Liberda-de” (a das amplas do tio José Staline), impri-mindo-lhe um efeito multiplicador de baixasque não correspondiam à verdade.

Aliás, na 1ª instância, a Distinta Juiz, assi-nalou, com desagrado, a “ousadia” do “comba-tente” do sofá de veludo vermelho, quando acriatura confessou ser irrelevante que a mentiraafetasse psicologicamente os nossos camara-das que combatiam em África. Um primor deética republicana… Norton de Matos, que erarepublicano, não desejaria, certamente, ter co-mo “companheiro de caminho” aquele troglo-dita.

Estávamos, por isso, “postos em sossego”,após a notificação do magistral acórdão daRelação de Lisboa, relatado pelo hoje Desem-bargador Jubilado Carlos Benido, quando fo-mos confrontados com a declaração de nulida-de do mesmo porquanto o novo advogadodo Vate (seu filho) que recebera substabeleci-mento do Nuno Godinho de Matos (que pa-trocinava o seu companheiro de partido atéao recurso para o Tribunal da Relação), nãofoi notificado de um Parecer do M.P, juntodeste Tribunal, parecer concordante com a po-sição do MP da 1ª Instância mas que fora noti-ficado ao Godinho de Matos (este deveria en-viar o dito para o Colega).

Todavia, e em conformidade com o artº417º do CPP, limitando-se o MP a apor o seuvisto (ou a sufragar o que o inferior hierárquicodisse e de acordo com a melhor doutrina) oparecer não necessita ser notificado porque“não tira nem põe seja o que for no trânsitoprocessual”.

Enfim… há sempre, nos Tribunais, algu-mas “perplexidades” difíceis de engolir.

Como o Código de Processo Penal, apro-vado pelo Dec. Lei 78/87, foi fabricado no O-limpo por sábios que estavam a ser servidospor Baco, revogando o de 1929 (que era velhoe bom, como o melhor Vinho do Porto), oDireito ficou mais torto!

De tal sorte que, inopinadamente, e emclaríssima violação do princípio do juiz naturalou juiz legal, se constitui uma nova formaçãode juízes – cujo relator – Antero Luís – é um

conterrâneo de Armando Vara – passando Vi-nhais a ser a terra dos robalos, perdendo o no-bre estatuto de capital dos enchidos – que tiraum novo acórdão contradizendo o anterior –que havia sido lavrado por pessoa mais avisadae sabedora –.

Onde se considera “inconstitucional” oartº 10º da CEDH (isto é, o princípio da Liber-dade de expressão ou de opinião) e condena onosso Camarada Brandão Ferreira a pesadamulta (1 800,00 •) e desmesurada indemnização(25 000,00 •, acrescida de juros) que permitiráao Vate prolongar os seus fins de semana prote-gendo a natureza com a sua caçadeira Purdey…

Desconheciam a razão que levou o tristeVate a liquidar o jornal “O Século” quando foiGovernante?

A Liberdade socialista não se compaginacom a de expressão quando esta não é servilaos camaradas socráticos e quejandos.

Recorde-se, aliás, que o condecoradíssimopoeta amava “o sol da terra” e só se desligouda foice e do martelo uns largos tempos apósa Primavera de Praga, mas apoiou, sem margempara contradita, o carrasco dos então satélitesda URSS durante largos e maduros anos.

Há, por vezes, “esquecimentos muito bemalembrados” como nos ensinou Fernão Lopes(in casu, por bons motivos).

E não é despicienda a leitura da obra doprematuramente falecido historiador José Frei-re Antunes – Cfr. pág. 685 a 692; 910;911 e916 do II Volume da obra “A Guerra de Á-frica 1961-1974”, Ed. Do Círculo de Leitoresde 1995 – e o que constava do “cadastro” on-line do aliado dos “Libertadores” marxistas,designadamente, o “carinho” com que os trata-va com o fiel amigo (M.A dixit). Daquela obrase plasma a pesporrente entrevista do tristePoeta!

A confissão é sublime.Considerando a violação do princípio do

juiz natural – artº 32º, nº9 da Constituição –que o Código de Processo Penal não cominacom a nulidade (os vapores do néctar servidospor Baco dão estes efeitos), foi interposto re-curso para o Tribunal Constitucional.

De forma capciosa e deveras arrevesada, a“sinistra” que domina o Palácio Raton, enten-deu não conhecer a questão de fundo – a viola-ção do referido princípio – sustentando, contraa Verdade, que essa questão não foi suscitada atempo. Só foi possível suscitá-la quando setomou conhecimento do acórdão surpresa e,nesse momento, é que se soube que eram ou-tros os juízes que o lavraram!!!

Viva, pois, a “democracia totalitária” quecapturou, também, os tribunais.

Só apelando à Ramalhal figura é que estesítio, muito mal frequentado, poderá atinar.

Sem mocas de Rio Maior ou porrinhosafricanos não sairemos desta “apagada e viltristeza”.

Mui “democraticamente” o TribunalConstitucional cuidou adequado que o nossoinconformado guerreiro fosse condenado a pa-gar, de custas, a módica quantia de • 1530,00pela grande trabalheira que tiveram para nãoconhecer da bondade dos nossos argumentos.

Aí topamos o “Buraco do Esgoto”, vulgoBloco de Esquerda, que além de marcar o ritmoda “geringonça” pontifica, outrossim, no Palá-cio Raton…

Feito este excurso, para enquadrar o pro-pósito da missiva, cuido não ser atrevimentosolicitar-vos ajuda para o nosso combatenteBrandão Ferreira.

Um Ten. Coronel reformado, que nunca

teve assento nos conselhos de Administraçãodos vários BES que pululam, quais cogumelos,no rectângulo a que, por cobardia dos abrilistas,ficámos reduzidos, não tem possibilidade depagar o que injustamente está obrigado a pagar.

Indemnização cível, juros; custas proces-suais; multa criminal; rondará os • 30 000,00(trinta mil euros).

Porque o Ten. Cor. Brandão Ferreira usa,como canhões, as palavras para afirmar Portu-gal, o seu combate é o nosso combate.

Devemos-lhe o seu desassombro e o seuamor pela Verdade.

A omissão de auxílio, in casu, constitui, ameu ver, uma corrupção dos bons costumes aque nos habituaram os nossos maiores.

O NIB que receberá a nossa contribuição– em nome de seu filho – é o seguinte: 00100000 3321 0480 00 25 9

Ajudem a ajudar…Grato pela vossa paciência.Queiram aceitar os meus melhores e mais

respeitosos cumprimentos.

P.S (Salvo seja): Sairá, antes do Natal, umaprenda para o Vate.

Um livrinho sobre o processo com atranscrição dos depoimentos das testemunhase outras pérolas.

Alguém irá morrer como os grilos…

ALEXANDRE LAFAYETTE Advogado

ANTÓNIO COSTA E A IMPRENSA LOCAL

ATRASO JUSTIFICADO

• Por Carlos DE JESUS

LUSOPRESSE – Foi grande a afluênciaao encontro do primeiro-ministro AntónioCosta com a comunidade portuguesa, no Ve-lho Porto de Montreal, como aconteceu, aliás,por todo o lado por onde passou, o que justi-fica, sem dúvida o atraso, sobre o horário pre-visto, para a conferência com a imprensa por-tuguesa local.

Não admira que a troca de perguntas erespostas tenha sido muito breve. Nenhumdos órgãos da comunicação social presentesousaria atrasar mais o momento do encontrodo primeiro-ministro português com a comu-nidade que tão ansiosamente esperava por elena sala das receções.

Falou-se do acordo Portugal-Canadá so-bre a mobilidade dos jovens entre 18 e 25 anosque queiram estudar e trabalhar num ou noutrodos dois países, assim como do convite queele próprio fez ao seu homólogo canadianopara visitar Portugal.

Quando lhe mencionámos que o país es-tava na moda, em termos turísticos, apesar dafalta de campanhas publicitárias adequadas nes-te lado do oceano, cortou-nos a palavra parafrisar que o movimento turístico para Portugalnão era uma questão de moda, mas sim umatendência que só se irá acentuando com o futu-ro. Para isso o país está deveras empenhadoem fazer daquele jardim à beira mar plantadouma das grandes atrações para todos os viajan-tes do mundo.

Depois das fotos da praxe, o primeiro-ministro e sua comitiva entraram na sala ondetodo o povo o aguardava. L P

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ANTÓNIO COSTA EM MONTREAL...

COMUNIDADE PORTUGUESA: «O LAÇO MAIS FORTE DA UNIÃO PORTUGAL – CANADÁ»• Reportagem de Joaquim EUSÉBIO

CAIS ALEXANDRA, Velho Mon-treal – Centenas de pessoas acolheram no CaisAlexandra, no Vieux-Port de Montreal, no pas-sado sábado, dia 5, o Primeiro-Ministro Antó-nio Costa, num encontro com a ComunidadePortuguesa que marcou o encerramento dumavisita oficial de quatro dias do chefe do governoportuguês ao Canadá. A comitiva do primeiro-ministro integrava o Secretário de Estado dasComunidades Portuguesas, João Luís Carneiro;o Secretário de Estado da Internacionalização,Eurico Dias. A comitiva governamental foiacompanhada pelo embaixador de Portugal noCanadá José Fernando Moreira da Cunha, bemcomo pelo ministro das Finanças do governodo Quebeque, Carlos Leitão, em representaçãodo primeiro-ministro Philippe Couillard, e peladeputada federal Alexandra Mendes e pelo Con-selheiro das Comunidades Daniel Loureiro. Acomitiva foi sempre acompanhada neste encon-tro com a Comunidade Portuguesa por inúme-ros elementos dos nossos ranchos folclóricoscom os trajes tradicionais.

A sala estava bem composta e bem orna-mentada. O local escolhido permitiu um bonitoambiente, pois trata-se duma ampla sala sobreo rio Saint-Laurent. Era como se estivéssemosnum barco e com uma excelente vista sobre acidade.

Abrindo a sessão solene, a cantora e fadis-ta Suzi Silva, acompanhada pelo pianista Rena-to Diz interpretou os hinos nacionais de Portu-gal e do Canadá.

Em seguida, o Cônsul-Geral de PortugalGuedes de Sousa abriu a sessão, saudando oPrimeiro-Ministro, a comitiva que o acompa-nhava e os presentes. Agradeceu «a excelenteresposta da comunidade a este encontro», acres-centando: «Posso assegurar-lhe, senhor pri-meiro-ministro, que se trata de uma comunidademuito dinâmica que promove uma atividadeconstante ligada ao nosso País e à nossa cultura,aqui deixando uma marca muito distinta. Gos-taria de destacar que muitos dos nossos compa-triotas assumem hoje no Quebeque cargos deassinalável responsabilidade em diversas áreas,seja ao nível político, na Administração pública(vários cargos relevantes, entre os quais o deDiretor Geral da Saúde do Quebeque), nas for-ças armadas (um oficial-general) ou na área dodesporto (uma atleta com 3 medalhas olímpi-cas) entre os vários exemplos possíveis». Final-mente, manifestou o seu reconhecimento a to-dos os que permitiram a realização do evento,destacando a colaboração da Missão de SantaCruz e das escolas associadas, do Carlos Ferreira,da Caixa Desjardins Portuguesa, do EmanuelCabral, da Helena Loureiro e do Armando Ar-ruda.

Usou em seguida da palavra o conselheiroDaniel Loureiro. Salientou o facto de se come-morar nesse dia, o dia da Língua Portuguesa.«Esta língua que aqui continuamos a defender,a proteger e a partilhar com o objetivo afirmadode manter viva a nossa cultura, as nossas tradi-ções e o nosso amor pela Pátria Mãe, Portugal.Este amor afirma-se por diversas maneiras aquipor Montreal: a gastronomia, a música, a poe-sia, o teatro, o empreendedorismo, entre outros,

mas também pela juventude aqui presente emgrande número como pelos nossos mais sabe-dores que continuam a ensinar-nos a nossahistória, a nossa grandeza e a nossa cultura.Aqui, senhor Primeiro-Ministro, os exemplosde virtude e de sucesso são muitos. Emboralonge, acreditamos no potencial de Portugalneste mundo cada vez mais mundializado.Também estamos conscientes das dificuldadesque Portugal enfrentou e ainda enfrenta. Que-ria-lhe simplesmente pedir um favor: que nun-ca, mas nunca se esqueçam de nós. Esta via-gem ao Canadá do senhor Primeiro-Ministroé motivo de orgulho para a nossa comunidadeaqui residente. Vemos nesta visita uma oportu-nidade de fortalecer os laços entre o nossopaís de acolhimento e o nosso país de origeme isto, claro, também em benefício da nossacomunidade, como foi o caso, por exemplo,da assinatura do acordo sobre a mobilidadejuvenil, que terá também um grande impactosobre os jovens da nossa comunidade».

Interveio seguidamente o ministro dasFinanças, Carlos Leitão. Começou por salien-tar o trabalho desenvolvido pelo Cônsul Geralao longo destes 4 anos. Afirmou, em seguida:«É para mim uma honra, senhor Primeiro-Ministro, desejar-lhe as boas-vindas em nomedo Primeiro-Ministro do Quebeque, PhilippeCouillard e em nome do governo do Quebe-que. Sei que é uma estadia curta, mas que é ex-tremamente importante. Sentimo-nos muitofelizes por vos acolher, especialmente eu pró-prio, enquanto membro da comunidade portu-guesa e membro do governo do Quebeque.Para nós é importantíssimo podermos conti-nuar a multiplicar as relações com Portugal,sobretudo agora que assinámos o acordo doCETA, o acordo de comércio entre a Europae o Canadá. Aliás, Portugal foi um dos primei-

ros países da União Europeia a ratificar esseacordo, e nós, o Quebeque, fomos a primeiraprovíncia do Canadá também a fazê-lo. Creioque as perspetivas de oportunidades que se a-brem para alimentar as relações bilaterais sãoenormes. Portanto nós vamos continuar a tra-balhar nesse sentido. A comunidade portugue-sa em Montreal está bem integrada e está bemestabelecida, mas mantém sempre os contactosmuito estreitos com Portugal e nós vamoscontinuar sempre nessa mesma veia».

Seguiu-se o momento alto do encontrocom a intervenção de António Costa. Come-çou por agradecer o papel desempenhado aolongo destes anos pela Comunidade Portugue-sa. «Fiz questão de começar esta visita oficial

na passada 4ª feira, encontrando-me com acomunidade portuguesa de Otava no ClubeLusitânia e vamos encerrar esta visita oficialcom este encontro com a comunidade portu-guesa em Montreal. A Comunidade Portuguesaresidente no Canadá é o laço mais forte de uni-ão entre os nossos países, entre Portugal e oCanadá, e por isso, e por isso queria-lhes dizermuito obrigado por tudo aquilo que têm feitopelo bom nome de Portugal aqui no Canadá».

Saudou, seguidamente, em francês o mi-nistro Carlos Leitão, considerando-o o exem-plo perfeito de integração dos portugueses noCanadá.

O Primeiro-Ministro saudou depois emparticular todos os açorianos da Comunidadede Montreal a pedido do presidente do Gover-no Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, quese viu forçado a embarcar mais cedo de regressoao arquipélago, para poder estar presente nodia seguinte aos festejos do Senhor Santo Cris-to em Ponta Delgada. Os fortes ventos queatingiram tanto a região de Toronto como ade Montreal na véspera, impediram a sua vidaa esta cidade.

António Costa fez, em seguida, um rápidobalanço desta visita oficial, considerando queela permitiu o aprofundamento das relaçõesentre os dois países. Como prova disso, convi-dou o seu homólogo canadiano a visitar Portu-gal. «Tive a oportunidade de convidar o primei-ro-ministro Trudeau para visitar Portugal, por-que quero continuar do outro lado do Atlân-tico a estreitar esta relação que agora iniciámos.Fiquei muito sensibilizado pela forma carinho-sa como ele olha para a comunidade portu-guesa».

Mostrou-se muito sensibilizado com aatitude de Justin Trudeau face à comunidadeportuguesa, na véspera, em Toronto. Apósuma tempestade de vento, o edifício em que serealizaria o encontro com a comunidade portu-guesa ficou sem luz. Essa situação levou o ser-viço de segurança canadiano a desaconselhar apresença de Trudeau nesse encontro. «Mas elefez questão de ir, cumprimentando com abra-ços e beijos cada um e cada uma dos membrosda nossa comunidade numa zona em que havialuz natural», declarou António Costa.

Seguidamente, o chefe do governo portu-guês prometeu melhorar a eficiência dos servi-ços consulares. «Portugal viveu uma crise eco-nómica grande, que teve consequências, desi-gnadamente na capacidade que o país teve deprestar melhores serviços consulares, mas, fe-lizmente, virámos essa página e estamos agoraa crescer, a criar emprego, com défice e finançaspúblicas controladas. Vamos poder começar amelhorar cada vez mais também a qualidadedos nossos serviços consulares», disse Antó-nio Costa.

A finalizar a sua intervenção, AntónioCosta evocou aproveitou então para recordarque em Montreal se realizaram os Jogos Olím-picos de 1976 – um acontecimento que dissetê-lo marcado para sempre por causa da corridade Carlos Lopes na final dos dez mil metros,na qual obteve a medalha de prata. Terminoucomparando a comunidade portuguesa aosgrandes maratonistas nacionais cujo sucessodepende do espírito de sacrifício, da tenacidadee da grande coragem. O público presente ovaci-

O primeiro-ministro quando discursava em Santa Cruz. Foto LusoPresse.

Camané, fadista. Foto LusoPresse. Continua...

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onou a intervenção.Como nota de reportagem, quando Costa

fez referência a Carlos Lopes, alguém gritouno meio da assistência «viva o Sporting!». Con-vém referir que o evento teve lugar pouco de-pois do empate entre o Benfica e o Sporting.Como reação, o Primeiro-Ministro declarouque «hoje os adeptos do Porto estão a come-morar o título de futebol», enquanto os doBenfica poderão «chorar as mágoas».

Seguiu-se a atuação do fadista Camané. A

sua voz bem timbrada encantou todos os pre-sentes.

Já no encerramento deste encontro, nomeio de muitos aplausos, António Costa entre-gou uma condecoração à conhecida chefe Hele-na Loureiro, que lhe foi outorgada pelo Presi-dente da República a partir de uma propostado embaixador de Portugal José Fernando Mo-reira da Cunha.

Assim terminou esta visita oficial a Mon-treal que se tinha iniciado com uma sessão noCentro Comunitário de Santa Cruz, envolven-do particularmente as escolas de Santa Cruz eSecundária Lusitana (os seus professores, osalunos e os seus pais). Seguiu-se um almoçono restaurante “Ferreira” e uma vista ao Centrode Arquitetura do Canadá, onde está patenteuma mostra sobre a obra do famoso arquitetoportuguês Siza Vieira.

Na 4ª feira anterior, António Costa e Vas-co Cordeiro, o Presidente do Governo Regio-nal dos Açores, acompanhados pelo embaixa-dor José Fernando Moreira da Cunha, encon-traram a Comunidade Portuguesa de Otava eno dia seguinte a comitiva oficial foi recebidacom todas as honras protocolares tanto pelaGovernadora-Geral Julie Payette como peloPrimeiro-Ministro Justin Trudeau. AntónioCosta teve também a oportunidade de se en-contrar com o grupo parlamentar de amizadePortugal-Canadá e de visitar a unidade agroali-mentar que a empresa portuguesa Frulact temem laboração em Kingston.

O penúltimo dia da visita decorreu emToronto, tendo António Costa sido recebidopela Primeira-Ministra do Ontário, KathleenWynne. Seguiu-se a sua participação, conjunta-mente com Justin Trudeau no simpósio «Rela-ções económicas entre Canadá e Portugal: ma-

ximização dos benefícios do CETA», uma or-ganização da Agência para o Investimento eComércio Externo de Portugal (AICEP) e doEconomic Club of Canada. Seguiu-se a assina-tura entre os governos português e canadianode um acordo sobre a mobilidade para estudos

Ministro Carlos Leitão quando dava asboas vindas a António Costa em nomedo seu governo. Foto LusoPresse.

Em Otava, o primeiro-ministro de Portugal visitou a Governadora geral do Canadá,Julie Payette.

e trabalho de jovens entre os 18 e os 25 anos,que constituiu um dos pontos mais altos destavisita oficial do Primeiro-Ministro portuguêsao Canadá.

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CAMPEONATO DA MAJOR LEAGUE SOCCER

IMPACTO BATE NO FUNDO• Por Norberto AGUIAR

O Impacto de Montreal reforçou-se esta época para poder estar na fase final daMajor League Soccer. Reforçou-se com algunsnovos jogadores e com uma equipa técnica,que até assinou contrato por três anos, e queveio de França, com cartel neste país e até emInglaterra.

Porém, como se tem visto, as coisas estãofeias para o conjunto azul e preto. Em 11 jogos,apenas três vitórias... Nos restantes jogos, oitoderrotas!

Para esta má fase de início de temporada,e de ciclo, não fosse decidido assim em funçãoda escolha do seu staff, há quem diga que oproblema é dos jogadores, só assim se perce-bendo a manutenção do técnico, um homemexperiente, com passagem pelo campeão fran-cês Olympique de Lyon, mas que ainda nãodemonstrou os conhecimentos válidos paraconduzir esta formação montrealense ao pata-mar a que ambiciona, nomeadamente, o seupresidente.

Comecemos pelos jogadores.Contrataram muitos jogadores, 11 no to-

tal, uma equipa completa, e ainda nenhum pro-vou capacidade para fazer esquecer, por exem-plo, Patrice Bernier (deixou o futebol aos 36anos), no meio-campo, e Laurent Ciman, nocentro da defesa (está no sensacional Los An-geles FC)... E já nem falamos em Dzemaili,que quis regressar ao Bolonha, da Primeira Di-visão de Itália.

Verdade que Saphir Taider veio em trocacom Dzemaili, mas, até agora, o suíço leva apalma em relação ao francês de origem ma-grebina (até joga na Seleção da Argélia). Veiopara ser o patrão do meio-campo, papel queDzemaili desempenhava à maravilha, comoprovam os muitos golos que marcava, masnão passa de um jogador mediano, sem grandeinfluência junto dos seus companheiros deequipa, mesmo de sector, onde tem responsa-bilidades acrescidas por ser um jogador «Desi-gnado».

Outro jogador que nos parece mediano eque está na equipa como titular é AlexandreSilva, que veio da Primeira Divisão do Uruguai,terra de bons futebolistas. Nos jogos que já ovimos fazer, tanto pessoalmente como atravésda televisão, ainda não o vimos fazer trabalhodo jogador que o Impacto precisa para o sectornevrálgico do campo, como é o centro do terre-no. É, ainda, em nossa opinião, pior jogadorque o seu companheiro de setor, Saphir Taider.

Quem ainda nesta parte do terreno temdado conta do recado é o quebequense SamuelPiette, que há duas épocas estava a jogar numadivisão inferior, em Espanha.

Pelo que se vê neste meio-campo, temossaudades de Marco Donadel que, apesar dosseus 34 anos, é melhor do que todos os seuscompanheiros. Mas o treinador não vê assime por isso não o faz jogar...

Depois, os especialistas de cá, falam numamá defesa e num ataque que não marca os golosque são necessários para se obter, a cada jogo,a vitória... Esquecem-se eles que a máxima no

futebol é esta: «Dá-me um bom meio-campoe eu tenho uma boa equipa».

É isso. O pior compartimento do Im-pacto, neste momento, é o meio-campo já quetodos os seus movimentos, positivos ou nega-tivos, a que mexem com o bom funcionamen-to do coletivo. Como? Alimentando o ataquecom bolas jogáveis, prontas para a rápida fina-lização dos avançados e/ou evitando os con-tra-ataques adversários de maneira a que a de-fesa não seja apanhada em contrapé... O meio-campo atual do Impacto não faz nem umacoisa nem outra!

Quanto à defesa, claro que tem tido as su-as responsabilidades neste descalabro. Mas sóquando os erros têm sido de índole individual.No resto, como pode uma defesa atuar sincro-nizada quando o seu setor central, o de maiorinfluência, não tem um líder que a possa co-mandar nos momentos mais difíceis? Paramais, dos cinco centrais que fazem parte doplantel, com 11 jogos disputados ainda não sesabe qual é o seu principal par... Alguns teemsaído da equipa por lesão, é verdade, como sejao caso de Zakaria Diallo, mas que diabo, o cen-tral que mais tem jogado até hoje, foi contratadocomo lateral esquerdo...

Quanto aos laterais, os que há teem con-dições para fazer bom trabalho. O pior é quequando a defesa falha, é nos laterais que temosvistos as constantes mudanças. Isto não dáestabilidade a nenhum atleta, seja ele de queequipa for...

Já no ataque, principalmente com Piatti,Jackson Hamel e Mancosu, o Impacto nãodeixa de estar bem servido. Dos reforços quevieram, só Raheem Edwards nos parece terqualidade, por ser jovem e com muitas possi-bilidades para evoluir. Mas não se conte, parajá, com ele para ser o salvador do ataque.

TreinadorCom 11 jogos disputados, Remi Garde já

teve mais que tempo para provar que pode le-var esta equipa à fase final da Major LeagueSoccer. Mas não o fez e neste momento nãosei se será capaz de o fazer. Em nossa opinião,Remi Garde parece não ser bom taticamente.E na escolha de jogadores, pensamos que eleestá a léguas da realidade, daí que a equipa nãoobtenha os resultados esperados.

Por outro lado, não apreciamos a sua ati-tude de «sacudir a água do capote» quando aequipa joga mal e perde. Ele devia dar mais se-gurança, neste aspeto, aos seus jogadores. Nãoo fazendo, ele só se descredibiliza, o que lhepode ser fatal no futuro.

No jogo de sábado passado, no EstádioSaputo, o União de Filadélfia, apesar de chegar aMontreal sem algumas das suas principais peças,fez uma excelente partida, não sendo por issosurpresa o resulatdo obtido: vitória por 0-2. L P

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

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NOVIDADES DO DESPORTO AÇORIANO

UNIÃO SPORTIVA CAMPEÃ DE PORTUGAL• Por Norberto AGUIAR

Quem diria que nos Açores haveriade haver equipas campeãs de Portugal? Coisaimpensável antes do 25 de abril de 1974.

Sem conhecer bem a história, sei que an-tes do 25 de abril de 1974 houve campeões,sim, mas no plano individual. Foram eles, porexemplo, Sidónio e Olivério Serpa, mais tarde,um Jorge Vicente, campeões mundiais de hó-quei em patins por diversas vezes ao serviçode clubes do Continente (Futebol Benfica eSport Lisboa e Benfica). Também houve umCosta Matos, campeão de judo e porta estan-darte de Portugal nos Jogos Olímpicos de Tó-quio, em 1964.

Mas equipas campeãs de Portugal nessasépocas? Temos a certeza de que não as houve...

Depois do 25 de abril de 1975, as equipasaçorianas começaram timidamente a participarnos campeonatos nacionais. Primeiro foramas praticantes de futebol. Tranquilamente che-gou-se ao voleibol, ao basquetebol, até mesmoao ténis de mesa. E também paulatinamentese foi chegando aos lugares da frente; subse-quentemente chegaram-se aos títulos. No fute-bol (Santa Clara, campeã da Segunda DivisãoNacional), no voleibol (Fonte do Bastardocampeã nacional em masculinos), em ténis demesa (Grupo Desportivo Toledo). Tudo istopara dizer que agora há nos Açores mais umaequipa campeã nacional e essa equipa é a UniãoSportiva, em basquetebol feminino.

Depois de ter terminado em primeiro lu-gar a fase regular do campeonato, a União Spor-tiva, para ser campeã, passou à fase final, poreliminatórias, onde foi batendo as suas adver-sárias até ao derradeiro obstáculo, que foi aQuinta dos Lombos, de Carcavelos. Pelo cami-nho ficaram o Sport Lisboa e Benfica e oGDESSA do Barreiro, campeão em 2017.

Recorde-se que o União Sportiva tem umexcelente palmarés em basquetebol feminino,já com vários títulos. Este, de agora, foi apenasmais um.

Club KJá no voleibol feminino, outra equipa aço-

riana, também de Ponta Delgada, não conse-guiu ser campeã nacional por um triz, ao serderrotada, no derradeiro embate, pelo Leixões,um clube com tradições na modalidade.

Para além de perder o nacional para as lei-xonenses, o Clube K também perdeu a Taçade Portugal, agora diante do Volei Clube doPorto.

Para uma equipa que foi longe nas duascompetições, estas duas derrotas em cima da

meta dececionaram todos os desportistas mica-elenses e açorianos. Da possibilidade de umadobradinha, o Club K regressou a Ponta Delga-da de mãos a abanar... No entanto, fica a espe-rança de que para o ano há mais competição eo Club K quer voltar a demonstrar que temcondições para ser campeão.

Desportivo Santa ClaraDepois de passar as «passas do Algarve»

na Segunda Divisão, onde por pouco não des-ceu ao Campeonato de Portugal – para todosos efeitos, a Terceira Divisão Nacional –, oSanta Clara está de regresso ao escalão maiordo futebol em Portugal. Para isso teve de lutarmuito, numa prova onde foi confrontado comequipas muito melhor apetrechadas, como fo-ram os casos do Nacional e Arouca, que haviamdescido na temporada passada, e mesmo deformações como a Académica, Penafiel, Lei-xões, etc.

O Santa Clara acabou a feroz competição,por muitíssimo equilibrada, a léguas do que a-contece no primeiro escalão, na segunda posi-ção da tabela classificativa, com mais três pon-tos do que o Académico de Viseu, outra equipaque pretendia subir. À frente do Santa Clara sóficou o Nacional, que acabou por ser um justocampeão.

A subida do Santa Clara encantou todosos desportistas açorianos. Agora é precisomuito juizinho para que os encarnados micae-lenses não cometam erros que os façam correrriscos desnecessários, que seria jogar para nãodescer. Seria perigoso para o clube se issoacontecesse. Assim sendo, há que procurar osapoios necessários para construir uma boaequipa em todos os sentidos da palavra. Equipaque seja capaz de se bater com os mais fortesde maneira a garantir uma presença açorianana Liga Nos para muitos anos. É isso que osadeptos esperam de quem tem responsabili-dades no clube.

Da nossa parte só temos que desejar boasorte ao Santa Clara, que certamente vai preci-sar muito dela.

Porto campeãoUma palavra amiga para todos os apani-

guados do FC do Porto pelo título conquista-do. Um título merecido, pois, em nossa opini-ão, foi o Porto que mais e melhor jogou no de-correr das 34 jornadas do campeonato.

E como onde há vencedores também háos vencidos, notas menos boas para o Benficae Sporting, sobretudo para este que a um jogodo objetivo Liga dos Campeões, foi incapaz deagarrar a sorte. Mais uma vez o Sporting de-monstrou a sua incompetência competitiva...

Vasco Cordeiro, presidente do Governo, recebeu o Santa Clara em Sant`Ana.

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A emigração açoriana para o Canadá...José-Louis Jacome apresenta «De uma ilha para outra»

Integrada nas comemorações do Diados Açores, vai ter lugar na próxima 2ª feira,dia 28 de maio, às 19 horas, na Casa dos Açoresdo Quebeque (229, rua Fleury O, em Montreal)a apresentação do livro «De uma ilha para ou-tra», de José-Louis Jacome. Estará igualmentepatente uma exposição sobre a mesma temá-tica, onde serão apresentados muitos dos do-cumentos que estiveram na base da obra.

Mais do que um livro de memórias, «Deuma ilha para outra» constitui um retrato euma análise do fenómeno da emigração aço-riana para o Canadá e mais particularmentepara o Quebeque, que o autor fez 60 anos apósa sua chegada a Montreal, para se reunir a seupai, um pioneiro chegado em abril de 1954.Ao longo de mais de 250 páginas, a partir doresumo da história da sua família, descreve-seuma história semelhante à de milhares de aço-rianos que emigraram para o Canadá na décadade 1950.

José-Louis Jacome descreve a vida difícilde São Miguel dos meados do século passado,o mundo de uma criança açoriana de 8 anosque vê, angustiada, partir o seu pai com tantosoutros a bordo do Homeland. Durante 4 anosa família estará dividida entre duas ilhas: SãoMiguel e Montreal, com consequências dolo-rosas. A reunificação opera-se em 1958. O cho-que cultural de quem chega é descrito por umacriança que clama que o piloto se terá enganadode planeta... Inicia-se então o difícil, mas pro-gressivo processo de integração na sociedade

de acolhimento.Tanto o livro como a exposição têm uma

versão em português e uma outra em francês.No próximo mês de junho a exposição e aapresentação do livro terão lugar no Museu daEmigração Açoreana na Ribeira Grande.

Esta iniciativa conta com o apoio da Di-reção Regional da Comunidades do GovernoRegional dos Açores, da Câmara Municipal edo Museu da Emigração Açoreana da RibeiraGrande, da Casa dos Açores do Quebeque edo Centre d’Histoire de Montréal.

Para todas as informações, contactar:José Louis Jacome, 514-501-1984,

[email protected] P

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