BOlETIM CIENTlflCO...Techniques for Raising Shrimp from the egg to M. Alice Penaeid postlar-vae....

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BOlETIM CIENTlflCO B.N.D.E.-FUNTEC ACARPESC CIENTIFICA N t 3 PÓg.1 a 36 Fpolis- SC IX 1974 Governo do Estado de Santa Catarlna Superintendencia do Desenvolvimento da Pesca Prefeituras Municipais

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BOlETIM CIENTlflCO

B.N.D.E.-FUNTEC

ACARPESC CIENTIFICA Nt3 PÓg.1a 36 Fpolis- SC IX 1974

Governo do Estadode Santa Catarlna

Superintendencia doDesenvolvimento daPesca

Prefeituras Municipais

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ACARPESC CIENT. N93 F.1-16 FPOLIS-SC IX 1974

CONTRIBurç.!\o AO ESTUDO DA LARVICUI.TURA DO CA-MARÃO PENAEUS PAULENSIS PEREZ~FARFANT~)~§2

D. B. G. LARA M. *R. MACKAY **

RESUMO

!ste estudo foi rpalizado para ob-ter todas as fases larvais do cama rao PenaeusEaulensis~e encontrar as condições ideais p~ra desen~oJver um m~todo qu~ proporcione urnaalta sobreviv~ncia e produzir quantid~des depost-larvas.

Testamos diferentes tipos de fil-tros e alirnenthç~es nas fases lnrvais. Ao final ~a experiincia, demonstrou que ~ Leces~i=ri~ urna b~a fiitragem e esteriJizaçiC' da igua.diminuindo as contaminações nos aquirio3.

A alimentaçio planct~nica no~ afe'-receu uma hZa sobrevivincia e melhor cresci-mento.

Devemos ressaltar que esta ~ a prime í r a vez no B'r as í L que .SE' c ons eg i.e post'-lar~VAS a partir da desova ~D aquirioe~

* D. B. G. LARA M. M~dico Veterinirio Res-p f') n sã'! e'. r e 1 C' I. a b o r él t õrio de Larçicul~urn 2~ACARPESC.

** R. t1AC:<" AY - Riêlogo M.A. Uni.vcrsitynf Califor~ia, at losAngcl~s.

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SUMMARY

The following experimentwas carried out in an effort to raise, in the laboratory, all phasesof the shrimp Penaeus paulensis(egg - post-larva).

Various types of filterswere tested to see which could ef-ficiently lower the incidence ofcontamination problems.

A mixed culture of plan~ton, and Artemia naupli were usedas a food source.

This food source was found to mantain a high survivorship.

The authors of this pa-per believe that this is the firsttime post larvae have been obtai-ned from eggs, in thein Brazil.

laboratory,

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho teve comofinalidade conseguir todas as fases lar-vais do camarão Penaeus paulensis e , en-contrar um método para obter uma altasobrevivência e poder produzir quantida-des de post-larvas para povoamento e re-povoamento de áreas desprovidas dE:staespécie de -camarao.

Trabalhos similares já foramfeitos por outros pesquisadores com ou-tras espécies.

Hud i n a g a, em 19 42, fez os p rimeiros estudos, desde a maturaçao das g~nadas até larvicultura e cultivo do camarão Penaeus japonicus.

Mock, em 1970,desenvolveu tecnicas para criar camarão ~enaeus azte-cus e Penaeus setiferus, desde o ovo atépost-larva.

Harry L. Cook and M.Alice Murphy,em 1971, conseguiram post-larvas apartir da desova em aquários e desenvol-veram técnicas espec{ficas.

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MATERIAIS E MgTODOS

As fêmeas foram capturadas próxi-mo a Ilha do Arvoredo, localizada em SantaCatarina - Brasil. Isto ocorreu no dia 20de outubro de 1973.

As fêmeas capturadas foram trans-portadas em sacos pl4sticos com água oxigenada ate o laboratorio de Larvicultura daACARPESC, onde foram selecionadas de acôrdocom a maturação das gônadas.

As fêmeas no III estágio de matu-ração gonadal foram colocadas em aquáriosde acrílico para 80 (oitenta) litros. Foiadicionado 0~1 gr de EDTA para cada 10(dez)litros de água do mar.

A temperatura foi regulada para /desova a 24,0 o C, e a sa1inidade de 30%. Onível de oxigênio dissolvido estava em tor-no de 3,0 p.p.m. (medido pelo metodo po1arográfico) . -

Usamos água do mar filtrada préviamente com carvão e,posteriormente,com pa-pel filtro de sílica.

Usamos também água esterilizada a120 o C durante 15' (120 o C de pressão), ecom o auxilio de raios u1travioletas du-rante o tempo de 30'.

As fêmeas que desovaram o fizeramna primeira, segunda e terceira noite. Asfêmeas foram retiradas dos aquários paraexames biométricos.

A alimentação foi com cultura deplancton na fase de zoe, quando passou a fase de Zoe 111 acrescentamos na a1imentaçã;Naup1ius de Artemia salina, continuando nafase de Mysis até post-1arvas, sendo quenesta fase também alimentamos com ovosde siri.

A troca 4e água tamõém foi neces-

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sária na proporçao de 1/3 da quantidade do a-quário. Adicionamos EDTA, a 0,1 grilO litrosem cada fase larval do camarao.

A salinidade, O2 dissolvido e opH foram mantidos constantes mediante examesdiários nos aquários.

A temperatura de 24 o C foi tidaconstante desde a desova ate a fase de Nau-plius, sendo que na fase de zoe foi aumentadapara 260 C até chegar a fase de Mysis, quandofoi alterada novamente para 270 C e 280 C emantida até chegar a post-larvas.

Foram realizados exames bacterioló-gicos.já que constatamos contaminações nos aquários. Para combater estas contaminações u~sarnas diversos tipos de antibióticos que pro-porcionam diversos resultados satisfatórios.

Realizamos ribservaç~es s~bre a den-sidade populacional nos aquários trabalhandocom 250 (duzentas e cinquenta) larvas/litro,na fase de nauplius e 8 (oito) larvas /litro,na fase de mysis.

A alimentação foi administrada duasvêzes por dia, a primeira as 8 (oito) horas,ea segunda as 18 (dezoito) horas. Usamos algasa uma concentração de 6.400.000 células/ml.

A partir da fase de Mysis acrescen-tamos na alimentação ovos e Nauplius de Arte-mia salina. Na fase de post larva, acrescen-tamos na al'imentação ovos de siri uma vez pordia, continuando com alimentação administrada anteriormente.

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Resu Itados

As fêmeas que desovaram, o fizeram na pr1meira, segunda e terceira n0ite, entre 19(dezenove) ~ 21 (vinte e uma) horas.A água dos aquários deve ser bem filtrada

2 e esterilizada com ultravi61eta, durante30 (trinta) minutos.

A áªua dos aquários deve ficar em movimen-3. t~çao para evitar problemas de contamina

çao.

As larvas foram atacadas por diversos ti-4 pos de fungos, protozoários e bactérias,

nas suas diversas fases de desenvolvimento,aumentando assim o índice de mortalidade.

As águas dos aquários não éstiveram em e-5 quilibrio com sua microflora, este fato po

de ter influência no desenvolvimento daslarvas.

6A alimentação com cultura de plancton nasdiversas fases, aumentou a sobrevivência até post-larva.

7 Na I experiência, atingimos a fase post-larval do camarão no l69(décimo sexto)dia.

8 Na 11 experiência atingimos a fase post-larval do camarão no l79(décimo sétimo)dia.

9 Uma alimentação variada dá melhor creSC1 -~ento nas diversas fases.

10 A densidade populacional é um fator muitoimportante nas diversas fases.

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DISCUSSÃOTodos os resultados demonstraram que é ne-

cessário usar água bem filtrada e esterilizada,para evitar problemas de contaminação.

Uma alimentação com plancton e nauplius deArtemia salina obteve bons: resultado~. Comuma salinidade de 30%, e com uma temperatura inicial de desova de 249 C obtivemos uma alta sobrevivência na fase naupliar.

Quando atingimos a fase protozoe a tempe-ratura foi aumentada para 269 C e 289 C, quandoatingimos a fase de mysis.

BIBLIOGRAFIA

19 - Hudinaga M.-Reproduction deve1op-ment and Rearing of Penaeus ~nicus Bate.Japan J Zool,vol. 10-1942,p.p.305393.

29 - Corne1ius R. Mock andMurphy.Techniques for RaisingShrimp from the egg to

M. Alice

Penaeidpostlar-

vae.Contribution n9 307 Bureau of Co-mercial Fisheries Bio1ogica1 Laboratory 1970,p.p. 143-156.

39 - Harry L. Cook andM. Alice MurphyEar1y developmenta1 stages of theBrown Shrimp Penaeus aztecus IvesReared in the Laboratory - 1971vol. 69,p.p. 223-239.

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Experiência n~ I

1000/0

N" ••eu,al ••~·,..to ••••Ma"'Y.'

PL=poa1lorve

-150% 5-u• c:

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o.2 u

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O 2 3 4

te 24°C ~ ,6 7 108 9 11 12 13 14

~------ 26°C

t.mpo (di •• )

------->~.•.~~-28 °c ----- ••T.mp.ratura OC

17 • ••

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100%

o'Oo ••.~ o o

10 ..- •• o•• .2 c:• u .2.s • C1.

u I Ec: 10o. U~ 10> to•~ C)..Q o10 ..

c:UJ •E<11:

2 3

Experiência n 2 2N = na"pllusP = protozoe

M = mylisPL= post larva

Salinldade - 300/00

4 8

'':{10-oo-o'ECDE-<

16 17 1810 11 12 13 14 I~6 7 9

27 º Ctemperatura °c

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DURAÇÃO DOS ESTÂGIOS LÁRVAIS

DO CAMARÃO ROSA

FASES Média VariaçãoHORAS HORAS

Ovo 14 13 - 15

Naup1ius I 4 3 - 6

" 11 7 6 - 7

" III 9 8 - 10

" IV 9 8 - 11

" V 15 12 - 16

Zoe I 45 35 - 56

" II 46 36 - 58

" III 313 29 - 55

Mysis I 33 26- 39

" II 26 14 - 38

" III 32 18 - 41

TEMPO TOTAL 278 264 -313

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('tII,I,I,,I,,I,II,,,

II

bFigura 2 - .Nauplius 1

a. vistab. vista

Figura 1 - Nauplius emergindo do ovo.

-Figura 3 - Nauplius II,...,...

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Figura 4Nauplius III

Figura 5Nauplius IV

Figura 6Nauplius V

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Figura 7 - Protozoea I

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8 - Protozoea 11

Figura 9 - Protozoea 111

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Figura 10 - Mysis I

F ql ~ 1 - Mysis II

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Figura 12 - Mysis III

Figura 13 - Postlarva I

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ACARPESC CIENT. N93 F.17-33 FPOLIS-SC IX 1974

"NíVEIS MíNIMOS DE OXIG~NIO NECESSÂRIOS PARAO SOBREVI~NCIA DE CAMARÕES PENAEUS SCHMITTI"CD:e RONALD D. MACI<AYU-..J:::»cna.UIo~OUJt-O-...Jmm

RESUMO

Estas experiências foram feitas p~ra se ter uma idéia de quando os nIveis crI-ticos de oxigênio incidem nos tanques de Pa-lhoça~e para ter tempo suficiente para prev~nir os camarões de mortes em massa.

Cinquenta Penaeus schmitti juvenisforam utilizados, numa série de cinco exper~ências em réplica, para se determinar qual onIvel de oxigênio dissolvido que mata 50 %dos camarões. O oxigênio foi retirado da a-gua através da aplicação de uma farinha decamaroes, e os nIveis de oxigênio dissolvidoforam medidos com um aparelho medidor de ox!gênio (método polarográfico). Este medidorde oxigênio foi calibrado com ar (umidade100 %).

Todas as experiências foram feitasdentro de aquários de acrIlico com capacida-de de 80 litros cada um. A salinidade da á-gua utilizada foi 30 ppm., a uma temperat~

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ra constante de 300 C. Todos os resultados p~larográficos foram comparados com os resulta-dos do Método Winkler.

Cem por cento dos espécimes testa-dos entraram num tipo de letargia quando o nlvel de oxigênio dissolvido chegou a 1,0 ppm.,mais ou menos 0,2 (método polarográfico). De~tes Camaroes, 50% sobreviveram quando coloca-dos em água suficientemente oxigenada. Dentrodos níveis mínimos de oxigênio estes camarõesjuvenis mostram um comportamento específico.

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ABSTRACTThese experiments were carried out

in an effort to give us a better idea ofwhen critical levels of oxygen are presentin our experimental ponds, and thus give usample time to prevent mass deaths, due toanoxia.

Fifty juvenile Penaeus schmittiwere used in a series of 5 replicate experi-ments, to determine the leveI of oxygen atwhich 50% of these juveniles were killed. 0-xygen was chemically removed by the addi-tion of a "powdered shrimp meal" and theseoxygen levels were then monitored with anair calibrated oxygen meter (polarographicmethod). AlI experiments were carried out in80 liter acrylic aquariuns. Water was keptat 30 ppt. salinity, and 300 centigrade. Po-larographic results were compared with re-sults obtained using the Winkler Method.

AlI specimens were found to go into a type of lethargy when oxygen levels reached - 1,0 ppm. + 0,2 dissolved oxygen(usingpolografic technique). Fifty percent of the-se specimens recovered if put into aereatedwater. AlI juveniles showed a definitestress behavior when minimal levels wereapproached.

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INTRODUÇ~O

Em dois anos de pesquisa com cama-roes Penaeus schroitti e Penaeus aztecuz, nostanques experimentais de Palhoça, um dos mai~res problemas encontrados foi o da sobrevivê~cia, ou as chamadas "massas mortas", que eramatribuidas a falta de oxigênio, sem contudose ter certeza, pois houveram problemas paraobtenção destes dados.

o interêsse especial deste trabalhoe o encontro dos níveis mínimos de (curto te~po) que os camarões Penaeus schmitti necessi-tam para sobreviver ou,em outros termos, a-quele nível de oxigênio que mata 100 % dos camarões em menos de uma hora.

Econômicamente estes dados sao im-portantes,porque permitirão o uso parcimonio-so das bombas de ar, que serão usadas somentedentro dos limites perigosos para a vida doscamaroes.

A finalidade deste estudo é a ob-tenção dos níveis mínimos de oxigênio para s~brevivência das espécies em pauta e,com estainformação, tentar prevenir as "massas mortas~

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MATERIAL E ~TODOSTodas as experiências foram realiza

das em aquários de acrílico com capacidade p~ra 80 litros de água. Estes aquários recebe-ram água do mar tratada com carvao ativado.A temperatura foi mantida 300 CJmais ou menos20, usando-se um aquecedor de 100 watts e termostato para cada um deles. A salinidade foimedida com um urinômetro (calibrado em nossolaboratório,usando uma solução de 30?00(NaCl)e uma tabela de densidade-temperatura para se.converter densidade para salinidade.

Cinquenta e tres camaroes juvenis,Penaeus schmitti, foram retirados dos tanquesexperimentais, e medidos desde o telson até aponta do rostro. A classe trabalhada variavaentre 6 a 10 centímetros. A aclimatação (tem-peratura) foi utilizada mas não foi verifica-da nenhuma diferença e a técnica foi abandonada. Todos os níveis de oxigênio dissolvidosforam medidos com urnaYSI - 51A, medidor (mé-todo polarográfico). Este medidor foi calibrado com ar e testado também com uma solução deágua destilada saturada com ar.

Todos os valores de oxigênio paracalibração foram obtidos dos dados publicados

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por GOLTERMAN 1.969 e YSI INSTRUCTIONS 1.972.

Após a realização dos estudos, osresultados polarográficos foram comparadoscom resultados de Winkler (*") para padrõesespecíficos.

Estes resultados deram uma margemde valores entre, mais ou menos, 0,2 ppm. comos valores polarográficos.Um outro estudo. foifeito medindo os níveis de oxigênio dissolvi-do com o método Winkler e o método polarográ-fico simultâneamente nos aquários, atével mínimo estabelecido (Tabela 1).

(*") Modificação usando Na N3 para prevenirinterferências dos nitritos.Riley 1965.

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EXPERI~NCIA TíPICA1) Colocam-se 5 (cinco) camaroes em quatro

aquários.2) Faz-se uma medida inicial de oxigênio

dissolvido.3) Adiciona-se 2 - 5 gramas de farinha de

camarao para dois dos Quatro aquários.4) Dentro de cinco horas observa-se um com-

portamento irregülar caracterizado por"stress".

5) Testa-se a calihração do medidor de oxi-gênio e faz-se medidas cada cinco minu-tos até que os camarões entram num tipode letargia. Quando todos os camarões encontram-se neste estado, transfere-se p~ra um aquário com água aerizada.

Na experiência utilizou-se para controle os mesmos aquários que os camaroes en-traram em letargia.

Aerização e mais cinco camaroes foram colocados nos mesmos aquários. Estes pe~maneceram nos aquários mais dois dias. Estefato demonstrou que a farinha de camarão nãoé tóxica. O controle de temperatura permiteconcluir que nao foi o uso da mesma que ma-tou os camarões.

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CONCLUSÕES

A primeira tentativa de eliminar o-xigênio da água foi bastante lenta e não obtivemos bons resultados. Cinco Penaeus schmittiforam colocados em dois aquários e deixadossem aerização até que o oxigênio existentefoi consumido.

Este processo continuou por quatrodias sem resultados (Figura I). A segunda te~tativa foi feita com "farinha de camarão". Outras experiências já foram feitas demonstran-

-do que a comida em excesso mata os camaroes,contudo os pesquisadores julgavam que a pos -sível causa era a depleção de oxigênio. Comodemonstração prática utilizou-se mais "fa-rinha de camarão" nos aquários e tornadas asmedidas de oxigênio dissolvido. Dentro de 20horas '\ adição de farinha, todosa os camaroesmorreram (Figura I). Todas as experiências foram repetidas usando a farinha em quantias entre 2-5 gramas por aquário. Para aumentar avelocidade da experiência foram utilizadas asconcentrações mais altas de farinha (4-5 gra-mas) .

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2S

Das quatro replicagens em estudo,ficou demonstrado que a 0,9 ppm. de oxigêniodissolvido todos os camarões entraram em le-targia onde os reflexos comuns nao são obser-vados. A posição dos camarões nas experiên-cias era lateral. Antes da letargia observamos um tipo de comportamento diferente. A 1,2ppm. a maioria dos camaroes começaram a nadarna superflcie. Aos 10 minutos eles começarampular fora da água, (1,1 - 1,2 ppm.). O próximo comportamento, foi uma queda para o fundoatingindo primeiramente com o telson. A últi-ma reação sucedeu 5 minutos depois quando amaioria do Penaeus schmitti ficaram de lado(0,9 mais ou menos 0,1 ppm.). A seguir todosos camarões foram colocados num aquário comágua oxigenada, onde conseguiu-se uma sobre-vivência do lote de 50% aproximadamente (Fig~ra lI) •

Os resultados demonstraram evidentemente que a farinha de camarão não foi tóxicae as temperaturas usadas não são letais.

Com os resultados citados contorna-mos mais um problema, e uma variável a maisfoi obtida na sobrevivencia do camaraoPenaeus schmitti, o oxigênio.

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Com os níveis mínimos obtidos, ouconhecidos a tempo, podemos estabelecer um monitor de oxigênio dissolvido para ser utiliz~do, quando acusam níveis comprometedores, peEmitindo uma melhor sobrevivência nos tanques.Os resultados obtidos dão uma idéia dos ní-veis mínimos exigidos, obtidos a curto prazo.

Os valores na experiência I (FiguraI) mostram que, provavelmente, os camaroesPenaeus schmitti podem viver mais que 24 ho-ras se os níveis de oxigênio dissolvido estãoacima de 2,0 ppm.

Esperamos que este trabalho possainspirar a outros pesquisadores, para estend~rem este tipo de estudo ao meio ambiente, to-mando medidas em águas profundas, onde adul-tos perecem, ou em águas de pouca profundida-de com temperaturas altas, onde as post-lar-vas habitam, sendo lugares comumente de ní-veis de oxigênio baixo. Com estes dados e comexperiências no laboratõri~poderá ser possí-vel determinar se o camarão pode viver commenos oxigênio depois de um longo tempo de a-climatação.

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BIBLIQGRAFIA

19 - Go1termam, H.L. (1.969) - Methodsfor Chemica1 Ana1ysis of FreshWaters B1ackwe11 Scientific Pub1ications, Oxford and Edlnburgh.pp.124 - 131.

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EXPERIÊNCIA I

6

-- Aquário

-- ---Aquório 2

5 o = número de camarões mortes (5 camarlSe.s / aquário)

'"":4EQ.Q.

~3

\\. \4--. A erização +

\

,''''- .. --- --I

I1 •••

\

@ \ -_®<c-:\

ION

10 30 50 70 90 100tempo (horas)

5 gramas de farinha

de camarBo.

Fi oura I - Depleçào natural de oXigênio devido a umd superpopuloçOo em aquário.

-Modificação Winkler - usando NaN2 poro prevenir interferência dos ni1ritos.

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EXPERIÊNCIA Ir

O: ndrnero de camarões mortos.

farinha de camarão

::-:::_~=-=---_ ~ I----- ----

gramo de

de camarão

10 20 5030 40

tempo ( horas)

farinha

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E XPERIÊNCIA I I I

2O: número de camarões mortos.

EQ.Q. de farinha de camarõo~----------------------~~~~~r---------Ioromo- - -- - -- - - - --- - - - - -, "'"-------o"O">õli>.!!!"O

No

2 3tempo (haras)

Figura I I - Depleção de oxigé'nio devido ao uso de farinha de camarão.

Experiências I I - 11 I.

* Os mesmos 2 o qudr ios usados em experiE1ncia rI-lI!.

foi oxigenada por 10 minutos para chegar-se 1.5 p p rn, O2

Na experiência I I I a ógua

dissolvido.

wo

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EXPERIÊNCIA IV

4Aquário 1

Aquório 2o = nado na superfície

b= queda paro o fundo (telson primeiro)c= letargia

:3

EQ.

a.

2o-a>o'"fi>-a

C\Io

gramas de farinha de camarão

- •.- .....

o

c

2 :3tempo (horas) w••••

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e·a.a. 4

o'O.>õCII 2CII

'O

C\JO

2 gramas de farinha decamarão

b

, ~ c'.V db \ ~~ ,,c:/,

14 18 22 26tempo ( horas)

A

EXPERIENCIA v

--Aqudrio

-----Aquário 2

oramas de farinha de ccmerãca,/-----_.-- ---\,....••--------- ,------- \------ \---

agramCl de farinha

de camaróo

2 6 10

0= aerização desligado

b= nado na su perfície

c= pulando

d= letO'rgia

Figuro l l I - De pleçêo do o)(i~nio relocionado com comportamento em stress

( experiências IV - Y )

Wtv

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POLAROGRAFICO0,9 1:0 1:3

mécia1.1

WINKLER1.18

ww

Tabela I

1.26 1.51 1141 1.22 1.17 0.83

Comparação dos resultados entre os métodos Winkler e Polarogrófico.

Experiência VI (estes valôres foram tomados lIIIuando todos juvenis

estavam em estado de letaroia )~

0.87

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