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CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA CURSO DE AGRONOMIA Comparação entre milhos transgênicos Bt no controle de lagartas em campo MAURICIO BIANCHI MASSON Ribeirão Preto, SP 2013

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA CURSO DE AGRONOMIA

Comparação entre milhos transgênicos Bt no controle de lagartas em campo

MAURICIO BIANCHI MASSON

Ribeirão Preto, SP

2013

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA CURSO DE AGRONOMIA

Comparação entre milhos transgênicos Bt no controle de lagartas em campo

MAURICIO BIANCHI MASSON

Orientador: Prof. Dr. Alexandre de Sene Pinto

Trabalho apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda, como exigência para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.

Ribeirão Preto, SP

2013

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ii

A Deus, por sempre estar ao meu lado, a minha família, ao meu pai Márcio e minha mãe Luisa, pelo incansável esforço de me

apoiar, por me aconselharem e pela educação que me forneceram.

A todo o grupo G.bio que esteve ao meu lado por todo o decorrer do trabalho.

A vocês dedico este trabalho.

DEDICO

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iii

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a toda minha família, que me apoiou e deu

muita força nesses quatro anos de faculdade.

Agradeço ao meu orientador, Prof. Alexandre, pela ajuda, dedicação e

paciência que teve comigo durante o decorrer deste trabalho.

Ao grupo G.bio, pelo apoio nos trabalhos de campo e pela amizade.

Agradeço também aos meus amigos, em especial Bruno Marin Arroyo,

Murilo Gaspar Litholdo, José Lucas Camacho, Vinícius Lourenço Lopes, Taís

Lima da Silva, Eduardo Augusto Fonseca Ivan, Bruna Zanatto, Michele Adriani

Berigo, Eduardo Lima Nunes, José Vitor dos Reis, Danilo Augusto Sanita,

Abilio José Meiato Barrionuevo de Oliveira, Lucas Vinícius Cantori, Paulo

Renato Zanon, Pedro Gomes, Otávio Correa Lemos, Leonardo Henrique de

Oliveira Gonçalves, Pedro Antônio Bezerra, Gustavo Pedrazzi, Carolina Veluci

Brondi, Vivian Bernascone Villela dos Reis, Renata Mastrantonio de Souza,

Jhonathan Aparecido Vilela de Carvalho, Walter Mendes Neto, Mauricio

Cardoso Picinato e Danilo Loboschi que me apoiaram durante o experimento.

A Dow AgroSciences, em nome do Dr. Antonio Cesar dos Santos e

Luiz Henrique da Silva Fagundes Marques, pela idealização do projeto e pela

cessão do material necessário para sua execução, além da minha bolsa.

Um agradecimento a todos os professores e funcionários ligados ao

curso de Agronomia do Centro Universitário Moura Lacerda.

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iv

SUMÁRIO

PÁGINA

RESUMO ............................................................................................. vi

SUMMARY .......................................................................................... vii

1 INTRODUÇÃO .................................................................................... 1

2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................... 3

2.1 Danos de Spodoptera frugiperda em milho ............................ 3

2.2 Danos das pragas de solo Agrotis ipsilon e Elasmopalpus

lignosellus em milho ................................................................. 10

2.3 Danos das pragas da parte aérea Spodoptera cosmioides

e S. eridania em milho .............................................................. 13

2.4 Uso de milho transgênico no controle de lagartas ................ 16

3 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................... 19

3.1 Avaliações da lagarta-elasmo, E. lignosellus, em plântulas

de milho no solo ........................................................................ 20

3.2 Avaliações da lagarta-rosca, A. ipsilon, em plântulas de

milho no solo ............................................................................. 22

3.3 Avaliações de S. cosmioides em plântulas de milho no

solo ............................................................................................. 22

3.4 Avaliações de S. cosmioides em plantas de milho, na parte

aérea ........................................................................................... 24

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v

PÁGINA

3.5 Avaliações da lagarta-do-cartucho na parte aérea ................. 25

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................... 27

4.1 Comparação entre milhos transgênicos Bt quanto aos

danos causados pela lagarta-elasmo em plântulas ............... 27

4.2 Comparação entre milhos transgênicos Bt quanto aos

danos causados pela lagarta-rosca em plântulas .................. 28

4.3 Comparação entre milhos transgênicos Bt quanto aos

danos causados por Spodoptera cosmioides em plântulas . 30

4.4 Comparação entre milhos transgênicos Bt quanto aos

danos causados por S. cosmioides em plantas (V4-5) 31

4.5 Comparação entre milhos transgênicos Bt quanto aos

danos causados por Spodoptera frugiperda em plantas ...... 35

5 CONCLUSÕES ................................................................................... 40

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 42

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vi

RESUMO

Este trabalho teve por objetivo comparar o desempenho de milhos transgênicos Bt no controle de lagartas em plântulas e no período vegetativo da cultura do milho. O trabalho foi conduzido em Ribeirão Preto, SP. Os genótipos utilizados foram semeados em 23/11/2012 e 06/02/2013, sendo avaliados os danos de Elasmopalpus ligosellus (Zeller) e Agrotis ipsilon (Hufnagel) no primeiro ensaio, Spodoptera cosmioides (Walker), no segundo, e de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith), nos dois. Os tratamentos foram: (1) milho convencional 2B587 (testemunha, sem controle); (2) milho transgênico expressando os genes Cry1F + pat + Cry1A105 + Cry2Ab2 + EPSPS (2B587, PowerCore®); (3) Cry1A105 + Cry2Ab2 (DKB 390, YieldGard VT PRO®); (4) Vip3A + pmi (Status, Agrisure Viptera®); (5) Vip3A + Cry1Ab + EPSPS + pmi (Maximus, Agrisure Viptera 3®); (6) Cry1F + pat (2B587, Herculex®); (7) Cry1Ab + Cry1F + EPSPS + pat (30F53, Optimum Intrasect®). As parcelas foram formadas por uma linha espaçada em 0,7 m de 2 m, com 10 plantas, com barreiras para impedir a saída dos insetos infestados artificialmente (exceto para S. frugiperda). Todos os milhos transgênicos Bt foram eficazes no controle de E. lignosellus, exceto Viptera, de S. cosmioides de 3º ínstar, exceto VT Pro, e de S. frugiperda. Para lagartas de S. cosmioides de 4º ínstar, somente na fase de plântula os demais transgênicos foram eficazes. Nenhum dos transgênicos testados foi eficaz no controle de A. ipsilon, mas a metodologia utilizada deve ter influenciado esse resultado.

Palavras-chave: pragas agrícolas, Zea mays, Noctuidae, Pyralidae.

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SUMMARY

Comparison of transgenic Bt corn to control lepidopteran pests in the field.

This study aimed to compare the performance of transgenic Bt corn to control lepidopteran pests on seedlings and growing season of maize. The study was conducted in Ribeirão Preto, SP, Brazil. The genotypes were sown on 2012, November 23rd and 2013, February 2nd and evaluated damage by Elasmopalpus ligosellus (Zeller) and Agrotis ipsilon (Hufnagel) in the first trial, Spodoptera cosmioides (Walker), in the second, and Spodoptera frugiperda (JE Smith) in both. The treatments were: (1) conventional corn 2B587 (no pest control), (2) transgenic corn expressing the Cry1F + pat + Cry1A105 + Cry2Ab2 + EPSPS genes (2B587, PowerCore™), (3) Cry1A105 + Cry2Ab2 (DKB 390 , YieldGard VT PRO™), (4) Vip3A + pmi (Status, Agrisure Viptera™), (5) Vip3A + Cry1Ab + EPSPS + pmi (Maximus, Agrisure Viptera 3™), (6) Cry1F + pat (2B587, Herculex™), (7) Cry1Ab + Cry1F + EPSPS + pat (30F53, Intrasect Optimum™). The plots were formed by a line spaced at 0.7 m x 2 m with 10 plants and barriers to prevent the departure of artificially infested insects (except for S. frugiperda). All transgenic Bt maize were effective in controlling E. lignosellus except Viptera, S. cosmioides 3rd instar, except VT Pro, and S. frugiperda. For larvae of S. cosmioides 4th instar, only at seedling stage the other transgenics were effective. None of the transgenic tested was effective in controlling A. ipsilon, but the methodology used must have influenced this result.

Key words: crop pests, Zea mays, Noctuidae, Pyralidae.

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1 INTRODUÇÃO

A lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera,

Noctuidae) é a principal praga do milho em todas as regiões do Brasil e uma

das principais pragas desta cultura na América do Sul e América Central

(EMBRAPA, 1997). Ocorre durante todos os estádios de desenvolvimento da

cultura, atacando as folhas do cartucho, diminuindo a área fotossintética da

planta, podendo destruí-las completamente, podendo causar perda de 15 a

37% na produtividade (EMBRAPA, 1997). Pode atacar espigas no final do ciclo

da cultura ocasionando grandes prejuízos (PINTO; PARRA; OLIVEIRA, 2004).

Existem outras lagartas que são prejudiciais à cultura, atacando a

cultura na fase de germinação, como a lagarta-elasmo, Elasmopalpus

lignosellus (Zeller) (Lepidoptera: Pyralidae), Agrotis ipsilon (Hufnagel), S.

eridania (Cramer) e S. cosmioides (Walker) (Lepidoptera: Noctuidae),

destruindo colmos e espigas, como a broca-da-cana, Diatraea saccharalis

(Fabr.) (Lepidoptera: Crambidae), e danificando espigas, como a lagarta-da-

espiga, Helicoverpa zea (Boddie) (Lepidoptera: Noctuidae) (GALLO et al.,

2002; PINTO; PARRA; OLIVEIRA, 2004).

O método de controle da lagarta-do-cartucho mais utilizado no Brasil é

o químico (GALLO et al., 2002), o qual possui uma ampla gama de inseticidas

indicados para esta praga. Na concepção de manejo integrado, a meta não é

simplesmente aniquilar a praga, o mais importante é a redução da população a

um limite compatível com a produção econômica da cultura e a consequente

manutenção da qualidade ambiental (CRUZ, 1995). Por isso, o controle

biológico de pragas tem aumentado sua importância no Brasil para o milho,

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sendo o uso de bactérias, como Bacillus thuringiensis (Berliner) (SILVA-

WERNECK et al., 2000), bastante promissor.

Como bioinseticida, a bactéria B. thuringiensis, estirpe HD1, vem sendo

usada há décadas (FEITELSON; PAYNE; KIM, 1992) e está registrada sem

limitação de uso para o controle de várias espécies-praga de Lepidoptera. Uma

das frações ativas produzidas pelo Bt são proteínas acumuladas em forma de

cristal no interior das células, denominadas “Cry”, que podem constituir mais de

30% do total de proteínas da célula (HERMSTADT et al., 1986).

Com o advento da biotecnologia, foi desenvolvida uma nova tática de

controle de pragas que consiste nas plantas geneticamente modificadas

(transgênicas) resistentes a insetos. Por meio de apuradas técnicas de

laboratório um gene de B. thuringiensis (Bt) foi introduzido em plantas de milho,

dando origem ao milho geneticamente modificado, conferindo alto padrão de

resistência da planta a algumas espécies de lepidópteros-praga (ARMSTRONG

et al., 1995). O gene introduzido codifica a expressão de proteínas Bt, com

ação inseticida, efetiva no controle de lepidópteros como S. frugiperda (HUANG

et al., 2002).

As lagartas, ao se alimentarem do tecido foliar do milho geneticamente

modificado, ingerem esta proteína, que atua nas células epiteliais do tubo

digestivo dos insetos. A proteína promove a ruptura osmótica destas células,

determinando a morte dos insetos, antes que os mesmos consigam causar

danos à cultura (GILL; COWLES; PIETRANTONIO, 1992; PIETRANTONIO;

FEDERICI; GILL, 1993; GILL, 1995; MEYERS et al., 1997).

Este trabalho teve por objetivo comparar o desempenho de milhos

transgênicos Bt no controle de lagartas em plântulas e no período vegetativo da

cultura do milho.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Danos de Spodoptera frugiperda em milho

A lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda, pode ser encontrada nas

Américas e em algumas ilhas a oeste da Índia (CRUZ, 1995). Cerca de 26

espécies do gênero Spodoptera eram conhecidas no mundo todo até a revisão

de Mochida e Okada (1974), sendo que S. frugiperda era encontrada apenas

nas Américas.

Ashley et al. (1980) consideraram essa espécie como a responsável

pela maior parte do dano causado em milho, em razão de sua ocorrência em

maior número nessa lavoura.

A lagarta-do-cartucho é uma das mais importantes pragas da cultura do

milho no Brasil e atualmente pode ser considerada a praga mais importante do

país, pois tem causado prejuízos sérios a diversas outras culturas, tais como

algodão, arroz, cana-de-açúcar, gramíneas em geral etc. (PINTO; PARRA;

OLIVEIRA, 2004).

Alimenta-se de plantas de milho em todos os estádios fenológicos da

cultura, mostrando preferência pelas folhas do cartucho de plantas novas. Os

prejuízos podem chegar a 34% na produção, caso esta praga não seja

controlada (CRUZ, 1995).

Com a intensificação do plantio do tipo “safrinha” no Brasil, a lagarta-

do-cartucho passou a atacar plantas novas, cortando-as rente ao solo, como

faz a lagarta-rosca, Agrotis spp. Também ataca espigas novas, perfurando-as

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na região mediana ou entrando pela região apical, como a lagarta-da-espiga,

Helicoverpa zea (Boddie) (GALLO et al., 2002). Em algumas regiões do estado

da Bahia, a lagarta-do-cartucho tem atacado espigas granadas, próximas ao

período da colheita (PINTO; PARRA; OLIVEIRA, 2004).

Foott e Timmins (1982) encontraram até 71% das espigas amostradas

com danos nos grãos, provocados por S. frugiperda.

As lagartas recém-eclodidas de S. frugiperda se alimentam das folhas

mais novas do milho, raspando-as. Nessa fase, atacam todas as folhas

centrais, destruindo-as completamente, e medem aproximadamente 50 mm de

comprimento. Sua coloração varia de pardo escura, verde até quase preta.

Apresentam três finíssimas linhas longitudinais branco-amareladas na parte

dorsal do corpo. Na parte lateral logo abaixo da linha branco amarelada, existe

uma linha escura mais larga e, inferiormente a esta, uma listra amarela

irregular marcada com vermelho. Findo o período larval, as lagartas penetram

no solo, onde se transformam em pupas de coloração avermelhada, medindo

cerca de 15 mm de comprimento. A mariposa mede cerca de 35 mm de

envergadura, sendo as asas anteriores pardo escuras e as posteriores branco-

acinzentadas (GALLO et al., 2002; PINTO; PARRA; OLIVEIRA, 2004).

Segundo Gallo et al. (2002), essa lagarta ataca o cartucho do milho

chegando a destruí-lo completamente e, nesse caso, chama a atenção a

quantidade de excreções existentes na planta. Essa praga pode reduzir,

através da destruição das folhas, a produção do milho em até 20%, sendo o

período crítico de seu ataque na época próxima do florescimento.

Portillo et al. (1991) verificaram em milho e sorgo no sul de Honduras

que dentre várias espécies de lepidópteros que ocorreram nas culturas em

1988/89, S. frugiperda era a espécie predominante e suas populações foram

maiores em parcelas livres de plantas daninhas.

Um levantamento realizado na cultura do milho em Minas Gerais, em

1993/94, por Matrangolo, Cruz e Della Lucia (1997), mostrou predominância

alternada de S. frugiperda e H. zea em estilos-estigmas da planta.

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Rizzo e La Rossa (1992) estudaram alguns aspectos da biologia de S.

frugiperda em laboratório (27-30ºC, 65-70% de UR e fotoperíodo de 13L:11E).

A duração das fases de desenvolvimento foi de 2-3, 18-24, 11-12 e 31-39 dias,

respectivamente para ovo, seis ínstares larvais, pupa e ciclo total, com

longevidade de 9-12 dias.

Sabe-se que os fatores climáticos interferem nas diferentes fases de

desenvolvimento da S. frugiperda, por isso, Ramirez Garcia, Bravo Mojica e

Llanderal Cazares (1987) determinaram que a temperatura ideal para o

desenvolvimento dos ovos desta praga é de 28ºC. Neste mesmo trabalho os

autores verificaram que as fêmeas mostraram uma maior fecundidade à 25ºC,

e que machos criados à 30ºC apresentavam deformação em suas asas.

A partir de infestações artificiais de plantas de milho, no México, com

lagartas de S. frugiperda, Vázquez et al. (1975) observaram que o nível de 12

lagartas por planta foi o que mais prejudicou a cultura.

Em Ontário, no Canadá, Foott e Timmins (1982) comentaram que as

infestações de S. frugiperda (que migra dos EUA) em milho causaram uma

redução na produção de mais de 200 kg/ha, em 1977, e que em 1978-1980 as

perdas foram menores e em 1981, não ocorreram.

Durante 1978/1979, Cruz e Turpin (1983) infestaram diferentes

quantidades de plantas de milho no estágio de cartucho, em Indiana, EUA,

para posterior avaliação dos danos causados, que foi realizada pela avaliação

visual de danos nas folhas e avaliação da produção. Observaram perdas de

17% quando 20 ou 100% das plantas das parcelas foram infestadas com

massas de ovos, existindo uma relação inversamente proporcional e linear

entre os danos nas folhas e a produção, a qual foi prejudicada pela redução no

número de grãos na espiga de plantas infestadas.

Na Geórgia, EUA, durante 1979-1981, Wiseman e Widstrom (1984)

observaram que a infestação artificial com larvas de S. frugiperda em milho

doce e para grão, no estágio de seis folhas e nas razões de 10, 20 ou 40

lagartas/planta, causou um dano significativamente maior que as infestações

realizadas no estágio de 12 folhas. Também verificaram que duas infestações

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com lagartas causaram maior dano que apenas uma e a avaliação de 10

plantas por parcela foi mais preciso que a avaliação visual de danos.

Harrison (1986) estudou o efeito imediato da oviposição de S.

frugiperda em plantas de milho em Maryland, EUA, e determinou que logo após

a eclosão as lagartas se alimentaram das folhas do cartucho e os danos

tornaram-se visíveis logo que as folhas cresceram, saindo do cartucho, cerca

de 13 dias após a oviposição. O número de plantas infestadas pelas lagartas

de cada massa de ovos dependeu parcialmente da densidade de ovos, sendo

que de 5 a 20 massas de ovos por 100 plantas causou um dano de 5,16 a 3,06

plantas, respectivamente para cada densidade.

O milho colhido em campos comerciais do oeste do Estado de Nova

Iorque, EUA, foi classificado quanto aos danos causados e presença de

lagartas de S. frugiperda, por Shelton (1986), durante 1982/1983. Nos dois

anos, os danos causados pelo noctuídeo em folhas novas foram grandes e

progressivos, ficando ao redor de 6,43 e 6,94%, respectivamente para os anos

de 1982 e 1983.

Ainda em Maryland, Harrison e Harrison (1987) correlacionaram as

perdas na produção de milho com os danos causados pelas lagartas de S.

frugiperda e observaram que em 1983 e 1985 mais de 31% das perdas foram

correlacionadas com o ataque desta praga no estágio de cartucho.

Na Nicarágua, Hruska e Gladstone (1988) estudaram o efeito do

período e do nível de infestação pelo noctuídeo na produção de milho irrigado,

em 1987, determinando que infestações de 100% causaram 45% de redução

na produção e chegando ao cálculo do nível de dano econômico de 2%, valor

este baixo devido aos subsídios oferecidos aos agrotóxicos naquele país.

Hruska (1989) estudou, durante 1987 na Nicarágua, os períodos

críticos de infestação de S. frugiperda em milho irrigado e verificou que não

existiram diferenças significativas entre os mesmos na produção, necessitando

de mais estudos para uma conclusão definitiva. Com uma infestação artificial

das plantas de 10%, aos 25 dias da germinação, obteve-se uma redução na

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produção de 4,5%, e quando 100% das plantas foram infestadas, aos 23 dias

após a germinação, 45% de redução na produção foi obtida.

Em Nova Jersey, EUA, Ghidiu e Drake (1989) estudaram os danos do

noctuídeo em cinco estágios de desenvolvimento de milho doce e em cinco

níveis de infestação larval. As lagartas se alimentaram de folhas e tecidos e se

desenvolveram dentro dos cartuchos da fase inicial até o meio deste estágio. O

dano no cabelo do milho ocorreu principalmente durante o meio até o início do

estágio de cartucho e cessou após o embonecamento iniciar e tornar-se

exposto. Logo que iniciou o embonecamento, as lagartas atacaram as espigas

em desenvolvimento, perfurando as mais novas, causando perda de qualidade

para o consumo do produto fresco. As plantas infestadas durante o início do

estágio de embonecamento tiveram menos espigas comercializáveis que

aquelas que foram infestadas em estágios inferiores. Os danos nas folhas, a

porcentagem de estilos-estigmas danificada e a porcentagem de espigas

perfuradas aumentaram com o aumento no número de lagartas por planta.

Os níveis de danos econômicos para infestações de S. frugiperda

foram determinados por Evans e Stansly (1990), em milho, durante 1986, no

Equador. A metodologia adotada foi o controle de lagartas a partir de

pulverizações semanais com inseticida, para determinar o efeito dos danos da

praga, em cada estágio de desenvolvimento, na perda de produção. Os autores

observaram que as maiores perdas na produção foram obtidas quando o

ataque ocorreu na segunda semana após a germinação do milho, ocorrendo

queda nestas perdas após o embonecamento do milho. Os níveis de danos

econômicos obtidos a partir de análise de regressão dos dados aumentaram de

11 a 42% de infestação durante as primeiras seis semanas após a emergência

das plântulas. A utilização de níveis de danos variáveis com o estágio da

cultura pode resultar em menores custos de controle que quando se é utilizado

um nível fixo.

Williams e Davis (1990) estudaram o efeito da infestação artificial de

milho com lagartas de S. frugiperda. Os autores verificaram que 30 lagartas por

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planta resultou em um grande dano foliar, 13% de redução na produção e

nenhum dano no comprimento das espigas.

Na Flórida, EUA, Marenco, Foster e Sanchez (1992) estudaram a

resposta do milho doce ao ataque de S. frugiperda, durante 1988-1989. Os

danos de alimentação da praga durante o início até o meio do estágio de

cartucho (V1-V9) reduziram significativamente a altura da planta, o diâmetro do

caule, a área foliar e o peso seco e fresco da parte aérea das plantas.

Protegendo as plantas durante o final do estágio de cartucho (V9-R1) resultou

em maiores produções e baixas porcentagens de espigas danificadas,

enquanto que a proteção no meio do estágio de cartucho (V6-V9) não foi tão

importante quanto a anterior, mas foi mais importante que durante o início do

estágio (V1-V6). As densidades de pragas tão baixas quanto 0,2-0,8

lagartas/planta durante o final do estágio de cartucho podem ser suficientes

para reduzir a produção em 5-20%.

Em Tucumán, na Argentina, Willink, Osores e Costilla (1994)

constataram que o noctuídeo preferiu os estágios vegetativos mais novos do

milho.

Hruska e Gould (1997) estudaram o efeito de infestações no estágio de

cartucho na produção de grãos de milho, separando e efeito do período de

infestação do nível de infestação. Os resultados mostraram que o milho é mais

tolerante às infestações do noctuídeo durante os primeiros estágios de

crescimento. As infestações que ocorreram durante a segunda metade do

estágio de cartucho causaram perdas na produção de 15-73% quando 55-

100% das plantas foram infestadas com o noctuídeo. O nível de dano

econômico variou de 23 a 63% das plantas infestadas.

Algumas pesquisas foram realizadas no Brasil. Carvalho (1970)

estudou os danos causados por lagartas de S. frugiperda em milho, utilizando-

se de um escala visual de notas, em diferentes estágios de desenvolvimento.

Pode-se observar que no híbrido simples macho estéril da Agroceres a redução

na produtividade chegou a 34%. Além disso, pode-se determinar que plantas

com cartuchos bastante danificados sofreram perdas na produção de 15 a

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35%, para plantas com 35 dias, 29 a 60%, para plantas com 49 dias, e, 34,1%,

para plantas com 60 dias após a semeadura.

Sales e Montenegro (1981) estudaram a interferência de S. frugiperda

na produção de milho em Fortaleza, CE, e observaram que as plantas são

atacadas desde plântulas até a colheita.

Cruz e Turpin (1982) avaliaram o efeito de S. frugiperda em diferentes

estágios de crescimento da cultura de milho. Cerca de 50 ovos foram

confinados em cada planta. O estágio mais suscetível a lagarta-do-cartucho foi

o de 8-10 folhas, ou seja, aproximadamente 40 dias após o plantio. A redução

da produtividade, para infestações neste estágio, foi de 18,7%. Quando a

infestação ocorreu nos estágios de 4-6 folhas, pendoamento e 12-14 folhas, a

redução foi de 6,6; 7,6 e 8,6%, respectivamente. Nenhuma redução foi

observada no estágio de embonecamento.

Uma análise dos danos produzidos por S. frugiperda na cultura do

milho foi realizada por Boiça Jr. et al. (1992), utilizando-se, para as avaliações

a escala de notas proposta por Cruz e Turpin (1982). O trabalho mostrou que a

proteção da cultura quando esta atingiu a nota 3 (plantas com folhas furadas) e

nos períodos de proteção aos 35 e 45 dias da emergência, proporcionou maior

peso de grãos e maior peso de espigas de milho.

Grützmacher, Martins e Cunha (2000) determinaram que para plantas

de milho, 30 dias após a semeadura, o nível de controle é de 20% das plantas

atacadas pela lagarta.

Cardoso (2010), estudando os danos causados por S. frugiperda em

diferentes genótipos de milho, determinou que o nível de controle da lagarta-

do-cartucho é de 20% das plantas com folhas com pontuações e de uma a três

lesões circulares pequenas (até 1,5 cm).

Uma avaliação dos danos causados por S. frugiperda, em milho, foi

realizada por Silva (1995). Os resultados mostraram que as lagartas reduzem

maior área foliar nas infestações ocorridas nos estágios de 4 e 8 folhas,

enquanto que no estágio de 12 folhas, as lagartas atacam os pendões e

migram para outras plantas ou para o solo. As infestações que ocorreram no

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estágio de 4 folhas promoveram os menores rendimentos de grãos, entretanto,

a época de infestação não afetou a produção das plantas não adubadas, que

por si só produziram mais que as não adubadas. Foram obtidas as seguintes

equações de regressão entre época de infestação (x) e produção (y), sendo y =

743,70 + 31,75x, para infestações nos estágios de 4, 8 e 12 folhas em plantas

adubadas e y = 506,02 + 21,86x, para plantas não adubadas.

Os danos causados por S. frugiperda foram estudados por Cruz et al.

(1996) em solos com diferentes níveis de saturação de alumínio, em Sete

Lagoas, MG, que não afetaram o ataque do noctuídeo. Entretanto, a perda

média causada na produção foi de 848 kg/ha em todos os tratamentos e a

maior produção foi obtida na parcela sem infestação, que foi de 4.792kg/ha.

Em Sete Lagoas, MG, Matrangolo, Cruz e Della Lucia (1997)

determinaram os danos causados por insetos presentes em estilos-estigmas e

espiga de milho. Lagartas de S. frugiperda e de H. zea alternaram-se na

predominância nos estilos-estigma. Os autores observaram que cerca de 80%

da espigas com grãos na fase leitosa se apresentaram infestadas por lagartas,

especialmente por S. frugiperda.

2.2 Danos das pragas de solo Agrotis ipsilon e Elasmopalpus

lignosellus em milho

Para a lagarta-rosca, poucos estudos foram conduzidos no mundo e no

Brasil os ensaios avaliando os danos da praga no milho são escassos.

Showers, von Kaster e Mulder (1983) avaliaram que A. ipsilon é mais

prejudicial à cultura do milho quando o ataque ocorre da fase de emissão do

coleóptilo pela semente até o estádio de uma folha, podendo causar diminuição

no stand de 27% e perdas na produção de 2,9 t ha-1 se apenas uma lagarta de

4º ínstar ou mais por metro linear estiver presente. Os autores verificaram que

a diminuição do stand de plantas e da produção é diretamente proporcional ao

Page 19: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

11

aumento na densidade de lagartas, mas as perdas causadas por uma ou duas

lagartas por metro são similares, devido a compensação na produção que as

plantas sobreviventes fazem. A infestação da lagarta-rosca ocorrendo no

estádio de 2 a 3 folhas não afeta a produção até que seja atingida a densidade

de 3 lagartas por metro. As infestações após o estádio de 4 folhas geralmente

não causam prejuízos.

Mais tarde, Whitford, Showers e von Kaster (1989) verificaram que

parte das plantas danificadas pela lagarta-rosca conseguem se recuperar, valor

esse entre 34 e 54%, mas a perda na produção ocorre na maioria das plantas,

especialmente se a infestação ocorreu antes do estádio de 4 folhas (84% das

plantas sobreviventes diminuem a produção). A recuperação das plantas cai

sensivelmente quando os danos causados pela lagarta ocorrem abaixo da

superfície do solo.

Santos e Shields (1998) simularam danos da lagarta-rosca em dois

híbridos de milho, em dois anos de cultivo diferentes e em dois estádios

fenológicos da cultura. Os autores verificaram que as perdas na produção

variaram de 0 a 24% e 0 a 81%, quando os danos foram simulados nos estádio

de 3 ou 5 folhas, respectivamente. Não ocorreram perdas em matéria seca

para ensilagem.

No Brasil, Bento, Magro e Parra (2004) avaliaram os danos de A.

ipsilon em plântulas de couve. Constatou-se que no 3º ínstar, os danos

incidiram sobre as folhas e pecíolos, e no 4º, 5º e 6º ínstares, verificou-se corte

do caule, sendo que durante o período quarto-sexto ínstares as lagartas

cortaram e consumiram oito plântulas de couve. Foi verificado que, em média,

as lagartas de 4º, 5º e 6º ínstares cortaram, respectivamente, 1,5 plântulas

(18,75% do total de plantas cortadas por lagarta), 1,6 plântulas (20,0% do total

de plântulas cortadas por lagarta) e 4,9 plântulas (61,25% de plântulas

cortadas por lagarta).

Para milho, Gallo et al. (2002) e Pinto, Parra e Oliveira (2004)

comentam que uma lagarta consegue destruir de quatro a oito plantas.

Page 20: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

12

Silva, Lovato e Lúcio (2002), que testaram a redução do estande de

três variedades de milho, verificaram boa capacidade de compensação de

componentes de produtividade das plantas de milho que sobreviveram em até

45% na redução do estande, valor esse superior aos 30% de compensação

observado anteriormente por Zuber (1942). Vencovsky e Cruz (1991) criticaram

o valor obtido por Zuber (1942) com metodologia que os autores consideraram

não ser a mais adequada para esse tipo de estudo, pois Moraes et al. (1986) já

haviam registrado capacidade compensatória de plantas vizinhas àquelas

eliminadas variando entre 24,5 e 32,2%, para diferentes variedades, e entre

15,6 e 35,8% para a mesma variedade plantada em anos agrícolas diferentes.

Dessa forma, considerando que a capacidade compensatória de

produtividade do milho à redução no estande está, em geral, ao redor de 30%,

Gomes (2013) concluiu que o nível de dano de lagartas de 2º ínstar de A.

ipsilon está entre 1,5 a duas lagartas por metro linear e, dessa forma, o nível de

controle deve ser de uma lagarta por metro linear. O nível de dano de lagartas

de 3º ínstar é de 0,5 lagartas por metro linear, devendo o nível de controle ser

ao redor de 0,7 lagartas m-2.

Existem outras pragas que atacam as plântulas de milho,

especialmente na segunda safra (“safrinha”), sendo uma das mais importantes

a lagarta-elasmo ou elasmo, E. lignosellus. Essa lagarta ataca plantas com até

30 cm de altura, causando a morte da gema apical, sintoma conhecido como

“coração morto”. Ocorre com maior frequência em solos arenosos e em

períodos secos, logo após as primeiras chuvas (GALLO et al., 2002; PINTO et

al., 2004).

A lagarta-elasmo ocorre nas regiões temperadas e tropicais do

continente americano. É uma praga polífaga que ataca mais de 60 espécies de

plantas, causando sérios danos a várias culturas de importância econômica,

como milho, cana-de-açúcar, trigo, soja, arroz, feijão, sorgo, amendoim e

algodão. Perdas atribuídas ao ataque de elasmo no milho variam de 20% até a

destruição total da lavoura em condição de alta infestação (VIANA, 2004).

Page 21: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

13

A lavoura somente é atacada pela lagarta até atingir uma altura média

de 35 cm, causando inúmeras falhas na lavoura. O dano é causado pela

lagarta na região do colo, penetrando em seguida no colmo e fazendo galerias

no seu interior, provocando o perfilhamento e/ou a morte da planta. O ataque

pode ser visualizado pelo murchamento e pela seca das folhas centrais, que se

destacam com facilidade ao serem puxadas. As perdas ocasionadas estão

relacionadas com a redução no estande, resultando no baixo rendimento da

cultura. O ataque da lagarta causa a destruição da região de crescimento,

quando este se encontra abaixo do nível do solo ou destrói total ou

parcialmente os tecidos meristemáticos responsáveis pela condução de água e

nutrientes (VIANA et al., 2000; VIANA, 2004; VIANA, 2009).

2.3 Danos das pragas da parte aérea Spodoptera cosmioides e S.

eridania em milho

As outras espécies de Spodoptera, que ocorrem também em milho, são

polífagas, atacando diversas culturas e plantas daninhas. Apesar do grande

número de hospedeiros, Spodoptera cosmioides e S. eridania geralmente estão

associadas à desequilíbrios provocados pelo uso excessivo de inseticidas

(ARAÚJO, 2009). Habib, Paleari e Amaral (1983) relataram que S. cosmioides

causou danos severos às culturas do algodão e soja em alguns estados

brasileiros.

Das lagartas que atacam soja, S. cosmioides tem distribuição restrita a

América do Sul. Trata-se de uma espécie polífaga que se alimenta de um

grande número de plantas cultivadas e espontâneas. No Brasil, seus

hospedeiros são as culturas do amendoim, alfafa, algodão, arroz, aveia, batata-

inglesa, berinjela, ervilha, feijão, girassol, fumo, milho, soja, sorgo, tomate e

trigo (BAVARESCO et al., 2004).

Page 22: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

14

S. cosmioides era até pouco tempo considerada sinonímia de

Spodoptera latifascia (Walker). Entretanto, diferenças moleculares,

morfológicas, fisiológicas e comportamentais fazem com que devam ser

consideradas espécies distintas (SILVAIN; LALANNE-CASSOU, 1997;

LALANNE-CASSOU et al., 1999). Ambas são membros de um complexo de

espécies neotropicais, sendo que S. latifascia encontra-se estabelecida na

América Central, Antilhas e Sul do Estados Unidos, enquanto S. cosmioides é

encontrada na América do Sul.

De acordo com Bavaresco et al. (2004), as fêmeas de S. cosmioides

podem ovipositar mais de 1000 ovos. Habib, Paleari e Amaral (1983)

observaram diferenças no período de oviposição e na fecundidade de S.

cosmioides quando alimentada com soja e algodão na fase larval, sendo o

algodão mais adequado para desenvolvimento do inseto, com 5 e 6 ínstares

quando alimentada com folhas de algodoeiro e soja, respectivamente.

Bavaresco et al. (2004), em laboratório verificaram que S. cosmioides

apresentara duração da fase larval de ≈ 19 dias e do período lagarta-adulto de

≈ 36 dias.

A fase pupal de S. cosmioides é significativamente maior para os

machos do que para as fêmeas (BAVARESCO et al., 2004). Esse fenômeno é

denominado de protoginia, que é um mecanismo que reduz a probabilidade de

acasalamento entre indivíduos descendentes da mesma postura, permitindo

que as fêmeas ao emergir antes dos machos voem para outros locais ou, se

permanecerem na área, acasale com machos provenientes de outras posturas

(CROCOMO; PARRA, 1985).

Bavaresco et al. (2003) estudaram, em laboratório, o desenvolvimento

de S. cosmioides em diferentes hospedeiros e verificaram que a fecundidade

foi maior em cebola e mamona, quando comparados com soja, sendo bem

prejudicado em feijão, por causa da pilosidade das folhas.

S. eridania é uma espécie polífaga, a qual se alimenta de um grande

número de plantas cultivadas e de hospedeiros alternativos. No Brasil, S.

eridania é citada atacando algodão, soja, amendoim, alface, tomate, couve,

Page 23: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

15

mamona, pimentão e aboboreira (SILVA et al., 1968). É uma praga em

expansão pela frequência crescente e intensidade de danos em diversas

regiões produtoras de algodão e soja no Cerrado, onde tradicionalmente não

era considerada importante para essas culturas (SANTOS; MENEGUIM;

NEVES, 2005).

S. eridania possui alto potencial reprodutivo com capacidade de

ovipositar de 600 a 900 ovos. Em laboratório, S. eridania apresenta de 6 a 7

ínstares larvais quando alimentadas com folhas de soja e algodão,

respectivamente (SANTOS; MENEGUIM; NEVES, 2005). A duração da fase

larval varia de 12 a 18 dias, sendo que, as lagartas criadas em folhas de

algodoeiro apresentam desenvolvimento mais rápido e maior peso de pupas,

comparativamente àquelas criadas em folhas de soja. Desse modo, a redução

no peso das pupas de lagartas alimentadas com folhas de soja pode afetar a

oviposição, diminuindo a quantidade de ovos (LYNCH; PAIR; JOHNSON,

1983).

No Cerrado brasileiro, S. eridania demonstra comportamento migratório

ao passarem das plantas de soja em final de ciclo para plantas invasoras como

a corda-de-viola, onde causam desfolhamento e completam seu

desenvolvimento. Nessa região, a planta invasora corda-de-viola ocorre na

maioria das áreas cultivadas com algodoeiro, soja e adjacências e permanece

vegetando por um período maior que as plantas cultivadas. Por essa razão,

acredita-se que a disponibilidade sequencial de hospedeiros alternativos possa

viabilizar o desenvolvimento e a permanência de S. eridania em áreas de

cultivo de algodão e soja. A diminuição ou se possível a eliminação de plantas

de corda-de-viola e o distanciamento espacial entre talhões cultivados com soja

e algodão podem ser, entre outras, estratégias para o MIP da praga (SANTOS;

MENEGUIM; NEVES, 2005).

Vinha (2013) verificaram que as lagartas de 2º ínstar de S. cosmioides

causam prejuízos à cultura milho, sendo que o nível de dano é superior a uma

lagarta por planta ou 5 lagartas por metro linear, sendo esse o nível de controle

determinado. S. eridania de 3º ínstar não é prejudicial à cultura do milho,

Page 24: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

16

quando infesta plântulas, mas a densidade que causa a maior desfolha é de

0,5 lagarta por planta ou 2,5 lagartas por metro linear.

2.4 Uso de milho transgênico no controle de lagartas

São escassos os trabalhos que avaliam a eficiência de milho

transgênico em laboratório ou campo.

Como bioinseticida, a bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), estirpe HD1,

vem sendo usada há décadas (FEITELSON; PAYNE; KIM, 1992) e está

registrado sem limitação de uso, para o controle de várias espécies-praga de

Lepidoptera. Uma das frações ativas produzidas pelo Bt são proteínas

acumuladas em forma de cristal no interior das células, denominadas “Cry”,

que podem constituir mais de 30% do total de proteínas da célula

(HERMSTADT et al., 1986).

Waquil et al. (2004) comentam que até 2004 haviam duas diferentes

toxinas do B. thuringiensis disponíveis em milho transgênico para a lagarta-do-

cartucho do milho: Cry 1A(b) e Cry 1F. Os bioensaios foram conduzidos

usando larvas recém-eclodidas por 10 dias se alimentando das proteínas. As

CL50 estimadas para Cry1A(b) e Cry1F foram, respectivamente, 689,81 ng/cm2

e 36,46 ng/cm2. A CL50 foi suficiente para inibir o acúmulo de biomassa das

larvas em 91,61% e 89,81% para Cry1Ab e Cry1F, respectivamente. As larvas

que sobreviveram por dez dias nas dietas tratadas com o Cry 1A(b) foram

transferidas para dieta não tratada e observadas até a emergência dos adultos.

Das larvas sobreviventes, 62,8% recuperaram seu desenvolvimento,

acumulando a biomassa de uma pupa normal. Portanto, a atividade biológica

da toxina do Bt vai além da simples toxicidade, incluindo uma significativa

inibição de alimentação.

Nos EUA, Waquil, Vilella e Foster (2002) estudaram a eficiência de

nove híbridos de milho geneticamente modificado com expressão das toxinas

Page 25: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

17

Cry 1A(b), Cry 1A(c), Cry 9C, Cry 1F. Os autores observaram diferentes níveis

de resistência dos híbridos a S. frugiperda e os que expressavam as toxinas

Cry 1F, Cry 1A(b), Cry 1A(c) e Cry 9C foram considerados altamente

resistente, resistente, moderadamente resistente e suscetível, respectivamente.

Buntin (2008) avaliou a eficiência de dois híbridos transgênicos de

milho expressando as endotoxinas inseticidas Cry1Ab (evento MON810) ou Cry

1F (evento TC1507) de B. thuringiensis e verificaram que ambas foram

eficientes no controle de S. frugiperda, mas MON810 não apresentou a mesma

performance em altas infestações do inseto. Além disso, o evento TC1507 não

diminuiu a infestação de lagartas na espiga e nenhum deles diminuiu os danos.

O milho transgênico, expressando a toxina Cry 1A(b), tem apresentado

níveis razoáveis de resistência (WILLIAMS et al., 1998a). Adicionando-se palha

de milho transgênico, liofilizada, em dieta artificial, notou-se redução de 40% na

sobrevivência e de 94% na biomassa das larvas S. frugiperda (WILLIAMS et

al., 1998a). Nas dietas contendo apenas estilo-estigma não se observou

mortalidade, mas notou-se redução significativa no desenvolvimento dos

insetos (WILLIAMS et al., 1998b).

Avaliando o milho Bt, expressando a toxina Cry 1A(b) em condições de

campo durante dois anos e em diferentes locais, foi observado um controle

eficiente da lagarta-do-cartucho (FERNANDES et al., 2003). Siebert et al.

(2008) constataram grande eficiência no controle de lagartas de S. frugiperda

em milho transgênico contendo a proteína inseticida Cry1F.

Mendes et al. (2011) estudaram parâmetros biológicos da lagarta-do-

cartucho do milho alimentada com híbridos de milho Bt, que expressam a

toxina Cry 1A(b), e com seus respectivos isogênicos não Bt. Os autores

verificaram que larvas de S. frugiperda apresentam menor sobrevivência nas

primeiras 48 horas de alimentação e durante toda a fase larval, na maioria dos

híbridos de milho Bt, em comparação ao milho não Bt. A biomassa de larvas e

pupas foi sempre menor no milho Bt, e o período larval e o pré-imaginal, maior.

Larvas recém-eclodidas de S. frugiperda apresentam preferência pela

alimentação em milho não Bt.

Page 26: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

18

Blundi (2011), estudando o efeito de milho Bt expressando a proteína

Cry1F sobre S. frugiperda verificou, em laboratório, que as lagartas mais novas

que se alimentaram sobre folhas de milho Bt morreram em poucos dias e não

trocaram de ínstar ou tiveram seu desenvolvimento bastante prejudicado. No

campo, o milho Bt apresentou os menores valores de nota média de danos.

Vilella et al. (2002) verificaram resistência de milhos transgênicos Bt

que expressam as toxinas Cry1Ab, Cry1Ac, Cry1F e Cry9C à lagarta-elasmo,

em laboratório.

Em campo, Ivan et al. (2012) compararam milhos transgênicos (que

expressavam os genes Cry1F + pat + Cry1A105 + Cry2Ab2 + cp4 + EPSPS,

Cry1Ab, Cry1F + pat e Cry1A105 + Cry2Ab2) e convencional quanto à

ocorrência do sintoma “coração morto” causado pela elasmo (infestação

artificial de plântulas) e verificaram que apenas o milho convencional, com ou

sem aplicações de inseticidas, foram danificados pela praga.

Santos et al. (2009) avaliaram, em laboratório, a toxicidade de várias

linhagens de B. thuringiensis ao complexo Spodoptera, determinando que

Cry1Aa e Cry1Ab foram os mais tóxicos para S. cosmioides, Cry2Aa para S.

eridania e Cry1Aa, Cry1Ab e Cry2Aa para S. frugiperda.

Bergamasco et al. (2013) verificaram efeito letal de Vip3Aa e Cry1Ia10

para S. cosmioides, S. frugiperda e S. albula, especialmente para o primeiro e

a combinação dos dois genes. Entretanto, para S. eridania, os autores

verificaram um efeito antagônico quando os dois genes são combinados em

uma mesma planta, sendo que Cry1Ia10 foi mais letal para essa espécie.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

Os trabalhos foram realizados no Campus do Centro Universitário

Moura Lacerda, localizado na cidade de Ribeirão Preto, SP, situado a 620

metros de altitude, e localizado a 21º12’43” de latitude sul e 47º46’23’’ de

longitude oeste.

As lagartas de Elasmopalpus lignosellus, Agrotis ipsilon e Spodoptera

cosmioides utilizadas no ensaio para infestações artificiais foram fornecidas

pela Bug agentes biológicos S/A, de Piracicaba, SP. As lagartas foram criadas

em dietas artificiais adequadas à espécie. Para E.lignosellus a dieta fornecida

é a formulada por Chalfant, 1975, para A. ipsilon, Bento et al., 2007 e para

S.cosmioides e S.frugiperda a dieta fornecida foi a formulação de Kasten et

al.,1978.

O experimento de campo teve as semeaduras realizadas nos dias

23/11/2012 e 06/02/2013, com espaçamento de 0,7 m entre linhas e mantendo

cinco plantas por metro, após desbaste realizado em 02/12/2012 e 16/02/2013,

respectivamente. O delineamento do experimento foi em blocos casualizados,

onde sete tratamentos foram repetidos quatro vezes, em parcelas

experimentais de 4,2 (6 linhas) x 6,0 m (25,2 m2), sendo mantidas bordaduras

de 0,70 m mantidas no limpo (Figura 1). Foi realizada uma adubação de

cobertura com sulfato de amônio do equivalente a 500 Kg ha-1 (06/01/2013) na

primeira data de plantio e as plantas daninhas foram controladas com o

herbicida 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D) em ambas as datas de plantio.

Os genótipos utilizados foram: (1) milho convencional 2B587

(testemunha, sem controle); (2) milho transgênico expressando os genes Cry1F

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20

+ pat + Cry1A105 + Cry2Ab2 + EPSPS (2B587, PowerCore®); (3) Cry1A105 +

Cry2Ab2 (DKB 390, YieldGard VT PRO®); (4) Vip3A + pmi (Status, Agrisure

Viptera®); (5) Vip3A + Cry1Ab + EPSPS + pmi (Maximus, Agrisure Viptera 3®);

(6) Cry1F + pat (2B587, Herculex®); (7) Cry1Ab + Cry1F + EPSPS + pat

(30F53, Optimum Intrasect®).

Figura 1. Visão geral do ensaio, após a instalação das barreiras de contenção

das lagartas infestadas artificialmente nas plantas individuais ou em

grupos. Ribeirão Preto, SP, 2013.

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21

3.1 Avaliações da lagarta-elasmo, E. lignosellus, em plântulas de

milho no solo

O ensaio foi conduzido no experimento com semeadura em

23/11/2012. Após a germinação, 10 plântulas consecutivas de cada parcela

foram envolvidas individualmente por um tubo de PVC de 9 cm de diâmetro e

20 cm de altura (Figura 2). O tubo foi pressionado levemente para que fosse

enterrado 2 cm no solo, formando assim uma barreira ao redor de cada

plântula.

Figura 2. Barreira ao redor da plântula de milho para a contenção das lagartas

de Elasmopalpus lignosellus junto à planta após a infestação

artificial, com detalhe da fina camada de areia sobre o solo. Ribeirão

Preto, SP, 2013.

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22

O solo ao redor da plântula foi coberto com uma fina camada de areia

(menos de 1 cm) (Figura 2) e aos 10 dias após a semeadura foi realizada uma

infestação artificial com duas lagartas de E. lignosellus de 3º ínstar por plântula.

As infestações foram realizadas no período da manhã, colocando-se as

lagartas na base das plântulas.

Foram realizadas avaliações aos 7 (09/12), 10, 15, 20 e 28 dias após a

infestação artificial. Nas cinco avaliações, observaram-se as plantas anotando

se apresentavam os sintomas de “coração morto”, emissão de perfilho sem

afetar o desenvolvimento da planta e emissão de perfilho afetando o

crescimento da planta.

3.2 Avaliações da lagarta-rosca, A. ipsilon, em plântulas de milho

no solo

O ensaio foi conduzido no experimento com semeadura em

06/02/2013. Após a germinação, 10 plântulas consecutivas de cada parcela

foram envolvidas conjuntamente com placas de PVC de 0,2 m de altura, 0,2 m

de largura e 2,1 m de comprimento (Figura 3). As placas foram pressionadas

levemente para que fosse enterrado 2 cm no solo, formando assim uma

barreira ao redor das plântulas seguindo a metodologia de Masson (2012).

O solo ao redor das plântulas foi coberto com uma fina camada de

vermiculita (menos de 1 cm) (Figura 3) e aos 11 dias após a semeadura foi

realizada uma infestação artificial com uma lagarta de A. ipsilon de 4º ínstar por

plântula. As infestações foram realizadas no período da manhã colocando-se

as lagartas no colo das plântulas.

As avaliações foram realizadas ao 1 (18/02), 3, 7, 10 e 14 dias após

infestação, quantificando o número de plantas cortadas.

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23

3.3 Avaliações de S. cosmioides em plântulas de milho no solo

O ensaio foi conduzido no experimento com semeadura em

06/02/2013. Após a germinação, 10 plântulas consecutivas de cada parcela

foram envolvidas individualmente por um tubo de PVC de 15 cm de diâmetro e

20 cm de altura. O tubo foi pressionado levemente para que fosse enterrado 2

cm no solo, formando assim uma barreira ao redor de cada plântula seguindo a

metodologia de Masson (2012).

O solo ao redor da plântula foi coberto com uma fina camada de

vermiculita (menos de 1 cm) e aos 11 dias após a semeadura foi realizada uma

infestação artificial com duas lagartas de S. cosmioides de 3º ínstar por

plântula e outras 10 plantas de linha diferente com duas lagartas de S.

cosmioides de 4º ínstar por plântula. As infestações foram realizadas no

período da manhã, colocando-se as lagartas na base das plântulas.

Aos 1 (18/02), 3, 5, 7 e 14 dias após a infestação, as plantas foram

avaliadas quanto à porcentagem de danos nas folhas.

Figura 3. Barreira de contenção das lagartas de Agrotis ipsilon junto às

plantas após a infestação artificial, com detalhe da fina camada de

vermiculita sobre o solo. Ribeirão Preto, SP, 2013.

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24

3.4 Avaliações de S. cosmioides em plantas de milho, na parte

aérea

O ensaio foi conduzido no experimento com semeadura em

06/02/2013. Após 31 dias de semeadura (estádio V4-5), 10 plantas

consecutivas de cada parcela foram envolvidas individualmente por um saco de

tecido de “voil” de 50 cm de comprimento e 35 cm de diâmetro, sendo esses

amarrados na base da planta, formando assim uma barreira ao redor de cada

uma (Figura 4).

Figura 4. Gaiolas de “voil” de contenção das lagartas de Spodoptera

cosmioides junto à planta, após a infestação artificial da parte aérea.

Ribeirão Preto, SP, 2013.

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25

Foi realizada uma infestação artificial com duas lagartas de S.

cosmioides de 3º ínstar por planta e outras 10 plantas de linha diferente com

duas lagartas de S. cosmioides de 4° instar por planta. As infestações foram

realizadas no período da manhã, colocando-se as lagartas na superfície foliar

das plantas.

Ao 1 (10/03), 4, 7 e 9 dias após a infestação, as plantas foram

avaliadas quanto à porcentagem de danos nas folhas.

3.5 Avaliações da lagarta-do-cartucho na parte aérea

Os dois ensaios foram conduzidos nos experimentos com semeaduras

em 23/11/2012 e 06/02/2013. Após 28 dias da semeadura foram iniciadas as

avaliações dos danos causados por lagartas de S. frugiperda, de ocorrência

natural, em folhas. Uma linha de plantio foi selecionada para essas avaliações,

onde 25 plantas consecutivas eram vistoriadas para serem atribuídas notas de

danos nas folhas causados pela alimentação de lagartas de S. frugiperda, de

uma escala visual proposta por Davis e Williams (1989), de 0 a 9 (Tabela 1).

Aos 35 dias da semeadura foram coletadas 10 plantas dentre as 25 avaliadas,

realizando a destruição destas e anotando-se a quantidade de lagartas

neonatas, pequenas e grandes presentes no cartucho.

Todos os dados obtidos foram submetidos a análise de variância

(ANOVA). Quando o teste F da ANOVA indicou significância de 5% de

probabilidade de erro, procederam-se as análises complementares por meio do

teste de Tukey a 5% de probabilidade, onde as médias foram comparadas.

Todos os cálculos estatísticos foram realizados pelo programa Statistica for

Windows (STATSOFT, 1996).

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Tabela 1. Escala visual de notas atribuídas aos danos na planta causados pela

alimentação de S. frugiperda em milho (DAVIS; WILLIAMS, 1989).

Nota Descrição

0 Planta sem dano;

1 Planta com pontuações (mais que uma pontuação por planta);

2 Planta com pontuações; 1 a 3 lesões circulares pequenas (até 1,5 cm);

3 Planta com 1 a 5 lesões circulares pequenas (até 1,5 cm); mais 1 a 3 lesões alongadas (até 1,5 cm);

4 Planta com 1 a 5 lesões circulares pequenas (até 1,5 cm); mais 1 a 3 lesões alongadas (maiores que 1,5 cm e menores que 3,0 cm);

5 Planta com 1 a 5 lesões alongadas grandes (maior que 3,0 cm); em 1 a 2 folhas, mais 1 a 5 furos ou lesões alongadas até 1,5 cm;

6 Planta com 1 a 5 lesões alongadas grandes (maior que 3,0 cm); em 2 ou mais folhas, mais 1 a 5 furos grandes (maiores que 1,5 cm);

7 Planta com 3 a 5 lesões alongadas grandes (maiores que 3,5 cm); em 2 ou mais folhas, mais 1 a 3 furos grandes (maiores que 1,5 cm);

8 Planta com muitas lesões alongadas (mais que 5) de todos os tamanhos na maioria das folhas. Muitos furos médios a grandes (mais que 5) maiores que 3,0 cm em muitas folhas;

9 Plantas com muitas folhas, na quase totalidade, destruídas.

Page 35: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Comparação entre milhos transgênicos Bt quanto aos danos

causados pela lagarta-elasmo em plântulas

Após 7 dias da infestação somente os tratamentos convencional e

transgênico Viptera apresentaram sintomas de “coração morto”, diferindo

significativamente dos demais tratamentos (Tabela 2). Nas demais datas de

avaliação os resultados se repetiram, sendo que os tratamentos convencional e

Viptera apresentaram, respectivamente, 40,0 ± 17,3 e 32,5 ± 12,5% de plantas

com sintoma de “coração morto”, aos 28 dias após a infestação (Tabela 2).

Houve perfilhamento prejudicial à planta somente aos 15 dias após a

infestação no tratamento Viptera 3, de 2,5 ± 2,5%, sem ocorrer diferença

significativa entre os tratamentos.

Ivan et al. (2012) também compararam milhos transgênicos [que

expressavam os genes Cry1F + pat + Cry1A105 + Cry2Ab2 + cp4 + EPSPS

(PowerCore®), Cry1Ab (Yieldgard®), Cry1F + pat (Herculex®) e Cry1A105 +

Cry2Ab2 (YieldGard VT PRO®)] e convencional quanto ao ataque de elasmo e

verificaram que apenas o milho convencional, com ou sem aplicações de

inseticidas, foram danificados pela praga.

Page 36: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

28

Tabela 2. Porcentagem média de plantas com sintoma de “coração morto”

devido à alimentação de Elasmopalpus lignosellus em plantas de

milho transgênico Bt ou convencional. Ribeirão Preto, SP, 2013.

Tratamento

Dias após a infestação

7 10 15 21 28

Convencional 32,5±10,3 b1

37,5±14,9 b 40,0±17,3 b 40,0±17,3 b 40,0±17,3 b

Herculex 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a

Optimum 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a

PowerCore 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a

Viptera 30,0±12,9 b 32,5±12,5 b 32,5±12,5 b 32,5±12,5 b 32,5±12,5 b

Viptera 3 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a

VT PRO 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a 0,0± 0,0 a

1 Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey

(P≤0,05).

Vilella et al. (2002) verificaram resistência de milhos transgênicos Bt

que expressam as toxinas Cry1Ab, Cry1Ac, Cry1F e Cry9C à lagarta-elasmo,

em laboratório.

Portanto, quase todos os milhos transgênicos testados não foram

danificados pela lagarta elasmo, exceto Viptera.

4.2 Comparação entre milhos transgênicos Bt quanto aos danos

causados pela lagarta-rosca em plântulas

Todos os milhos, transgênicos ou não, foram danificados pela

alimentação de lagartas de A. ipsilon. Não houve diferenças significativas entre

Page 37: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

29

os tratamentos quanto à porcentagem média de plantas cortadas rente ao solo

pela lagarta (Tabela 3).

Tabela 3. Porcentagem média de plantas cortadas rente ao solo devido à

alimentação de Agrotis ipsilon em plântulas de milho transgênico Bt

ou convencional. Ribeirão Preto, SP, 2013.

Tratamento

Dias após a infestação

1 3 7 10 14

Convencional 45,0± 6,4 a1

60,0±10,8 a 60,0±10,8 a 62,5±12,5 a 62,5±12,5 a

Herculex 25,0±15,0 a 27,5±14,4 a 35,0±15,5 a 35,0±15,5 a 37,5±14,9 a

Optimum 22,5±11,1 a 30,0±12,9 a 35,0± 9,6 a 35,0± 9,6 a 40,0±11,5 a

PowerCore 35,0±10,4 a 40,0±14,7 a 42,5±14,9 a 45,0±14,4 a 45,0±14,4 a

Viptera 42,5± 6,3 a 50,0± 5,8 a 50,0± 5,8 a 52,5± 4,8 a 57,5± 2,5 a

Viptera3 30,0± 9,1 a 30,0±12,2 a 30,0±12,2 a 30,0±12,2 a 30,0±12,2 a

VT Pro 55,0± 6,4 a 60,0± 4,1 a 60,0± 4,1 a 60,0± 4,1 a 60,0± 4,1 a

1 Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey

(P≤0,05).

Acredita-se que a metodologia adotada para esse ensaio, onde cada

planta recebeu uma lagarta, não foi a mais adequada para avaliar a ação de

transgênicos. A lagarta-rosca, para entrar em contato com a(s) proteína(s)

produzida(s) pelos genes expressos em cada transgênico, precisaria cortar

rente ao solo ao menos uma planta, sendo que o efeito do transgênico seria

percebido nas plantas seguintes. Mas se cada planta foi infestada com uma

lagarta, teoricamente todas as plantas seriam cortadas e o efeito do

transgênico não seria percebido.

Lembrando que as plantas do milho podem compensar a diminuição do

estande na produtividade final (ZUBER, 1942; MORAES et al., 1986;

Page 38: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

30

VENCOVSKY; CRUZ, 1991; SILVA; LOVATO; LÚCIO, 2002), se os

transgênicos impedirem que a lagarta-rosca danifique muitas plantas, isso

poderia ser considerada uma vantagem.

Portanto, em futuros ensaios, cada 10 plantas deverão ser infestadas

com uma a duas lagartas de 3º ínstar, pois esse seria o valor determinado por

Gomes (2013) como sendo o nível de dano da praga.

4.3 Comparação entre milhos transgênicos Bt quanto aos danos

causados por Spodoptera cosmioides em plântulas

A porcentagem média de desfolha, causada por lagartas de S.

cosmioides de 3º ínstar, foi alta no milho convencional e VT Pro, não existindo

diferenças significativas entre ambos nas diferentes datas de avaliação. De 1

aos 5 dias após a infestação, o tratamento Herculex também não diferiu do

tratamento convencional, ocorrendo diferenças apenas aos 7 dias após a

infestação, onde o tratamento Viptera apresentou o menor valor, não diferindo

de Viptera 3, PowerCore e Optimum, e os tratamentos convencional e VT Pro

apresentaram oa maiores valores, não diferindo entre si. Até os 5 dias não

houve diferenças significativas entre os demais tratamentos (Figura 5).

Quanto às lagartas de 4º instar, não houve diferenças significativas

entre os tratamentos aos 1 e 5 dias após a infestação, mas a partir dos 7 dias

todos os tratamentos diferiram das testemunha, que apresentou o maior valor

médio de desfolha (Figura 6).

Os resultados concordam com Santos et al. (2009), que verificaram

que os genes Cry1Aa e Cry1Ab foram os mais tóxicos para S. cosmioides,

estando Cry1Ab presente em alguns dos milhos transgênicos Bt testados no

atual ensaio. Também concordam com Bergamasco et al. (2013), que

verificaram efeito letal de Vip3Aa, presente no Viptera e Viptera 3, e Cry1Ia10

Page 39: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

31

para S. cosmioides, especialmente para o primeiro e a combinação dos dois

genes.

0

20

40

60

80

100

18/fev 19/fev 20/fev 21/fev 22/fev 23/fev 24/fev 25/fev 26/fev 27/fev

Desfo

lha

(%

)

Convencional Herculex Optimum PowerCore

Viptera Viptera3 VT Pro

b

ab

a

ab

a

ab

a

b b c

a

ab

b

Figura 5. Porcentagem média de desfolha de plântulas de milhos

transgênicos Bt ou convencional após a infestação artificial com

lagartas de 3º ínstar de S. cosmioides. Ribeirão Preto, SP, 2013.

Pontos seguidos pelas mesmas letras não diferem entre si pelo teste de Tukey

(P≤0,05).

4.4 Comparação entre milhos transgênicos Bt quanto aos danos

causados por S. cosmioides em plantas (V4-5)

As lagartas de 3º ínstar de S. cosmioides causaram desfolha

significativa em milho transgênico Bt e convencional. Quanto à porcentagem

média de desfolha, pôde-se verificar que o tratamento VT Pro apresentou os

maiores valores em todas as datas, não diferindo significativamente da

Page 40: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

32

testemunha convencional e diferindo dos demais tratamentos dos 4 aos 9 dias

após a infestação (Figura 7).

0

20

40

60

80

100

18/fev 19/fev 20/fev 21/fev 22/fev 23/fev 24/fev 25/fev 26/fev 27/fev

Desfo

lha

(%

)

Convencional Herculex Optimum PowerCore

Viptera Viptera3 VT Pro

aa

b b

a

aaa

Figura 6. Porcentagem média de desfolha de plântulas de milhos

transgênicos Bt ou convencional após a infestação artificial com

lagartas de 4º ínstar de S. cosmioides. Ribeirão Preto, SP, 2013.

Pontos seguidos pelas mesmas letras não diferem entre si pelo teste de Tukey

(P≤0,05).

Os transgênicos Viptera e Viptera 3 apresentaram os menores valores

de desfolha em todas as datas (exceto Viptera na 1ª data), mas não diferindo

estatisticamente dos transgênicos Herculex, PowerCore e Optimum (Figura 7).

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33

0

5

10

15

20

25

30

35

40

10/mar 11/mar 12/mar 13/mar 14/mar 15/mar 16/mar 17/mar 18/mar

De

sfo

lha

(%

)

Convencional Herculex Optimum PowerCore

Viptera Viptera3 VT Pro

a

a

bc

c

ab

a

b

a

ab

c

bc

Figura 7. Porcentagem média de desfolha de plantas (V4-5) de milhos

transgênicos Bt ou convencional após a infestação artificial com

lagartas de 3º ínstar de S. cosmioides. Ribeirão Preto, SP, 2013.

Pontos seguidos pelas mesmas letras não diferem entre si pelo teste de Tukey

(P≤0,05).

Por outro lado, a infestação com lagartas de 4º ínstar de S. cosmioides

em plantas V4-5 foram mais danosas para os milhos transgênicos Bt, de uma

forma geral. Até os 3 e aos 9 dias após a infestação, todos os genótipos foram

danificados igualmente. Aos 7 dias após, os tratamentos Viptera, Viptera 3,

PowerCore, Herculex e Optimum diferiram significativamente da testemunha e

não diferiram do transgênico VT Pro (Figura 8).

Page 42: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

34

0

5

10

15

20

25

30

35

40

10/mar 11/mar 12/mar 13/mar 14/mar 15/mar 16/mar 17/mar 18/mar

De

sfo

lha (

%)

Convencional Herculex Optimum PowerCore

Viptera Viptera3 VT Pro

a aa

ab

b

a

Figura 8. Porcentagem média de desfolha de plantas (V4-5) de milhos

transgênicos Bt ou convencional após a infestação artificial com

lagartas de 4º ínstar de S. cosmioides. Ribeirão Preto, SP, 2013.

Pontos seguidos pelas mesmas letras não diferem entre si pelo teste de Tukey

(P≤0,05).

Os milhos transgênicos Bt Herculex, PowerCore, Optimum, Viptera e

Viptera 3, especialmente esses dois últimos, foram menos afetados por

lagartas de 3º ínstar de S. cosmioides, o mesmo não ocorrendo para lagartas

de 4º ínstar, em campo.

Page 43: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

35

4.5 Comparação entre milhos transgênicos Bt quanto aos danos

causados por Spodoptera frugiperda em plantas

No primeiro ensaio, semeado em novembro de 2012, ocorreu uma alta

infestação natural de S. frugiperda no campus do C.U. Moura Lacerda. Na

testemunha (milho convencional), a nota média atribuída aos danos causados

nas folhas, devido à alimentação das lagartas, foi de 6,20 ± 0,15.

O maior valor médio foi observado no tratamento testemunha

(convencional), que diferiu significativamente dos demais tratamentos aos 28

dias após a germinação. Os tratamentos Herculex e Optimum diferiram dos

demais tratamentos e apresentaram valores intermediários (3,06 ± 0,38 e 3,31

± 0,19, respectivamente) e não diferiram entre si. Os demais tratamentos

apresentaram valor abaixo de 2 e não diferiram entre si (Figura 9).

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Convencional Herculex Optimum PowerCore Viptera Viptera3 VT Pro

No

ta d

e d

an

os n

as f

olh

as

a

bb

cc

c c

Figura 9. Nota média atribuída aos danos causados em folhas pela

alimentação de lagartas de Spodoptera frugiperda aos 28 dias após

a emergência das plântulas do primeiro ensaio. Ribeirão Preto, SP,

Page 44: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

36

2013. Colunas seguidas pelas mesmas letras não diferem entre si pelo teste de

Tukey (P≤0,05).

Após 35 dias da germinação, os tratamentos se comportaram como na

avaliação anterior (Figura 10).

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Convencional Herculex Optimum PowerCore Viptera Viptera3 VT Pro

No

ta d

e d

an

os n

as f

olh

as a

b b

cc

c c

Figura 10. Nota média atribuída aos danos causados em folhas pela

alimentação de lagartas de Spodoptera frugiperda aos 35 dias após

a emergência das plântulas do primeiro ensaio. Ribeirão Preto, SP,

2013. Colunas seguidas pelas mesmas letras não diferem entre si pelo teste de

Tukey (P≤0,05).

No segundo ensaio, semeado em fevereiro de 2013, a infestação de S.

frugiperda foi baixa, sendo que na testemunha (convencional) a nota média aos

28 dias após a germinação foi de 2,69 ± 0,19, sendo esse que apresentou o

maior valor na data, diferindo dos demais tratamentos, exceto do tratamento

Herculex, que não diferiu dos demais (Figura 11).

Page 45: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

37

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Convencional Herculex Optimum PowerCore Viptera Viptera3 VT Pro

Nota

de

da

no

s n

as f

olh

as

a

bab

b

b b

b

Figura 11. Nota média atribuída aos danos causados em folhas pela

alimentação de lagartas de Spodoptera frugiperda aos 28 dias após

a emergência das plântulas do segundo ensaio. Ribeirão Preto, SP,

2013. Colunas seguidas pelas mesmas letras não diferem entre si pelo teste de

Tukey (P≤0,05).

Aos 35 dias da germinação, novamente o tratamento convencional

apresentou o maior valor de nota média, diferindo significativamente dos

demais tratamentos. O tratamento Herculex apresentou o segundo maior valor,

diferindo apenas do tratamento Viptera 3, que apresentou o menor valor (0,66 ±

0,12) (Figura 12).

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38

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Convencional Herculex Optimum PowerCore Viptera Viptera3 VT Pro

De

sfo

lha

(%

)

a

b

c

bcbc

bcbc

Figura 12. Nota média atribuída aos danos causados em folhas pela

alimentação de lagartas de Spodoptera frugiperda aos 35 dias após

a emergência das plântulas do segundo ensaio. Ribeirão Preto, SP,

2013. Colunas seguidas pelas mesmas letras não diferem entre si pelo teste de

Tukey (P≤0,05).

Sob forte pressão de infestação de S. frugiperda, os milhos

transgênicos Bt sofreram menos danos nas folhas do que o milho

convencional, não transgênico. Entretanto, os milhos Herculex e Optimum

sofreram mais danos da lagarta-do-cartucho do que os demais transgênicos

testados.

Em baixas infestações de S. frugiperda, os milhos transgênicos

também são menos afetados pela praga, mas a diferença entre eles e o milho

convencional é menor.

Os resultados obtidos concordam com aqueles de Silva (2012), que

verificou que todos os transgênicos testados foram pouco danificados por S.

frugiperda, incluindo Herculex, PowerCore, VT Pro e Viptera e Viptera 3, que

são chamados, no trabalho, de OGM1 e OGM2.

Page 47: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

39

Esses resultados também concordam com Blundi (2011), que

verificaram menores danos nas folhas causados por S. frugiperda em milho

transgênico Bt que expressava a toxina Cry1F. Também concordam com

Siebert et al. (2008) e Waquil et al. (2002), para transgênicos que expressam a

toxina Cry1F, e com Waquil et al. (2002) e Fernandes et al. (2003), para a

toxina Cry1Ab.

Os milhos transgênicos são boas opções para o controle E. lignosellus,

S. cosmioides e S. frugiperda, mas na condição em que o ensaio foi conduzido,

não é eficaz no controle de A. ipsilon.

Page 48: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

5 CONCLUSÕES

Baseado nas condições em que o experimento foi conduzido, pode-se

concluir que:

os milhos transgênicos Bt que expressam as toxinas Cry1F + pat +

Cry1A105 + Cry2Ab2 + EPSPS (PowerCore®), Cry1A105 + Cry2Ab2

(YieldGard VT PRO®), Vip3A + Cry1Ab + EPSPS + pmi (Agrisure

Viptera 3®), Cry1F + pat (Herculex®) e Cry1Ab + Cry1F + EPSPS +

pat (Optimum Intrasect®) são eficazes no controle de Elasmopalpus

lignosellus na fase de plântula, exceto Vip3A + pmi (Agrisure

Viptera®);

os milhos transgênicos testados não são eficazes no controle de

Agrotis ipsilon na fase de plântula;

os milhos transgênicos Bt testados são eficazes no controle de

lagartas de 3º ínstar de Spodoptera cosmioides na fase de plântula e

planta no estádio V4-5, exceto aquele que expressa os genes

Cry1A105 + Cry2Ab2;

os milhos transgênicos Bt testados são eficazes no controle de

lagartas de 4º ínstar de S. cosmioides na fase de plântula e pouco

eficazes em plantas no estádio V4-5, sendo que Cry1F + pat +

Cry1A105 + Cry2Ab2 + EPSPS e os transgênicos que expressam as

toxinas Vip3A são os menos danificados;

os milhos transgênicos testados são eficazes no controle de lagartas

de Spodoptera frugiperda, em baixa e alta infestação, mas nessa

Page 49: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

41

última situação aqueles que expressa as toxinas Cry1F + pat e

Cry1Ab + Cry1F + EPSPS + pat são menos eficazes.

Page 50: TCC Mauricio Bianchi Masson_doc

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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