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Norma Portuguesa NP EN 932-3 2010 Ensaios das propriedades gerais dos agregados Parte 3: Método e terminologia para a descrição petrográfica simplificada Essais pour déterminer les propriétés générales des granulats Partie 3: Procédure et terminologie pour la description pétrographique simplifiée Test for general properties of aggregates Part 3: Procedure and terminology for simplified petrographic description ICS 91.100.15 DESCRITORES Agregados; terminologia; materiais de construção; agregados naturais; areia; cascalho CORRESPONDÊNCIA Versão portuguesa da EN 932-3:1996 + A1:2003 HOMOLOGAÇÃO Termo de Homologação n.º 217/2010, de 2010-09-03 A presente Norma resultou da revisão da NP EN 932-3:2002 (Ed.2) ELABORAÇÃO CT 154 (InIR) 3ª EDIÇÃO Outubro de 2010 CÓDIGO DE PREÇO X020 IPQ reprodução proibida Rua António Gião, 2 2829-513 CAPARICA PORTUGAL Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 948 101 E-mail: [email protected] Internet: www.ipq.pt

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Norma Portuguesa

NP EN 932-3 2010

Ensaios das propriedades gerais dos agregados Parte 3: Método e terminologia para a descrição petrográfica simplificada Essais pour déterminer les propriétés générales des granulats Partie 3: Procédure et terminologie pour la description pétrographique simplifiée Test for general properties of aggregates Part 3: Procedure and terminology for simplified petrographic description

ICS 91.100.15 DESCRITORES Agregados; terminologia; materiais de construção; agregados naturais; areia; cascalho CORRESPONDÊNCIA Versão portuguesa da EN 932-3:1996 + A1:2003

HOMOLOGAÇÃO Termo de Homologação n.º 217/2010, de 2010-09-03 A presente Norma resultou da revisão da NP EN 932-3:2002 (Ed.2) ELABORAÇÃO CT 154 (InIR) 3ª EDIÇÃO Outubro de 2010 CÓDIGO DE PREÇO X020

IPQ reprodução proibida

Rua António Gião, 2 2829-513 CAPARICA PORTUGAL

Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 948 101 E-mail: [email protected] Internet: www.ipq.pt

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Preâmbulo nacional À Norma Europeia EN 932-3:1996, foi dado estatuto de Norma Portuguesa em 1996-03-23 (Termo de Adopção nº 1165/1996, de 1996-03-23).

À Emenda A1:2003 à Norma EN 932-3:1996, foi dado estatuto de Norma Portuguesa em 2003-12-03 (Termo de Adopção nº 1803/2003, de 2003-12-03).

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NORMA EUROPEIA EN 932-3

EUROPÄISCHE NORM Agosto 1996

NORME EUROPÉENNE + A1

EUROPEAN STANDARD Setembro 2003

CEN

Comité Europeu de Normalização Europäisches Komitee für Normung Comité Européen de Normalisation

European Committee for Standardization

Secretariado Central: Avenue Marnix 17, B-1000 Bruxelas 1996 CEN Direitos de reprodução reservados aos membros do CEN

Ref. nº EN 932-2:1996 Pt

ICS: 91.100.15

Versão portuguesa

Ensaios das propriedades gerais dos agregados Parte 3: Método e terminologia para a descrição petrográfica simplificada

Prüfverharen für allgemeine Eigenschaften von Gesteinskörnungen Teil 3: Durchführung und Terminologie einer vereinfachten petrographischen Beschreibung

Essais pour déterminer les propriétés générales des granulats Partie 3: Procédure et terminologie pour la description pétrographique simplifiée

Test for general properties of aggregates Part 3: Procedure and terminology for simplified petrographic description

A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN 932-3:1996 e respectiva Emenda A1:2003, e têm o mesmo estatuto que as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade. Esta Norma Europeia e a Emenda foram ratificadas pelo CEN em 1996-07-26 e 2003-08-01, respectivamente. Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define as condições de adopção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação. Podem ser obtidas listas actualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN. A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais. Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça.

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Sumário Página

Preâmbulo nacional ................................................................................................................................. 2

Preâmbulo à EN 932-3:1996/AC:2003 ................................................................................................... 7

1 Objectivo e campo de aplicação........................................................................................................... 8

2 Referências normativas ........................................................................................................................ 8

3 Termos e definições .............................................................................................................................. 8

4 Aparelhos e utensílios ........................................................................................................................... 9

4.1 Lupa ..................................................................................................................................................... 9

4.2 Canivete ............................................................................................................................................... 9

4.3 Lupa binocular (ampliação: normalmente 10× a 100×) ...................................................................... 9

4.4 Microscópio óptico de polarização ...................................................................................................... 9

4.5 Reagente, ácido clorídrico diluído ....................................................................................................... 9

5 Amostragem .......................................................................................................................................... 9

6 Descrição de uma amostra de rocha ................................................................................................... 9

6.1 Exame .................................................................................................................................................. 9

6.2 Nomenclatura....................................................................................................................................... 10

7 Descrição de uma amostra de agregados ............................................................................................ 10

7.1 Generalidades ...................................................................................................................................... 10

7.2 Exame .................................................................................................................................................. 10

7.3 Descrição ............................................................................................................................................. 11

8 Relatório de ensaio ................................................................................................................................ 11

Anexo A (informativo) Nomenclatura ..................................................................................................... 13

A.1 Rochas ígneas .................................................................................................................................... 13

A.2 Rochas sedimentares ........................................................................................................................ 14

A.3 Rochas metamórficas ........................................................................................................................ 16

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Bibliografia .............................................................................................................................................. 17

Anexo NA (informativo) Correspondência entre as normas europeias referidas na presente Norma e as normas e nacionais ................................................................................................ 18

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Preâmbulo à EN 932-3:1996 A presente Norma foi elaborada pelo Comité Técnico CEN/TC 154 "Aggregates", cujo secretariado é assegurado pelo BSI.

A esta Norma Europeia deve ser atribuído o estatuto de Norma Nacional, seja por publicação de um texto idêntico, seja por adopção, o mais tardar em Fevereiro 1997 e as normas nacionais divergentes devem ser anuladas o mais tardar em Junho de 2004.

Esta Norma Europeia faz parte de uma série de normas de ensaio das propriedades gerais dos agregados que a seguir se lista:

EN 932-1 Tests for general properties of aggregates – Part 1: Methods for sampling

EN 932-2 Tests for general properties of aggregates – Part 2: Methods for reducing laboratory samples

EN 932-5 Tests for general properties of aggregates – Part 5: Common equipment and calibration

EN 932-6 Tests for general properties of aggregates – Part 6: Definitions of repeatability and reproducibility

Os métodos de ensaio referentes a outras propriedades dos agregados são tratados nas Partes das seguintes Normas Europeias:

EN 933 Tests for geometrical properties of aggregates

EN 1097 Tests for mechanical and physical properties of aggregates

EN 1367 Tests for thermal and weathering properties of aggregates

EN 1744 Tests for chemical properties of aggregates

São fornecidas no Anexo B (informativo) referências específicas para o exame petrográfico.

De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente Norma de ser implementada pelos organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Suécia e Suíça.

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Preâmbulo à EN 932-3:1996/AC:2003 A presente Emenda foi elaborada pelo Comité Técnico CEN/TC 154 "Aggregates", cujo secretariado é assegurado pelo BSI.

A esta Norma Europeia deve ser atribuído o estatuto de Norma Nacional, seja por publicação de um texto idêntico, seja por adopção, o mais tardar em Março de 2004 e as normas nacionais divergentes devem ser anuladas o mais tardar em Março de 2004.

De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente Norma deve ser implementada pelos organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça.

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1 Objectivo e campo de aplicação Esta Norma especifica um método básico para o exame petrográfico dos agregados para a sua classificação geral. O método não é adequado para o estudo petrográfico detalhado dos agregados destinados a aplicações específicas.

NOTA: O exame deverá ser efectuado por um geólogo qualificado (petrógrafo), com experiência em materiais utilizados em engenharia civil.

Esta Norma engloba apenas agregados naturais, areia e cascalho ou agregados de rocha britada, assim como os seus materiais de origem.

2 Referências normativas A presente Norma inclui, por referência, datada ou não, disposições relativas a outras normas. Estas referências normativas são citadas nos lugares apropriados do texto e as normas são listadas a seguir. Para referências datadas, as emendas ou revisões subsequentes de qualquer destas normas, só se aplicam à presente Norma se nela incorporadas por emenda ou revisão. Para as referências não datadas aplica-se a última edição da norma referida (incluindo as emendas).

EN 932-1*) Tests for general properties of aggregates – Part 1: Methods for sampling

3 Termos e definições Para os fins da presente Norma, aplicam-se os seguintes termos e definições:

NOTA: As rochas podem ser classificadas em três grandes grupos, de acordo com a sua génese: ígneas, sedimentares e metamórficas.

3.1 rochas ígneas As rochas ígneas são formadas à superfície ou em profundidade a partir de material rochoso fundido (magma). Estas últimas podem ser divididas em duas classes, plutónicas e hipabissais. As rochas plutónicas são formadas em profundidade, em grandes massas, e têm normalmente textura cristalina grosseira, com cristais claramente visíveis a olho nu. As rochas hipabissais são formadas em massas menores, próximas mas não à superfície da terra, e têm textura cristalina fina. As rochas extrusivas ou vulcânicas são formadas à superfície sob a forma de lavas e piroclastos e têm textura muito fina ou vítrea.

3.2 rochas sedimentares As rochas sedimentares são formadas à superfície da terra pela deposição ou precipitação dos produtos da meteorização e erosão de rochas existentes. Podem também ser formadas pela acumulação de restos orgânicos. Este material acumulado pode permanecer por consolidar ou pode ser litificado numa rocha. As rochas sedimentares são geralmente estratificadas.

3.3 rochas metamórficas As rochas metamórficas são formadas a partir de rochas pré-existentes pela acção do calor e/ou da pressão na crosta terrestre, sofrendo transformações mineralógicas e estruturais. As rochas metamórficas têm frequentemente textura anisotrópica.

*) Ver Anexo NA (informativo).

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4 Aparelhos e utensílios

4.1 Lupa

4.2 Canivete

4.3 Lupa binocular (ampliação: normalmente 10× a 100×)

4.4 Microscópio óptico de polarização

4.5 Reagente, ácido clorídrico diluído

5 Amostragem A amostra a ser examinada pode incluir material de tarolos de sondagens, de agregados armazenados em pilhas, ou de frentes de exploração de pedreiras. De maneira a garantir a representatividade da amostra, esta deve ser tomada de acordo com um método de amostragem reconhecido.

No caso de uma amostra de rocha, a massa do material entregue para exame não deve ser inferior a 5 kg.

No caso de agregados, a massa mínima da amostra, Q, entregue para exame depende da dimensão máxima do agregado, D, e deve estar de acordo com o Quadro 1.

Quadro 1 – Relação entre a dimensão máxima do agregado, D, e a massa mínima da amostra, Q

Dimensão máxima D

(mm)

Massa mínima da amostra Q

(kg)

31,5 < D ≤ 63 16 < D ≤ 31,5

8 < D ≤ 16 4 < D ≤ 8 ≤ 4

50 25 8 2

0,5

Para agregados, a amostra utilizada para exame deve ser tomada de acordo com os métodos descritos na EN 932-1*).

6 Descrição de uma amostra de rocha

6.1 Exame

Em primeiro lugar, a amostra deve ser sujeita a um exame visual para determinar a rocha constituinte ou os tipos de minerais. Pode ser adequado lavar a amostra.

*) Ver Anexo NA (informativo).

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Cada tipo de rocha deve ser então cuidadosamente inspeccionado, utilizando uma lupa ou uma Lupa binocular estereoscópico e outros meios adequados.

NOTA 1: Se necessário e quando apropriado, deverão ser examinadas lâminas delgadas com um Microscópio óptico de polarização (pode ser necessário mais do que uma lâmina se a rocha for de grão grosseiro ou heterogénea).

NOTA 2: Pode também ser conveniente determinar algumas propriedades físicas, tais como a densidade ou a velocidade de propagação de ultrasons.

A descrição deve também incluir comentários sobre o seguinte:

a) dimensão dos grãos dos constituintes principais, textura, anisotropia, porosidade, vesicularidade (em rochas vulcânicas), cor;

b) composição mineralógica (quartzo, feldspatos, calcite, dolomite, etc.) e determinação aproximada das suas respectivas proporções;

c) estado de alteração e meteorização.

NOTA 3: A descrição pode também incluir comentários sobre a presença, mesmo que em pequenas quantidades, de alguns constituintes que podem ser preocupantes em certas circunstâncias (tais como opala, micas ou outros filossilicatos, sulfatos, sulfuretos de ferro e materiais orgânicos).

6.2 Nomenclatura

Do exame especificado em 6.1 atribuir, se possível, um nome apropriado à rocha, preferencialmente seleccionado a partir da nomenclatura indicada no Anexo A.

7 Descrição de uma amostra de agregados

7.1 Generalidades

Os agregados provenientes de depósitos naturais consistem principalmente em:

a) partículas minerais; e

b) fragmentos de rocha.

O método de descrição e a nomenclatura descrita em 7.2 e 7.3 devem ser utilizados apenas para partículas de dimensões entre 0,1 mm e 63 mm. Pode ser apropriado lavar a amostra.

NOTA: A composição dos agregados varia frequentemente consoante as fracções granulométricas consideradas. Por isso, antes de efectuar o exame, pode ser necessário dividir os agregados em fracções iguais que podem ser examinadas separadamente. As proporções dos constituintes podem ser então estimadas pela contagem das partículas nas fracções granulométricas.

7.2 Exame

A descrição da amostra (ou fracção granulométrica) deve incluir:

a) breve informação sobre a forma, condições da superfície (rugosidade, etc.) e angulosidade das partículas;

b) identificação petrográfica baseada na contagem de um número suficientemente representativo de partículas.

NOTA: No caso dos agregados heterogéneos, o provete deverá conter no mínimo 150 partículas.

As partículas retidas num peneiro de 4 mm podem ser examinadas a olho nu, ou preferencialmente com uma lupa ou uma Lupa binocular; a Lupa binocular deve ser utilizado para grãos mais finos (podendo ser necessário, nalguns casos, utilizar outros métodos, tais como lâminas delgadas para serem observadas Microscópio óptico de polarização, ou um teste com ácido para a identificação de calcite, etc.).

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O grau de meteorização das partículas e a presença de uma capa exterior na superfície dos grãos, devem ser registados.

7.3 Descrição

7.3.1 As partículas individuais num agregado devem ser descritas nos seguintes termos:

7.3.1.1 Rochas, ver no Anexo A a nomenclatura a utilizar preferencialmente. Nalguns casos, para um primeiro nível de descrição, a classificação pode ser simplificada, por exemplo limitada a: sedimentar (rochas siliciosas/carbonatadas), plutónica, hipabissal, vulcânica ou metamórfica.

7.3.1.2 Minerais, quartzo, feldspatos, micas, calcite, etc.

7.3.1.3 Fragmentos de conchas.

7.3.2 O agregado, como um todo, deve ser descrito da seguinte forma:

7.3.2.1 Quando uma rocha ou mineral for predominante (mais do que 50 %) a sua presença deve reflectir-se no nome do material. Por exemplo:

a) areia quartzosa (areias em que mais de 50 % dos grãos são de quartzo);

b) cascalho basáltico (cascalho em que mais de 50 % das partículas são constituídas por fragmentos de basalto), etc.

7.3.2.2 Quando nenhum tipo for predominante, o material é considerado como sendo “heterogéneo” e o seu nome pode incluir o(s) tipo(s) mais frequente(s). Por exemplo:

a) areia quartzo-feldspática heterogénea;

b) cascalho silicioso heterogéneo, etc.

8 Relatório de ensaio O relatório deve incluir:

8.1 Dados essenciais para identificar a amostra.

8.2 Descrição petrográfica dos diferentes tipos de rocha (ver 6.1) ou das diferentes fracções granulométricas dos agregados (ver 7.2), incluindo os resultados de qualquer contagem de partículas.

8.3 A informação geológica da origem da amostra, da seguinte forma:

8.3.1 O tipo de formação, no caso de depósitos de areia e cascalho. O depósito deve ser caracterizado como aluvião, duna, sopé de escarpa, depósito glaciar, depósito glácio-fluvial, etc.

No caso de formações aluvionares quaternárias, deve mencionar-se o nome do rio correspondente.

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8.3.2 A idade geológica, no caso de formações sedimentares ou vulcânicas, deverá ser indicada se for conhecida, utilizando um dos seguintes termos:

− Pré-Câmbrico;

− Câmbrico, Ordovícico, Silúrico, Devónico, Carbónico, Pérmico;

− Triássico, Jurássico, Cretácico;

− Terciário;

− Quaternário.

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Anexo A (informativo)

Nomenclatura

A seguinte nomenclatura destina-se a fornecer uma lista de termos petrográficos simples aplicáveis à maioria dos tipos de rochas utilizados como agregados. As definições são fornecidas apenas a título de informação.

A.1 Rochas ígneas

A.1.1 Rochas ígneas plutónicas

A.1.1.1 granito

Rocha de cor clara contendo feldspatos alcalinos e quartzo, juntamente com mica (biotite e/ou moscovite).

A.1.1.2 sienito

Rocha de cor clara, quimicamente intermédia entre o granito e o gabro, contendo feldspatos alcalinos (normalmente mais do que 60 %) e minerais ferro-magnesianos (horneblenda, biotite, etc.); pode estar presente uma pequena quantidade de nefelina ou de quartzo, mas não ambos em simultâneo.

A.1.1.3 granodiorito

Rocha de composição intermédia entre o granito e o diorito.

A.1.1.4 diorito

Rocha quimicamente intermédia entre o granito e o gabro, contendo plagioclase, feldspato, horneblenda e ocasionalmente biotite e piroxena; o quartzo está normalmente ausente.

A.1.1.5 gabro

Rocha escura contendo feldspato rico em cálcio e piroxena, ocasionalmente com olivina, biotite ou horneblenda.

A.1.2 Rochas ígneas hipabissais

As rochas hipabissais têm grão mais fino do que as suas equivalentes plutónicas e são normalmente distinguidas pelo uso do prefixo “micro” antes do nome apropriado da rocha plutónica; daí os termos “microgranito”, “microdiorito”, etc. Os dois termos seguintes constituem excepções importantes como agregados.

A.1.2.1 dolerito

Equivalente ao gabro com grão fino, normalmente composto por feldspato rico em cálcio, piroxena e ocasionalmente óxidos de ferro: tem cor escura e é denso.

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A.1.2.2 diabase

Dolerito alterado onde os minerais primários foram substituídos por carbonato, albite, clorite, serpentina, etc1).

A.1.3 Rochas ígneas extrusivas (vulcânicas)

Rochas vulcânicas, nem sempre completamente cristalizadas, que podem conter algum vidro vulcânico. Para cada tipo de rocha vulcânica existe um tipo de rocha plutónica quimicamente equivalente.

A.1.3.1 riolito

Rocha equivalente ao granito e microgranito, composto, normalmente, por cristais de quartzo e feldspato alcalino numa matriz básica vítrea ou cripto-cristalina.

A.1.3.2 traquito

Rocha em geral de cor clara, equivalente ao sienito.

A.1.3.3 andesito

Rocha equivalente ao diorito, normalmente com cristais visíveis de plagioclase e de piroxena.

A.1.3.4 dacito

Rocha equivalente ao granodiorito.

A.1.3.5 basalto

Rocha equivalente ao gabro e ao dolerito, de cor muito escura, ondem podem ser visíveis cristais de piroxena e de olivina. O termo “basaltlava” é utilizado em alemão para designar basalto vesicular.

NOTA 1: O tufo vulcânico é uma acumulação de material de grão fino, fragmentado, normalmente bem consolidado.

NOTA 2: A escória é um termo aplicado a massas de lava grosseiras e vesiculares ou fragmentos vulcânicos. Exemplo: basalto escoriáceo.

NOTA 3: A pedra-pomes é uma lava extremamente vesicular e vítrea, normalmente de composição riolítica. Em geral, é suficientemente leve para flutuar na água.

NOTA 4: A brecha vulcânica é uma rocha coerente formada pela brechificação e consolidação de lava pela actividade contínua.

A.2 Rochas sedimentares Rochas sedimentares consolidadas2) podem ser divididas em dois grupos consoante a sua génese:

- rochas clásticas, essencialmente compostas por fragmentos detríticos, provenientes de rochas pré-existentes, resultantes da alteração física;

- rochas não-clásticas, biogénicas ou químicas, formadas a partir de esqueletos de organismos ou por dissolução química e precipitação.

1) O termo é também utilizado em alguns países como sinónimo de dolerito, mas a sua utilização neste sentido não é recomendada. 2) Rochas não consolidadas, como areia, cascalhos, etc., são excluídas.

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A.2.1 Rochas clásticas

A.2.1.1 arenito

Rocha composta principalmente por grãos detríticos de quartzo com dimensão entre 63 µm e 2 mm, cimentados por minerais como calcite, óxidos de ferro, sílica e alguns minerais argilosos, etc. No Reino Unido e na Irlanda, designa-se por “gritstone” um arenito grosso composto tipicamente por grãos de quartzo mais grosseiros que 0,5 mm.

A.2.1.2 conglomerado

Rocha composta por partículas redondas detríticas (fragmentos de rocha, quartzo, …), que são predominantemente maiores que 2 mm, e cimentadas por sílica, calcite, etc.

A.2.1.3 brecha

Conglomerado composto por fragmentos de rocha angulosos.

A.2.1.4 arcose

Tipo de arenito contendo mais de 25 % de feldspato.

A.2.1.5 grauvaque

Tipo indefinido de arenito, bem cimentado, normalmente escuro, composto, em geral, por partículas angulosas de fragmentos de rochas, de dimensão areia, feldspato e quartzo, juntamente com alguma matriz argilosa.

A.2.1.6 quartzito

Arenito contendo pelo menos 90 % de grãos de quartzo cimentados solidamente com sílica, muitas vezes referido como ortoquartzito (ao contrário de metaquartzito, o equivalente metamórfico).

A.2.1.7 xisto argiloso, siltito

Rochas argilosas de grão fino.

A.2.2 rochas químicas e biogénicas

A.2.2.1 calcário

Rocha composta predominantemente por carbonato de cálcio (CaCO3).

A.2.2.2 cré

Calcário cretácico com grão muito fino, normalmente branco.

A.2.2.3 dolomito

Rocha composta predominantemente pelo mineral dolomite [CaMg(CO3)2].

A.2.2.4 “chert”

Sílica cripto-cristalina ou micro-cristalina, surgindo normalmente como nódulos ou camadas no calcário. O sílex é um “chert” do cré Cretácico.

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A.3 Rochas metamórficas

A.3.1 anfibolito

Rocha composta principalmente por horneblenda, juntamente com algum feldspato e minerais acessórios, normalmente de cor cinzenta a verde escura.

A.3.2 gnaisse

Tipo de rocha comum com estrutura característica bandeada ou lenticular, composta essencialmente por quartzo, feldspato e mica, juntamente com anfíbola ou piroxena.

A.3.3 granulito

Rocha de grão fino contendo quartzo, feldspato, piroxena (hiperstena) e granada.

A.3.4 corneana

Rocha normalmente muito dura produzida pela acção da temperatura do magma ígneo adjacente, tendo grãos minerais equidimensionais sem orientação específica.

A.3.5 mármore calcítico/dolomítico

Calcário ou dolomito metamórfico em que os minerais primários estão completamente recristalizados.

A.3.6 quartzito

Rocha composta quase inteiramente por grãos de quartzo recristalizados (isto é, metaquartzito).

A.3.7 serpentinito

Rocha composta principalmente pelo mineral serpentina, normalmente verde escura, com uma dureza superficial baixa.

A.3.8 xisto

Rocha comum normalmente com grão fino a médio em que os minerais achatados ou alongados, tal como micas ou horneblenda, estão distribuídos em camadas onduladas sub-paralelas, o que confere uma fissilidade típica à rocha.

A.3.9 ardósia

Rocha de grão fino, homogénea, argilosa e com fissilidade perfeita característica.

A.3.10 milonito

Rocha metamórfica produzida pelo cisalhamento e granulação numa zona de falhamento intenso.

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Bibliografia

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BS 812: Part 104:1994 Testing aggregates – Part 104 – Method qualitative and quantitative petrographic examination of aggregates

DIN 52100 – Part 2 Natural stone and mineral aggregates – petrographical methods – general and summary (1990 edition)

DS 405.1:1978 Testing of sand, gravel and stone materials – Classification of natural aggregates

NF P 18-557 Elements for identification of aggregates (1990 edition)

SN 670 710 d Sand, gravel, chippings and crushed stone for road surfaces – Requirements and quality (1988 edition)

UNI 8520 Part 4 Aggregates for use in concrete – Petrographic examination (1984 edition)

TP Min-StB Teil 1.2.1 Specifications for test methods – Aggregates – Road construction – Part 1.2.1: Petrographical nomenclature and quarries – Research Society for Roads and Transport, 1986

FOUCAULT A. RAOULT J.F. (1988).

Dictionnaire de Géologie – Masson – 3ème édition 352 p.

LE MAITRE (1989). A classification of igneous rocks and glossary of terms – Recommendations of the IUGS Subcommission on the systematics of igneous rocks – Blackwell Scientific Publications, Oxford, London

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Anexo NA (informativo)

Correspondência entre as normas europeias referidas na presente Norma e as normas e nacionais

Norma europeia Norma nacional Título

EN 932-1:1996 NP EN 932-1:2002 Ensaios das propriedades gerais dos agregados – Parte 1: Métodos de amostragem