No mar - Poesia de Álvares de Azevedo

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NO MAR Álvares de Azevedo

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NO MAR

Álvares de Azevedo

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Les étoiles s'allument au ciel, et la brise du soir

erre doucement parmi les fleurs: rêvez, chantez et

soupirez.GEORGE SAND.

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Era de noite: — dormias,

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Do sonho nas melodias,

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Ao fresco da viração,

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Embalada na falua,

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Ao frio clarão da lua,

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Aos ais do meu coração!

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Ah! que véu de palidez

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Da langue face na tez!

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Como teus seios revoltos

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Te palpitavam sonhando!

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Como eu cismava beijando

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Teus negros cabelos soltos!

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Sonhavas? — eu não dormia;

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A minh'alma se embebia

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Em tua alma pensativa!

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E tremias, bela amante,

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A meus beijos, semelhante

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Às folhas da sensitiva!

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E que noite! que luar!

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E que ardentias no mar!

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E que perfumes no vento!

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Que vida que se bebia

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Na noite que parecia

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Suspirar de sentimento!

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Minha rola, ó minha flor,

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Ó madressilva de amor!

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Como eras saudosa então!

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Como pálida sorrias

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E no meu peito dormias

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Aos ais do meu coração!

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E que noite! que luar!

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Como a brisa a soluçar

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Se desmaiava de amor!

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Como toda evaporava

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Perfumes que respirava

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Nas laranjeiras em flor!

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Suspiravas? que suspiro!

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Ai que ainda me deliro

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Sonhando a imagem tua

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Ao fresco da viração,

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Aos ais do meu coração,

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Embalada na falua!

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Como virgem que desmaia,

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Dormia a onda na praia!

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Tua alma de sonhos cheia

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Era tão pura, dormente,

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Como a vaga transparente

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Sobre seu leito de areia!

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Era de noite — dormias,

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Do sonho nas melodias,

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Ao fresco da viração;

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Embalada na falua,

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Ao frio clarão da lua,

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Aos ais do meu coração!

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NO MAR – ÁlvARes de AzevedO

POesiA ROMâNticA – 2ª geRAçãO

escOlA estAduAl de eNsiNO MédiO 9 de MAiO

liteRAtuRAPROfessORA: MARildA lOPes

AluNA: MARiANA cOstA HOffMeisteRtuRMA: 32

AbRil – 2008

MúsicA: NO Meu cORAçãO vOcê vAi seMPRe estAR - ed MOttA