•Miniaturista del sinsentído de la Escuela

de Francfort kk Fernando Figueroa Sánchez

Kluge está consciente del inobjetable esclavismo del siglo xx . Crítico

de la estética del cine, de las desigualdades provocadas por una rapaz

política capitalista y crítico, en fin, de las instituciones culturales, con estas últimas

ha perdido la paciencia, para fortuna de la literatura.

F e r n a n d o F i g u e r o a Sánchez ( 1 9 7 2 ) estudió l a s l i c e n c i a t u r a s e n C i e n c i a s d e l a Comunicación

v Filosofía e n l a U V , y l a maestría e n Comunicación e n l a m i s m a u n i v e r s i d a d ,

f i a s i d o catedrático d e d i v e r s a s f a c u l t a d e s d e e s a institución, además d e fotógrafo y c o r r e s p o n s a l

e n \ a i i a s < i u d a d e s d e l e x t r a n j e r o .

S e t r a t e d e pequeñas v e r d a d e s o g r a n d e s ficciones, p a r a A l e x a n d e r K l u g e ( 1 9 3 2 ) n o h a y d i f e r e n c i a : a l final, l a narrac ión e s l a m i s m a s u s t a n c i a a c t i v a

q u e a t r a v i e s a a m b a s . Prác t i camente e s i m p o s i b l e n a ­r r a r a l g o i r r e a l p o r q u e d e c u a l q u i e r f o r m a h a y q u e l l e n a r e l h u e c o d e s i n s e n t i d o q u e v a q u e d a n d o t r a s l o s " h e c h o s o b j e t i v o s " d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s h u m a n o s ; y l o m i s m o o c u r r e t a n t o e n l a mitología clásica c o m o e n l o s i m b a t i b l e s t e o r e m a s d e l a s c i e n c i a s d u r a s .

Quizá K l u g e s e a p o r t o d o e s t o , o r a e n e l p a p e l , o r a e n e l c e l u l o i d e d e s u s películas, u n e s p e c i a l i z a d o m i n i a t u r i s t a d e l o r e a l . B u e n h e r e d e r o d e l a E s c u e l a d e F r a n c f o r t , 1 K l u g e h a s e g u i d o d i c h a tradición filosó­fica y sociológica q u e atacó f e r o z m e n t e a l p o s i t i v i s m o y nutrió t a n t o s d i s c u r s o s i n c e n d i a r i o s y r e v u e l t a s m a ­s i v a s d u r a n t e e l s i g l o X X ; K l u g e y a u n a v e z "entrevistó" a l g u a r d a e s p a l d a s d e H i t l e r , h a s i d o c o n s e j e r o d e W i m W e n d e r s , c o l a b o r a d o r d e l c i n e a s t a F r i t z L a n g , p e r o s o b r e t o d o , e n c a r n a a l , h a s t a a h o r a p o c o d i f u n d i d o , i m p l a c a b l e i r o n i s t a d e l s i g l o X X .

S e a c o n u n a cámara o c o n l a p l u m a , a través d e s u s r e l a t o s y m i c r o h i s t o r i a s d e l a t a " s u " t i e m p o , m a r c a d o p o r l a desolación y p o r c a m b i o s q u e n o s l l e v a n d e v u e l ­t a a u n a condición h u m a n a m e d i e v a l , a u n r e t r o c e s o d e l h o m b r e : e l o c u l t a m i e n t o d e l H o l o c a u s t o , e l f r a c a s o s o c i a l i s t a c o n l a f ragmentación d e l a Unión Soviética o e l f r a c a s o d e l o s n a c i o n a l i s m o s prodemocrát icos u n a v e z e m a n c i p a d o s d e l régimen c o m u n i s t a , e l d e r r u m b e d e l M u r o e n Berl ín y , p o r s u p u e s t o , e l e n c o n o in crescen­do d e l o r e l i g i o s o cristiano-judío-islámico c o r o n a d o p o r e l d e s p l o m e d e l a s T o r r e s G e m e l a s y a e n e l s i g l o X X I .

A l i g u a l q u e W a l t e r Ben jamín y q u e l o s p e n s a d o r e s d e l a "enajenación" y l a "cosificación" c o m o Lukács o M a r c u s e h a s t a , e n l a a c t u a l i d a d , A x e l H o n n e t h - m i e m ­b r o d e l a t e r c e r a generac ión- , y s i g u i e n d o l o s p a s o s d e s u m e n t o r H a b e r m a s , K l u g e está c o n s c i e n t e d e l i n o b j e ­t a b l e e s c l a v i s m o d e l s i g l o X X . Crítico d e l a estética d e l c i n e , d e l a s d e s i g u a l d a d e s p r o v o c a d a s p o r u n a r a p a z política c a p i t a l i s t a y crítico, e n fin, d e l a s i n s t i t u c i o n e s c u l t u r a l e s , c o n e s t a s últimas h a p e r d i d o l a p a c i e n c i a , p a r a f o r t u n a d e l a l i t e r a t u r a . M a t r i m o n i o , a m o r , I g l e s i a y m i l i c i a , l o s h a v i s i t a d o c a s i t o d o s , y d e c e r c a , infiltrán­d o s e c o n u n a cámara c o m o d o c u m e n t a l i s t a , h a s t a p e r ­d e r s e e n e l l o s p a r a l u e g o , d e l a m a n g a , e s g r i m i r c u a l a s u n a t r a m o y a r e c o n f i g u r a d a u n a y o t r a v e z , a l e s t i l o d e

' P u e d e r e v i s a r s e R o l f W i g g e r s h a u s , L a Escuela deFrancfort, 1 * e d . . t r a d . d e M a r c o s R o m a n o Hassán, F C E / U A M , B u e n o s A i r e s , 2 0 1 0 . 9 2 1 p p .

LA P A L A B R A Y E l H O M B R E • 4 9

S p e c k M a l a c a r a

B r e c h t , c o n f u n d i e n d o e l f u n c i o n a m i e n t o d e s u s p i e z a s f u n d a m e n t a l e s c o n c u a l q u i e r m i t o o l e y e n d a e x t r a v i a ­d a e n l a E d a d M e d i a p a r a así l l e g a r a l a p a r o d i a . S o b r e l a t r a d i c i o n a l sociología d e l a m o r t i e n e a l g o q u e d e c i r : s u b r a y a e s e f e r m e n t o d e s e n t i m e n t a l i s m o , f e t i c h e c o n s ­t a n t e , c o m o a b s u r d o i n o c u l a d o e n O c c i d e n t e g r a c i a s a u n a m o r a l f a l s a ; K l u g e r e c u e r d a e n t o n c e s u n p a r d e a f o r i s m o s d e N i e t z s c h e p a r a t r a t a r l o s d e s a m o r e s c o m o d e s a n g r a d a s p a s i o n e s ; d e s n u d a d o s e n s u s m i n i a t u r a s d e v i d e o - e n l o s h i p o g e o s d e l h o m b r e , e n l o s l a b e r i n ­t o s d o n d e c o n f l u y e n r e n c o r e s y s a t i s f a c c i o n e s - , d e v e l a l a a m a r g u r a d e l a s o l e d a d detrás d e l a m o r o e l arcoíris s e n t i m e n t a l a l f e n e c e r l a s o l e d a d .

N o m u y a g u s t o c o n e l c i n e a lemán d e p o s g u e r r a , protestó p o r l o s s e s g o s e l e m e n t a l e s d e l a c a r t e l e r a - t e ­m a s y m o t i v o s d e s a p e g a d o s d e l o a c t u a l - q u e e l c e l u ­l o i d e ofrecía , m u y a d e s p e c h o d e l p a r e c e r d e A d o r n o q u i e n , n o o b s t a n t e v i n c u l a r l o c o n F r i t z L a n g , l e s u g i ­rió n o p e r d e r s u t i e m p o e n l a i n d u s t r i a c inematográf i ­c a . U n K l u g e t o z u d o , s i n e m b a r g o , debutó a finales d e l o s c i n c u e n t a c o m o a s i s t e n t e d e l c r e a d o r d e Metrópolis - e l v i e n e s l l e v a b a u n a v e i n t e n a d e años r a d i c a n d o e n Amér ica t r a s h u i r d e l a p r o p u e s t a d e J o s e p h G o e b b e l s d e t r a b a j a r p a r a e l T e r c e r R e i c h - , p e r o n o tardó e n c o ­g e r s u p r o p i a c á m a r a . D e n u n c i ó así l a e s e n c i a a b s u r d a e h ipócr i ta e n c a r n a d a p o r e l c i n e a lemán d e e n t o n c e s

q u e , e n s u m a q u i n a r i a a b u r r i d a y c o m e r c i a l , c o m o él l a definió, elegía e l a u t o e n g a ñ o o l a a m n e s i a r e s p e c t o a l o s a c o n t e c i m i e n t o s q u e t r a j o l a l l e g a d a d e l n a z i s m o . C o n e l sociólogo O s k a r N e g t reabrió u n d e b a t e s o b r e p r e m i s a s f u n d a m e n t a l e s d e El Capital d e M a r x . R e h u ­só c a l l a r l a s u b r e p t i c i a suplantación, e n m e r o o b j e t o d e c o n s u m o , d e a q u e l l o s v a l o r e s ét icos y humaníst icos s u p u e s t a m e n t e sólidos y p r o g r e s i s t a s d e l a s o c i e d a d y e l E s t a d o : e l e n t r e t e n i m i e n t o , l a c o n v i v e n c i a a m o r o s a o l a b o r a l , l a s a l u d , l a j u s t i c i a . . . I m p l a c a b l e , K l u g e h a c u e s t i o n a d o l a s i n d u s t r i a s c u l t u r a l e s , a l a filosa u s a n z a d e s u s adláteres T h e o d o r A d o r n o y H o r k h e i m e r ; p e r o e s e n s u s últ imos t r a b a j o s d o n d e s e f u n d e n l a v a n g u a r ­d i a d e l c i n e a s t a y l a m a d u r e z d e l m i n i a t u r i s t a c o n e l filósofo q u e g u a r d a u n c o l l a g e d e l a p i e l d e l o s m a r i ­n e r o s c o n d e n a d o s a m u e r t e e n El acorazado Potemkin. E n e f e c t o , e n Noticias de la antigüedad ideológica ( 2 0 0 8 ) K l u g e c o q u e t e a c o n e l d i s c u r s o d e H a b e r m a s o c o n e l d e reif icación d e A x e l H o n n e t h e n u n diálogo a c a b a ­l l o e n t r e comunicac ión y l e n g u a j e .

T a l c o m o l o h i c i e r a n F r o m m e n e l psicoanálisis, A d o r n o e n l a música y e l a r t e y Ben jamín c o n s u a c e n ­t u a d o m e s i a n i s m o , A l e x a n d e r K l u g e h a i m p u e s t o e n e l c i n e y l a l i t e r a t u r a s u s e l l o p e r s o n a l c o m o u n o d e l o s úl­t i m o s h e r e d e r o s a c t i v o s d e l a E s c u e l a d e F r a n c f o r t . E n l o s s e s e n t a redefinió e l a r t e a u d i o v i s u a l a l s e r e l p r e c u r ­s o r d e l Manifiesto Oberhausen e i n a u g u r a r n u e v o s d i s c u r ­s o s artísticos - r u m i a n t e s y e m p e d e r n i d o s - , q u e c o r r e n d e l s u r r e a l i s m o a l a ficción o b j e t i v a ; "ficción analítica", dirá l a c o n t r a p o r t a d a d e l a e d i t o r i a l A n a g r a m a e n s u p r i m e r a o b r a t r a d u c i d a a l español. K l u g e estudió h i s t o ­r i a e n M a r b u r g o , a r t e e n l a J o h a n n W . G o e t h e U n i v e r -sitát d e F r a n c f o r t e h i z o e l d o c t o r a d o e n d e r e c h o e n l a U n i v e r s i d a d d e F r i b u r g o . L a h i s t o r i a l e h a s e r v i d o p a r a i r e n s e n t i d o c o n t r a r i o , c o m o u n n iño a l q u e s e l e e n s e ­ñó e l c a m i n o p e r o porf ía e n e l s u y o , a c o n t r a p e l o , c o m o u n W a l t e r B e n j a m i n ; e l a r t e , p a r a n o r e q u e r i r l a i m a g e n r e a l d e u n c o l a b o r a d o r d e H i t l e r , s i n q u e p o r e l l o , e s o sí, h a y a o l v i d a d o d e n u n c i a r a l V a t i c a n o p o r financiar a l Führer ; e l d e r e c h o , p a r a l a crítica a l a economía política y l a alienación e n e l E s t a d o d e b i e n e s t a r a d o p t a d o p o r l o s países d e E u r o p a c e n t r a l .

E s quizá p o r e l l o q u e S u s a n S o n t a g h a d i c h o q u e , j u n t o c o n P a s o l i n i , K l u g e r e p r e s e n t a l o más v i g o r o s o y o r i g i n a l d e l a i d e a e u r o p e a d e l a r t i s t a c o m o i n t e l e c ­t u a l , e l i n t e l e c t u a l c o m o a r t i s t a , m i e n t r a s q u e W . G . S e b a l d d i j o q u e e s " e l más i l u s t r a d o d e l o s e s c r i t o r e s " .

E n 2 0 1 0 s e editó p o r v e z p r i m e r a e n c a s t e l l a n o u n a r e t r o s p e c t i v a d e s u o b r a a u d i o v i s u a l c o m p l e t a e n l a C i n e t e c a N a c i o n a l e n México , c o n 1 2 0 p r o g r a ­m a s d e televisión y 1 7 l a r g o m e t r a j e s . E n 2 0 0 7 f u e e l i n v i t a d o d e h o n o r e n e l 7 5 A n i v e r s a r i o d e l F e s t i v a l d e C i n e e n V e n e c i a , y e l M O M A d e N u e v a Y o r k dedicó u n a r e t r o s p e c t i v a a s u producc ión v i s u a l . H a o b t e n i d o l o s

5 0 • I N V I E R N O , 2 0 1 2

p r e m i o s K l e i s t e n 1 9 8 5 , H e i n r i c h Ból l e n 1 9 9 3 , L e s s i n g e n 2 0 0 2 , G e o r g B ü c h n e r e n 2 0 0 3 ( e l p r e m i o l i t e r a r i o más i m p o r t a n t e e n A l e m a n i a ) y T . A d o r n o e n 2 0 0 9 .

A e s t o d e b e añadirse l a s e g u n d a traducción a l e s ­pañol, e n A r g e n t i n a , d e u n a o b r a s u y a , Historias de cine ( 2 0 1 0 ) , q u e v i e n e a s u m a r s e a u n a d e s u s p r i m e r a s t r a ­d u c c i o n e s , El hueco que deja el diablo ( A n a g r a m a , 2 0 0 7 ) .

¿Crítico de la plusvalía en el cine o gurú de un nue­vo lenguaje?

¡Y p e n s a r q u e A d o r n o l e r e c o m e n d ó a K l u g e n o d e s ­p e r d i c i a r s u t i e m p o e n e l séptimo a r t e ! U n a v e z p r e ­s e n t a d o a n t e F r i t z L a n g e n 1 9 5 8 , n o h u b o v u e l t a atrás. E l t r a b a j o v i s u a l d e K l u g e está c o n f o r m a d o p o r l a r g o -m e t r a j e s , anécdotas , viñetas, c o r t o s y e n t r e v i s t a s t r u ­c a d a s y u x t a p u e s t a s c o n auténticos f o n d o s d e l T e r c e r R e i c h q u e s u b r a y a n l a r e d o n d a contradicción d e l o s t i e m p o s m e d i a n t e i c o n o c l a s i a , p i s t a s históricas a l t e r ­n a s y d i s c u r s o s c o n t r a l o s t o t a l i t a r i s m o s e n m e d i o d e m a q u e t a s y música d e t o n a d o r a d e l o c o n t r a r i o a l o q u e i n c i t a n l a s imágenes .

C o n l a s e n c i l l e z d e u n a c h a r l a d e b a n q u e t a , a m a n e ­r a d e c a r i c a t u r a r e p a s a c a s i c a d a m o t i v o d e l s i g l o X X : l o s c u a d e r n o s d e filmación d e E i s e n s t e i n , l a preparación d e i n f o r m a n t e s d e l a S T A S I , e l v i e r n e s n e g r o d e 1 9 2 9 , l a t e s i s d e l a s o b r i n a intérprete d e L e n i n , l a b r e v e h i s t o r i a d e l a burguesía m e d i a n t e u n a e n t r e v i s t a a E n z e n s b e r g e r y l o s d e v a n e o s e n t r e R o s a L u x e m b u r g o y e l c a n c i l l e r d e l R e i c h , e l s e n t i r d e P e t e r S l o t e r d i j k s o b r e l a m e t a m o r f o ­s i s d e l a plusvalía; c a d a p a s a j e , d e s p l e g a d o e n f o r m a d e d o c u m e n t a l q u e a l f i n a l s u e n a a ficción, o b i e n e n m i n i ficciones q u e n i leídas c i e n v e c e s p e r m i t e n e l d e s c a n s o d e l e s p e c t a d o r . E s e h u e c o q u e d e j a l a r e a l i d a d , q u e n a ­d i e p u e d e e x p l i c a r , q u e n a d i e p u e d e d o c u m e n t a r y q u e e l o s a d o K l u g e l l a m a c o m o s u l i b r o d e h i s t o r i a s El hueco que deja el diablo, e s e l e n o r m e i n t e r s t i c i o q u e l a r e a l i d a d y l a o b j e t i v i d a d más c o n t u n d e n t e s d e j a n y q u e sólo él s e a t r e v e a l l e n a r c o n i n g e n i o y c i n i s m o a l a v e z . P o r más q u e a l g u n o s l e l l a m e n ficción.

D e s d e m u y c h i c o , s u v i d a f u e u n e x p e r i m e n t o legít imo d e c a s u a l i d a d e s y ficciones p o s i b l e s ; a h o r a d i c e q u e e s a ficción m e r e c e l a p e n a . ¡Pero c ó m o n o v a a p e n s a r así a l g u i e n q u e c o n t a n d o t a n sólo 1 3 años v i v e e n c a r n e p r o p i a u n b o m b a r d e o d e l o s a l i a d o s ! K l u g e v i v e d e j o v e n l a g u e r r a , t a l c o m o e l d i r e c t o r E d ­g a r R e i t z , c o m o e l berl inés P e t e r S c h a m o n i - c o a u t o r d e l Manifiesto-, c u y o p a d r e morir ía e n e l c o n f l i c t o ; o c o m o e l austríaco T h o m a s B e r n h a r d , q u i e n c o n s u p r o s a hiperból ica n a r r a l a e x i s t e n c i a d e e s e " p o b r e h o m b r e e n e l sótano" e n s u p o e m a Mein Weltenstück, y s u e s t a n c i a e n S a l z b u r g o m i e n t r a s l a s b o m b a s d e l o s a l i a d o s d e s p e d a z a n e l p u e b l o .

D e s d e l a década d e l o s t r e i n t a e n e l s i g l o X X , p r i n c i ­p a l m e n t e e n A l e m a n i a , e l c i n e s e l lenó d e Heimatfilms, o p r o d u c c i o n e s b a s a d a s e n l a s b o n d a d e s d e l a p a t r i a y e n l a s i n d i s c u t i b l e s r a z o n e s p a r a a b r a z a r e s a e n t e l e -q u i a l l a m a d a " r a z a a r i a " . L a Heimat, o p a t r i a , s e veía r e f l e j a d a e n c i n t a s d e f a m i l i a s y p u e b l o s d e u n a p u r e z a i n c u e s t i o n a b l e . E s a ideología tenía s e n t i d o g r a c i a s a d i ­c h o c o n s t r u c t o r a c i a l - a l a p o s t r e u n i f i c a d o r d e l o s g e r ­m a n o s - q u e y a e r a m o n e d a c o r r i e n t e e n u n a A l e m a n i a e m p o b r e c i d a , p e r d e d o r a d e l a P r i m e r a G u e r r a M u n ­d i a l y , l o p e o r , o b l i g a d a a p a g a r l o s g a s t o s p o r e l i m p r u ­d e n t e T r a t a d o d e V e r s a l l e s q u e dejaría, según c i e r t o s e x p e r t o s , l a h e r i d a a b i e r t a p a r a l a S e g u n d a G u e r r a .

F u e h a s t a l a p o s g u e r r a , e n 1 9 6 2 , e n e l F e s t i v a l O b e r h a u s e n , c u a n d o S c h a m o n i y K l u g e p o s t u l a r o n l a s b a s e s d e l o q u e a p a r t i r d e e n t o n c e s l a p r e n s a l lamaría " E l N u e v o C i n e Alemán". E l c o r t o l l a m a d o Brutalidad en piedra-La eternidad del ayer e s l a coproducción S c h a -m o n i - K l u g e q u e r o m p e c o n l a tradición d e l c i n e p r o p a ­gandístico i n i c i a d o c o n El triunfo de la voluntad ( 1 9 3 4 ) , c o n música d e R i c h a r d W a g n e r , e s t e l a r i z a d a p o r H e r -m a n n Gór ing y e l p r o p i o H i t l e r , o l a Olympiadede 1 9 3 6 , a m b a s d i r i g i d a s p o r L e n i R i e f e n s t a h l . La eternidad del ayer s e h a c e p r e g u n t a s y a a n t e s f o r m u l a d a s s i n d u d a , c o m o ¿dónde h a q u e d a d o e s e i m p e r i o e t e r n o , e s e i n ­d e s t r u c t i b l e p a n g e r m a n i s m o q u e c o l a p s o a l m u n d o y s e suponía permanecer ía u n o s m i l años? Ea eternidad r e s p o n d e s i n p a l a b r a s h u m a n a s , a u n q u e e n u n p r e c l a ­r o l e n g u a j e a u d i o v i s u a l , c o n p a n e o s y a c e r c a m i e n t o s a e s c o m b r o s , a través d e u n c o l l a g e d e imágenes, y e n u n t o n o q u e a u n o s p a r e c e d e s o r n a y a o t r o s d e r e s i g n a d o e s c a r m i e n t o , q u e e s e i m p e r i o a c a s o s e e n c u e n t r a e n t r e e l montón d e p i e d r a s a r r u m b a d a s e n e l h o y .

U n o d e s u s c u e n t o s p r e c o c e s , " A n i t a G " , sirvió d e b a s e e n 1 9 6 6 p a r a r e t r a t a r e l d e s e n c a n t o s o c i a l y polí­t i c o y d e s e n m a s c a r a r l a s p r o m e s a s d e l a p a r t e a l e m a n a q u e apostó a l c a p i t a l i s m o . A l i g u a l q u e l o s a n g u s t i a ­d o s p e r s o n a j e s d e U w e J o h n s o n , u n j o v e n d e l a A l e m a ­n i a F e d e r a l q u e a m a a u n a e n f e r m e r a d e l a Repúbl ica Democrá t i ca , y K a r s c h , q u i e n a d q u i e r e u n p i s i t o e n p r o v i n c i a y está p r e o c u p a d o p o r e l p e r m i s o d e r e s i ­d e n c i a y d e s a l i d a d e l a A l e m a n i a O r i e n t a l c u a n d o s e l e p r o p o n e r e a l i z a r u n a b iograf ía d e u n d e p o r t i s t a , 2

K l u g e r e c u e r d a c o n s u " A n i t a " u n m e l o d r a m a s o c i a l s u b s t i t u i d o p o r o t r o m u c h o m a y o r , e l polít ico. A n i t a v i v e e l d r a m a d e l d e s e m p l e o e n l a p o s g u e r r a y l a míse­r a s a l u d e c o n ó m i c a d e u n a A l e m a n i a O c c i d e n t a l q u e promet ía b o n a n z a . Una muchacha sin historia, o Adiós al ayer [Abschield von Gestern] e s l a adaptación d e t a l c u e n t o y f u e e l p r i m e r l a r g o m e t r a j e d e e s e c i n e q u e

2 C f r . U w e J o h n s o n , Dos opiniones, S e i x B a n a l , España, 1 9 6 9 : y Un viaje lejos, h a c i a no sé dónde. T i e m p o Contemporáneo, A r g e n ­t i n a , 1 9 7 2 .

LA P A L A B R A Y EL H O M B R E • 5 1

romper ía c o n l o s c h o c a n t e s Heimatfilms. D e e s t a f o r ­m a , e n Adiós al ayerla. plusvalía q u e debía r e f l e j a r s e e n l a p a n t a l l a g r a n d e n o sólo e r a a q u e l l a p r o d u c t o d e s u s r e f l e x i o n e s filosóficas s o b r e l a s b a s e s m a t e r i a l e s d e u n sombrío régimen m u n d i a l d e d e s i g u a l d a d e s , o s o b r e e l e s t a d o d e l b i e n e s t a r y l a s d i v e r s a s n o c i o n e s m a r x i s -t a s d e l c a p i t a l ( s i b i e n e x p a n d i d a s p o r él a l a e s f e r a ética y h u m a n i s t a ) , s i n o q u e además debía c o n c e n t r a r ­s e e n l a estética d e l a c u l t u r a , e n l o b e l l o . L a película e n cuestión v e r s a s o b r e l o s c a m b i o s e n f r e n t a d o s p o r q u i e n e s v i v i e r o n u n g i r o d e 1 8 0 g r a d o s a n t e e l a d v e ­n i m i e n t o d e u n e s t a d o d e b i e n e s t a r y u n régimen p o ­l í t i co-económico d i s t i n t o . K l u g e r e s c a t a d e M a r x , t a l c o m o también l o h a n h e c h o S l o t e r d i j k y o t r o s , e l tér­m i n o plusvalía. E s t a , m e d i a n t e analogía p o s i b i l i t a d a p o r e l c i n e , s e c r i s t a l i z a e n r e s i s t e n c i a s o c i a l a c a m b i o s d e p a u t a s c u l t u r a l e s ( a s p e c t o s l a b o r a l e s , s o c i a l e s , d e e n t r e t e n i m i e n t o , e t c . ) o c a s i o n a d o s p o r e l s u s o d i c h o n u e v o régimen q u e t i e n d e a s o b r e s t i m a r l o m a t e r i a l .

Noticias de la antigüedad ideológica-Marx/Eisenstein/ El Capital [Nachrich aus der ideologischen Antike-Marx/ Eisenstein/Das Kapilal], c o n más d e 5 0 0 m i n u t o s d e duración c o n s t i t u y e u n d o c u m e n t o s i n parangón c o n e l q u e K l u g e a p o r t a s u p a r t i c u l a r visión d e l a s v i c i s i ­t u d e s d e E i s e n s t e i n p a r a filmar El Capital d e C a r l o s M a r x . E s t o i n c l u y e l a s enigmát icas v i s i t a s d e S t a l i n p a r a q u e s e d e j a r a d e " c u e n t o s " y p e n s a r a l o " o b j e t i v o " d e l a c o n t e c e r , d e l m i s m o m o d o q u e s u e n c u e n t r o c o n

J a m e s J o y c e e n F r a n c i a . E i s e n s t e i n de jar ía e n p r o y e c t o s u i d e a d e l l e v a r a l c e l u l o i d e e l Ulises a n t e l a s d i f i c u l ­t a d e s y , finalmente, a n t e e l r e t o d e s p r o p o r c i o n a d o d e c o n f i g u r a r u n a crí t ica d e l a e c o n o m í a polít ica a través d e l monólogo e s e n c i a l e n l a o b r a d e J o y c e . También e s p a l p a b l e e s e c a r i z d e explotación, d e al ienación y f e t i ­c h i s m o e n Ferdinand el radical [Der starke Ferdinand], d e 1 9 7 6 , p i e z a d o n d e u n e n c a r g a d o d e l a s e g u r i d a d d e u n a e m p r e s a r e c u r r e e n s u v i g i l a n c i a a t o d o t i p o d e a r g u ­c i a s s a l p i c a d a s d e a b s u r d o s y a r r a i g a d a s e n e l m i s m o m a g m a d e corrupción y alevosía d e l g o b i e r n o .

E l c i n e , p o r t a n t o , n o debía s e g u i r n i l o s m i s m o s p a t r o n e s d e m e l o d r a m a y o l v i d o n a z i , n i t a n s i q u i e r a e l guión o patrón l i n e a l d e principio-cl ímax-final , d e c u ñ a p r i n c i p a l m e n t e h o l l y w o o d e n s e .

Así l o e n t e n d i e r o n W i m W e n d e r s y R a i n e r F a s s b i n -d e r , p o r m e n c i o n a r sólo a a l g u n o s d e l o s r e v o l u c i o n a ­r i o s d e l a p a n t a l l a g r a n d e q u e s i g u i e r o n e l l e n g u a j e d e K l u g e y , p o r t a n t o , e s t a l ínea d e l a O b e r h a u s e n . E l p r i m e r o c o n El movimiento falso ( 1 9 7 5 ) , e n t r e o t r a s ; e l s e g u n d o , c o n Sólo quiero que me amen ( 1 9 7 6 ) y El porqué de la locura del señor R. ( 1 9 6 9 ) , h a s t a l a a p o t e o s i s d e s u g i g a n t e s c a o b r a m a e s t r a , Berlín Alexanderplatz ( 1 9 8 0 ) , s e r i e e n 1 3 e p i s o d i o s y u n epí logo s o b r e l a t r a n s c r i p ­ción d e l a o b r a l i t e r a r i a m o d e r n a h o m ó n i m a d e A l f r e d Dóbl in. L a r g o m e t r a j e s d o n d e a b u n d a n p e r s o n a j e s r a ­

r o s , m o d e r n o s e n t o d o s u s e n t i d o ; s e t r a t a d e s u j e t o s p e r d i d o s , o b i e n , n o h a y s u j e t o s c o m o t a l e s , l u c h a n c o n l a c o n c i e n c i a , están f r a g m e n t a d o s - o e s l a t r a m a l a q u e está f r a g m e n t a d a - y , finalmente, p r e s e n t a n d i ­ficultades p a r a a f r o n t a r u n Y o s o t e r r a d o p o r e l d e s ­e n c a d e n a m i e n t o d e a c t o s a b s u r d o s a n i v e l s o c i a l , p o r l a c o t i d i a n i d a d o l a construcc ión m i s m a d e l h o m b r e , t a l c o m o , paradó j icamente , l o e s b o z a b a e n l o s s e s e n t a M i c h e l F o u c a u l t . U n a n u e v a e s c u e l a q u e p u s o s o b r e l a m e s a l e n g u a j e s c o n t r a p u e s t o s : monólogos , diálogos e i n t e r r u p c i o n e s f r e c u e n t e s e n u n m i s m o d i s c u r s o .

¿Quién se atreve a llenar el hueco?

N o i m p o r t a . C o n h e c h o s o c o n l i t e r a t u r a , ¿quién s e a t r e v e a l l e n a r l o s h u e c o s d e r e a l i d a d q u e f a l t a n aquí y allá? E s a s p i e z a s e l e m e n t a l e s d e l m u r o p a r a q u e e l " t o d o " s e a l e g i b l e y c o m p l e t o : e x p l i c a b l e . Ich war Hit-lers bodyguard [Yo fui guardaespaldas de Hitler] e s u n v i d e o más d o n d e K l u g e c o m p l e t a l a s l a g u n a s ; u n e s ­labón más d e l a colecc ión d o n d e e l ce lebérr imo P e t e r B e r l i n , q u i e n y a e n o t r o s d e s u s d o c u m e n t a l e s l a h a h e c h o d e t e n o r - s i e n d o e n t r e v i s t a d o a c e p t a e l c o n s u ­m o d e e s t u p e f a c i e n t e s c o m o p a r t e d e s u r o l artístico p a r a l o g r a r m a n t e n e r s e e n l a s p r i n c i p a l e s óperas d e l m u n d o - , i n t e r p r e t a a h o r a a M a n f r e d P i c h o t a , u n f u n ­c i o n a r i o q u e t raba jó c e r c a n o a H i t l e r , d e h e c h o c o m o s u g u a r d a e s p a l d a s . A l s e r e n v i a d o a l o s t r a c i s m o a C u b a , e n a q u e l l u g a r e s a b o r d a d o p o r e l p u n t i l l o s o e n t r e -v i s t a d o r , y P i c h o t a , q u i e n d e s d e l u e g o n o e s o t r o q u e e l t r a s u n t o d e K l u g e , r e v e l a l a c o m p l i c i d a d d e l V a t i ­c a n o p a r a p a t r o c i n a r a l F ü h r e r y e n c u b r i r l o , además d e a r r e g l a r s u s u i c i d i o . U n i n t e r e s a n t e l a m e n t o d e fic­c ión r e a l , o d e u n t r a m o d e r e a l i d a d q u e a l r e s u l t a r i n c o m p l e t o a m e d i a d o s d e l s i g l o p a s a d o , h a h a l l a d o y a e n K l u g e a l a r q u i t e c t o q u e s u g i e r e e l a c a b a d o final. L a p a r o d i a b a s a d a e n e s t e h e c h o r e a l e s g e n i a l .

S i n e m b a r g o , K l u g e c o n f i e s a q u e e s s u o b r a l i t e ­r a r i a l a q u e m a y o r e s s a t i s f a c c i o n e s l e t r a e . También e s d o n d e e x p a n d e s u imaginac ión y s u g e n i a l i d a d a l m á x i m o . E n t r e s u producción d e s t a c a n Lernprozesse mil tódlichen Ausgang [Lecciones de aprendizaje con desen­lace mortal, 1 9 7 3 ] ; Neue Geschichten: Hefte 1-18 [Nuevas historias: cuadernos 1-18, 1 9 7 7 ] ; Chronik der Gefühle [Cró­nica de los sentimientos, 2 0 0 0 ] ; Die Lücke, die der Teufel lasst, t r a d u c i d a c o m o El hueco que deja el diablo, t r a d . d e D a n i e l Najmías, A n a g r a m a ( 2 0 0 7 ) ; y Das Labyrinth der zartlichen Kraft [El laberinto de la fuerza amorosa, 2 0 0 9 ] .

E n e l prólogo d e El hueco que deja el diablo ( 2 0 0 3 ) a s e ­g u r a q u e " e x p l o r a e l m u n d o fantástico d e l o s h e c h o s o b ­

j e t i v o s " , t o t a l m e n t e l o o p u e s t o a s u o b r a a n t e r i o r , Crónica de los sentimientos. E m p i e z a c o n e l d i a b l o p o r q u e , d a d o q u e e s e l único q u e p u e d e v e r a D i o s , h a s i d o e x p u l s a d o :

5 2 • I N V I E R N O , 2 0 1 2

D a n t e y V i r g i l i o c u e n t a n q u e e l arcángel caído te rminó e n e l Pacífico, c o m o u n c o h e t e , y q u e s e alojó e n e l c e n t r o d e l a t i e r r a , d i r e c t a m e n t e d e b a ­

j o d e l m o n t e d e l T e m p l o d e J e r u s a l é n . Allí e s p e r a e l Día d e l J u i c i o , a t a s c a d o e n u n m a r d e h i e l o . . . q u e s e a n t a n t a s y t a n d i f e r e n t e s l a s h i s t o r i a s q u e s e c u e n t a n s o b r e e l d i a b l o e s u n i n d i c i o d e l o v i e j o q u e e s e s t e c o n s t a n t e c o m p a ñ e r o d e l a e s p e c i e h u ­m a n a . T r a n q u i l i z a s a b e r q u e e l d i a b l o s e e q u i v o ­c a . D e v e z e n c u a n d o a n u e s t r o f a v o r , a v e c e s p a r a d e s v e n t a j a n u e s t r a . Nací e n 1 9 3 2 . P u e d e d e c i r s e q u e c a s i c rec í c o n H i t l e r . E n d i c i e m b r e d e 1 9 3 1 , f a l t a r o n 6 3 cent ímetros y m e d i o p a r a q u e e s e h o m b r e m a l i g n o m u r i e s e e n u n a c a r r e t e r a h e l a ­d a (véase página 4 7 ) . E s o s 6 3 y m e d i o cent ímetros f u e r o n u n o d e l o s e r r o r e s d e l d i a b l o . 3

P a r a l o g r a r e l r e t r o c e s o h u m a n o , l a m a l d a d o picardía d e l M a l h e c h o r s o n t a n t o s l o s p r e t e x t o s , l a s d e m o r a s y p e r c a n c e s d e l a h i s t o r i a ; t a n t o s c a l a b o z o s d e l a s u e r t e , ¡fallas!, e s q u e " n a d i e s a b e cómo reaccionará e l a c e r o " , refiriéndose K l u g e a l a T o r r e E i f f e l , q u e s i g u e i m b a t i d a p o r l o s v i e n t o s d e l o e s t e d e F r a n c i a , p a r a e n t o n c e s r e ­c o r d a r l a s l e c c i o n e s h e r e d a d a s p o r e l a c c i d e n t e d e C h e r -nóbil, y p o r e l 1 1 - S . L u e g o , e n l o s e s c o m b r o s d e l W T C , m i e n t r a s e l m u n d o a t i e n d e l a cuestión r e l i g i o s a y política q u e h a o c a s i o n a d o l a t r a g e d i a , K l u g e h u s m e a ; d e t e c t i -v e s c o o r e p o r t e r i l , detrás d e l a s r u i n a s u n extraño l i t i g i o s u b y a c e , s e p a r a p e t a off the record; e s l a c o n t r o v e r s i a e n t r e e l m a g n a t e L a r r y S i l v e r s t e i n , c a b e z a d e l o s p r o p i e t a r i o s d e l a s t o r r e s , y l a s a s e g u r a d o r a s d e l i n m u e b l e . E l g r u p o S i l v e r s t e i n h a a l q u i l a d o l a s T o r r e s G e m e l a s p o r 9 9 años a l a P o r t A u t h o r i t y d e N u e v a Y o r k y N u e v a J e r s e y . N o debió h a b e r p r o b l e m a p e r o s e r e v i s a n l a s pólizas y éstas aún n o habían s i d o firmadas e l fatídico 1 1 d e s e p t i e m b r e . P o r s i f u e r a p o c o , l o s 3 5 5 0 m i l l o n e s d e dólares q u e s e o f e r t a n d e indemnización n i s i q u i e r a alcanzarían a S i l v e r s t e i n p a r a r e c o n s t r u i r o t r o W T C . L o s a f e c t a d o s - q u e e n u n a s u e r t e d e diabólico j u e g o d e n u e s t r o s i g l o s o n a n t e s l o s a p o d e r a d o s d e l a i n m o b i l i a r i a y l a a s e g u r a d o r a , q u e l o s f a m i l i a r e s d e l a s víct imas- a l e g a n s o b r e s i d e b e p a g a r ­s e l a r e f e r i d a c a n t i d a d , o más b i e n e l d o b l e p o r t r a t a r s e d e d o s s u c e s o s s e p a r a d o s . E s q u e d o s a v i o n e s o e v e n t o s d i f e r e n t e s h a n o c u r r i d o a l c o m p l e j o . Así q u e d e l a d i s c u ­sión l e g a l s e p a s a a l a d e u n a r a r a causalidad q u e n o t a r d a e n t o r n a r s e u n a réplica d e l a s d i s e r t a c i o n e s d e l a sección 4 , p a r t e u n o y d o s d e l a Investigación sobre el conocimiento humano d e D a v i d H u m e .

D e s u o b r a El hueco que deja el diablo, s o n c i t a b l e s l o s e s p a c i o s q u e d e d i c a a l e n c a d e n a m i e n t o d e l s e d u c ­t o r M a z e p p a , h é r o e e v o c a d o p o r L o r d B y r o n y F r a n z L v s z t ; a S a r a j e v o e I r a k e n 1 9 4 0 ; a V a peVícvña f a v o r i t a d e W a l t e r Ben jamín , q u i e n f u e m a e s t r o d e K l u g e ; a l tr iángulo a m o r o s o e n t r e B i z e t , P r o u s t y l a n i e t a d e

Halévy; a u n p r o b l e m a e n l a N A S A e n c u a n t o a s u s a s e ­g u r a d o r a s ; a l s u b m a r i n o n u c l e a r K u r s k , g e s t i o n a d o c o m o u n a e m p r e s a ; a l a s " a l m a s q u e m a d a s " , d o n d e a b o r d a e l e n t i e r r o d e l a s víct imas d e Chernóbi l p o r o r d e n d e l M i n i s t e r i o d e Energ ía d e l a Unión soviéti­c a y , finalmente, a l o s c u e r p o s h u m a n o s c o m o i n s t r u ­m e n t o s d e medic ión y s u s t i t u t o s .

D e s u o b r a Das Labyrinth der zartlichen Kraft [ E l l a ­b e r i n t o d e l a f u e r z a a m o r o s a ] s o n m u y r e c o m e n d a b l e s L a l e y d e l a m o r , c o n c i t a s y epígrafes d e I m m a n u e l K a n t ; L a c a r t e l e r a d e c i n e e n d i c i e m b r e d e 1 9 1 7 e n S a n P e t e s b u r g o y Moscú; U n c a s o d e l u c h a d e c l a s e s e n l a R D A ; W a l t e r B e n j a m í n , l a s e s t r e l l a s y l a r e v o l u ­c ión; A n a K a r e n i n a 1 9 1 5 ; N o r m a , u n a ag lomerac ión d e g e n e r o s i d a d ; y , finalmente, U n a co lecc ión d e p r o ­b l e m a s d e o f e r t a m o d e r n a y n u e v o s m a t e r i a l e s c o n e l c o n c e p t o d e Pasión d e N i k l a s L u h m a n n .

E s t e s i g l o d e r e v u e l t a s p o p u l a r e s e n M e d i o O r i e n ­t e , d e c l o n a c i o n e s y o t r o s desafíos éticos c o m o e l m e d i o a m b i e n t e y l a s u s t e n t a b i l i d a d p o r u n l a d o , y d e t u r b u ­l e n c i a económica m u n d i a l j u n t o a l p a p e l m e d i a d o r d e l a i n d u s t r i a d e e n t r e t e n i m i e n t o e información d e l o s mass media p o r o t r o , e s señal inequívoca d e q u e e s t a m o s l l a m a d o s a r e p e n s a r , c o m o K l u g e , l o a c t u a l d e c a d a d i s ­c u r s o p o s m o d e r n o s a l p i c a d o d e plusvalía y s i n s e n t i d o .

S p e c V . M a l a c a r a

3 E l hueco que deja el diablo, p p . 1 3 y 4 7 .

LA P A L A B R A Y E L H O M B R E • 5 3