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La banque Caixa Geral de Depósitos fête cette année ses 140 ans d’existence.

140 années de relation, de projets menés à bien, d’accompagnement au quotidien. 140 années de fidélité à nos valeurs de confiance, rigueur, solidité et transparence.

A l’occasion de cette nouvelle année, recevez au nom de nos collaborateurs, nos voeux de bonheur, de santé et de réussite.

Nos équipes sauront, cette année encore, vous apporter la plus grande satisfaction.

Meilleurs Voeux.

¤ l

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Pedro António

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FotógrafosTeresina Amaral, Patrick Gonçalves

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ISSN2105-7761

Tiragem15.000 exemplares

Todos os direitos reservadosOs textos assinados são da responsabilidade dos autores

e não reflectem, necessariamente, a opinião da revista

A revista bilingue da comunidadeportuguesa em França

Recherche de Commerciaux H/F autonomes, organisés et dotés d’un bon sens du relationnel,ayant pour mission de développer un portefeuille clients composé de professionnels de la communautéportugaise à Paris et Ile-de-France. Ainsi, vos principales responsabilités seront de définir la stratégie

commerciale de prospection, cibler les entreprises à prospecter, effectuer principalement de la prospectionterrain. Le permis B ainsi qu’un véhicule sont nécessaires. Rémunération attractive.

Si vous êtes intéressé, envoyez votre CV à [email protected]

EDITORIAL 3JANEIRO 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR

Iniciou um novo ano ! Toda a equipa da Portugal Magazine

deseja-lhe a si, aos seus familiares e a todos os que lhe são

mais queridos, um Feliz Ano 2016 repleto de Saúde, Amor,

Felicidade e Sucesso. Que 2016 venha a realizar todos os seus

desejos e que continue a ser um fiel leitor da Portugal Maga-

zine, quanto a nós, continuaremos em sua companhia e tudo

faremos para propôr-vos um conteúdo interessante e variado

sobre a comunidade portuguesa de França e matar assim um

pouco da saudade que aperta o coração de todo o emigrante

que vive longe do seu país natal. A chegada de um novo ano

configura sempre uma oportunidade para assumirmos novos

compromissos, individuais e colectivos, e gerar novas expec-

tativas de vida.

Nosso destaque para começar este novo ano vai para a

gala organizada pela CCIFP, Câmara de Comércio e Indústria

Franco-Portuguesa, que comemorou no mês passado os seus

10 anos de existência com um jantar e concerto privado. Esta

instituição que reune cerca de 500 membros empresários,

promove o nome de Portugal em França, favorece o desen-

volvimento de intercâmbios comerciais entre os dois paises,

organiza salões, debates, seminários, assina acordos para que

tudo o que Portugal tem de melhor a oferecer, se faça conhe-

cer em França.

Nesta edição, também vai encontrar os votos de diversas

personalidades, as datas que mais marcaram o ano 2015 en-

tre outros artigos.

Para todos aqueles que por diversas razões preferem es-

quecer o ano 2015, esperemos que em 2016 tudo corra pelo

melhor apesar de não haver como passar uma borracha em

tudo o que se viveu. Na vida não há rascunho. É um rio que

corre apenas pra frente. O que está feito, está feito. E para os

nossos leitores que passaram um ano 2015 com belos mo-

mentos, esperemos que 2016 seja ainda melhor !

Novamente reiteramos os votos de um excelente Ano Novo

a todos os nossos leitores, colaboradores e anunciantes.

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ÍNDICE4JANEIRO 2016

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05

Mensagem do Secre-tário de Estado

das ComunidadesPortuguesas, José

Luís Carneiro

09

Língua portuguesa«um idioma

de futuro»

16

François Chasans,o francês que seapaixonou pelaBairrada

18

20Datas que marcaram2015

10

Conselho da Diáspora,portugueses influentes

de todo o mundodiscutem soluções

com Governo

34

Santarém, cidadecheia de história

08Mensagem de AnoNovo de Hermano

Sanches Ruivo

Lojas «gourmet»portuguesas à

conquista de Paris

12

Prémio Pessoa para RuiChafes, um artistaíntegro e inteiro

39Euro2016: Portugalintegrado no Grupo Fcom Islândia,Hungria e Áustria

Paulo Marques, eleitoconselheiro territorialda Metrópole de Paris

06

24A Câmara de Comércioe Indústria Franco-Portuguesa (CCIFP)comemorou o 10°aniversário com umjantar de gala

36

Direitos doConsumidor

Dois filmes portu-gueses na competi-

ção do festival inter-nacional em França

14

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ENCONTRO 5JANEIRO 2016

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Conselho da Diáspora,portugueses influentes de todo o mundo

discutem soluções com Governo

O objetivo deste órgão passa poraproximar estas personalidades dos con-selheiros de Portugal no mundo, portu-gueses com lugares de destaque no es-trangeiro, seja em empresas, na culturaou na ciência, no sentido de criar uma redee lançar o diálogo entre todos.

Durante o evento, no discurso que fezpara os cerca de 150 convidados presen-tes em Cascais, Cavaco Silva, presidentehonorário do Conselho, afirmou que Por-tugal “se mantém à tona de água”, porqueintegra “este núcleo duro da zona euro”.Acrescentou que “se saltasse fora, afun-dava-se”. “Portugal tem que concretizaraquelas que devem ser as suas priorida-des económicas: exportação e o investi-mento privado. E para isso há um fatordecisivo: a confiança dos investidores ex-ternos, das instituições, dos mercados edas agências de rating“, afirmou.

Por sua vez, o ministro dos NegóciosEstrangeiros, Augusto Santos Silva, novovice-presidente honorário do Conselho daDiáspora, referiu as quatro prioridades depolítica externa que podem ser desenvol-vidas com a ajuda dos conselheiros. A pro-moção da língua e cultura portuguesa é aprimeira, com o país a precisar de “esca-lar outra vez a montanha”, que muitas ve-zes “é a porta de entrada mais fácil para anossa economia”.

A segunda é o empreendedorismo, ainiciativa, o investimento e o comércio,seguido da utilização plena dos recursosportugueses, com destaque para o mar,ciência e tecnologia e a economia do con-hecimento. Por último, Augusto SantosSilva identificou como prioritário o contri-buto de Portugal como nação global.

“Julgo que há avenidas que podem serpercorridas no reforço da cooperação en-tre instituições como o Conselho da Diás-pora e o Estado, as universidades, terceirosetor, entre outros. A rede que os consel-heiros representam é absolutamente ins-

OS CONSELHEIROS DA DIÁSPORA REUNIRAM-SE, NO PALÁCIO DA CIDADELA, EMCASCAIS, para debater dois temas no decorrer daquele que foi o terceiro encontro anual: o primeiro

centrou-se na empregabilidade das novas gerações e no facto de as instituições do ensino superior

estarem (ou não) a responder adequadamente às necessidades do mercado; o segundo passou pela

inovação na indústria do audiovisual.

trumental e essencial para esse trabalhode formiguinha, que é preciso ir fazendopara capitalizar o que Portugal tem e a suainfluência”, afirmou na abertura do terceiroencontro anual dos conselheiros.

Augusto Santos Silva referiu ainda queé preciso ligar as imagens mais tradicio-nais da emigração portuguesa com as maisnovas, que representam a mobilidade por-tuguesa. “As nossas comunidades já nãosão apenas a emigração, aqueles que parti-ram num certo momento das suas vidas.São também aqueles que estão tempora-riamente fora, em mobilidade profissional,como estudantes ou voluntários”, salientou.

O Conselho da Diáspora Portuguesa foifundado em dezembro de 2012, para es-treitar as relações entre Portugal e a rede

mundial de portugueses espalhados pelomundo com posições relevantes em orga-nizações empresariais, na cultura, ciênciae participação política. Conta com 84 mem-bros, presentes em 22 países, e a sua mis-são é promover a imagem de Portugal etrazer ideias que contribuam para o de-senvolvimento do país.

Quem são os conselheiros da

Diáspora?

Os 84 conselheiros da diáspora ocupamposições relevantes em organizações empre-sariais, na cultura, ciência e participação po-lítica. O Económico elaborou uma infografiaonde constam os “embaixadores informais”que falam e pensam português em 21 paí-ses espalhados pelos cinco continentes.

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Paulo Marques nasceu em França, emChampigny-sur-Marne. Dirigente associ-ativo na associação Cultura Portuguesa deAulnay-sous-Bois aos 16 anos, iniciou asua carreira política candidatando-se àCâmara Municipal de Aulnay-sous-Boisem 1989 com apenas 19 anos. Foi eleitopela primeira vez em 1995 e vinte anosapôs o seu primeiro mandato, Paulo Mar-ques integra agora o Território da Me-trópole da Grande Paris, nova estruturade cooperação intercomunal nascida a 1de Janeiro de 2016.

A Metrópole, um território grandecomo sete vezes Paris e com uma popu-lação de 7 milhões de habitantes, viu odia no primeiro dia do ano de 2016 cuja aeleição de seus membros teve lugar en-tre os dias 15 e 23 de dezembro.

Paulo Marques em entrevista fala-nosdas suas novas funções no território daMetrópole da Grande Paris.

Paulo, o que aconteceu a primei-

ro de janeiro de 2016?

A Metrópole da Grande Paris, chama-da MGP, é uma nova instituição de coo-peração intercomunal. Ela engloba Paris,os departamentos de Seine-Saint-Denis,Hauts-de-Seine e Val de Marne, ou seja123 câmaras Municipais juntas em 12 ter-ritórios. Para a dirigir são perto de 1.050conselheiros Territoriais da Metrópole deParis e 209 conselheiros Metropolinosdesignados por eleição pelas assemblei-as municipais. As primeiras reuniõestêem lugar dia 11 de janeiro com a toma-da de posse e depois regularmente con-vocados, os conselheiros vão desbroçarseus esforços na articulação pragmaticada nova coletividade.

O que vai fazer a Metrópole?

A MGP têm um duplo objectivo. Re-duzir as desigualdades entre os Territóri-os, mas também reforçar o Grande Pariscomo Metrópole de nivel Mundial. As suasorientações e competências vão ser pro-gressivas. Em 2016, a Metrópole recupe-ra as competências do ambiente e do de-senvolvimento económico. As competên-

Paulo Marques, eleito conselheiroterritorial da Metrópole de Paris

PAULO MARQUES, AUTARCA DE AULNAY-SOUS-BOIS, foi eleito conselheiro territorial

da Metrópole de Paris a 16 de Dezembro de 2015.

PAULO MARQUES

cias do urbanismo e do alojamento serãotransferidas no ano que vêm, em 2017.No entanto, já este ano, a Metrópole podeimplementar uma primeira medida nosentido de favorecer a construção de pro-gramas de habitação. Instaurar por exem-plo, um apoio financeiro as Câmaras Mu-nicipais que desenvolvem a construçãopara que possam adquirir equipamentoscomo creches, escolas … devido à che-gada de novos moradores.

É bom salientar também que a Metró-pole de Paris terá dois anos para definir oseu projecto metropolitano.

Paulo Marques, qual o papel de

cada um dos 12 territórios?

Os territórios da Metropole de Parisvão recuperar progressivamente até 2018as competências de ambito local : sani-amento e tratamento das aguas, lixo, po-lítica da cidade, ação social, equipamen-tos desportivos e culturais, o Plano Localde Urbanismo tal como também o PlanoClimático e Ambiantal. Factualmente pen-so que será necessario algum tempo paraharmonizar as diversas situações. Tinhasido por essas razões que os Presidentesde Câmaras Municipais tinham solicitadoum prazo suplementar de um ano, até 1de janeiro de 2017 para preparar a pas-sagem com mais serenidade, o que nosfoi recusado pelo governo.

Qual será a incidência sobre a

nossa comunidade residente na

Metrópole da Grande Paris?

Em primeiro lugar, a incidência será amesma que qualquer Franciliano (residen-te da Região Île de France). Pois a inter-venção toca todos os habitantes de Paris,Seine-Saint-Denis, Hauts de Seine e Valde Marne. No que diz respeito à comuni-dade Portuguesa, posso já identificar sec-tores que dirão respeito mais diretamen-te aos portugueses que são por exemplo,para os empresarios da construção civil,da promoção imobiliaria que vão ver au-mentar as possibilidades de negócios comuma política Metropolitana de habitação.A cultura pode ser algo de um olhar es-pecífico para que não seja abandonada oudeminuida a oferta da cultura Portuguesae lusófona pelas estruturas câmararias.São exemplos onde a nossa presençapode atuar no seio desta nova coletivida-de de mais de 7 milhões de habitantes.

Como é financiado essa nova co-

letividade?

Ao primeiro de janeiro de 2016, astaxas «foncières e habitation» continuama serem pagas para as Câmaras Munici-pais. As taxas das empresas, essas, é quevão financiar a Metrópole de Paris.

Progressivamente as taxas fiscais vãoser as mesmas em todo o lado, não ha-verá mais concorrência entre os territóri-os.

ENTREVISTA6JANEIRO 2016

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Novo Cônsul em Paris promete maiseficiência dos serviços

VOTOS8JANEIRO 2016

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“Enquanto Cônsul-Geral em Paris pro-curarei reforçar e melhorar a eficiênciados serviços consulares e dar uma acres-cida e elevada atenção aos problemas dacomunidade portuguesa”, disse em men-sagem de apresentação á comunidadeportuguesa o novo Cônsul-Geral de Por-tugal em Paris.

António Albuquerque Moniz prometeprestar “atenção, em coordenação comos serviços da Embaixada de Portugal emParis e da coordenação do ensino do Por-tuguês em França, à qualidade do ensinoda nossa língua”, defendendo que esta é“parte essencial do nosso património, danossa vivência comum, da nossa identi-

ANTÓNIO ALBUQUERQUE MONIZ

dade como Povo que não se confina aoslimites geográficos de Portugal”.

O cônsul espera ainda participar nas

atividades sociais, culturais e económi-cas que promovam o desenvolvimento, oprogresso e a visibilidade dos portugue-ses nesta região e que contribuam para oprestígio de Portugal e para a divulgaçãoda língua e cultura portuguesas.

Por fim, na sua mensagem, AntónioAlbuquerque Moniz declara que a diáspo-ra portuguesa na área de jurisdição desteConsulado Geral conta já com “uma gran-de maturidade e uma tradição sólida quenos deverá permitir, em conjunto, apro-fundar a sua participação na vida destepaís”, sem deixar de defender a cultura ea história particulares da nação portugue-sa, referência incontornável da identidade.

Mensagem de Ano Novode Hermano Sanches Ruivo

CHEGADA MAIS UMA QUADRA NATALÍCIA E DE ANO NOVO, Nestas primeiras horas de 2016, estamosprovavelmente num último balanço do ano que findou, pensando nos momentos fortes, alegres ou tristes,relembrando também o que realmente mudou nas nossas vidas e nas vidas dos que mais nos importam.

Assim, arrumando uma boa parte damemória de 2015, ano que ficará comomuito especial para quem vive em Fran-ça e para mim vereador na Cidade deParis, participamos da reflexão sobre oque podemos esperar de este Novo Ano.

Assim estamos todos, entre esperan-ça e confiança, entre preocupação e al-guma ansiedade. Por isso, queria partil-har, nesta mensagem mais pessoal, osentimento comum de pertecermos auma mesma família, a conviver num mes-mo espaço, procurando partilhar direi-tos mas também deveres, trabalhandopara que estes anos que passam, quenos levam de criança para adulto, quenos trazem filhos e amigos, que nos dãoa possibilidade de realizar sonhos, se-

jam bem vividos. Que os valores que nosmovem, no dia a dia, possam ser os quetornam possível alguma felicidade.

E porque somos Portugueses em Fran-ça ou Portugueses de França, nessa lógi-ca mistura de gerações, podemos tam-bém continuar a desenvolver este laço

com uma cultura, uma língua, uma certaforma de viver e de imaginar o Mundo.

Para 2016, seria o meu principal de-sejo: que esta nossa dupla cultura venhaa crescer, a tornar-se mais visível e maisevidente para todos, isso, evidentemen-te, em conjunto com saúde, amor e muitaamizade!

A todos os leitores do Portugal Mag,os meus sinceros votos de um GrandeAno de 2016 e não apenas com a vitóriada nossa Selecção no Euro 2016 emFrança,

Hermano Sanches Ruivo

Adjoint à la Maire de ParisConseiller délégué à l’[email protected]

HERMANO SANCHES RUIVO

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Mensagem do Secretário de Estado dasComunidades Portuguesas, José Luís Carneiro

CHEGADA MAIS UMA QUADRA NATALÍCIA E DE ANO NOVO, gostaria de dirigir àsComunidades Portuguesas em todo o mundo algumas palavras, no momento em que inicio as minhasfunções e cumprindo uma prezada tradição.

Na época de Natal, as nossas aten-ções voltam-se para a nossa família, paraos nossos amigos e entes queridos, osque temos por perto e os que, muitasvezes por força das circunstâncias e con-tra a nossa vontade, não podemos reu-nir à nossa volta. É um tempo de comu-nhão, de partilha de afetos e de celebra-ção, mas também de reflexão sobre onosso papel enquanto indivíduos e en-quanto comunidade, sobre o presente eo futuro, um tempo que queremos depaz e de esperança, mais ainda quandoencaramos uma realidade feita de tantosdesafios e incertezas.

A todas as portuguesas e portugue-ses emigrantes, jovens e idosos, queroexpressar a minha profunda admiraçãopela sua coragem, pela sua determina-ção em construir um futuro melhor e pelasua solidariedade nos momentos adver-sos. Estas são as virtudes da alma por-tuguesa que importa preservar e nutrir,não apenas em época de festas, mas to-dos os dias e todos os anos.

Aos mais carenciados, aos mais ido-sos e aos mais sós, aos que passarão oNatal longe do seu país e das suas famílias,uma palavra especial de carinho e de so-lidariedade. A esses concidadãos, quere-mos dedicar uma especial atenção noâmbito da nossa ação, garantindo umapoio sustentado aos que se dedicam aprestar-lhes a ajuda de que necessitam, ereforçando a sua proteção social.

A todas as Comunidades Portugue-sas, queremos assegurar uma maior li-gação à sua Administração e ao seu país.A todas e todos, procuraremos facilitaro exercício da sua cidadania e a sua par-ticipação cívica, nos seus países de acol-himento e de residência, tal como emPortugal. E porque sabemos que a "sau-dade da terra" melhor se alivia no reen-contro com o sentimento de pertença ede identidade, tudo faremos, nos próxi-mos anos, por manter vivas a nossa cul-tura, a nossa língua e a nossa memória.

Penso igualmente nos milhares de jo-vens que, ao longo dos últimos anos,partiram contrariados, em busca de umavida melhor, com o sentimento de que é

VOTOS 9JANEIRO 2016

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JOSÉ LUÍS CARNEIRO

nosso dever promover a sua integraçãonos seus países de acolhimento, salva-guardando os seus direitos, e esforçar-mo-nos por lhes proporcionar uma liga-ção à sua pátria. Uma das formas deapoiar a nossa diáspora continuará a sera dinamização do movimento associati-vo dos emigrantes, enquanto instrumen-to de coesão e partilha de valores entreas novas e as velhas gerações. Iremosainda ao encontro dos jovens emigran-tes portugueses e luso-descendentesempresários, potenciando o seu contri-buto para o desenvolvimento do nossopaís, da nossa economia e do nosso bem-estar, com eles dialogando nomeadamen-te através das estruturas locais e asso-ciativas e fomentando o seu investimen-to em Portugal.

Nesta ocasião, não poderia deixar desaudar todas e todos quantos, na nossarede diplomática e consular, nos servi-ços internos e externos do Ministério dosNegócios Estrangeiros, contribuem, como seu trabalho e dedicação, para a mel-horia do atendimento e do apoio às co-munidades portuguesas, ajudando a fa-zer um Portugal mais próximo dos seus

cidadãos, onde quer que se encontrem.Uma palavra, ainda, de reconheci-

mento pelas mulheres e homens de cul-tura, académicos e professores que, to-dos os dias, promovem e defendem anossa língua e a nossa cultura no mun-do. Também eles são parte do legado danossa memória e da nossa identidade.

Finalmente, quero prestar homena-gem à memória dos nossos compatrio-tas, vítimas inocentes dos atentados deParis do dia 13 de novembro último. Aestes portugueses que, tragicamente,perderam a vida por se terem plenamenteintegrado na sociedade francesa e delafazerem parte ativa, as suas famílias eamigos, o meu mais sentido pesar.

Com o seu contributo para a proje-ção da nossa cultura, da nossa língua eda nossa economia, e com o seu trabal-ho de cada dia, os emigrantes portugue-ses são os melhores embaixadores dePortugal, porque prestigiam o nosso paíse a nossa imagem no mundo, uma ima-gem de um Portugal cada vez mais mo-derno e inovador.

A todas e todos, desejo um prósperoAno Novo.

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LÍNGUA PORTUGUESA10JANEIRO 2016

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Com oradores vindos do Brasil, de An-gola, de França, de Moçambique, de Ti-mor ou de Cabo Verde, o Congresso In-ternacional “Língua Portuguesa: uma Lín-gua de Futuro” abordou a língua de di-versas perspetivas: do ensino à literatu-ra, e do português como língua de con-hecimento, designadamente científico, aofuturo do idioma na era digital.

A sessão de abertura contou comuma intervenção de Vítor Aguiar e Silva,um dos fundadores do Instituto Camõese coordenador da Comissão Nacional deLíngua Portuguesa, que propôs um câ-none literário a ser partilhado pelos siste-mas de ensino dos vários países de lín-gua portuguesa que “possa contribuir

Língua portuguesa«um idioma de futuro»

ESCRITORES, ESPECIALISTAS E INVESTIGADORES reuniram-se durante três dias numcongresso internacional no Convento de São Francisco, em Coimbra, para debater a línguaportuguesa como um idioma de futuro.

poderosamente para que a língua, nestasua dimensão transnacional e transcultu-ral, tenha alguma estabilidade”.

“A minha proposta é que seja cada paísque tem como língua oficial o portuguêsa propor os autores e obras que inte-grarão esse cânone literário escolar”, disseo investigador, sugerindo que esses auto-res “devem ser sobretudo dos séculos XXe XXI” e as obras devem privilegiar “tex-tos de natureza narrativa e descritiva, demais fácil compreensão por parte dos des-tinatários ideais, que são os alunos dosvários graus de ensino”.

Na sessão de encerramento, os es-critores Germano Almeida, de Cabo Ver-de, Luís Cardoso, de Timor-Leste, João

Melo, de Angola, e Lídia Jorge, de Portu-gal, debateram o português “como lín-gua literária”.

“O português como língua do futuropassará pela diáspora portuguesa”, rea-lçou Lídia Jorge no seu discurso, ondeabordou os vários tipos de literatura exis-tentes em Portugal, garantindo que “hojenão podemos pensar apenas no espaçoportuguês, a língua portuguesa vem detodos os lados e têm um potencial extra-ordinário”.

A escritora citou um poema de BossAC intitulado “O portuga”, para dar oexemplo do “português criativo em bus-ca de uma nova pureza”.

“Não podemos prever o que vai acon-

MANUEL MACHADO

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LÍNGUA PORTUGUESA 11JANEIRO 2016

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tecer, mas sabemos que a vivacidade dasnossas literaturas depende das nossasculturas”, concluiu.

Germano de Almeida, o jurista cabo-verdiano que também é escritor, fez ques-tão de realçar que existe uma “ostensivadistância da língua portuguesa, sobretu-do por parte da geração pós-independen-tista cabo-verdiana”.

“O dia a dia da vida em Cabo Verdedecorre em crioulo ao contrário do queas pessoas dizem, Cabo Verde não é umpaís bilingue”. No entanto, refere, “a lite-ratura cabo-verdiana é feita, exclusiva-mente, em língua portuguesa”.

O escritor realçou ainda que “CaboVerde precisa do português para entrar

LÍDIA JORGE JOÃO MELO LUÍS CARDOSO GERMANO ALMEIDA

na rota do desenvolvimento. E ter duaslínguas oficiais – português e crioulo –será um ganho para Cabo Verde”.

Por sua vez, Luís Cardoso, escritor ti-morense, contou como “trocou” uma re-dação em língua portuguesa pelo primeiropão que comeu na sua vida, na escolaprimária, e falou sobre o seu novo livrodedicado ao amigo Zeca Afonso.

De Angola chegou João Melo, que fezquestão de realçar que “mais do que umalíngua oficial em Angola, o português éuma das línguas do país”, destacando ain-da que o português em angola tem a in-fluência das várias línguas que lá se fa-lam e, por isso, “podemos falar de umportuguês angolano”.

No final, João Gabriel, reitor da Uni-versidade de Coimbra, falou sobre umfuturo plurilíngue. “A Universidade deCoimbra vai seguir com a internacionali-zação do português, assumindo em plenoque a língua portuguesa é de todos osque a usam”. E concluiu afirmando que“não há melhor encontro do que a línguaque nos une”.

O Congresso Internacional “LínguaPortuguesa: uma Língua de Futuro” foi aforma escolhida pela Universidade deCoimbra (UC) para encerrar as comemo-rações dos seus 725 anos, reforçando aestratégia de ter o idioma como elemen-to central da sua internacionalização e dasua afirmação como universidade global.

Um ano que se finda e outro quecomeça entre promessas e balanços,votos de felicidade, paz, amor e fra-ternidade e sobretudo a saúde. Os anospassam e as promessas que se evapo-ram: havemos de tomar um café um diadestes, quando voltar a Portugal temosque nos ver, este ano não podemosdeixar passar… Mas deixamos, e osmeses passam e os anos passam. Quetempos tristes estes, em que estamosligados em permanência à informaçãovirtual de amigos do outro lado do mun-do e tão longe dos que nos estão próxi-mos e adiamos, adiamos: a vida, a ami-zade, a escuta, a palavra, o café.

“Não podes mudar o mundo!” Di-zem-me frequentemente. Mas tambémnão espero mudar o mundo mas mu-dar a minha consciência, a forma deagir, de estar e sobretudo de estar pe-rante os outros. Se os outros mere-

Mensagem de Cristina Branco“NÃO POSSO ADIAR O AMOR PARA OUTRO SÉCULO NÃO POSSO…”

António Ramos Rosa

cem ou não: a amizade, os pequenosgestos para com eles, só o tempo odira. Perdemos amizades, ganhamosamizades. Evitamos os mesmos errosou cometemos os mesmos: por dis-tracção, descuido… é assim a vida. Éassim a vida com o seu cortejo de diasfelizes e outros piores. Mas a vida in-dependentemente dos acontecimentosinesperados, mais ou menos felizestambém é aquilo que fazemos dela. Queeste ano não seja um ano de promes-sas, mas de acções. Promessas? Leva-as o vento! Que possa tomar um cafémais frequentemente com uma amiga,que não volte a adiar a amizade. Queos votos de início de ano não sejamapenas uma obrigação, palavras vãs.Cultivar a amizade, o sorriso, a gene-rosidade, a bondade, não muda o mun-do mas mudará certamente o que nosrodeia.CRISTINA BRANCO

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ECONOMIA12JANEIRO 2016

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Lojas «gourmet» portuguesasà conquista de Paris

Nos últimos dois anos surgiram na ca-pital francesa nomes como "Lisboa Gour-met", "La Tiborna", "Portologia", "Caravelledes Saveurs", "Comme à Lisbonne" ou "Tas-ca", cujas vitrinas vintage expõem produtosque não se encontram à venda nas grandessuperfícies comerciais.

"Em Paris, Portugal não era muito bemrepresentado nos seus produtos 'gourmet',mais de excelência. Ou seja, havia muitossupermercados, mas não produtos assimrequintados", disse Agnès Meira, proprietá-ria do Lisboa Gourmet, uma loja e bar queabriu no final de abril de 2014.

A lusodescendente contou que o "Lis-boa Gourmet", situado no Boulevard desBatignolles, perto de Montmartre, foi "a pri-meira" loja gourmet portuguesa a abrir emParis, tendo-se seguido algumas outras, oque a deixa satisfeita porque "os italianos ti-nham conseguido, os espanhóis também ePortugal ainda não tinha começado".

"Eu penso que há um desejo, mas aindanão existe um verdadeiro roteiro gourmet,ou seja, poder ir a vários sítios onde se pos-sa encontrar produtos gourmet. Ainda nãohá, mas poderá haver, temos esperança quesim. Paris precisava mesmo de um restau-rante gastronómico português, isso sim",sugeriu Agnès Meira.

Licenciada em Economia e Gestão, a pari-siense está a "educar os clientes ao sabor e aopaladar português" graças às conservas, azei-tonas, compotas, mel, chá e vinhos de peque-nos produtores e o "Lisboa Gourmet" já figurano guia turístico Le Routard 2015 como umlocal "onde se pode comer como em Lisboa".

Bem perto do Sacré Coeur, em plenobairro turístico de Montmartre, outro espa-ço português tem atraído "90 por cento de

VÁRIOS ESPAÇOS EM PARIS APOSTARAM NO CONCEITO de um Portugal "gourmet" emtroca dos tradicionais produtos do chamado "mercado da saudade".

franceses" graças aos "bons produtos por-tugueses": o café "La Tiborna" que abriu emnovembro de 2014 na Rue Durantin.

"As pessoas estão recetivas e estão cu-riosas de conhecer produtos de Portugalporque Portugal está verdadeiramente namoda. Temos inúmeros franceses que, aoconhecerem Portugal, estão também curi-osos em conhecer os produtos portugue-ses, não só os produtos tradicionais, mastambém os bons produtos portugueses e éessa a nossa aposta", explicou à Luís Ribei-ro, o proprietário do La Tiborna.

O projeto partiu da ideia da tiborna alen-tejana, "o chamado pão alentejano", para ser-vir diferentes "tibornas" e "dar a conhecervários produtos portugueses", como as con-servas de sardinhas, bacalhau, atum ou ca-vala expostas nas prateleiras do café, ao ladode uma gama variada de vinhos "95% portu-gueses", a maior parte biológicos, e oriun-dos de pequenos produtores da região deAlentejo, Lisboa e Douro.

Em junho, na Rue du Faubourg Saint-Martin, no 10º bairro de Paris, abriu portasuma mercearia fina portuguesa, Caravelle desSaveurs, com o objetivo de vender "produtosque não se encontram no mercado da sauda-de", explicou Paula Simão, a proprietária.

"Portugal não é só produtos do dia-a-

dia. Portugal não é só bacalhau e música deLinda de Suza. Temos assim um selo na ca-beça que o português só está cá para traba-lhar e só come bacalhau", lamentou a luso-descendente que fez "uma viagem de maisde cinco mil quilómetros" à procura dos pe-quenos produtores de Portugal.

Depois de 26 anos a trabalhar na indús-tria da moda, nas marcas de luxo Givenchye Swarovski, Paula Simão quis ser uma daspioneiras das lojas gourmet portuguesas emParis, tendo decorado o espaço com o quechamou de "sardinoteca", ou seja, um qua-dro composto de várias latas de conserva eprateleiras com cervejas e chocolates arte-sanais, patês de vinho do Porto, mata-bichode alho, doce de pimento e malagueta, quei-jo de figo e outras iguarias portuguesas.

A mais recente aposta portuguesa emParis, no bairro do Marais, perto do CentroPompidou, chama-se "Portologia" e é umespaço de degustação e garrafeira dedicadoa vinhos do Porto e do Douro.

"O mercado francês é o primeiro merca-do de vinho do Porto a nível mundial. Nãohavia cá nenhuma casa especializada em vi-nho do Porto", explicou o proprietário Juliendos Santos que, no ano passado, já tinhacomprado o bar "Vinologia", no Porto, e quequis aproveitar a procura de vinhos menosconhecidos em França.

O lusodescendente de 27 anos conside-ra que as lojas gourmet portuguesas em ple-no centro de Paris respondem ao interessefrancês por Portugal, constituindo uma al-ternativa aos supermercados à volta da ca-pital que se "limitavam às grandes marcasportuguesas" e eram "direcionados para osemigrantes portugueses e não para clientelafrancesa".

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Os dois filmes, os únicos portugueses aconcurso, foram selecionados entre as 7.778obras de todo o mundo inscritas no festi-val.

“A Glória de Fazer Cinema em Portugal”estreou em julho no 23.º Curtas Vila doConde – Festival Internacional de Cinema eresultou de uma encomenda da Curtas Me-tragens ao realizador Manuel Mozos. O fil-me tem como ponto de partida uma cartaescrita por José Régio, em 1929, a AlbertoSerpa onde o escritor manifestou a vontadede fundar uma produtora para começar afazer cinema. Durante quase noventa anos,

Dois filmes portuguesesna competição do festivalinternacional em França

CINEMA14JANEIRO 2016

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AS CURTAS-METRAGENS “A GLÓRIA DE FAZER CINEMA EM PORTUGAL”,DE MANUEL MOZOS, E “O GUARDADOR”, DE RODRIGO AREIAS, vão integrar acompetição internacional do maior e mais relevante festival de curtas-metragens europeu, oClermont-Ferrand Short Film Festival, que terá lugar de 5 a 13 de fevereiro de 2016 em França.

RODRIGO AREIAS

nada se soube sobre o desfecho deste pe-dido: nunca se encontrou qualquer respos-ta de Serpa à carta e Régio não terá voltadoa mencionar o assunto. “A Glória de FazerCinema em Portugal” tenta desvendar o des-fecho desta história. A curta-metragem, queentretanto integrou o circuito internacionaldos festivais de cinema tendo sido distin-guida pelo Júri do Doclisboa e premiadacom uma menção honrosa no Festival Ca-minhos do Cinema Português, venceu, estemês, o Prémio de Melhor Curta-Metragemno Festival de Cinema Luso-Brasileiro deSanta Maria da Feira.

Por sua vez, a curta-metragem “O Guar-dador”, de Rodrigo Areias, surgiu a partirde um convite feito pela Universidade daBeira Interior ao realizador para lecionar umworkshop, integrando os alunos na cons-trução da narrativa do filme. A obra marcao regresso de Rodrigo Areias à Serra daEstrela, depois de “Estrada de Palha”, numprocesso que, com escassos recursos, en-volveu apenas uma atriz local, 30 estudan-tes e uma câmara de bolso. A curta inspi-ra-se em quatro livros – “Constantino Guar-dador de Vacas e de Sonhos” de Alves Re-dol; “O Guardador de Rebanhos” do hete-rónimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro;

“O Capital de Karl Marx” e a “Lã e a Neve”de Ferreira de Castro. “O Guardador” é so-bretudo um filme acerca do valor do tra-balho, a solidão e a incomunicabilidade,sobre um homem que tem de trabalhar dedia de noite, como pastor e no Museu daLã, para sobreviver a comer uma sopa norestaurante do Senhor Ministro.

Segundo uma nota enviada às redações,“a mediatização do evento e a presença decerca de 3300 profissionais do cinema detodo o mundo fazem deste evento um es-paço de extrema importância na divulga-ção do cinema português”.

MANUEL MOZOS

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A ideia era conhecer algumas das vi-nhas que alimentam a lenda dos tintos doBuçaco. Em Tamengos, nos arredores daCuria, António Rocha, o homem que tratados vinhos, mostra-nos pequenas parce-las de vinha sem qualquer glamour mas“muito boas para a Baga”, uma das duascastas usadas no lote final. A outra, a Tou-riga Nacional, vem do Dão. O lugar nãotem nome no atlas do vinho português.No entanto, é por ali que se situam as vi-nhas dos famosos tintos Gonçalves FariaTonel 3 e 5, e não só. “Vou mostrar-lhe avinha do François Chasans”, diz AntónioRocha, ao mesmo tempo que mete o car-ro por uma estrada de terra batida. Pou-cos metros à frente, surge uma carrinhade matrícula francesa e, logo a seguir,François Chasans, o próprio, e o filho,Charles Chasans, ambos de pulverizadoràs costas, aspergindo, sempre em formade oito, videiras e o solo com uma dastisanas usadas na viticultura biodinâmica.

François vive em França, mas, sempreque pode, vem até à Bairrada para tratardo seu hectare de vinha. Desta vez, veio aPortugal também para fazer a escritura decompra de mais uma parcela de terrenoonde pretende plantar mais uma fiada devideiras. É uma colina suave exposta a lestee com grande potencial.

Não há nada que ligue François à Bair-rada, a não ser o vinho. Proprietário deuma garrafeira nos arredores de Paris,passou a vida a provar e a comprar vi-nhos. Chegou a trabalhar para a famosaloja Fauchon, de Paris. Já bebeu o melhorque se faz em França e no mundo.

Casado com a portuguesa Maria do

François Chasans, o francêsque se apaixonou pela Bairrada

EM 1998, FRANÇOIS CHASANS PROVOU VINHOS VELHOS DA BAIRRADA E TEVE UMA

EPIFANIA. Eram tintos ao nível dos melhores de França. No ano seguinte, comprou uma terra e fezuma vinha em Tamengos, perto da Curia. Hoje é um dos sete Baga Friends e sonha em colocar osvinhos bairradinos no topo do mundo.

ECONOMIA16JANEIRO 2016

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Céu, da Lourinhã, François Chasans co-meçou a visitar Portugal há cerca de 40anos. Nessa altura, “o pior vinho portu-guês era o da Bairrada, o melhor era o doDão”, recorda. Em 1998, foi a Lisboa, paravisitar a Expo, e pôde provar vinhos ve-lhos da Bairrada, entre os quais algunsGonçalves Faria, que o deixaram de bocaaberta. “Foi uma revelação. Estavam aonível dos melhores vinhos franceses”, con-ta. Três meses depois estava na Bairradaa comprar terra para fazer a sua própriavinha, a que deu o dome de Quinta da Va-cariça, inspirada no mosteiro beneditinoque terá existido na aldeia da Vacariça, noconcelho da Mealhada. É ele que carregaliteralmente a vinha às costas, embora, aespaços, conte com a ajuda do filho, Char-les, enólogo recém-formado que já apre-senta no currículo um estágio de dois anosno mítico Domaine de La Romanée-Conti,na Borgonha, e onde também se praticaviticultura biodinâmica. “ Há milhares deviticultores biodinâmicos no mundo, masa maioria é gente maluca”, diz François,assumindo-se como biodinâmico “nãoextremista”. O que o move é o desejo deter uma vinha saudável, livre de químicose alimentada unicamente com produtosnaturais. “O vinho faz-se na vinha”, lem-bra.

O seu lema é “cultivar a diferença nabusca da excelência”. Em 2008 produziuo seu primeiro vinho, feito de forma tradi-cional num lagar cedido por Mário Sérgio,na Quinta das Bágeiras. A cada dia quepassa, François diz-se cada vez mais ren-dido à Baga (é um dos sete Baga Friends,juntamente com Luís Pato, Mário Sérgio,

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Gérard Depardieu e Emmanuelle Seignervão estar em Portugal para gravar um filme,

sobre o ditador soviético Josef EstalineOS ATORES GÉRARD DEPARDIEU E EMMANUELLE SEIGNER VÃO ESTAR EMPORTUGAL entre 4 de janeiro a 6 de fevereiro, para a rodagem de uma longa-metragem sobre

o ditador soviético Josef Estaline.

O Palace Hotel do Buçaco e o PalaceHotel da Curia, na Mealhada, servirãode cenário ao filme, que será realizado

ECONOMIA 17JANEIRO 2016

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Filipa Pato, Dirk Niepoort, Sidónio de Sou-sa e Bussaco) e à Bairrada, “a região commais potencial do mundo”. “Mas falta-lheimagem e posicionamento”, diz, mostran-do-se crítico do rumo que os vinhos bair-radinos estão a tomar.

Recentemente, aproveitou a sua entro-nização como confrade dos enófilos daBairrada para dizer o que pensa. Lembrou,a começar, que o último concurso dosmelhores vinhos da Bairrada, organizadopela comissão vitivinícola regional, atribuiua mais alta distinção a um vinho tinto deoito meses. “Um Baga tradicional não temhipóteses nenhumas neste concurso. Mashá pior. Um Merlot foi eleito o melhor vi-nho do ano. Que imagem querem dar aosenófilos do mundo?”, questionou no seudiscurso, lembrando que “um Merlot é umPomerol e um Pinot Noir é um Nuits-Saint-Georges”, “vinhos de emoção adaptadosaos seus terroirs”, que é o que acontececom a Baga em relação à Bairrada. “Por-tugal possui uma das maiores colecçõesde castas autóctones do mundo. Temos

de nos servir deste tesouro para afirmar anossa identidade”, defendeu.

François deu também o exemplo do novoEspumante Baga, com o qual a comissãovitivinícola espera um acréscimo de produ-ção superior a 250 mil garrafas. “Mas comoé que querem construir uma imagem comum produto que tem nove meses de cave nomínimo? Um estágio de três anos seria maisambicioso. Façam só 20 mil garrafas da maisalta qualidade para começar”, desafiou, de-fendendo que a Bairrada, bem como o restodo país, só se poderá afirmar pela diferença,nunca pela quantidade. “A Romanée-Conti

produz apenas seis mil garrafas”, lembrou,a propósito.

Do seu Quinta da Vacariça, FrançoisChasans produz ainda menos (a quantida-de de uvas não chega sequer aos cinco milquilos). E, do pouco que produz, não temvendido muito (em Portugal, o vinho estádisponível em duas ou três garrafeiras enum ou noutro restaurante). A sua ideia évender 80% do vinho no estrangeiro. Umseu amigo garante que até já tem paletesfeitas para vender mais tarde em certosmercados. Aos 59 anos, François Chasansnão tem pressa. Os Baga precisam de tem-po em garrafa e o seu primeiro vinho, oQuinta da Vacariça 2008, um tinto impo-nente, tânico e com uma acidez soberba(um pouco menos maduro do que o 2009,mais civilizado nesta fase), ainda tem pelomenos “20 anos pela frente” (está à vendaa 48 euros na Garrafeira Nacional). Fran-çois sabe melhor do que ninguém que osgrandes vinhos demoram muito tempo afazer. O que custa são os primeiros 150anos, como diriam os Rothschild.

por Fanny Ardant.Depardieu, que mudou a residência

para a Rússia para fugir à carga fiscalfrancesa, tem agora a oportunidade deencarnar aquela que é uma das maisimportantes figuras da história da UniãoSoviética. A longa-metragem centra-senos últimos anos do ditador (1950, qua-tro anos antes da morte) e explora, sobuma perspetiva freudiana e intimista, aentrada de um jovem na vida de Estali-ne e da sua mulher, gerando no ditadorsentimentos de ciúme.

Intitulada “Et derrière moi une cagevide” (em português “E atrás de mimuma gaiola vazia”), a longa-metragemé uma coprodução luso-francesa, a car-go de Paulo Branco, em nome da Leo-pardo Filmes e da Alfama Films.

A produção já está instalada no Bu-çaco, mas os atores devem chegar logoapós o ano novo, para um mês de fil-

magens que seguem até dia 6 de feve-reiro. Para já, ainda não há data previs-ta de estreia.

GÉRARD DEPARDIEU EMMANUELLE SEIGNER

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Prémio Pessoa para Rui Chafes,um artista íntegro e inteiro

O ESCULTOR, DE 49 ANOS, é apenas o segundo artista plástico a receber o mais importante prémiode consagração português.

RECOMPENSA18JANEIRO 2016

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RUI CHAFES

Poucos artistas nascem já feitos, intei-ros, completos. Rui Chafes sim. É um casoraro. Em 1992, assinava as suas primeirasexposições quando a revista K lhe dedi-cou um artigo de título lapidar: “Este ho-mem é um génio.” Chafes tinha apenas 26anos. Tem 49 agora que recebe o PrémioPessoa, o mais importante prémio nacionalde consagração, o único que distingue pro-tagonistas de várias áreas das ciências e hu-manidades.

Em 29 edições, é apenas o segundo ar-tista plástico contemplado. O primeiro doúltimo quarto de século, desde 1990, quan-do foi atribuído a Menez já perto do fim davida da pintora (1926-1995).

O júri, liderado pelo presidente do gru-po Impresa, Francisco Pinto Balsemão, in-tegrou o economista Álvaro Nascimento, osociólogo António Barreto, a jornalista e es-critora Clara Ferreira Alves, o administra-dor Diogo Lucena, o arquitecto EduardoSouto de Moura, o neurocirurgião JoãoLobo Antunes, o historiador da arte JoséLuís Porfírio, as cientistas Maria Manuel Motae Maria de Sousa, o ex-presidente MárioSoares, o jurista Miguel Veiga, o presidenteexecutivo da Impresa, Pedro Norton, o en-genheiro Rui Magalhães Baião, o musicólo-go Rui Vieira Nery e o filósofo Viriato Soro-menho-Marques.

Chafes "consegue o feito raro de pro-duzir uma obra simultaneamente sem tem-po e do seu tempo", disse Francisco PintoBalsemão no Palácio de Seteais, em Sintra,

ao anunciar o prémio, no valor de 60 mileuros atribuídos pelo semanário Expressocom o patrocínio da Caixa Geral de Depó-sitos, Chafes reagia pouco depois: “É umasorte poder fazer um trabalho ao longo detantos anos e ele ter algum tipo de signifi-cado e suscitar o interesse e o reconheci-mento de uma comunidade. Não estou certode o merecer nem de ter a importância deoutras pessoas que o receberam, mas é umaalegria e uma grande responsabilidade.”

A responsabilidade, diz o escultor, ra-dica no facto de quando um prémio trans-versal como o Pessoa é entregue a um ar-tista, a distinção se perfilar não apenas comoreconhecimento de um percurso individu-al, mas constituir um alerta maior, “umachamada de atenção para a própria exis-tência da arte no mundo”.

Grande parte da actividade artística, dizChafes, destina-se hoje a alimentar o mer-cado. “É legítimo.” Mas há outros timbresde intencionalidade, gestos que entendemter “um papel ético no mundo”. “O meu élevantar questões, fazer perguntas e pôras pessoas à procura de respostas no sen-tido da essência daquilo a que chamamosvida e existir.”

O bom trabalho artístico, conclui o es-cultor, “põe sempre questões sobre o es-sencial”: “Tem a ver com descarnar, ir aocaroço.”

Na obra de Chafes, esta perspectiva tem-se traduzido numa dedicação exclusiva aotrabalho do ferro – uma das singularidades

primeiras da sua marca autoral.Não há, nunca houve muitos artistas a

trabalhar sistematicamente e em exclusivi-dade o ferro. Nasceu com a escultura mo-dernista a essência do que, na segunda me-tade do século XX, seria mais frequente-mente procurado no trabalho com estematerial: a monumentalidade, uma reflexãosobre o peso e a densidade, sobre a natu-reza e o poder de uma presença suposta-mente perene, sobre o seu impacto tantona paisagem como no humano.

Em Fevereiro do ano passado, aquandoda inauguração da grande antológica O Pesodo Paraíso, que juntou no Centro de ArteModerna da Gulbenkian cerca de 100 obrasde 25 anos do seu percurso, Isabel Carlos,que assinou a curadoria, apontava a imen-sa singularidade deste artista: “Quando ve-mos um Rui Chafes, sabemos que só podeser um Rui Chafes. É um universo próprio,inconfundível.”

Nessa altura, Chafes dizia: “Espero co-meçar a compreender o que fiz e o que façoquando tiver 80 anos. Ou mais. Parece que oHokusai, o grande mestre japonês, tinha estamesma consciência: dizia que tudo o que ti-nha produzido antes dos 70 anos não eradigno de atenção. Aos 75 teria começado aaprender algumas coisas, aos 80 teria feitoalguns progressos, aos 90 teria penetrado omistério das coisas, aos 100 teria alcançadouma etapa maravilhosa e aos 110 tudo o quefaria, fosse um ponto ou uma linha, estariavivo. É assim que eu penso também.”

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DIVERSOS20JANEIRO 2016

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Janeiro

Dia 1: Entra em vigor a União Eco-nómica Eurasiática composta pela Rússia,Arménia, Bielorrússia, Cazaquistão eQuirguistão.

A Lituânia adota o Euro tornando-seno 19º membro da Zona Euro.

Dia 7: Uma série de ataques terroris-tas fazem 19 mortos e 17 feridos no jor-nal Charlie Hebdo.

Dia 12: Cristiano Ronaldo ganha a suaterceira bota de ouro, de melhor jogadorde futebol do mundo em 2014.

Dia 25: As eleições na Grécia são ven-cidas pela Extrema-Esquerda.

Dia 29: Atentados do Estado Islâmi-co contra forças do Egito fazem 25 mor-tos e 34 feridos em Sinai.

Dia 31: Estado Islâmico divulga novovídeo de decapitação de reféns.

Fevereiro

Dia 1: A sonda Dawn da NASA so-brevoa o mini planeta Ceres.

Dia 4: Um avião da TransAsia Airwayscai minutos após a decolagem em Taiwancausando mais de 40 mortes.

Dia 15: Ataques terroristas numa si-

Datas quemarcaram

ESTES SÃO OS PRINCIPESTES SÃO OS PRINCIPESTES SÃO OS PRINCIPESTES SÃO OS PRINCIPESTES SÃO OS PRINCIPAIS AAIS AAIS AAIS AAIS ACONTECIMENTOS DE 2015 EM PORCONTECIMENTOS DE 2015 EM PORCONTECIMENTOS DE 2015 EM PORCONTECIMENTOS DE 2015 EM PORCONTECIMENTOS DE 2015 EM PORTUGTUGTUGTUGTUGALALALALALE NO MUNDO EM DIVERSE NO MUNDO EM DIVERSE NO MUNDO EM DIVERSE NO MUNDO EM DIVERSE NO MUNDO EM DIVERSAAAAAS ÁREAS ÁREAS ÁREAS ÁREAS ÁREAS COMO A POLÍTICA, RELIGIÃOS COMO A POLÍTICA, RELIGIÃOS COMO A POLÍTICA, RELIGIÃOS COMO A POLÍTICA, RELIGIÃOS COMO A POLÍTICA, RELIGIÃO,,,,,DESPORDESPORDESPORDESPORDESPORTOTOTOTOTO, TECNOL, TECNOL, TECNOL, TECNOL, TECNOLOGIA, ECONOMIA, GUERROGIA, ECONOMIA, GUERROGIA, ECONOMIA, GUERROGIA, ECONOMIA, GUERROGIA, ECONOMIA, GUERRA, CIÊNCIA E ARA, CIÊNCIA E ARA, CIÊNCIA E ARA, CIÊNCIA E ARA, CIÊNCIA E ARTES.TES.TES.TES.TES.

2015nagoga e num café fazem 2 mortos e 10feridos em Copenhaga, Dinamarca.

Dia 25: São divulgados os vencedo-res dos Óscares 2015.

Dia 24: Avião da companhia Ger-manwings cai com 150 pessoas a bordonos Alpes franceses sem deixar sobrevi-ventes.

Dia 27: Morre Leonard Nimoy, o eter-no Spock.

Março

Dias 18 a 20: Ataques terroristasdo Estado islâmico num museu da Tuní-sia e na capital do Iémen provocam cente-nas de mortes e de feridos.

Dia 20: Regista-se um eclipse solarparcial visível em Portugal durante duashoras.

Dia 29: Miguel Albuquerque e o PSDvencem as Eleições na Madeira.

Abril

Dia 2: Falece o centenário realizadorportuguês Manoel de Oliveira.

Um atentado terrorista do grupo al-Shabaab numa universidade do Quéniamata 147 pessoas.

Dia 11: Barack Obama e Raúl Cas-tro encontram-se no Panamá tendo emvista o fim do embargo dos Estados Uni-dos a Cuba.

Dia 25: Um sismo de 7,8 na escala deRichter faz milhares de vítimas no Nepal.

Maio

Dia 2: Nasce Carlota de Cambridge,a segunda criança de Kate Middleton e doPríncipe William.

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DIVERSOS 21JANEIRO 2016

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Dia 18: Iraque e Síria perdem osderradeiros pontos da fronteira para o gru-po terrorista Estado Islâmico.

Dia 15: Morre a lenda do blues B.B.King.

Dia 21: O Rally de Portugal regressaao norte do país.

Dia 27: O Sevilha vence a Liga Euro-pa, tornando-se o clube com mais LigasEuropa.

O Benfica vence a Liga NOS e a Taçada Liga.

Dia 27: Vários dirigentes da FIFA sãopresos por corrupção na Suíça.

Dia 29: Joseph Blatter é reeleito pre-sidente da FIFA.

Dia 31: Sporting ganha a Taça dePortugal nos penalties, frente ao Braga.

Junho

Dia 2: Joseph Blatter demite-se docargo de presidente da FIFA.

Dia 4: O treinador Jorge Jesus trocao Benfica pelo rival Sporting.

Dia 6: O Barcelona vence a Liga dosCampeões à Juventus por 3-1.

Dia 7: Morre o ator Christopher Lee,conhecido pelos papéis de Drácula e Saru-man no cinema.

Dia 24: É assinada a venda da TAP (de61% da companhia ao consórcio Gateway)rendendo ao Estado 10 milhões de euros.

Dia 25: Telma Monteiro vence a me-dalha de ouro do judo nos Jogos Euro-peus de Baku.

Dia 26: Atentado terrorista num ho-tel da Tunísia faz 38 mortos, entre elesuma portuguesa.

Julho

Dia 4: Chile vence em casa a Argen-tina na final da Copa América 2015.

Dia 13: A Grécia não sai da zona Euroe é acordado um terceiro pacote de ajudaeconómica ao país.

Dia 23: Descoberta do exoplanetaKepler-452b, a 1400 anos luz da Terra.

Dia 29: Lançamento do Windows 10.

Agosto

Dia 8: Tufão Soudelor causa mor-tos em Taiwan.

Dia 10: A Google anuncia a Alpha-bet, a sua nova empresa-mãe.

A multiplicação dos fogos em Portu-gal faz de 2015 um dos piores anos desempre em termos de incêndios.

Emigrantes portugueses protestamum pouco por todo o país junto das ins-talações do Novo Banco pela perda dosseus investimentos.

Dia 27: Nelson Évora vence meda-lha de bronze nos Mundiais de Atletismode Pequim.

Dia 31: Morre o realizador Wes Cra-ven, responsável por imensos sustos comos seus filmes de terror.

Setembro

Dia 3: 5 crianças sírias que tentavamalcançar a Europa dão à costa da Turquia,criando as imagens das crianças mortasindignação nas redes sociais e aumentan-do o debate sobre a migração na UE.

Dia 5: José Sócrates, antigo primei-ro ministro português, deixa a prisão deÉvora para entrar em prisão domiciliária.

Dia 20: O Syriza, partido liderado porAlexis Tsipras, vence as eleições na Gré-cia com 35,5% dos votos.

Dia 28: A NASA anuncia ter encon-trado água em Marte.

Outubro

Dia 4: A Coligação Portugal à Frentedos partidos PSD e CDS-PP venceas Eleições Legislativas 2015 com 36,83%dos votos dos portugueses. A abstençãode 43,07% foi a maior de sempre nas le-gislativas.

Dia 8: A bielorrussa Svetlana Alexie-vich vence o Prémio Nobel da Literatura.

A NASA encontra água congelada emPlutão.

Dia 9: O Quarteto para o DiálogoNacional da Tunísia vence o Prémio No-bel da Paz.

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DIVERSOS22JANEIRO 2016

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Dia 10: Um atentado terrorista na Tur-quia causa mais de 100 mortos e 400 fe-ridos.

Dia 12: Angus Deaton é distingui-do com o Prémio Nobel da Econo-mia 2015.

Dia 16: José Sócrates, antigo primei-ro ministro arguido da Operação Marqu-ês, sai da prisão domiciliária com vigilân-cia policial.

Dia 27: É anunciado o novo governoportuguês, para governar o país nos qua-tros anos seguintes.

Dia 30: Tomada de posse do XX Go-verno Constitucional de Portugal.

Novembro

Dia 6: O XX Governo Constitucionalde Portugal entrega o seu programa naAssembleia da República.

Dia 10: O programa do Governo édiscutido no Parlamento, com os partidosda oposição (PS, PEV, PCP e BE) a assina-rem uma posição conjunta contra o pro-grama do XX Governo e a causarem aqueda deste.

Dia 13: Vários atentados terroristascoordenados instalam o terror em Paris,em locais como a sala de espetáculosBataclan e as imediações do Estádio deParis, causando centenas de mortos e deferidos graves. Os atentados foram reivin-

dicados pelo Estado Islâmico. França fe-cha as suas fronteiras.

Dia 20: Homens armados atacam umhotel no Mali e fazem cerca de 170 reféns.

Dia 22: Mauricio Macri vence as elei-ções presidenciais na Argentina.

A adoção por casais do mesmo sexoem Portugal é aprovada no Parlamento porlarga maioria.

Dia 24: O Presidente da RepúblicaAníbal Cavaco Silva indigita o líder do PSAntónio Costa como novo Primeiro Minis-tro de Portugal, após a queda do governono início do mês.

Turquia destrói um avião militar russo.

Dia 26: Tomada de posse do novoGoverno de Portugal.

Dezembro

Dia 3: Falece Scott Weiland, vocalistade bandas como Stone Temple Pilots eVelvet Revolver.

Dia 22: O Partido Popular de MarianoRajoy vence as eleições legislativas em Es-panha mas sem maioria absoluta.

Dia 21: Joseph Blatter, presidente daFIFA desde 1998, e Michel Platini, presi-dente da UEFA desde 2007, são suspen-sos por 8 anos de toda a atividade ligadaao futebol.

O evento decorreu no barco “Le Pa-ris”, lugar requintado e original, jantar quepermitiu aos participantes navegar noSena e redescobrir Paris de uma formadiferente, percorrendo o rio da capitalenquanto comiam e disfrutando de umabela vista dos monumentos de Paris

Academia do Bacalhau deParis festejou Natal no Sena

COMO TEM VINDO A SER HABITUAL, TODOS OS ANOS A ACADEMIA DO BACALHAUDE PARIS organiza uma jantar de Gala para comemorar o Natal, onde são convidados todos os seuscompadres, comadres e amigos, e este ano foram muitos os que marcaram presença.

Uma iniciativa que coincidiu com acampanha “Roupa sem Fronteiras” quevisa a apoiar os mais desfavorecidos e osnovos migrantes que chegam de váriospaíses em conflito.

Esteve presente o Presidente Ho-norário das Academias do Bacalhau, Dur-

val Marques, além dos dois deputados daemigração eleitos pela Europa, CarlosGonçalves e Paulo Pisco. Relembramosque a Academia do Bacalhau de Paris épresidida por Carlos Ferreira.

O jantar contou com uma atuação doartista Luís Represas.

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A Portugal Magazine es-teve presente, tanto comomembro da CCIFP e em ter-mos de reportagem, pode-mos ver uma sala cheia, qua-se 500 pessoas, em-presários e amigos marca-ram presença para o jantar.Em declaração à PortugalMag, a direção disse que tevemuito mais pedidos, mas

A Câmara de Comércio e IndústriaFranco-Portuguesa (CCIFP)comemorou o 10° aniversário

com um jantar de galaA CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA FRANCO-PORTUGUESA (CCIFP) organizouum jantar de gala para comemorar o seu 10° aniversário, todos os anos a CCIFP tem agendadoeste evento próximo das festas de fim de ano.

que não pode satisfazer a to-dos, visto a capacidade dasala e em relação à seguran-ça, mas quase outras tantaspessoas vieram para assistirao concerto privado de JoãoPedro Pais e de Pedro Abru-nhosa, dois artistas do maisalto patamar na música por-tuguesa.

Este evento teve lugar

numa sala de grande presti-gio na capital francesa,« Maison de la Mutualité ».A apresentação desta galaesteve a cargo de duas per-sonagens luso-descendentesbastantes conhecidas nomeio da comunidade, o rea-lizador do filme “La CageDorée” Ruben Alves, filmecom enorme êxito mundial

que retrata a vida de umafamília Portuguesa em Fran-ça, um dos melhores filmessobre a imigração portugue-sa, assim que a atriz Bárba-ra Cabrita, que participou nomesmo filme e que tem par-ticipado em vários outros,atriz muito admirada pelopúblico.

Durante este jantar fo-

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ANIVERSÁRIO 25JANEIRO 2016

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ram entregues pelos admi-nistradores da CCIFP, pré-mios que servem para re-compensar o trabalho de al-guns membros e em-presários, que de algumaforma contribuiram para obom desenvolvimento dasrelações económicas entreFrança e Portugal.

Foram recompensadas asempresas fundadoras quecomemoraram 10 anos deadesão à CCIFP: Fidelidade,AICEP Paris, TAP Portugal,Caixa Geral de Depósitos,Auto Garage Ampère, Effi-gest, Banque Espírito Santoet de la Vénétie, Inapa Fran-ce, Império Assurances etCapitalization, Mariano AuxCaves du Portugal, Logoplas-te France, Banque BCP, Ban-co BPI, Alfa Diffusion, Si-moldes Plásticos France,Magic Fil Telecom, GrupoVisabeira, Soporcel France eCabinet d’avocats MendesAntunes. Também foram ho-menageadas as empresasque completaram 5 anos deadesão à CCIFP : GroupeSerip, Cab. José de Paiva,Caixiave Indústria de Caixil-haria, JDC Invest, Cantin In-ternational, Cosmopolit As-surances, Aigle Azur, No-vacambios France, Sarl Fra-teco, Garvetur, Fafrinog,Strategy Analysis Internatio-nal, RDSA Rive Gauche, Mar-tifer Solar France, e AES Ar-chitectures.

Outras recompensas fo-ram atribuídas, como a Joa-quim Baptista responsável darede de restaurantes PedraAlta, um nome que se jun-tou a uma qualidade e reno-me em França, troféu CCI-FP/Fidelidade Produto doAno 2015 entregue pelo ad-ministrador da CCIFP, MaprilBaptista, da empresa LesDauphins e Marc Oliveira,Diretor comercial da Fideli-dade. Também estavam no-meadas as marcas Maisonsà l’Algarve, de Algarvegroupe Maisons modulaires de LXSGroup.

O presidente da Tradi-

MEMBROS QUE COMPLETAM 5 ANOS NA CCIFP

MEMBROS QUE COMPLETAM 10 ANOS NA CCIFP

Art, Valdemar Francisco, quetambém é administrador daCâmara de Comércio, entre-gou o troféu de membro doano 2015 a José Gomes deSá da empresa LSMC Media& Communication. Este pré-mio pretende recompensaras empresas que mais apoia-ram a CCIFP durante o ano.Também estavam nomeadasas empresas Ceramis Azule-jos e a Oriel Conseil.

Outro vencedor da noitefoi Antoine da Costa da em-presa Climascience, vence-dor do troféu CCIFP/BancoBCP empresa do ano 2015.O troféu foi-lhe entregue porCarlos Vinhas Pereira, pre-sidente da CCIFP e por Jean-Philippe Diehl, presidente dodiretório do Banque BCP.

O admistrador da CCIFP,Carlos Ferreira, da empresaCFM Constructions e HélioPereira, diretor regional daCGD/France entregaram otroféu CCIFP/Caixa Geral deDepósitos jovem empresa2015 à “Cerama” do jovemDavid Rocha. Lisboa Gour-met e Caticom foram as duasoutras empresas nomeadas.

Edgar Ferreira da empre-sa “Nossa” foi o vencedor dotroféu CCIFP/Novo Bancoinovação 2015, o premio foi-lhe entregue pelas mãos deLuís Silva, diretor do NovoBanco em França. As empre-sas Littlebigweb e Bri-Eco-loclean foram as outras duasnomeadas.

Todos estes prémios fo-ram louvados por todos ospresentes, cada vencedorteve o seu momento de dis-curso.

A Câmara de Comércio eIndústria Franco-Portugue-sa, já está a trabalhar paraoutros eventos como o “Sa-lão do Imobiliário e TurismoPortuguês” para dinamizar acomercialização dentro des-tas áreas junto do públicofrancês, o “Fórum dos Em-presários e Gestores portu-gueses e luso-descendentesde França” um evento orga-nizado pela CCIFP com o in-

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ANIVERSÁRIO26JANEIRO 2016

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tuito de por em contacto epromover empresários por-tugueses e franco-portugue-ses de excelência, almoçose jantares debate que con-tam com a presença de di-versas personalidades, apre-sentações de produtos e ser-viços entre outros eventos degrande envergadura e suces-so. A CCIFP também já estáa programar o próximo jan-tar de gala que para o anoserá em Portugal, porqueeste evento é alternando en-tre França e Portugal, parapoder juntar o máximo depessoas.

Durante a gala, o Presi-dente Carlos Vinhas Pereira,no seu discurso, fez um ba-lanço positivo dos 10 anosda Câmara de Comércio emostrou a sua satisfação eorgulho por já ter atingidocerca de 500 membros. Ocaminho percorrido duranteesta década pela CCIFP foi“notável” e que lhe permite“ser hoje reconhecida comouma instituição de referên-cia nas relações económicasbilaterais entre Portugal e aFrança”. Carlos Vinhas Perei-ra saudou todos os presen-tes e agradeceu aos dirigen-tes, quadros das empresas,membros, parceiros e clien-tes a forma como têm ajuda-do e contribuído nas relaçõeseconómicas e diplomáticasentre Portugal e França. Car-los Vinhas também agrade-ceu todos os administrado-res e todos os que colabora-ram para que esta gala fosseum sucesso à imagem da Câ-mara de Comércio e Indús-tria Franco-Portuguesa.

CCIFP

A Câmara de Comércio eIndustria Franco-portuguesa(CCIFP) é uma instituição dedireito francês fundada paradesenvolver e promover osintercâmbios comerciais en-tre a França e Portugal, tra-zendo, aos empresários in-teressados em exportar num

desses mercados, uma pla-taforma de serviços úteis euma informação adequadaconforme as suas necessida-des.

Esta instituição foi criadano âmbito de enquadrar em-presários e particulares, deforma a que qualquer um de-les pudesse alargar o seu raiode acção, providenciando

um acompanhamento deforma activa.

Para conseguir esseapoio, um grande número deserviços encontra-se à dis-posição dos membros e nãomembros e várias acções(salões, seminários, etc.) sãoorganizadas pela CCIFP.

A grande comunidadeluso-descendente existente

em França, composta entreoutros, por empresários,permite dar uma dinâmicaessencial na actividade daCCIFP.

A CCIFP conta com as em-presas francesas e portugue-sas com vontade de exportare alargar os negócios dosseus membros, entre os quaispodemos encontrar as princi-pais empresas portuguesasque desenvolvem negócios emFrança e vice-versa.

A Câmara de Comércio eIndustria Franco-portuguesatem acordos de cooperaçãocom Câmaras Municipais emPortugal para novas oportu-nidades de investimento edescoberta de empresas devários municípios portugue-ses têm para oferecer aomercado francês.

Tendo em consideraçãoas fortes ligações existentesentre Portugal e França quefavorecem claramente a con-secução de novos negóciose a geração de oportunida-des promissoras.

Considerando a localiza-ção privilegiada de Portugale de França, que permite odesenvolvimento de estraté-gias de internacionalizaçãoem relação a toda a UniãoEuropeia, em função da exis-tência de um espaço econó-mico comum.

A CCIFP assinou acordosde cooperação tendo comoobjetivo promover em Fran-ça o investimento.

A Câmara de Comércio eIndústria Franco-Portuguesatem assinado acordos decooperação que visam a pro-mover o investimento pro-dutivo local em Portugal, ten-do já assinado com 15 mu-nicípios: Caminha, Penafiel,Vila Pouca de Aguiar, Idanha-a-Nova, Viana do Castelo,Viseu, Batalha, Faro, Chaves,Valpaços, Cascais, Fundão,Região Autónoma da Madei-ra, Vila de Rei, Ferreira doZêzere e Pombal.

Fotos :

Jorge Marques/CCIFP

DIREÇÃO DA CCIFP

CARLOS VINHAS PEREIRA - PRESIDENTE DA CCIFP

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ANIVERSÁRIO 27JANEIRO 2016

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RUBEN ALVES E BÁRBARA CABRITA OS APRESENTADORES

JOÃO PEDRO PAIS

TROPHEE CCIFP NOVO BANCO – INNOVATION 2015- EDGAR FERREIRA

TROPHEE CCIFP BANQUE BCP - ENTREPRISE DE L’ANNEE 2015- ANTOINE DA COSTA

TROPHEE CCIFP FIDELIDADE – PRODUIT DE L’ANNEE 2015- JOAQUIM BAPTISTA

TROPHEE CCIFP - MEMBRE DE L’ANNEE 2015- JOSÉ GOMES DE SÁ

PEDRO ABRUNHOSA

TROPHEE CCIFP CAIXA GERAL DE DEPOSITOS– JEUNE ENTREPRISE 2015 - DAVID ROCHA

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Para muitos recém-emigrantes, o Natal foipassado à distância, longe das famílias

Este ano “nem cheira a Natal”, disse Fá-

bia Machado, 35 anos, que deixou emagosto o Bombarral para trabalhar na regiãode Paris, com o marido e a filha mais velha,de 15 anos, com quem passou a quadra,sem as duas meninas mais novas.

“Só estivemos os três. É estranho, é novoporque deixei duas filhas mais pequeninasem Portugal. É a primeira vez que estive lon-ge delas. Foi um bocado complicado”, afir-ma Fábia. Em 2015, o “Natal foi um boca-dinho triste”, admite a recém-emigrante, quedecidiu “arriscar” porque estava desempre-gada há dois anos em Portugal. No entanto,o ‘Eldorado’ francês ainda não lhe sorriu.Ainda não encontrou trabalho e está à pro-cura de uma solução, seja “nas limpezas ounos supermercados” porque ainda não falabem francês para encontrar trabalho de es-critório.

“Neste momento é só o ordenado deleque entra, portanto, este ano é impensávelirmos a Portugal porque é sempre mais umgasto. Em Portugal também não temos umNatal assim em grande, mas sempre esta-mos com a família”, descreve.

No entanto, para atenuar as saudades,que já são “muitas”, havendo “dias deses-perantes”, a mesa de Natal foi 100% portu-guesa: “bacalhau cozido com brócolos – por-que aqui não somos muito fãs das couves –o tradicional vinho tinto, o bolo-rei, as fatiasdouradas, os sonhos”.

Em Berlim, Raquel Dionísio, 34 anose natural de Lisboa, nunca considerou pas-sar o Natal fora de casa, mas quando come-çou a ver os preços das passagens optoupor ficar e nos dias 24 e 25 ficou a trabal-har num hotel.

“Como estive a trabalhar, nem conse-gui fazer “uma chamada de videoconferên-cia” ‘Skype’ com a família. Mas foi uma es-colha porque como é feriado, recebemos adobrar”, explicou.

Formada em jornalismo, Raquel disseque “emigrar sempre esteve fora de ques-tão” mas depois de dois anos e meio a tra-balhar como empregada de mesa em Lis-boa, Berlim tornou-se no caminho a seguir.

“Foi uma oportunidade de voltar a tra-balhar na minha área porque em Portugalnão estava mesmo a dar: estava a receber

MUITOS DOS PORTUGUESES que emigraram este ano passaram pela primeira vez a quadra

natalícia fora de Portugal, um cenário novo que muitos encararam com naturalidade, mas outros não

esconderam a tristeza.

COMUNIDADE28JANEIRO 2016

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uma miséria, o trabalho não era mau detodo mas muitas condições eram más e nãoera o que queria fazer”, referiu.

Veio para Berlim para fazer um estágioem jornalismo e o objetivo era conseguirtrabalho na área. De momento, a portu-guesa trabalha numa agência de catering enuma companhia de entrega de comida aodomicílio.

“Vim à descoberta e a experiência quetive cá foi muito boa, mas o estágio termi-nou ao fim de quatro meses sem possibi-lidade de lá ficar. Regressar a Portugal se-ria voltar ao mesmo por isso decidi ficar einvestir na aprendizagem do alemão”, ex-plica.

Tal como Raquel, Vítor Castro, 30anos, decidiu ficar em Berlim no períodonatalício porque as passagens aéreas paraa ilha da Madeira estavam “caríssimas”.

No primeiro Natal fora de casa, o ma-deirense passou a véspera com a colega decasa alemã e foi à missa do galo em Ber-lim: “Não sou religioso, mas gostei de vercomo festejam aqui”.

“Os meus pais ficaram tristes mas elescompreenderam”, referiu o designer ‘free-lancer’ que já planeia visitar a família emfevereiro, depois do burburinho do Natal,altura em que pode “ficar mais tempo epor um quarto do custo”.

Na mesa de Natal, Vítor não teve bacal-hau nem iguarias portuguesas mas decidiucomemorar a época à luz do espírito das‘start-ups’ berlinenses: “Encomendei umarefeição a uma ‘start-up’ alemã que te traztodos os ingredientes certos para executa-res uma receita dada por eles”.

Em Macau, do outro lado do mundo,Henrique Siqueira, técnico de saúde, 29anos, veio com a mulher, Dália, de 30, tam-bém passou pela primeira vez o Natal forade Portugal.

“Chegámos muito recentemente. Fiz estaviagem muitas vezes nos últimos tempos àprocura de um emprego para poder mudarde vida. Agora que conseguimos ficar porcá, achamos que devemos iniciar uma novavida e deixar a vida antiga para trás”, disseHenrique Siqueira, que minimiza o impactoda data.

“Não fizemos planos, passamos esta datasó os dois”, disse. A família achou naturalnão irem a Portugal: “Estavam convencidís-simos que não voltaríamos tão cedo assimque puséssemos os pés cá. Nos próximosanos é possível que pensemos na hipótesede voltar a Portugal no Natal. Neste primeiroNatal não foi possível porque não tive fé-rias”.

Também a trabalhar como arquivista emMacau há menos de seis meses, Catarina

Batista, 25 anos, não pode ir a Portugalneste período.

No início fiquei bastante triste, mas ago-ra já me habituei”, disse.

Passei com a amiga com quem dividecasa, também portuguesa: “Fizemos umjantar de consoada muito simples, convi-damos mais pessoas que comemoram oNatal. Por exemplo, uma amiga minha fili-pina, eles são muito religiosos. Tentei jun-tar um grupinho de pessoas que comemo-ram” a data, explica.

“A ideia foi recriar o sentimento mais acol-hedor – nada substitui estar lá, com os fa-miliares, a comer aquelas coisas todas boas,tentamos recriar o sentimento caloroso deestar com alguém, comemorar a data comalguém especial”, disse, salientando que aementa incluiu, obrigatoriamente, bacalhau.A família reagiu mal à notícia: “A minha mãetinha proposto vir cá, mas é impossível coma família lá, avós e tudo. A família ficou tris-te, perguntaram-me: ‘Mas porque é que nãovieste? Precisavas de dinheiro?’ Tive que lhesexplicar que literalmente iria menos de umasemana. Não era possível. Eles ficaram bas-tante desiludidos mas tem de ser”.

“Vou tentar ir nos próximos anos – apalavra-chave é tentar”, disse.

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CRÓNICA 29JANEIRO 2016

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“Eu tenho um Sonho”PARA 2016 EU SONHO COM A PAZ. ESPERO QUE OSGOVERNANTES DAS NAÇÕES FAÇAM O QUE FIZERAMEM 2015 PARA SALVAR O PLANETA COM A COP 21 EMPARIS...QUE ESSAS MESMAS NAÇÕES QUE SE REUNIRAM PARATOMAREM MEDIDAS PARA SALVAR O NOSSO PLANETATERRA DAS AGRESSÕES METEOROLÓGICAS,SE REÚNAM PARA TOMAREM MEDIDAS PARAFAZEREM CALAR AS ARMAS.LUIS GONÇALVES

Que se acabem as guerras,as discórdias... E que nesteano da misericórdia ditado peloPapa Francisco, os governan-tes façam também suas estaspalavras... misericórdia... paze caridade !

Que bom seria viver nummundo onde os homens se da-riam as mãos sem preconcei-tos... O preconceito religiosoé um termo que descreve a ati-tude mental caracterizada pelafalta de vontade em reconhe-cer e respeitar as diferenças oucrenças religiosas de outrem.Também é uma forma de in-tolerância ideológica ou políti-ca, que resulta em persegui-ção religiosa. Ambas têm sidocomuns através da história e

acontecimentos mais recentesno médio oriente e infelizmentebem pertinho de nós… Char-lie hebdo, Bataclan, etc ...

A ausência de tolerância re-ligiosa é um mal que pode cri-ar um desequilíbrio... Não cli-mático... Mas mais preocupan-te! Que seria o de recuar sé-culos atrás ao tempo dos cru-zadas, guerras de religião oumais recente a guerra dosTrinta Anos? Se é verdade quea religião teve ao longo da his-tória humana um papel impor-tante, ver predominante nasguerras. No entanto, isso nãoprova que a própria religião éa causa de todas as guerras econflitos! Porque a essa inter-rogação, a resposta é "sim" e

"não". "Sim" no sentido de que,como uma causa secundária,a religião, pelo menos na su-perfície, tem sido " desculpa"de muitos conflitos. No entan-to, a resposta é "não" no sen-tido de que a religião não é acausa principal das guerrasmais mortíferas! Para demons-trar isso, podia recordar-vose em acordo com todos os re-gistros, o século 20 foi um dosséculos mais sangrentos dahistória da humanidade. Duasgrandes guerras mundiais,que nada tinham a ver com areligião, o Holocausto judeu eas revoluções na Rússia, Chi-na, sudeste da Ásia e Cuba,foram responsáveis por cercade 50-70 milhões de mortos.

E a única coisa que esses con-flitos e genocídios têm em co-mum, é o fato de que eram uni-camente de natureza ideológi-ca e não religiosa. Não nos dei-xemos cair em tentações, nãonos deixemos cair na tentaçãodo ódio e raiva.

Albert Einsten escreveu: Omundo não está ameaçado pelasmás pessoas, mas sim por aque-les que permitem a maldade.

Eu termino com a frase deMartin Luther King à mais de50 anos ....,

- "I have a dream" "Eu te-nho um sonho".

Deixai-me sonhar, deixai-me imaginar um mundo de to-lerância, de paz e misericórdiapara todos os povos da terra.

Pub.

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CRÓNICA30JANEIRO 2016

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Tenho saudadesdos meus padrinhos

TENHO SAUDADES DA MINHA MADRINHA A QUEIXAR-SE DEALGUMA COISA ENQUANTO LAVAVA A LOIÇA NUM ALGUIDAR.NÃO SE QUEIXAVA DA LOIÇA, APESAR DO MUITO QUE LHECUSTAVA MANTER-SE DE PÉ, QUEIXAVA-SE DO INVERNO,MALDITO INVERNO, OU QUEIXAVA-SE DA MORTE, ESTA VIDANÃO PRESTA PARA NADA, PORQUE TINHA MORRIDO ALGUMHOMEM, QUE ERA TÃO NOVO, POUCO MAIS DE OITENTA ANOS.

JOSÉ LUIS PEIXOTO

Tenho saudades do toquede finados da igreja da minhaterra. Ecoavam no adro, es-palhavam-se por cima de to-dos os telhados e chegavamaté ao campo, onde se dissol-viam na aragem.

Tenho saudades do meupadrinho a carregar bolsoscheios de moedas de cincoescudos, que trocava por co-pos de vinho tinto nas taber-nas. Até a dizer bom dia ouquaisquer palavras simples,era capaz de escolher expres-sões que acrescentavam hu-mor e que nunca agrediam. Asportas das tabernas eram sem-pre um buraco de sombra nacal. O cheiro do vinho estavaentranhado nas paredes. Ten-ho saudades do barulho que

fazia o vidro grosso dos co-pos vazios a bater no mármo-re. Às vezes, quando se che-gava a essas vendas, não es-tava ninguém. Então, era pre-ciso bater com a palma da mãono balcão e chamar.

Tenho saudades de ver aminha madrinha a pentear oscabelos fracos ao espelho dolavatório. Molhava os dentesdo pente na água da bacia.Tenho saudades de caminharao lado do meu padrinho nasmanhãs de verão, ao rés daparede, os dois cobertos pelasombra. Fazia-me perguntasengraçadas acerca das hortasonde eu e os outros rapazessabíamos que havia boa frutapara roubar.

Através da distância dotempo, sou ainda capaz deouvir as suas vozes. Enquan-to escrevo estas palavras,ouço-os a repetirem frases

que me disseram antes, quan-do estávamos no mesmo lu-gar, talvez sem entendermoscompletamente o enorme va-lor de estarmos juntos. Ouçoo meu nome dito pelas suasvozes, pela maneira especialcomo cada um deles o dizia.Essa lembrança aumenta ain-da mais as saudades. E, noentanto, espero que o futuronunca me tire essa memória.Prefiro esquecer episódios,histórias, dias inteiros de cis-mas, do que deixar de ser ca-paz de ouvir a voz dos meuspadrinhos. A minha madrinhaa chamar-me, o meu padrin-ho a chamar-me.

Hoje, ter saudades dessetempo é espécie de uma feli-cidade enorme por tê-lo vivi-do, por saber como foi. Sintofalta dos meus padrinhos por-que os tive, foram meus e,através das saudades que sin-

to em dias como hoje, conti-nuam a ser meus padrinhos,mesmo que os sinos da minhaterra já tenham tocado poreles há tantos anos.

Mesmo que fosse possível,nunca quereria deixar de sen-tir saudades dos meus padrin-hos, esses velhos que me en-cheram a vida inteira com assuas certezas, com as suasdúvidas também, com a sa-bedoria e com os erros quefui capaz de aprender.

A saudade não é tristeza,é comoção.

A saudade é o que fica doamor quando perdemos todoo seu lado físico, deixámos deestar, deixámos de tocar, háuma barreira inultrapassávelde espaço ou de tempo, maso amor continua, permanece.A saudade é esse tipo deamor.

A saudade é o amor.

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3 resoluções fashion para 2016é o mantra para um novo ano

1 - Doar roupas que não

usamos em 2015

Se o ano passou e não usou de-

terminadas peças de roupas, com

ceteza que não voltará a usar em

2016. Esqueça esta sensação de

que a roupa tem um valor sentimen-

tal, seja prática e realista e desocu-

pe o armário. Não esquecendo que

há muitas pessoas precisando da-

quela blusa que já usamos há um

tempão e não voltaremos a usar

mais. Desapegar é renovar energia,

é dar lugar para o novo entrar.

2 - Apostar nos itens bási-

cos

Camisas brancas, jeans escu-

ros, blazer preto, camisetas de co-

res lisas, cardigan cinza, são pe-

SABRINA SIMÕES

Pub.

ças que sempre podemos usar to-

dos os dias e conjugar com outras

mais poderosas e assim criarmos

um look bem versátil.

3 - Investir nos acessórios

Eles fazem toda a diferença nas

produções dos looks. São os maxi

colares, as bijuterias em geral, os

cintos, as bolsas, os sapatos. Uma

calça jeans e uma camiseta bran-

ca com um sapato maravilhoso e

uma bolsa bacana, fica pronta

para muitos eventos.

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Eventos da Comunidade Lusófona por Mario Cantarinha

Dizem do Mário Cantarinha que é um dos fotógrafos mais conceituados e conhecidos da nossa

comunidade. A realidade é que este apaixonado pela foto, tem 20 anos de exposições na Suíça, Estados

Unidos e França, a primeira e mais importante realizou-se em agosto de 1994, no Museu dos Bombeiros

de Folgosinho, sua terra natal. Encontre todos os meses na Portugal Magazine, fotos de eventos da

comunidade lusófona nas quais participou este artista !

Concert Manuel

Campos

Théâtre RogerBarat

FESTAS LUSÓFONAS32JANEIRO 2016

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Fête

de la ChâtaigneDrancy

Gala Santa Casa

da MisericórdiaParis

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REDESCOBRIR PORTUGAL34JANEIRO 2016

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ESTA CIDADE MUITO ANTIGA FORA CONTACTADA POR FENÍCIOS, GREGOS E CARTAGINESES. A FUNDAÇÃODE SANTARÉM REPORTA À MITOLOGIA GRECO-ROMANA E CRISTÃ.

MANUEL DO

NASCIMENTO

Santarém, cidade cheia de história

em 1095, uma carta foral. A conquista dacidade aos mouros foi feita pelo rei portu-guês D. Afonso Henriques em 15 de mar-ço de 1147. A fortificação da cidade foidas primeiras preocupações. A defesamilitar foi entregue às ordens religioso-militares, tendo nos séculos XIII e XIV sidoreforçadas e constituídas novas muralhas.Nesta cidade tiveram lugar vários aconte-cimentos históricos de relevo, e que a imor-talizaram no tempo. Assim, durante o rei-nado do rei D. Dinis I, realizou-se em San-tarém, em 1319, o ato solene da aceitaçãoda bula do Papa João XXII, que confirmoua constituição da Ordem de Cristo e para aqual transitaram os bens patrimoniais daextinta Ordem dos Templários. Este mo-narca faleceu em Santarém, em 1325.Nesse mesmo ano, com trinta e cinco anosde idade, foi coroado, nesta vila D. Afon-so IV, filho de D. Dinis I. Em 1358, foramexecutados nos Paços Reais de Santarém,os assassinos de D. Inês de Castro, PêroCoelho e Álvaro Gonçalves, execução aque o rei D. Pedro I assistiu. Em 1373 foiassinado em Santarém o tratado que es-tabelece a paz entre o rei de Castela, Hen-rique de Trastâmara e o rei português D.Fernando I. Após a morte, o corpo destemonarca foi sepultado no alto Coro doConvento de São Francisco, ao lado desua mãe, a infanta D. Constança. Em1384, no Convento de São Domingos deSantarém, D. Leonor Teles renuncia àcoroa de Portugal em nome de sua filhaD. Beatriz e de rei João I, rei de Castela.Santarém fica sobre a tutela deste últi-mo, que funcionará como sede da sua açãono território português, entre 1384 e aBatalha de Aljubarrota. Em 1477, D. JoãoII foi aclamado rei, em Santarém, debai-xo dos alpendres do Convento de SãoFrancisco, quando se perderam as espe-ranças de encontrar o rei D. Afonso V.

Os primeiros vestígios documentadosda ocupação humana remontam ao sécu-lo VIII a. C. Dos romanos (138 a. C.) rece-beu o nome Scallabis ou castrum Scala-

phium, mas com as invasões dos Alanose dos Vândalos, passou a ser designadapor Santa Iria, donde posteriormente de-rivou o atual nome de Santarém. Santa-rém tem abrigado várias lendas acerca dasua origem. Uma delas está relacionadacom a mitologia Greco-Romana e contaque o príncipe Abidis, fruto de uma rela-ção do rei Ulisses de Ítaca com a rainhaCalipso, foi abandonado pelo avô (Gor-goris, Rei dos Cunetas) que o lançou àságuas do rio Tejo, dentro de uma cesta.Como por milagre a cesta que albergavao príncipe aportou na praia de Santarém,onde uma serva o criou. Tempos depois,Abidis foi reconhecido pela sua mãe, Ca-lipso, tornando-se assim legítimo ao tro-no. A Santarém deu o nome Esca Abidis

(manjar de Abidis) e daí teria vindo onome Escálabis ou Scallabis (Sant’Arein).Outra das lendas mais reconhecidas pe-los Scalabitanos é a da Santa Iria. Estalenda conta que Iria, uma donzela, um diaviria a ser violada, e posteriormente mortae atirada ao rio Tejo. O seu corpo fez-sechegar à ribeira de Santarém e mostrou oseu corpo afastando as águas à sua volta.Por este pequeno milagre, esta donzela tor-nou-se Santa, a Santa Iria. A cidade pas-sou para a posse dos mouros em 715.Entre 1093 e 1111, a cidade esteve sujeitaao domínio cristão, durante o qual o reiAfonso VI de Leão e Castela lhe concede

Em 1491 morreu em Santarém o prínci-pe herdeiro D. Afonso, filho único do reiD. João II e recém casado com a infantaD. Isabel, filha dos reis católicos de Es-panha, quando corria a cavalo entre Al-fange e a Ribeira, caindo e ficando esma-gado pelo animal. Em 19 de junho de1580, D. António Prior do Crato foi acla-mado em Santarém, no Mosteiro de SãoBento, rei de Portugal. Em 5 de dezem-bro de 1640, o conde de Unhão, FernãoTeles de Meneses, fez aclamar em Santa-rém, D. João IV, rei de Portugal. As tro-pas francesas de Napoleão conservaram-se neste cidade, de novembro de 1810 amarço de 1811, fazendo de Santarém oseu quartel-general. Os danos provoca-dos pelas tropas francesas, quer á popu-lação, quer ao património foram incalcu-láveis. Durante as lutas entre liberais eabsolutistas, em 1833, o rei D. Miguel es-colheu Santarém para se acolher, junta-mente com o seu exército, tendo feito cortee quartel-general no palácio onde estãoatualmente instalados os Paços do Conce-lho. Só em 18 de maio de 1834, o duquede Saldanha e as tropas liberais conseguementrar na cidade. Em 1973 iniciam-se asreuniões clandestinas do Movimento dasForças Armadas (MFA), e, Salgueiro Maia,como delegado de Cavalaria, integra a co-missão Coordenadora do Movimento. De-pois do 16 de março de 1974 e do levanta-mento das Caldas, foi Salgueiro Maia, a 25de abril desse ano, quem comandou a co-luna de blindados que, vinda de Santarém,montou cerco aos ministérios do Terreirodo Paço forçando, já no final da tarde, arendição do chefe do Estado, Marcelo Cae-tano, no quartel do Carmo, que entregou apasta do governo a António de Spínola. Sal-gueiro Maia escoltou Marcelo Caetano (ex-chefe do Estado) ao avião que o transpor-taria para o exílio no Brasil.

JARDIM DE SANTARÉM ESTÁTUA SALGUEIRO MAIA EM SANTARÉM PONTE SOBRE O TEJO

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TEMPOS de POESIA – XXIXEscolha de Isabel Meyrelles

Tradução e colaboração de Maria Fernanda Pinto

ADOLFO CASAIS MONTEIRO, poe-ta, romancista e ensaista, foi um dos di-rectores da «PRESENÇA», de 1930 a 1940.Como poeta foi um precursor, mas umincompreendido ridicularizado pelos crí-ticos, como por exemplo João GasparSimões e mais tarde A. J. Saraiva e Ós-car Lopes que na sua «História da litera-tura portuguesa», dizem sobre ele: «Adol-

fo Casais Monteiro assinalou-se em di-

versos ensaios e nos primeiros poemas,

depois reunidos em «versos» (1944) por

uma rudeza ou bufoneria sem amabilida-

des, mesmo rítmicas (...)». Foi precisodepois, esperar muito tempo para quefosse reconhecida enfim a sua força poé-tica e a sua modernidade. Obrigado a sairde Portugal em 1954, perseguido pelo Sa-lazarismo, instalou-se no Brasil, ondeprosseguiu uma brilhante carreira univer-sitária. Faleceu em 1972, sem nunca tervoltado ao seu país natal.

Adolfo Casais Monteiro

Reina a paz em Varsóvia!

Quero falar e não possoquero cantar e não seiquero viver e não deixam!

Só posso o que não importasó sei o que não precisosó deixam o que não interessa!

Ah! - raios partam tanta gente!!

MIGUEL TORGA, é um poeta ligado àterra, aos seus mitos agrários: a semen-te, a água, o vento, a terra, o pão, ele-mentos que ele canta ao longo dos seus

numerosos livros de posia, de romances,de contos e sobretudo no seu «Diário»,que conta 16 volumes publicados entre1941 e 1993, onde se encontra de tudofelizmente: crítica social, reflexões demoralista, enfim, a história diária da suavida, semeada de poemas magníficos. Aindependência quase agressiva do seutemperamento coloca-o à margem de to-dos os grupos literários. Miguel Torga éconsiderado com José Régio, um dosmais importantes poetas dos anos 1920a 1950.

Miguel Torga

Livro de HorasAqui, diante de mim,Eu, pecador, me confessoDe ser assim como sou.Me confesso o bom e o mauQue vão ao leme da nauNesta deriva em que vou.

Me confessoPossessoDe virtudes teologais,Que são três,E dos pecados mortais,Que são sete,Quando a terra não repeteQue são mais.

Me confessoO dono das minhas horas.O das facadas cegas e raivosas,E o das ternuras lúcidas e mansas.E de ser de qualquer modoAndançasDo mesmo todo.…

Miguel Torga,

in ‘O Outro Livro de Job’

POESIA 35JANEIRO 2016

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VITORINO NEMÉSIO, nasceu na IlhaTerçeira (Açores) e a recordação da suaIlha batida pelo mar e pelo vento é a cons-tante de toda a sua obra. Poeta, roman-cista, historiador, ensaista, crítico, bió-grafo, a sua obra é múltipla. Professortitular da Faculdade de Letras de Lisboa,fundou em 1937, a «Revista de Portugal»,cujo credo era: (…) publicação exclusi-vamente literária e artística. No que dizrespeito aos seus colaboradores, a revis-ta publica poemas e textos de tendênciasdiferentes tais como o Saudosismo, a po-esia tradicional, os Modernistas, os Pre-sencistas e os Néo-realistas. A revistatambém deu a conhecer autores brasilei-ros, como por exemplo José Lins doRego, Jorge Amado, Graciliano Ramos,ou seja os pais-inspiradores do néorea-lismo português.

Vitorino Nemésio

Pus-me a contar os alciões chegadosPus-me a contar os alciões chegados(Minha memória era água, água...).Fez-me mal aquela alta tristezaDe bicos vagabundos,Mas não chorei os alciões desterrados.

Sempre gostei de aves e de lágrimas.Lágrimas, agora, não podia,Mas podia os alciões- E dei-lhes meus olhos para ovos(Que as fêmeas estavam cansadasE vinham de terra fria).

Firme e condescendente,Fechei as pálpebras pesadasDe contradição e de poesia.- E um mundo novo, de alciões novos,Esse era o meu quando as abria.

Vitorino Nemésio

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Direitos do Consumidor

Esta época de consumodeve ser aproveitada combons negócios, para tal su-gerimos aos nossos leitoresque se informem acerca dealguns direitos que dispõemenquanto consumidores.

A legislação portuguesaé bastante cuidadosa no querespeita aos direitos e ga-rantias do consumidor. Paracompreendermos quais osdireitos de que falamos, de-veremos saber a quem elesse aplicam: o consumidor éaquele que adquire bens ouserviços para um fim nãoprofissional, por alguémque exerça profissional-mente uma atividade econó-mica que vise à obtenção debenefícios (Artigo 2º n.º2 daLei do Consumidor). Ouseja, todos os mecanismoslegais de proteção de quefalaremos apenas se apli-cam ao consumidor, e nãosão a contratos comerciaisou a relações comerciais.

Os direitos e garantiasdo consumidor aplicam-se abens móveis e imóveis, no-

vos e usados, bem como alocação de bens de consu-mo. Não se aplicam aosbens comprados para exer-cício profissional, nem osbens comprados a particu-lares.

O bem está coberto porgarantia sempre que ele nãocoincida com a descriçãoque o vendedor fez dela; nãotenha as qualidades apre-sentadas; não se adequar àsutilizações desse tipo debem (ou aquelas que o con-sumidor alertou ao vende-dor que procurava); quan-do o bem não tenha as qua-lidades e desempenhos ha-bituais do mesmo tipo debem, ou aqueles que forampublicitados ou rotulados;ou mesmo, por fim, quan-do o bem seja defeituoso.

O prazo de garantia é de2 anos no caso de bens mó-veis ou de 5 anos para bensimóveis. O prazo de 2 anospode ser reduzido para 1ano, se houver acordo en-tre o vendedor e o consu-midor.

Caso haja falta de con-formidade do bem, o con-sumidor dispõe de váriasopções:

Em primeiro lugar devehaver sempre o direito dereparação. Caso o consumi-dor pretender, o vendedor éobrigado a reparar o bem eentregá-lo conforme as ca-racterísticas propostas navenda. O consumidor temsempre o direito à substi-tuição do bem, sendo que obem que lhe for entreguecomo substituição irá ter asua própria garantia. O con-sumidor poderá também op-tar por uma redução adequa-da do preço. Por fim, nocaso de incumprimento dealguma das garantias supramencionadas, o consumidorpode optar por resolver ocontrato: ou seja, devolver obem e receber de volta aqui-lo que pagou como preço.

É importante esclarecerque o consumidor tambémtem o direito a uma indem-nização pelos prejuízos cau-sados, sejam estes danos

CHEGAMOS À ÉPOCA EM QUE OS CONSUMIDORES MAIS CORREM PARA AS LOJAS A FIMDE APROVEITAR OS DESCONTOS POR VEZES MUITO SIMPÁTICOS, DOS PRODUTOS QUE

JÁ ERAM COBIÇADOS AO DOBRO DO PREÇO NOS MESES ANTERIORES: OS SALDOS!

DIREITOS DO LEITOR36JANEIRO 2016

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patrimoniais ou não patri-moniais.

Recordamos que os es-tabelecimentos comerciaisdispõe de um Livro de Re-clamações onde o consumi-dor poderá reclamar contraqualquer comportamento dofornecedor que viole os seusdireitos.

Terminamos aconselhan-do a todos os nossos leito-res que se informem dosseus direitos, pois um bomconsumidor é um consumi-dor informado.

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LUCIA

LOPES

cia para engordar e um siste-ma imunitário mais debilitado.Tenha contudo em atenção quemuitas pessoas dormem ape-nas quatro a cinco horas pornoite alegando falta de tempoou ausência de necessidade dedormir mais. Usualmente, portrás destas razões, existemníveis de ansiedade aumenta-dos que não lhes permitemdormir mais horas.

2. Tome um bom pe-queno-almoço todos osdias

Um pequeno-almoço nutri-tivo e variado é fundamentalpara enfrentarmos o dia a dia.Aproveite as nossas sugestõespara renovar a sua ementamatinal:

- Segunda-feira: Três aquatro colheres de cereais comleite de soja

- Terça-feira: Uma fatia depão escuro com queijo meiogordo, chá e uma peça de fru-ta

- Quarta-feira: Um chá oucafé e uma fatia de pão compassas e nozes e uma peça defruta

- Quinta-feira: Uma sopade legumes

"Ano novo, vida nova", jádiz o ditado. Aproveite a mu-dança de dígito no calendáriopara adotar hábitos que me-lhorem o seu bem-estar e aju-dem a prevenir doenças. Façapor isso e inclua nas decisõesde ano novo a adopção de umestilo de vida saudável. Nósqueremos ajudar e, por isso,deixamos-lhe algumas suges-tões que irão contribuir paramelhorar a sua qualidade devida. Estas são algumas dasregras que deve passar a se-guir assim que recuperar dosexcessos habituais de fim deano:

1. Durma maisEntre sete a oito horas por

noite é o ideal. Dormir o nú-mero de horas suficiente é si-nónimo de relaxamento e equi-líbrio. As pessoas que dor-mem pouco têm mais tendên-

- Sexta-feira: Um ovo me-xido, duas fatias de fiambre eum chá

- Sábado: Um sumo de la-ranja natural, uma fatia de pãoescuro e uma fatia de fiambre

- Domingo: Um queijo fres-co com tomate cherry

3. Fraccione as refei-ções

Comer de três em três ho-ras é fundamental para que oorganismo funcione de formaeficaz. Necessitamos de umaporte energético constante,para que todos os nossos ór-gãos funcionem conveniente-mente e para termos uma boagestão do peso.

4. Confecione pratosmais saudáveis

Estas são as nossas suges-tões:

- Faça ovos mexidos comazeite.

- Faça estufados de carneou peixe só com duas colhe-res de azeite.

- Utilize especiarias paratemperar.

- Retire toda a gordura vi-sível e a pele da carne.

- Utilize vinagre, sumo de

AO SOAR DAS 12 BADALADAS, RENOVAM-SE ESPERANÇAS E FAZEM-SEPROMESSAS. INCLUA NAS SUAS RESOLUÇÕES DE ANO NOVO HÁBITOS E

COMPORTAMENTOS QUE O VÃO FAZER SENTIR-SE MELHOR.

Seja mais saudável em 2016

limão, vinho ou cerveja paratemperar.

- Inclua legumes nos estu-fados.

- Faça arroz malandrinho,mas só com duas colheres deazeite. Assim, consumirá maiságua e menos arroz.

- Cozinhe os croquetes eoutros pastéis no forno ou nomicro-ondas, em vez de fritar.

5. Faça atividade físicadiariamente

O controlo do peso e o au-mento da massa muscular sãofundamentais para melhorar asaúde e qualidade de vida. Nal-guns dias pode incluir a ativi-dade física na sua rotina diária,aumentando o número de pas-sos que dá. "Nos outros dias,pelo menos três), deverá fazeruma atividade mais intensa".

6. Tome um suplemen-to vitamínico e mineral

Esta suplementação deve-rá ter em conta o estilo de vidade cada pessoa, os alimentosque ingere e a fase da vida emque se encontra. "Os suple-mentos de ómega-3, porexemplo, são transversais atodas as idades e sexos".

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Euro2016: Portugalintegrado no Grupo F com

Islândia, Hungria e ÁustriaA SELEÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL É CLARA FAVORITA a conquistar o Grupo F doEuro2016, um agrupamento em que vai ter pela frente Áustria, Hungria e Islândia, equipas pouco ounada habituadas a fase finais de grandes competições.

Portugal foi mesmo umdos grandes beneficiados dosorteio que decorreu no Pa-lácio de Congressos de Paris,tendo sido colocado num dosgrupos mais desequilibradosda prova e só uma verdadei-ra catástrofe deixará a forma-ção de Fernando Santos forados oitavos de final.

A ‘seleção das quinas’ vaidefrontar pela primeira vezÁustria, Hungria e Islândianuma fase final de uma gran-de competição, com a sele-ção nórdica a viver mesmo asua estreia nestas ‘andanças’e logo ‘apadrinhada’ por Por-tugal a 14 de junho, em Saint-Étienne.

Comandada pelo suecoLars Lagerback, antigo sele-cionador da Suécia (2000-2009), a Islândia foi a segun-da classificada no Grupo A dequalificação, tendo relegadoa Turquia para terceiro e eli-minado a Holanda.

Gylfi Sigurdsson, médiodo Swansea, é a grande fi-gura desta seleção, tendomesmo marcado seis golosdurante a fase de apuramen-

DESPORTO 39JANEIRO 2016

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to, enquanto na frente des-taca-se Kolbeinn Sigborsson,avançado do Nantes que deunas vistas quando estava noAjax.

Depois dos islandeses,segue-se a Áustria, a 18 dejunho, no Parque dos Prínci-pes, em Paris, naquele quepoderá ser o encontro maiscomplicado para a seleçãolusa.

Pela segunda vez numafase final de um Europeu (aprimeira foi em 2008 com oestatuto de coanfitrião com aSuíça), os austríacos prota-gonizaram uma campanhadominadora no Grupo G, em

que cederam apenas um em-pate (1-1 na receção à Sué-cia), sob o comando do suíçoMarcel Koller, de 55 anos.

David Alaba, do BayernMunique, e Arnautovic, doStoke City, são as ‘estrelas’da Áustria, assim comoavançado Marc Janko, antigojogador do FC Porto e agorano Basileia, que marcu setegolos durante a qualificação.

A 22 de junho, em Lyon,Portugal termina a sua parti-cipação no Grupo F frente àHungria, um rival que preci-sou do ‘play-off ’ para garan-tir a sua primeira presença nafase final desde 1972.

Longe do poderio de-monstrado nos anos 50 e 60,os húngaros confirmaram oseu regresso a um Campeo-nato da Europa depois de te-rem eliminado a Noruega no‘play-off ’, que foram obriga-dos a disputar, já que foramterceiros classificados noGrupo F de apuramento,atrás da Irlanda do Norte eda Roménia, respetivamente.

Aos 39 anos, Gabor Kira-ly, o guarda-redes das ‘calçasde fato-treino’, vai viver a suaprimeira experiência a estenível, num equipa que é co-mandada pelo alemão BerndStorck e em que se destaca oextremo esquerdino BalaszDzsudzsak.

Naquele que será o pri-meiro Europeu com 24 equi-pas, os dois primeiros decada um dos seis grupos ga-rantem um lugar nos oitavosde final, em que terão a com-panhia dos melhores quatroterceiros classificados.

O Euro2016 vai decorrerde 10 de junho a 10 de julho,em França.

COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS

Grupo A: França, Roménia, Albânia e Suíça.Grupo B: Inglaterra, Rússia, País de Gales e Eslováquia.Grupo C: Alemanha, Ucrânia, Polónia e Irlanda do Norte.Grupo D: Espanha, República Checa, Turquia e Croácia.Grupo E: Bélgica, Itália, República da Irlanda e Suécia.

Grupo F: Portugal, Islândia, Áustria e Hungria.

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CPLP – Comunidade dosPaíses de Língua Portuguesa

HISTÓRIA DE PORTUGAL40JANEIRO 2016

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ras na língua, na lei e na religião. Com odeclínio do Império Romano, foi ocupadopor povos germânicos e depois por muçul-manos (mouros e alguns árabes), enquantoque os cristãos se recolhiam a norte, nasAstúrias.

Em 1139, durante a reconquista cristã,foi fundado o Reino de Portugal a partir docondado Portucalense, nascido entre os riosMinho e Douro. A estabilização das suasfronteiras em 1297 tornou Portugal o paíseuropeu com as fronteiras mais antigas.

Como pioneiro da exploração marítimana Era dos Descobrimentos, o reino de Por-tugal expandiu os seus territórios entre osséculos XV e XVI, estabelecendo o primeiroimpério global da história, com possessõesem África, na América do Sul, na Ásia e naOceania. Em 1580 uma crise de sucessãoresultou na União Ibérica com Espanha.

Sem autonomia para defender as suasposses ultramarinas face à ofensiva holan-desa, o reino perdeu muita da sua riqueza estatus. Em 1640 foi restaurada a indepen-dência sob a nova dinastia de Bragança.

O terramoto de 1755 em Lisboa, as in-vasões espanhola e francesas, resultaram nainstabilidade política e económica. Em 1820uma revolta fez aprovar a primeira consti-tuição portuguesa, iniciando a monarquiaconstitucional que enfrentou a perda da maiorcolónia, o Brasil. No fim do século, a perdade estatuto de Portugal na chamada partilhade África.

Uma revolução em 1910 depôs a mo-narquia, mas a primeira república portugue-sa não conseguiu liquidar os problemas deum país imerso em conflito social, corrup-ção e confrontos com a Igreja. Um golpe deestado em 1926 deu lugar a uma ditadura.

A partir de 1961 esta travou uma guerracolonial que se prolongou até 1974, quandouma revolta militar derrubou o governo. No

GUIDA

AMARAL

dimensão, o país é abençoado por uma enor-me variedade de paisagens, desde monta-nhas verdejantes e planícies douradas a be-los vales fluviais e quilómetros de praias ba-nhadas pelo sol e pelo Atlântico.

Lisboa é a ecléctica capital de Portugal,sem dúvida uma cidade vibrante e cosmo-polita. Nas proximidades, Cascais acolhepraias magníficas e Sintra encantá-lo-á comas suas florestas e castelos dignos de con-tos de fadas. No Norte, o Porto é famosopelo mundialmente conhecido vinho do Por-to e pela região panorâmica do Douro. Seprocura uma boa dose de sol e mar, descu-bra a lindíssima costa com falésias e praiasdouradas do Algarve, bem como os exce-lentes campos de golfe

Portugal também tem “jardins flutuan-tes” como a Ilha da Madeira – uma encanta-dora ilha com uma beleza natural incompa-rável e florestas ancestrais. E se anseia poralguma paz e tranquilidade, rodeado de pai-sagens idílicas, as ilhas dos Açores tambémsão um encanto de beleza natural.

A história de Portugal como nação euro-peia remonta à Baixa Idade Média, quando ocondado Portucalense se tornou autónomodo reino de Leão. Contudo a história da pre-sença humana no território correspondentea Portugal começou muito antes.

A pré-história regista os primeiros ho-minídeos há cerca de 500 mil anos. O terri-tório foi visitado por diversos povos: feníciosque fundaram feitorias, mais tarde substituí-dos por cartagineses. Povos celtas estabele-ceram-se e misturaram-se com os nativos.

No século III a.C. era habitado por vári-os povos, quando se deu a invasão romanada península Ibérica.

A romanização deixou marcas duradou-

A Comunidade dos Países de Lín-

gua Portuguesa (CPLP) é uma or-

ganização internacional formada por

países lusófonos, que busca o

«aprofundamento da amizade mútua

e da cooperação entre os seus mem-

bros».

Neste dossier vamos apresentar a«CPLP», sua história e seus países.

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bis-sau, Guiné Equatorial , Moçambique, Por-tugal , São Tomé e Príncipe e Timor-Leste

Dossier composto por 10 artigos (8/10)

PORTUGAL

Situado na ponta sudoeste da Europa,Portugal é uma das nações mais antigas destecontinente, oferecendo uma ampla diversi-dade de tradições e um forte orgulho nopassado marítimo. Apesar da sua pequena

ALGARVEOCEANÁRIO EXPO 98

D. AFONSO HENRIQUES

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HISTÓRIA DE PORTUGAL 41JANEIRO 2016

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Pub.

ano seguinte, Portugal declarou a indepen-dência de todas as suas posses em África.

Após um conturbado período revolucio-nário, entrou no caminho da democracia plu-ralista. A constituição de 1976 define Portu-gal como uma república semi presidencia-lista. A partir de 1986 reforçou a moderni-zação e a inserção no espaço europeu coma adesão à Comunidade Económica Euro-peia (CEE).

Durante os séculos XV e XVI, os mari-nheiros portugueses embarcaram nas suasnaus para explorarem o mundo desconhe-cido. As expedições bem sucedidas segui-ram até África e às Américas, e a viagem deVasco da Gama até à Índia abriu um novocaminho marítimo até aos impérios orien-tais. A Época dos Descobrimentos foi umaera de prosperidade na qual o Império Por-tuguês se expandiu por todo o globo, fixan-do colónias em Angola, Moçambique, CaboVerde, São Tomé e Príncipe, Guiné (actualGuiné-Bissau), Brasil, Goa, Macau e Timor-Leste. Com o sucesso destas viagens, Por-tugal emergiu como um dos países mais ri-cos do mundo e como um dos reinos maisinfluentes da Europa, com ampla influênciaeconómica, política e cultural.

Durante os três séculos seguintes, Por-tugal foi ocupado pelos Espanhóis, invadidopelos Franceses e encetou guerras com asfrotas britânicas e holandesas. As lutas in-ternas e as disputas pela sucessão do sobe-rano fizeram com que o país perdesse gran-

de parte da sua riqueza e estatuto. Em 1755,o catastrófico sismo sentido em Lisboa des-truiu grande parte da capital e algumas zo-nas do Algarve. Os tumultos provocados porséculos de invasões e conflitos civis prospe-raram numa época de desalento social, ins-tabilidade política e declínio económico.

O Portugal dos dias de hoje, membrofundador da NATO e membro da União Eu-ropeia, evoluiu e transformou-se num paíscom uma democracia estável e com umavibrante vida cultural.

Portugal só ocupa 0,86% do territóriototal dos países da CPLP, e tem apenas 4%da população destes oito países, mas, emtermos económicos, é o país mais integra-do no espaço lusófono, detendo sempre omaior volume de trocas comerciais com cadaum dos membros.

Os dados obtidos junto de vários orga-nismos oficiais mostram que a balança co-mercial portuguesa com os restantes setepaíses é sempre favorável, com exceção doBrasil, país com o qual Portugal regista umadesvantagem de quase 700 milhões em

2012, último ano para o qual há dados com-paráveis para todos os países da CPLP, quevalem cerca de 2,5 biliões de dólares (cercade 1,8 biliões de euros), quase 90% dos quaisprovenientes do Brasil.

Olhando para os indicadores macroeco-nómicos, no entanto, a realidade é outra:em 2012, Portugal era o único país em re-cessão, se não contarmos com a Guiné-Bis-sau, então a braços com um golpe de Esta-do, e era também o único que estava inseri-do numa região – a União Europeia – comum crescimento do PIB negativo.

Os dados estatísticos do departamentopara o comércio nas Nações Unidas mos-tram que é entre Portugal e Angola que astrocas comerciais estão mais cimentadas,tendo este país africano recebido quase 4mil milhões de dólares de produtos portu-gueses, e exportado pouco mais de metadedesse valor.

Angola, aliás, é o maior parceiro comer-cial de Portugal na CPLP, sendo a segundarelação mais volumosa aquela que junta Por-tugal e o Brasil.

As exportações, de resto, têm sido aprincipal aposta de Portugal, e talvez por issoPortugal é o único (com exceção de Angola,e quase totalmente por via do petróleo) comuma balança comercial positiva (0,1%), maso reverso da medalha mostra-se na dívidapública: 124% do PIB, quase o dobro dosegundo país mais endividado – São Tomé ePríncipe, com 77,6%.LISBOA

ILHA DA MADEIRA ILHA DOS AÇORES CIDADE DO PORTO

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A G E N D AJusqu’au 08/02

Exposition Amália Rodrigues

Exposition de Paulo Toscano

Azenha consacrée à Amália Ro-

drigues, organisé par la Chaire

Lindley Cintra (Université de Nanterre et Lectorat

de portugais de l’Université de Paris 8).

Maison du Portugal - André de Gouveia

7P, bd Jourdan - 75014 Paris

Le 09/01 à 19h30

Dîner de solidarité

Dîner dansant de solidarité organisé par l’asso-

ciation Agora en collaboration avec la Santa Casa

da Misericórdia de Paris, une institution caritative

qui vient en aide aux plus démunis.

La soirée sera animée par Filipe Martins et son

orchestre, Carlos Pires, José Cunha, Trio Latina

et Sabrina Simões.

Menu : entrée, paella, fromage et dessert. Vin,

eau et café compris, pendant le repas.

Dîner + bal : 30 euros (bal seul, à partir de 23:00

: 10 euros)

Réservations : 06 24 25 79 27 ou 09 50 51 13 43

Salle Jean Vilar

9 bd Héloïse - 95100 Argenteuil

Le 10/01 à 17h00

Luís Filipe Reis à l’Olympia

Luís Filipe Reis appartient à cette

génération de chanteurs de variété

portugaise dont le chef de file est

assurément Tony Carreira et, com-

me ce dernier, c’est en France que

sa carrière a débuté, il y a 25 ans.

Aujourd’hui, il se produit au Canada, aux Etats-

Unis, en Afrique du Sud… dans tous les pays où

la diaspora portugaise est bien représentée.

Olympia

28 Bld des Capucines - 75009 Paris

Le 16/01 à 20h30

Concert António Zambujo

António Zambujo chante l’erran-

ce des sentiments. Sans amplifi-

cation, sa voix s’élève dans un

souffle, il exprime la fragilité mais

sans faiblesse, il chante le fado

mais en finesse. Il nous donne à

découvrir de nouveaux auteurs (Aldina Duarte,

Alberto Janes) ou revisite des classiques d’Amália

(Amor de mel, amor de fel) que l’on a l’impres-

sion d’entendre pour la première fois. Anciens

ou nouveaux, chaque vers est pesé et coloré de

façon unique, revue au filtre d’une voix qui sait

réveiller l’esprit des anges qui dorment à la lisiè-

re du silence et du bruit.

Salle Jacques Brel

42, avenue Edouard Vaillant - 93500 Pantin

Du 18 au 26/01 à 19h30,

le 24/01 à 17h

By Heart

Spectacle écrit et interprété par

Tiago Rodrigues par la compa-

gnie Mundo Perfeito.

Extraits et citations de William

Shakespeare, Ray Bradbury,

George Steiner, Oliver Sacks, Joseph Brodsky.

Mélangeant des histoires familiales avec des ré-

cits réels ou fictionnels, dans By Heart Tiago

Rodrigues nous rappelle l’importance d’appren-

dre des mots par cœur. Les textes qui finissent

par faire partie de nous. Les textes qui conti-

nuent en nous, même quand tous les livres sont

confisqués, toutes les bibliothèques fermées...

Théâtre de la Bastille

76 rue de la Roquette

75011 Paris

Le 27/01 à 20h30

Concert Katia Guerreiro

Katia Guerreiro est aujourd’hui

une interprète mondialement re-

connue, aussi bien qu’une remar-

quable ambassadrice de la musi-

que portugaise. Bien que faisant

partie de la nouvelle vague du

fado, son style est proche de celui d’Amália,

dont elle a repris plusieurs de ses chansons.

Carre Belle Feuille

60, rue de la Belle Feuille

92100 Boulogne-Billancourt

Le 19/02 à 20h30

Ana Moura à l’Olympia

Originaire de Santarém, Ana Mou-

ra a commencé tôt à chanter,

s’intéressant à divers types mu-

sicaux. C’est Maria da Fé qui la

découvre et l’invite à faire partie de sa Casa de

Fados, O Senhor Vinho. C’est là que débutera

sa carrière de fadista. Son premier disque sort

en 2003, Guarda-me a vida na mão, est très

bien accueilli par la critique et le public, au Por-

tugal comme à l’étranger.

Même les Stones déclarent l’apprécier et Mick

Jagger l’invite à interpréter No Expectations

lors de son concert à Alvalade XXI, devant 30

000 personnes.

Son dernier album, Desfado, sorti en novem-

bre 2013, apporte une certaine nouveauté au

genre musical portugais, une nouvelle sonorité

et même trois chansons dans la langue de Sha-

kespeare.

L’Olympia

28 bd des Capucines

75009 Paris

AGENDA42JANEIRO 2016

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PUBLICIDADE 43jANEIRO 2016

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Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica. Apesar de serbastante simples, é divertido e viciante. Basta completarcada linha, coluna e quadrado 3x3 com números de 1 a9. Não há nenhum tipo de matemática envolvida.

Sudoku

LAZER44JANEIRO 2016

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SOLUÇÃOEDIÇÃO68

Pub.

www.aeiou.pt/humor

O que diz um semáforo ao outro?- Não olhes para mim porque vou-me

trocar!

Estava um alentejano em Paris para ver unsmonumentos, quando passa por uns semá-

foros e, apesar de estar vermelho, passa com a sua moto-rizada... e quase bateu num francês que, todo furioso,diz:- "Il est rouge! Il est rouge" [Está vermelho! Está vermel-ho!]E o alentejano, furioso, responde sem qualquer intimi-dação:- Tem ferrugem mas ainda anda!

Candidato num comício eleitoral em pleno Alentejo:- Se eu for eleito, garanto que só se trabalhará um dia pormês!- Então e férias, não há?P: Qual é o cúmulo da magreza?R: Jogar futebol numa cabine telefónica e gritar: passem-me a bola, estou desmarcado.

P: Sabem quando é que um homem abre a porta do carroà mulher?R: Quando um dos dois são novos: ou o carro ou a mulher.

Curiosidades sobre as marcas de automovéisDODGE

• A Dodge tem uma longa história, no início de 1900, os irmãos John Francis Dodge eHorace Elgin Dodge decidiram construir um automóvel diferente. Começaram com aprodução de peças e, em 1914, desenvolveram a sua indústria automobilística. Nos anos1920 os irmãos faleceram, e em 1928 a Dodge Brothers passou a integrar a ChryslerCorporation.

ADIVINHAAndo sempre como o meu dono, ora abertoora fechado. Como sou eu quem o protege,

traz-me muito estimado.

O CHAPÉU DE CHUVA

PROVÉRBIOSHá mar e mar, há ir e voltar.

Há mil modos de morrer e um só de nascer.Haja fartura, que a fome ninguém a atura.Homem folgazão, no trabalho sonolento.

Homem necessitado, cada ano apedrejado.

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Quer dar a conhecer as suas receitas aos leitores da Portugal Mag?Mande-as para [email protected] juntamente com a sua foto e serão publicadas neste espaço.

Pato com Mel

AS RECEITAS DA PORTUGAL MAG

SUGESTÃO: Recorte as receitas e arquive

Torta de Coco com Creme de Limão

Ingredientes: 2 pessoasTempo de preparação:50 minutos

O Oceano

Bar-RestaurantSpécialitésPortugaises

73 bld Gabriel Péri94500 Champigny

sur Marne

Tél.: 01 48 80 87 60

La Grillade

Bar-RestaurantSpécialitésPortugaises

92 avenue Louis Blanc94210 Saint Maur

des Fossés

Tél.: 01 48 83 11 76

Casado ChurrascoChurrasqueiraSpécialitésPortugaises

14 Bld. du Maréchal Foch

93160 Noisy le Grand

Tél.: 01 57 33 06 91

recomenda

Le Longchamp

Restaurant-Bar

SpécialitésPortugaises

40 Rue de Longchamp75016 Paris

Tél.: 01 47 27 53 50

CULINÁRIA 45JANEIRO 2016

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Ingredientes:4 ovos140g de açúcar100g de coco raladoRaspa de 1 limão25g de farinha de trigo sem fermento50g de manteiga derretidaUm tabuleiro untado com manteiga, for-rado com papel vegetal e novamenteuntado com manteigaPara o creme :

- 3 colheres de sopa de açúcar- 1 colher de sopa bem cheia de farinhamaizena- 2 gemas de ovo- 250 ml de leite- Sumo de 1 limão- Açúcar para polvilhar

Ingredientes:2 peitos de pato3 cebolas doces picadas1 colher de sopa de óleo2 colheres de sopa de mel1 chávena de café de vinagre balsâmicoSal a gosto

Preparação:Tempere o pato com um pouco de sal.Numa frigideira, deixe aquecer o óleo.Depois do óleo quente, coloque o patocom a pele virada para baixo e deixefritar lentamente durante 10 minutos.Passados os 10 minutos, vire o pato e

deixe fritar mais 10 minutos. Depois defrito, retire o pato para um prato.Na gordura que ficou coloque a refogara cebola lentamente para não queimardurante 15 minutos. Entretanto, corteo pato em fatias fininhas e coloquenuma travessa. Passado os 15 minutose com a cebola já refogada, junte o mel.Mexa e deixe fritar 1 minuto. Por fim,junte o vinagre balsâmico, mexa tudo edeixe ferver 30 segundos. Passado os30 segundos apague o lume. Regue opato com o molho. Acompanhe com ba-tata ralada frita ou outro acompanha-mento a seu gosto.

Ingredientes: 6 pessoasTempo de preparação:30 minutos

Preparação:Parta os ovos para uma tigela. Junte o açúcare bata até que fique um creme fofo. Adicioneo coco ralado, a raspa de limão, a manteiga ea farinha. Bata até que tudo fique bem mis-turado. Espalhe a massa no tabuleiro. Leveao forno pré-aquecido nos 190º e deixe co-zer entre 10 a 13 minutos. Entretanto, façao creme. Num tachinho, misture o açúcar,a farinha maizena, as gemas, o sumo delimão e o leite. Leve ao lume e sem parar demexer, deixe engrossar. Quando começar aborbulhar, retire e deixe arrefecer. Depoisda torta cozida, retire-a. Desenforme sobreum pano polvilhado com açúcar. Com cui-dado, enrole a torta. Coloque a torta numprato e deixe arrefecer. Sirva a torta cortadaàs fatias e com o molho por cima

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HOROSCOPE46JANEIRO 2016

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Pub.

BélierUn début d'annéecontrasté mais oùvous devriez parvenirà concrétiser certai-nes de vos aspirations

si vous consentez au moins unpeu à garder les pieds (au moinsun) sur terre !

TaureauVénus vous invite àévoluer sur le plansentimental, quitte àrenoncer à un idéalqui ne tient plus la

route pour privilégier une rela-tion stable et équilibrée. 2èmedécan, c'est sans doute vous quiserez le plus secoué par les évé-nements et la réalité à intégreren janvier.

GémeauxUn mois où vos pro-blèmes d'argent ou depouvoir peuvent in-terférer douloureuse-

ment avec vos histoires de cœur.Veillez alors à réserver un peude votre temps à l'autre, ne se-rait-ce que pour vous poser cer-taines questions essentielles surla nature et la validité de vosliens.

CancerPour éviter que lespressions socialesn'empiètent et necourt-circuitent votre

vie privée, prenez du recul et réflé-chissez en profondeur à ce quicompte le plus pour vous.

LionUn mois où vous aurezenvie d'exprimer vossentiments, de sédui-re, d'aimer mais où cer-

tains seront rattrapés par la néces-sité d'évoluer, de grandir, de mûrir.Vous n'apprécierez pas toujours lesdéfis qui freineront un peu vosélans en janvier mais seriez pour-tant bien inspiré de les relever !

ViergeUn mois à aborder leplus en conscience pos-sible. Entre problémati-que familiale à aborder

et tensions à désamorcer dans lecouple, vous aurez sans doute fortà faire en janvier pour préserverl'équilibre de votre vie privée.

BalanceVous êtes dans le vi-seur des astres et de-vrez miser sur votre

(au moins jusqu'au 23) à expri-mer librement vos sentiments.Vous êtes dans le viseur du cielqui vous met la pression et vousdemande de faire des choix.

VerseauUn mois où la ré-flexion l'emporterasouvent sur la spon-tanéité pas toujoursbonne conseillère.

Profitez de ce mois qui oscilleentre envie d'ouvrir l'avenir etcogitation sur le passé pour dé-terminer une ligne de conduitequi vous aidera à terme à cons-truire en conscience plutôt qu'àfuir ou à vous engager sans cons-cience !

PoissonsVous êtes tout parti-culièrement visé parles éléments quivous chahutent unpeu et vous invitent

en fait à déterminer ce qui (etqui) compte vraiment pour vous! Évitez cependant de vous lais-ser emporter par vos émotionsou envahir par le découragementqui vous guette en janvier.

sens inné de la diplomatie pourclore le mois en paix plutôt qu'àcran !

ScorpionIl y aura probable-ment de la friture surla ligne en janvier oùvous aurez sans doute

du mal à exprimer votre insatisfac-tion sereinement, à exprimer vosangoisses mais également vos dé-sirs ouvertement. Alors pour évi-ter les débats houleux et d'éven-tuelles prises de bec, ne précipitezaune décision qui ne sera prise enconscience qu'à partir du 25 !

SagittaireUn mois où votre pou-voir de séduction at-teindra les sommetsmais où le 2ème décandevra composer avec

des désirs souvent contradictoires.Pour tirer votre épingle du jeu amou-reux, tâchez de bien cerner vos prio-rités et de garder le contrôle de vosémotions pas toujours très bonnesconseillères !

CapricorneUn mois où vous pri-vilégierez la réflexion,où vous aurez du mal

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