Edition nº 276 | Série II, du 14 septembre 2016 Hebdomadaire ...Marie-Christine Volovitch Tavares...

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GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Clube português de Saint Maur lidera Grupo B História. Marie-Christine Volovitch Tavares publica livro sobre 100 anos de emigração portuguesa em França 03 Edition nº 276 | Série II, du 14 septembre 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais 19 Morreu em Paris o pintor Luiz Darocha Artista plástico morava em França há muitos anos 14 Futebol CFA Lusitanos lideram PUB Lusitanos de Saint Maur / EM Basquetebol. Benfica foi derrotado pelo Nanterre 20 4x4. Andrade Compétition venceu 24 Horas 4x4 de França 21 CCIFP organiza road-show imobiliário em Lyon, Lille e Nantes 08 Carlos Vinhas Pereira PUB

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GRATUIT

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Clube português de Saint Maur lidera Grupo B

História. Marie-ChristineVolovitch Tavarespublica livrosobre 100 anosde emigraçãoportuguesa emFrança

03

Edition nº 276 | Série II, du 14 septembre 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais

19

Morreu em Paris opintor Luiz DarochaArtista plástico morava em França há muitos anos 14

Futebol CFALusitanos lideram

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Lusitanos de Saint Maur / EM

Basquetebol.Benfica foi derrotado peloNanterre

20

4x4.Andrade Compétition venceu 24 Horas4x4 de França

21

CCIFP organiza road-showimobiliário em Lyon, Lille eNantes

08

Carlos Vinhas Pereira

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02 OPINIÃO Le 14 septembre 2016

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret: 52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, AntónioMarrucho, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, Inês Vaz(Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon), José Manuel dos Santos, José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel doNascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Nathalie de Oliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Patricia Valette Bas, Ricardo Vieira, RuiRibeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence de presse: Lusa | Photos: António Borga, LuísGonçalves, Mário Cantarinha, Tony Inácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de la porte de Vanves, 75014Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: septembre 2016 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

O assassinato do Padre JacquesHamel, em 26 de julho, comoveu aFrança e foi a gota de água que feztransbordar o copo da nossa pertur-bação e indignação. Parecia que jáestávamos conformados com ataquesterroristas às esplanadas, salas de es-petáculo e ruas. Imagine-se ao quechegámos! Mas dentro da igreja e emplena missa, teve o sabor amargo deser dentro de casa, da nossa casa, dacasa de cada um: cada igreja é isso,é casa para todos. Mesmo para osnão crentes ou simpatizantes do ca-tolicismo: lembremos as lágrimassentidas do Maire comunista deSaint-Etienne-du-Rouvray ou a afir-mação ousada de Hollande quandofalou da “profanação da França”.O grau de segurança é máximo nasigrejas. Não podíamos estar maisprotegidos. Se África veio até às por-tas das nossas cidades com sua po-breza e descristianização, oterrorismo trouxe-nos a violência doMédio e Extremo Oriente para dentrode casa. Mas então, devemos termedo? Não, não podemos. Não esta-mos absolutamente seguros em ladonenhum. À entrada de casa, dentrodo elevador ou na rua, podemos servítimas de uma agressão ou escorre-gar no douche e morrer da queda. Sea conclusão final for ficar dentro decasa, então estaremos vencidos e do-minados pelos terroristas. É isso queeles pretendem.A solução possível? Viver! Ousar e ar-riscar viver, que viver sempre foi umrisco e um ato de coragem e de con-fiança. O “comodismo de sofá” a queestávamos habituados engana-nos,fazendo-nos crer que a vida é seguraa 100%. Como aquele slogan idiotae mentiroso do sexo seguro. A vida éum risco, mas esse risco pode ser vi-vido na confiança e na liberdade, ouno medo e na escravidão, que omedo sempre traz.Nas últimas Jornadas Mundiais daJuventude, em Cracóvia, o PapaFrancisco ensinava: “O medo e a an-gústia nascem do facto de uma pes-soa saber que saindo de casa podenão ver mais os seus entes queridos;o medo de não se sentir apreciado eamado; o medo de não ter outras

oportunidades. Onde nos leva omedo? Ao fechamento. E, quando omedo se esconde no fechamento, fá-lo sempre na companhia da sua ‘irmãgémea’, a paralisia; faz-nos sentir pa-ralisados. Sentir que, neste mundo,nas nossas cidades, nas nossas co-munidades, já não há espaço paracrescer, para sonhar, para criar, paracontemplar horizontes, em suma,para viver, é um dos piores males quenos podem acontecer na vida, sobre-tudo na juventude. A paralisia faz-nos perder o gosto de desfrutar doencontro, da amizade, o gosto de so-

nhar juntos, de caminhar com os ou-tros” (Vigília de oração, 30 de julho).Deixar de frequentar a igreja ou de ira uma rua mais frequentada, seriauma morte antecipada pelo fecha-mento e pela paralisia. O que os ter-roristas não sabem, é que para umcristão, a confiança no amor e mise-ricórdia de Jesus vence o medo, li-berta-nos do medo, da angústia, dequalquer ameaça psicológica. Por

isso, eu não vou fugir nem regressarao meu país, não vou ficar fechadoem casa ou evitar o convívio social,nem vou deixar de ir à igreja. Nãoquero uma felicidade de sofá dentrode casa.Alertava o Papa: “A paralisia maisperigosa é julgar que, para sermos fe-lizes, temos necessidade de um bomsofá. Um sofá que nos ajude a estarcómodos, tranquilos, bem seguros.Um sofá que nos garanta horas detranquilidade para mergulharmos nomundo dos videojogos e passar horasdiante do computador ou da TV. Um

sofá contra todo o tipo de dores emedos. Um sofá que nos faça estarfechados em casa, sem nos cansar-mos nem nos preocuparmos. (…)Não viemos ao mundo para ‘vegetar’,para passar comodamente os dias,para fazer da vida um sofá que nosadormeça; pelo contrário, viemoscom outra finalidade, para deixaruma marca. É muito triste passarpela vida sem deixar uma marca.

Mas, quando escolhemos a comodi-dade, confundindo felicidade comconsumo, então o preço que paga-mos é muito, mas muito caro: perde-mos a liberdade. Este é o preço. E hátantas pessoas cuja vontade é que osjovens não sejam lives, há tantas pes-soas que não vos amam, que vosquerem entontecidos, pasmados,adormecidos, mas… livres, nunca!Não; isso não! Devemos defender anossa liberdade”.A idade não importa. Viver é um riscopara sermos livres pelo dom de amore de serviço, de vida e de paz, de jus-tiça e de amor que vencem o medo.“Amigos, Jesus é o Senhor do risco,o Senhor do sempre ‘mais além’.Jesus não é o Senhor do conforto, dasegurança e da comodidade. Para se-guir a Jesus, é preciso ter uma boadose de coragem, é preciso decidir-se a trocar o sofá por um par de sa-patos que te ajudem a caminhar porestradas nunca sonhadas e nemmesmo pensadas, por estradas quepodem abrir novos horizontes, capa-zes de contagiar-te a alegria, aquelaalegria que nasce do amor de Deus,a alegria que deixa no teu coraçãocada gesto, cada atitude de miseri-córdia. Caminhar pelas estradas se-guindo a ‘loucura’ do nosso Deus,que nos ensina a encontrá-Lo no fa-minto, no sedento, no maltrapilho,no doente, no amigo em maus len-çóis, no encarcerado, no refugiado emigrante, no vizinho que vive só”(Papa Francisco).“Abençoados” terroristas que nosdão a oportunidade de despertarmosdesta falsa felicidade de sofá. Piorque ter medo de um louco que grite‘Allahu akbar’ de faca na mão, é ter-mos medo de viver. “Por isso, hojeJesus convida-te, chama-te a deixara tua marca na vida, uma marca quedetermine a história, que determinea tua história e a história de muitos”(idem). Esta será a minha marca: nãoterei medo. Nem terei medo por sen-tir medo, porque ao medo venço-opelo amor de Jesus Cristo.Terroristas da treta: eu irei à missa,não ficarei em casa… receio mais osofá que o vosso ódio e a vossa igno-rância!

Os sofás metem medoOpinião de Padre Nuno Aurélio | Reitor do Santuário de Nossa Senhora de Fátima de Paris

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Pergunta do LeitorPergunta:Senhor Diretor,[...] Gosto muito do vosso jornal por-que tem notícias que só mesmovocês é que publicam. No meu en-tender, estão de parabéns. [...] O ar-tigo sobre o destino do dinheiro dosConsulados parece que tem errosporque diz que só há duas associa-ções em França que tiveram subsí-dios. Há pelo menos mais uma eessa não consta da vossa lista. É en-gano vosso? [...]

Manuel Duarte (mail)

Resposta:Caro leitor,Obrigado pelas palavras que diz anosso respeito. Tentamos efetiva-mente falar daquilo que os outros jor-nais não falam. Senão, seriamostodos iguais, não acha? Ainda bemque gosta porque essa é a nossaprincipal vocação.O artigo a que faz alução é sobre ossubsídios atribuídos pelo FRI (Fundode relações internacionais). Efetiva-mente nenhum órgão de comunica-ção social abordou esta questão.Abordámos nós e é verdade que osRelatórios de gestão do FRI respei-tantes a 2012, 2013, 2014 e 2015,se existem, não foram tornados pú-blicos.Em França houve apenas essas duasassociações contempladas. O artigonão tem erro. Mas, tal como está es-crito no artigo, estamos ainda aaguardar a lista dos subsídios atribuí-dos em 2015, pela Direção Geral dosAssuntos Consulares e ComunidadesPortuguesas (DGACCP), às associa-ções Portuguesas no estrangeiro. Éestranho que esse documento aindanão tivesse sido divulgado, quando jáestamos em setembro de 2016. Deque estarão à espera?Ficamos a aguardar.E obrigado por ser fiel leitor do Luso-Jornal,

Carlos PereiraDiretor do LusoJornal

Parecia que já estávamosconformados com ataques ter-roristas às esplanadas, salasde espetáculo e ruas. Imagine-se ao que chegámos! Masdentro da igreja e em plenamissa, teve o sabor amargo deser dentro de casa, da nossacasa, da casa de cada um:cada igreja é isso, é casa paratodos.

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COMUNIDADE 03Le 14 septembre 2016

Historiadora retrata cem anos da emigração portuguesapara FrançaA historiadora francesa Marie-Chris-tine Volovitch-Tavares retratou um sé-culo da emigração portuguesa paraFrança num livro que vai ser apresen-tado a 13 de outubro em Paris.O livro, “100 ans d’histoire des por-tugais en France”, vai ser apresen-tado na Maison du Portugal André deGouveia, na Cidade Universitária deParis.A obra - “uma síntese histórica” se-gundo a autora - tem cerca de 200páginas e percorre cronologicamenteas vagas de emigração portuguesapara França, com destaque para pe-ríodos menos conhecidos como a par-ticipação de portugueses naresistência francesa durante a Se-gunda Guerra Mundial. “Houve por-tugueses que já tinham lutado contraa ditadura de Salazar e combatido na

guerra civil de Espanha junto dos re-publicanos, como Emídio Guerreiro.Além dos exilados políticos, houvetrabalhadores que foram militantesem sindicatos e partidos políticosfranceses e que também participaramna resistência francesa. Foram pou-cos, mas os franceses na resistênciatambém foram uma minoria”, expli-cou a historiadora à Lusa.Além de Emídio Guerreiro, as ForçasFrancesas do Interior que lutaramcontra a ocupação dos nazis conta-ram com outros nomes portugueses,citados no livro, como António Fer-reira, morto em 1944 durante oscombates de libertação de Paris, eJosé Lourenço que também morreuem 1944 durante os combates de li-bertação de França.Para Marie-Christine Volovitch-Tava-res, “a presença importante de portu-gueses data de há 100 anos” e, por

isso, o livro começa com a assinaturado primeiro acordo de mão-de-obraentre França e Portugal, a 28 de ou-tubro de 1916, e com o envio de sol-dados portugueses para a frente de

Batalha na região de Lille, em França,durante a Primeira Guerra Mundial.A historiadora aborda, numa segundaparte, o período entre guerras, com“50 mil portugueses em França em1931”, um número que diminuiu“com a crise mundial dos anos1930”, baixando para os 20 mil imi-grantes em 1950.“A terceira parte vai dos anos 1950a 1970 quando chegaram muitos tra-balhadores portugueses e alguns exi-lados políticos que lutavam contra aditadura. É realmente o período emque os portugueses mais chegaram?No início dos anos 50 eram apenas20 mil e em 1974/1975 eram 750mil”, acrescentou a especialista dahistória da imigração portuguesa emFrança, lembrando que neste períodomuitos portugueses chegaram ao paísclandestinamente enquanto outrosviajaram ao abrigo de acordos de

mão-de-obra entre os Governos fran-cês e português.O livro acompanha, ainda, a emigra-ção portuguesa em França após o 25de abril de 1974 até aos dias de hoje,tentando “lembrar a presença de por-tugueses de que não se fala muito”,como “os que participaram na lutapelos direitos dos imigrantes nos anos1980 e no final dos anos 1990 por-que são coisas mal conhecidas emFrança e em Portugal”.Marie-Christine Volovitch-Tavares foipioneira nos estudos sobre os emi-grantes portugueses em França,sendo autora, nomeadamente, de“Portugais à Champigny, le tempsdes baraques” e tendo integrado o co-mité de historiadores que participa-ram na criação da Cité Nationale del´Histoire de l’Immigration que é hojeo Museu da História da Imigração,em Paris.

Um livro de Marie-Christine Volovitch-Tavares

Por Carina Branco, Lusa

Um país cada vez mais pequenoOpinião de Carlos Gonçalves | Deputado (PSD) pelo círculo eleitoral da Europa

Este período de reinício de atividadeapós as tradicionais férias de verão ésempre um momento em que se esta-belecem objetivos, tanto pessoaiscomo profissionais, para o novo ano.A nossa Comunidade residente emFrança estabelece como suas a maio-ria das preocupações e anseios dopovo francês pois é neste país que, porenquanto, a sua vida se projeta.No entanto, a sua forte ligação a Por-tugal faz com que estes Portuguesestambém estejam atentos e se preocu-pem com a situação do nosso país.Chegados de um curto período de fé-rias muitos dos nossos compatriotas ti-veram a oportunidade de verificar queaquele país que no período homólogode 2015 transmitia confiança econsolidava a sua situação económicae social, vive agora um momento bemdiferente com as suas perspetivas defuturo reféns de objetivos de pura tá-tica política partidária.

De facto, parece-me evidente que ofuturo do nosso país está, neste mo-mento, refém de um plano de sobre-vivência política de alguns mesmo queisso implique comprometer um país,as ambições do seu povo e, muito par-ticularmente, acorrer às desigualdadese assimetrias sociais.Infelizmente, o caminho que Portugalpercorre hoje é um caminho no qualtemos um crescimento dececionante,diria mesmo insignificante, uma dí-vida pública que continua a crescer euma poupança em valores negativosque já não conhecíamos há muitosanos. Um país que não cria emprego,um país que não atrai investimento,um país que não tem estratégias parao futuro, ou seja, um país a concebertoda a sua estratégia apenas numaperspetiva de garantir o poder a algunsindependentemente dos interessesnacionais.Convém aqui lembrar que há um ano

estávamos em campanha eleitoral e omodelo económico então apresentadopelo principal Partido da atual coliga-ção parlamentar era o do consumo in-terno que iria ter consequências muitopositivas no crescimento. Infeliz-mente, apesar da reposição de rendi-mentos na Administração pública, oconsumo interno em vez de crescervem a baixar o que deixa no ar a per-gunta: qual a razão que leva a que osPortugueses não estejam a consumir?A resposta é, no meu entendimento,uma clara falta de confiança no futuro.Uma falta de confiança que se co-meça a notar na relação das nossasComunidades com o seu país de ori-gem e que se traduz, por exemplo,numa diminuição do investimento emPortugal e do envio de remessas.Acresce, que ainda se aguardam polí-ticas concretas para a área das Comu-nidades portuguesas, nomeadamente,o cumprimento de algumas promessas

eleitorais que animaram o períodoeleitoral já referido. Recordo, nomea-damente, a questão do ensino do por-tuguês no estrangeiro, o atendimentoconsular e a questão dos lesados doBES que, aparentemente, apenas nãoera resolvida por má vontade do ante-rior Governo e que, ao contrário de ou-tros clientes prejudicados, ainda nãoteve, no caso dos emigrantes, qual-quer solução.A ausência de estratégia para as Co-munidades portuguesas é a demons-tração clara de um Governo que vivefocado no imediato e no encontrar desoluções casuísticas que lhe garantamo apoio parlamentar dos Partidos daesquerda de forma a salvaguardar acontinuidade no poder não existindonem a capacidade nem a vontade po-lítica para dar resposta aos problemase aproveitar o potencial dos vários mil-hões de Portugueses espalhados peloMundo.

Hoje, somos um país mais pequeno.Mais pequeno porque a necessidadede responder a interesses instaladosprima sobre a importância de acaute-lar o futuro, muito particularmente,das novas gerações. Mas tambémsomos um país mais pequeno porquenos afastámos das nossas Comuni-dades não aproveitando as suas capa-cidades que num momento de crisepermitiram um investimento sem pa-ralelo na história recente do nossopaís.É, pois, fundamental recuperar aconfiança perdida e é, sobretudo, es-sencial, neste momento, que o paístenha uma verdadeira estratégia parao seu futuro e que saiba, de novo,aproveitar o potencial das Comuni-dades portuguesas. Por isso, entendoque o interesse nacional deve sobre-por-se à estratégia política ou então ar-riscamo-nos, mesmo, a transformarPortugal num país pequeno.

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Jumelage possible entre LaQueue-en-Brieet Pataias-MartingançaUma delegação do Município de LaQueue-en-Brie deslocou-se na se-mana passada a Portugal e encon-trou-se com a Junta de Freguesia dePataias-Martingança (Alcobaça).O Presidente da Junta de Freguesiade Pataias-Martingança, Valter Ri-beiro, está a estudar com o Maire dela Queue-en-Brie, Jean-Paul Faure-Soulet, a possibilidade de ser assi-nado um Protocolo de Geminaçãoentre os dois municípios. Integrava adelegação francesa a Vereadora deorigem portuguesa e dirigente da as-sociação Cívica, Ana Maria de Al-meida.

Eleições presidenciaisem CaboVerdeAs eleições presidenciais em CaboVerde vão ter lugar no próximo do-mingo, dia 2 de outubro.As mesas de Assembleia de votoestarão abertas das 8h00 à 18h00nas seguintes cidades em França:Amiens, Cannes, Creil, Paris (Em-baixada de Cabo Verde), Lyon, Mar-seille (Consulado de Cabo Verde),Nice (Vice Consulado de CaboVerde), Oyonnax, Pontoise, Roubaixet Toulouse.

Ferro Rodrigues em Strasbourg

O Presidente da Assembleia da Re-pública, Eduardo Ferro Rodrigues, vaiefetuar uma visita oficial ao Luxem-burgo, e esta quarta-feira desloca-sea Strasbourg, para a reunião de ho-mólogos da União Europeia. Entre 14e 16 de setembro, Ferro Rodriguesvai estar na Conferência europeia dePresidentes de Parlamentos (Assem-bleia Parlamentar do Conselho da Eu-ropa), que se realiza de dois em doisanos.O evento terá como temas: “Migra-ções e crise dos refugiados na Europa- papel e responsabilidades dos Par-lamentos”, “Os Parlamentos nacio-nais e o Conselho da Europa:promover em conjunto a democracia,os direitos humanos e o estado de di-reito”, “Mobilização dos Parlamentoscontra o ódio com vista a sociedadesinclusivas e não racistas”.

04 COMUNIDADE Le 14 septembre 2016

Delegação de Fornos de Algodres esteveem Ste Consorce

A convite da autarquia de Sainte Con-sorce (69) e da associação “JumelageFornos - St Consorce”, veio até Lyonuma delegação da autarquia de For-nos de Algodres. Esta delegação inte-grou as festas dos “Conscrits do anoem 6” e também participou no pro-grama de visitas previsto pela associa-ção de geminaçao e da municipa-lidade de St. Consorce. O Presidenteda Câmara Municipal, Manuel Fon-seca, era também acompanhado desua esposa e filhas, além da Adjuntade Comando dos Bombeiros Voluntá-rios de Fornos de Algodres, SofiaGomes.Sofia Gomes representava a Associa-ção humanitária dos Bombeiros deFornos mas, em paralelo, segue umcurso de direito na Universidade doPorto tendo já uma formação em Psi-cologia.Os dias 9, 10 e 11 de setembro forampreenchidos pelas visitas à Maison Fa-miliar Reinsertion (MFR), onde foramrecebidos pelo Presidente Pascal Bru-chon, visitaram também museus eempresas, assim como a cidade deLyon, e participaram nas festividadesdos “Conscrits 6” desta vila.O Presidente da Câmara Manuel Fon-seca participou no desfile, acompa-nhado pelo Maire de St. Consorce,

Jean-Marc Thimonnier, e por PascalDidelet, Presidente do Comité de ge-minação, na homenagem feita ao mo-numento aos mortos da vila de Ste.Consorce, durante a guerra de 14-18.No seu discurso, Jean-Marc Thimon-nier citou a importância da presençada delegação nestes dias, que “ci-mentava” a partilha e os intercâmbiosentre as populações e as municipali-

dades. Assim como Manuel Fonsecae Pascal Didelet, que lembraram ohistórico da geminação e o valor a pre-servar no futuro, agendando visitas eelaborando futuras participações emprojetos com a MFR de Ste. Consorceem terras de Fornos de Algodres.A associação portuguesa local, ACRJ-PLO, também participou nestes en-contros com a presença dos membros

da sua Direção, Serafim Pacheco ePedro Emanuel.No sábado, 1° de outubro, a associa-ção “Jumelage” organiza, no quadrodo Festival Interval, um espetáculocultural onde o grupo Cantares de Por-tugal, vindo de St. Etienne, com a di-reção de Manuel Mendes, apresentarácantares e trages das diferentes re-giões de Portugal.

No quadro da geminação entre as duas localidades

Por Jorge Campos

Câmara de Pombal reforça relação na geminação com BiscarrosseReforçar o âmbito da geminaçãocom Biscarrosse, nomeadamente aonível da cultura, turismo e economiaé o objetivo do aditamento ao Proto-colo celebrado a 27 de julho de1984 entre os Municípios de Pom-bal e Biscarrosse, que foi aprovadopor unanimidade na última reuniãodo executivo português.Para além do alargamento do âm-bito da relação entre estes dois Mu-nicípios, o documento confirma oscompromissos já assumidos e quepassam pelo desenvolvimento dasatividades destinadas a permitir atroca de experiências, durante as fé-rias escolares, entre alunos deambas as cidades, e também de ini-ciativas bilateriais de promoção eco-nómica e comercial entre os agenteseconómicos de ambas as regiões.Mantém-se ainda o compromisso decontinuarem a ser desenvolvidasações de promoção dos destinos tu-rísticos e do património cultural de

ambos os concelhos, através da dis-ponibilização de informação turís-tica.Refira-se que, no âmbito da gemi-nação entre Pombal e Biscarrosse,uma comitiva encabeçada peloMaire de Biscarrosse, alguns verea-dores e elementos da Pays Landes

Nature Cote d’Argent (PLNCA), umaentidade intermunicipal de desen-volvimento regional que engloba vá-rios Municípios da Costa Sudoestede França, esteve em Pombal emmaio último.Na ocasião, o grupo visitou váriasempresas e manteve contactos com

os empresários, tendo ficado sur-preendido com a tecnologia de pontautilizada nas empresas pombalenses.“Estou impressionado com os meiostecnológicos que encontrei em algu-mas das empresas que visitei. É umorgulho encontrar em Pombal empre-sas que trabalham para o mundo in-teiro, empresas estas que gostaría-mos de ter em Biscarrosse. Atravésdestes contactos, que iremos analisarem pormenor, iremos tentar encon-trar reciprocidades a nível económicoe tentar estabelecer ligações entre osempresários e trocar experiências,mas também abrir novos mercados”,afirmou na ocasião o Maire de Bis-carrosse, Alain Dudon.Esta visita realizada em maio - a pri-meira que ocorreu no âmbito da ge-minação entre Pombal e Biscarrosse-, permitiu dinamizar sinergias aonível da atividade económica e turís-tica e, também, estabelecer relaçõescomerciais entre empresas.

Diplomata francês foi esfaqueado pelopróprio filho em LisboaO Embaixador francês Laurent Da-nois, com 53 anos, representanteda União Europeia na Tunísia, foiesfaqueado na semana passada,numa rua de Lisboa, pelo própriofilho.Antoine Le Danois, com 23 anosde idade, filho do Embaixador, foi

viver para Lisboa, onde estuda Eco-nomia e Finanças na UniversidadeNova de Lisboa.O pai chegou à capital portuguesano sábado à tarde, encontrou-secom o filho e combinaram jantar,mas poucos minutos depois o filhodesferia três facadas no Embaixa-

dor, completando com murros epontapés num ato “tresloucado”,segundo as testemunhas do aci-dente. Laurent Danois foi levadoem estado grave para o hospital deS. José com golpes na garganta, nabarriga e nas costas e com ferimen-tos múltiplos na cabeça.

O acidente teve lugar na rua Mariada Fonte, em frento do hotel ondevive o filho do Embaixador. AntoineLe Danois subiu ao quarto, mudoude roupa, voltou a descer paraconstatar o estado do pai e regres-sou ao quarto onde esperou pelapolícia, que o prendeu.

CM Pombal

LusoJornal / Jorge Campos

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06 ENSINO Le 14 septembre 2016

O ensino do português em Françae o novo dispositivo EILE na escola primária

No dia 25 de julho passado, os Minis-tros da Educação de Portugal eFrança, assinaram, em Paris, uma de-claração conjunta para reforçar a coo-peração bilateral no domínio doensino do português em França e dofrancês em Portugal. A principal me-dida que resulta deste acordo é a sus-bstituição, na escola primária emFrança, do Ensino de Língua e Culturade Origem (ELCO) por um novo dispo-sitivo, o Ensino Internacional de Lín-guas Estrangeiras (EILE), quecomeçará a ser aplicado já neste anoletivo 2016-2017.Ora, algumas das conclusões destadeclaração conjunta, divulgadas peloMinistério da Educão de Portugal etransmitidas pela agência Lusa, forampublicadas em vários órgãos da im-prensa portuguesa de tal maneira queo leitor desprevenido não terá umavisão justa da situação do ensino doportuguês em França.Assim, o LusoJornal, na edição de 31de agosto passado, retomando a notí-cia da Lusa, publicou a informaçãosobre este assunto com o seguinte tí-tulo: “Português será integrado no sis-tema educativo francês como línguaestrangeira”. Por um lado, este títulodá a entender que até agora o ensinodo português em França nunca existiuoficialmente e, por outro lado, poderebaixar ou desprezar os esforços le-vados a cabo há mais de 40 anos poraqueles que lutam pelo seu desenvol-vimento.Ao falarmos do ensino do portuguêsem França é necessário distinguir aorganização deste ensino no Primárioe no Secundário, não por ostracismo,mas para compreendermos melhor acoerência do sistema. Quanto à ex-pressão “língua estrangeira”, ela é uti-lizada no sistema educativo francêsapenas para distinguir o ensino da lín-gua francesa do ensino das outras lín-guas; e não significa, no caso doportuguês, que haja um ensino reser-

vado aos portugueses e outro aos nãoportugueses. A distinção entre línguaestrangeira e língua materna é umaquestão essencialmente pedagógica.O ensino do português no Ensino Se-cundário (colégios e liceus - da 6èmeaté à Terminale) existe oficialmentedesde os anos 1970 quando foramcriados os concursos de recrutamentopara professores (CAPES e Agréga-tion). Trata-se por conseguinte de umensino integrado nos horários habi-tuais, ao lado das outras disciplinas.O número de alunos que frequentamestes cursos tem aumentado de cercade 3% cada ano, em média.No Ensino Primário, existem os ELCO,com cerca de 10.000 alunos lusófo-nos, cursos inaugurados também nosanos 1970 através de convençõesentre a França e vários países, entreos quais Portugal, e os ELVE, comcerca de 3.000 alunos não-lusófonosque aprendem o português. Atual-mente, o número total de alunos que

frequantam as aulas de português emFrança (Primário e Secundário) écerca de 32.000.É necessário sublinhar que o ensinodo português no Primário representa40% do total dos alunos que apren-dem esta língua, constituindo assimuma base importante para o desenvol-vimento desta aprendizagem no Se-cundário e pós-Baccalauréat. Nestesentido, a introdução do novo dispo-sitivo EILE (Ensino Internacional deLinguas Estrangeiras) no Primário, emsusbstituição dos ELCO e dos ELVE,tem por objetivo principal aumentar onúmero de alunos e assegurar umacontinuidade pedagógica entre aclasse de CM2 (último ano da escolaprimária) e a classe de 6ème (pri-meiro ano da escola secundária). Comefeito, a finalidade dos EILE, no casodo português, é dar a possibilidade aoaluno de 6ème de estudar duas lín-guas: iniciar o inglês e continuar oportuguês.

No entanto, o texto oficial relativo aeste novo dispositivo aponta uma con-dição: “Les EILE-portugais sont ac-cessibles à tous les élèves volontaires(...) dans la limite des places disponi-bles”. Para este ano letivo, o Ministé-rio da Educação francês prevê apenasmais 5 escolas primárias onde o por-tuguês será ensinado (mais 1.000para o alemão! mais 30 para o ita-liano, mais 15 para o árabe...). Outroobstáculo para a realização eficazdesta continuidade em português étambém o fraco número de secçõesbi-línguas em 6ème: 56 em toda aFrança.Portanto, ao falar de integração doportuguês no sistema educativo fran-cês, o Ministro da Educação de Por-tugal referia-se com certeza, eessencialmente, aos cursos de EILEno Ensino Primário, visto que a partirdeste ano letivo os resultados em por-tuguês serão integrados na avaliaçãogeral do aluno, os professores (recru-

tados e remunerados pelo Estado Por-tuguês) farão parte integrante daequipa pedagógica da escola, partici-parão nas formações contínuas no do-mínio do ensino da língua e serãoavaliados por uma Comissão técnicabilateral.No Ensino Secundário, outra das ur-gências, além do fraco número devagas para os concursos de recruta-mento de professores de português(CAPES e Agrégation), é oferecer apossibilidade ao aluno do liceu de es-tudar o português como uma terceiralíngua (LV3). Esta opção facultativa,além de permitir mais facilmente aosalunos que não são de origem portu-guesa de aceder à aprendizagem doportuguês, e eventualmente de o con-tinuar nas diferentes formações pós-Baccalauréat, contribuirá tambémpara que o ensino da língua portu-guesa tenha um estatuto reconhecidoe estável em França, e não apenas re-servado a uma comunidade.

Ainda sobre o Acordo em matéria de ensino entre a França e Portugal

Por Dominique Stoenesco

As declarações feitas à imprensa nopassado dia 7 do corrente peloExmo Sr. Secretário de Estado dasComuinidades Portuguesas sobre oEnsino da Língua e Cultura Portu-guesas no Estrangeiro, destinado alusodescendentes e às crianças e jo-vens provenientes da nova emigração,demonstram um fortíssimo desconhe-cimento das caraterísticas inerentesao mesmo, assim como um progres-sivo afastamento dos objetivos paraos quais o referido ensino foi criado.Assim, e segundo o determinado pelaConstituição, seria dever do Estadoportuguês assegurar aos filhos dostrabalhadores portugueses no estran-geiro o acesso a aulas da sua línguae cultura de origem.Durante cerca de 35 anos, sob tutelado Ministério da Educação, foi esseo princípio seguido, cursos de Línguae Cultura Portuguesas que mantives-

sem a importantíssima ligação linguí-sica e afetiva ao país de origem.Com a tutela do Instituto Camões esempre com o apoio do Ministériodos Negócios Estrangeiros, todosestes princípios foram preteridos.Depois de retirar do sistema mais de14.000 alunos e 250 professores,através de medidas economicistasem 2010 e 2011 e com a introduçãoda vergonhosa Propina em 2012, sóela responsável pela perca de quase9.000 alunos, dedicou-se afincada-mente o referido Instituto à extinçãodo ensino do Português como línguade origem ou identitária, vertente quenunca tinha sido de seu interesse,substituindo-o por Português línguaestrangeira, com manuais obrigató-rios de ensino a estrangeiros, quenunca mereceram a aceitação nemde alunos nem de pais.Sempre apregoando uma “integra-

ção” e uma “dignificação” da nossalíngua no estrangeiro, o que o Insti-tuto Camões fez, com o beneplácitoda SECP foi, afinal, considerar quetodos os Portugueses no estrangeirosão estrangeiros, só lhes sendo porisso possível aprender a sua línguaidentitária como língua estrangeira.Atualmente os alunos de nacionali-dade estrangeira são os preferidos doCamões, que paga a professores paralhes ensinar gratuitamente o Portu-guês, com inúmeros casos em Françae Espanha e alguns casos pontuaisna Alemanha.Os alunos de origem portuguesa sãopreteridos, pois se quiserem apren-der a sua língua, mesmo na vertentelíngua estrangeira, terão de pagar ainconstitucional “Propina”.A tão apregoada “integração” do en-sino de Português no sistema escolarfrancês não é de modo algum aquilo

que parece. Haverá apenas o muitomodesto número de dois horários eos professores não estarão a cargo doMinistério francês mas sim a cargodo Camões.Depois de um Acordo tão publici-tado, e dado que o Francês é disci-plina curricular em Portugal há jáquase um século, sempre a expensasdo Estado Português, seria de espe-rar que o Ministério francês assu-misse mais encargos, o que afinalnão sucedeu.Isto significa que nada mudou. Maisalunos franceses vão poder apren-der Português à custa da Propinapaga pelos pais na Alemanha,Suíça, Reino Unido, parte do Lu-xemburgo e ensino associativo emFrança.E para piorar mais um pouco esteestado de coisas, o Exmo Sr. SECPainda dá a inteira aprovação a cur-

sos de Português Língua Maternaatravés da Internet para os alunosda nova emigração, que tanto ne-cessitariam de aulas presenciais ede contacto com os professores ecolegas portugueses para fazer a de-sejada “ponte” entre o país de ori-gem e o país de acolhimento.Resta saber se tanto o Sr. SECPcomo o Instituto Camões têm co-nhecimento de que em países comoa Alemanha e a Suíça é proibidoqualquer tipo de ensino através daInternet para crianças e jovens emidade escolar obrigatória.O que realmente está perfeitamenteclaro, é que não estão interessadosno Português língua identitária, sejapara alunos da emigração mais an-tiga ou da mais recente.Só lhes interessam os Portuguesesno estrangeiro desde que sejam,realmente, estrangeiros.

Ensino português no estrangeiro cada vez mais distante das ComunidadesOpinião de Maria Teresa Duarte Soares | Secretária Geral do Sindicato SPCL

Ministros Najat Vallaud-Belkacem e Tiago Brandão RodriguesMENESR / Philippe Devernay

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«Visages de lacrise» deMarie-LineDarcy vai serapresentadono InstitutFrançais duPortugal

D u -r a n t eu m aconfe-rênciaq u et e r ál u g a rn aquinta-feira 15de se-tembro,à s

18h30, no Institut Français du Portu-gal (IFP) a jornalista francesa radi-cada em Portugal, Marie-LineDarcy, apresentará o seu livro “Vi-sages de la crise - Nous les gensdu sud, pauvres et fainéants”.Este livro foi editado pela Buchet-Chastel sob a responsabilidade deMarie-Line Darcy, tendo sido es-crito a quatro mãos juntamentecom as jornalistas francesas Mat-hilde Auvillain, Angélique Kourou-nis e Gaëlle Lucas. A obra propõequatro olhares diferentes sobre atemática da crise em Portugal, Es-panha, Itália e na Grécia.Marie-Line Darcy é correspon-dente em Portugal de váriosmedia, nomeadamente do grupoRadio France.A apresentação do livro dará lugara um debate que será moderadopelo politólogo André Freire, a jor-nalista Cristina Guerreiro e o escri-tor Rui Zink, autor de vários livros,entre eles, «L’installation de lapeur», recentemente editado emFrança pela editora Agullo.

França vence“europeu” dojornalismo público... no DouroA “France Televisions” venceu a‘Eurovisionsports’, uma competi-ção desportiva que reúne as rádiose televisões públicas da Europa eque este ano se realizou na regiãodo Douro.De acordo com a Casa de Pessoalda RTP, organizadora desta ediçãodo evento, Portugal foi represen-tado pela televisão pública e ficouem segundo lugar, conseguindoum total de 89 medalhas contra as105 da Televisão Francesa.Esta competição da Eurovisãoacontece há 57 anos e, este ano,envolveu 350 atletas de dez nacio-nalidades, a competir em novemodalidades.

EMPRESAS 07Le 14 septembre 2016

lusojornal.com

Rádio Alfa apresenta novidades nesta “rentrée”

A Rádio Alfa de Paris anunciou estasemana “novidades” na sua grelha deprogramação. Daniel Ribeiro, que játinha sido Diretor da estação, regres-sou aos comandos da rádio e esta se-mana iniciou uma série de crónicasque vão ser difundidas várias vezes pordia. “São crónicas de opinião, sobre osmais variados setores da vida social,cultural, política, económica, com cro-nistas da Comunidade” explica ao Lu-soJornal. O próprio Daniel Ribeiro éum dos cronistas, assim como o eco-nomista Pascal de Lima, o Presidenteda Câmara de comércio e indústriafranco-portuguesa Carlos Vinhas Pe-reira, o Diretor do LusoJornal CarlosPereira, o ex-livreiro João Heitor ou aprofessora universitária Ana Paixão,...entre outros. As crónicas, de dois mi-nutos, são difundidas alguns minutosantes do sinal horário das 7h00,9h00, 11h00, 14h00, 17h00 e19h00. “São crónicas de grande inte-resse, de pessoas interessantes, que,penso, vão enriquecer a antena daAlfa” explica Daniel Ribeiro. O Diretorda rádio anuncia também, para maistarde, uma “crónica surpresa, com umolhar muito especial de uma mulherportuguesa sobre a sociedade e o quo-tidiano francês”...Outra das novidades desta “rentrée”,a partir do dia 24 de setembro, é umnovo programa semanal do pianistaRicardo Vieira. “O canto do Vieira” vai

ser emitido todos os sábados, das16h00 às 18h00, com redifusão àssegundas-feiras, a partir das 23h00.“É um programa intimista, com entre-vistas muito simples, mas com gentemuito interessante. O programa carac-teriza-se por percursos individuais quevalorizam os entrevistados, mas tam-bém tem agenda cultural”.

Daniel Ribeiro diz que este programanão colide com “Passagem de nível”do jornalista Artur Silva, que vai conti-nuar a ser difundido ao meio dia dedomingo, “com mais debate, mais po-lítica, mais palavra e muito mais polé-mica, o que se compreende nesta faseda vida política e social francesa,...”Daniel Ribeiro e Artur Silva vão apre-

sentar em conjunto o novo programa“Grande entrevista”. O programa vaireceber uma vez por mês, um “convi-dado especial”, com “figuras de topo”.O primeiro convidado, no dia 30 destemês, é Emmanuel Demarcy-Mota,Diretor dos Théâtres de la Ville e deAbesses, em Paris. A “Grande Entre-vista” vai para o ar na última sexta-feira de cada mês, entre as 18h00 eas 19h00. O encenador franco-por-tuguês vai ainda colaborar com aRádio Alfa com sugestões quinzenaisa não perder na cena cultural pari-siense.Em outubro deve também começarum programa mensal sobre empresase empresários, em colaboração coma Câmara de comércio e indústriafranco-portuguesa (CCIFP) e entre-tanto, vai começar também umjogo/concurso intitulado “Cabaz deNatal”. “Neste programa, que nosvai levar até ao Natal, durante todoo dia os animadores da rádio vão co-locar perguntas sobre os mais variadostemas e os ouvintes vão ganhandovales de compras precisamente parao Natal” explica Daniel Ribeiro.Sem alterações bruscas na grelha deprogramas da rádio, Daniel Ribeiroexplica que quer trazer novidades esobretudo quer criar uma “nova di-nâmica” à volta da única estação derádio franco-portuguesa de Paris.“Pretendemos fazer uma rádio popularde qualidade acessível a todos”, con-clui Daniel Ribeiro.

O pianista Ricardo Vieira vai apresentar um programa semanal

Por Carlos Pereira

TAP Portugal inaugure une nouvelle politique tarifaireTAP Portugal lance une nouvelle poli-tique tarifaire, innovante et dynamique,en vue d’offrir les prix les plus compé-titifs du marché sur ses destinations enEurope et en Afrique du Nord (l’Algérieet le Maroc). Ainsi, la compagnie estdésormais en mesure de rivaliser avecses concurrentes «en offrant les tarifsles plus bas du marché».«Chaque client pourra choisir en toutetransparence le niveau de service quilui convient le mieux, en payant pource seul service» dit un communiqué dela compagnie. Avec une réductionmoyenne de 34% dans la catégoriedes tarifs les moins chers, Discount,TAP propose dorénavant des tarifs àpartir de 32 euros l’aller simple, toutestaxes comprises. Les réservations sontd’ores et déjà possibles sur www.fly-tap.com pour des départs à partir du1er octobre 2016.Ce changement de politique s’inscritdans le plan stratégique de TAP Portu-gal, lequel comprend entre autres, «leréaménagement de sa flotte moyen etlong courrier pour améliorer le confortà bord et offrir une meilleure expé-rience de voyage à tous ses clients».Mis en œuvre à partir de mi-septembre2016, selon la compagnie, ce pro-gramme représente un investissementde 40 millions d’euros.«Il s’agit d’une autre étape de la ‘Nou-velle TAP’, laquelle devient de plus enplus compétitive en lançant un nou-veau concept de voyage, avec des tarifs

adaptés aux besoins de chaque client.Dorénavant, c’est le client qui choisitles conditions et le prix de son voyage,en payant pour les seuls services qu’ilsouhaite utiliser» explique la compa-gnie.Quatre niveaux de tarifs en Economyclasse et deux en Executive classesont disponibles. Ils correspondent àsix prix différents, avec des services

associés offrant le traditionnel confortde voyage de TAP. Pour ceux préférantvoyager avec un bagage à main ou sacà dos lors d’un city-break en Europe,TAP propose dans la catégorie Dis-count un tarif très compétitif, avec unservice en vol comprenant des repaset boissons, la possibilité de cumulerdes miles et un accès au kiosk numé-rique des médias de la presse natio-

nale et internationale (dont LusoJor-nal), ainsi que le magazine de bordde TAP. Indépendamment de l’optionchoisie, les clients peuvent égale-ment acheter les services complé-mentaires fournis par TAP Portugalaprès leur réservation.Les passagers souhaitant enregistrerleurs bagages et réserver leur siège àbord, peuvent choisir respectivementle niveau Basic ou Classic. Les clientsrecherchant plus de confort et deflexibilité peuvent opter pour le tarifPlus, qui permet la réservation dusiège, l’enregistrement prioritaire et lereport de réservation parmi d’autresavantages. En classe Affaires, le tarifExecutive offre un voyage avec tout leconfort habituel de la classe Affaires,mais à un prix très attractif permettantl’accès au Lounge, ainsi qu’un embar-quement prioritaire.Avec le tarif Top Executive, le confortet la flexibilité sont illimités. Les pas-sagers peuvent changer de réservationou demander le remboursement totalde leur billet gratuitement et de plus,ils peuvent profiter du service voiturierà Lisboa, Porto, Faro et Funchal. Demême, ils cumuleront davantage demiles.Par exemple, le vol Lisboa-Paris coûte-rait, pour un achat avant le 1er sep-tembre, 44,42 euros, et après le 1erseptembre coûtera 33 euros, l’allersimple dans la catégorie Discount(TTC), soit une réduction de 28%.

Daniel Ribeiro, Diretor da Rádio AlfaLusoJornal / Mário Cantarinha

Lusa / José Sena Goulão

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lusojornal.com

Câmara deFerreira doAlentejo criaGabinete deapoio ao emigrante

A Câmara de Ferreira do Alentejo, nodistrito de Beja, anunciou que vaicriar um Gabinete para prestar apoioe informações à população emigranteexistente no concelho.Segundo o município, o Gabinete deApoio ao Emigrante vai funcionar nasinstalações da Divisão de Ação Social,Educação e Formação da autarquia.A Câmara municipal assinou na se-mana passada um Protocolo de coo-peração com a Direção-geral dosAssuntos Consulares e ComunidadesPortuguesas com vista à criação doGabinete.

GNR localizaem Vilar Formosomenor desaparecidaem FrançaA GNR anunciou na semana pas-sada que localizou na fronteira deVilar Formoso, em Almeida, umamenor de 16 anos que tinha sidodada como desaparecida pelas auto-ridades francesas e que também de-teve o homem de 29 anos que aacompanhava.Segundo fonte do Comando Territorialda GNR da Guarda, a menor foi loca-lizada por militares do DestacamentoTerritorial de Vilar Formoso, no âmbitoda operação “JPO Cars”, quando es-tava acompanhada por um homem“que foi detido por se encontrar emsituação ilegal em território nacional”.A fonte adiantou à Lusa que a locali-zação da menor foi efetuada quando,na companhia do detido, se prepa-rava “para abandonar o território na-cional num táxi que se dirigia aFrança”.“Da análise dos documentos e pos-terior consulta das diversas bases dedados foi possível apurar que amenor se encontrava desaparecidahá cerca de dois anos de uma insti-tuição em França”, indica.O detido, com antecedentes criminaisem França por furto, recetação, vio-lência e agressão sexual, “tinha a per-missão de permanência no espaçoSchengen caducada”, de acordocom a GNR.A menor e o homem foram presentesao Tribunal de Almeida, que determi-nou a institucionalização da raparigae a extradição do indivíduo do EspaçoSchengen.

08 EMPRESAS Le 14 septembre 2016

Imobiliário e turismo português à conquistade Lyon, Lille e Nantes

A Câmara de Comércio e IndústriaFranco-Portuguesa (CCIFP) vai realizaruma ação de promoção do imobiliárioe turismo português nas cidades fran-cesas de Lyon, Lille e Nantes a 20, 21e 22 de setembro.Carlos Vinhas Pereira, Presidente daCCIFP, disse à Lusa que o objetivo élevar a oferta de imobiliário e turismopara outras cidades além de Paris,onde anualmente se realiza o Salão doImobiliário e Turismo Português, queeste ano teve a sua quinta edição emmaio. “O objetivo é conquistar aindamais Franceses. Todos os anos quere-mos fazer um ‘road show’ em trêsgrandes cidades francesas para mos-trar a oferta de imobiliário e a ofertaturística em Portugal”, explicou CarlosVinhas Pereira.O responsável disse que “nunca houvetantos Franceses em Portugal”, apon-tando que “36% da compra de casasem 2016 foi feita por Franceses” eque a promoção do imobiliário portu-guês nos salões da CCIFP, desde2012, tem contribuído “para reequi-librar os preços do imobiliário em Por-tugal que estavam muito baixos” e que“continua a ser interessante comprarporque ainda há uma grande diferençade preços com as grandes cidades eu-ropeias”.Os “trunfos” para convencer os Fran-ceses a comprar casa em Portugal sãoo poder de compra, o clima de segu-rança e as vantagens fiscais, nomea-damente, o estatuto do residente nãohabitual, lançado em janeiro de 2013,que permite uma isenção fiscal du-rante dez anos a qualquer reformado(do setor privado) da União Europeia,desde que prove que reside em Portu-gal 183 dias por ano e que não teve

residência fiscal no país nos últimoscinco anos.“Hoje em dia o nosso trunfo principalé a segurança que Portugal representa,o facto de não ter este clima de des-confiança. Isto é muito importantepara os Franceses que estão a passaralguns tempos complicados em ter-mos de medo e desconforto nesta ma-téria. A parte fiscal é a cereja em cimado bolo. Depois é aumentar o poder decompra relativamente a França”, des-creveu.Por outro lado, a Câmara de Comércioe Indústria Franco-Portuguesa quer“insistir junto da Comunidade portu-guesa” que o estatuto do residente nãohabitual “não é só para os Franceses.“O que está em causa é a residênciafiscal, ou seja, eles têm direito tam-

bém de aproveitar esta lei e hoje emdia eles não estão a aproveitar. Pior:muitos deles passam mais tempo emPortugal, podiam beneficiar para nãopagar imposto e continuam a pagarimposto em França. Queremos fazerdivulgação de informação junto da Co-munidade portuguesa que esta lei nãoé só para os franceses”, sublinhou.O Presidente da CCIFP acrescentouque a iniciativa nas três cidades fran-cesas também vai apresentar “oportu-nidades de investimento na hotelariaporque em algumas zonas já há faltade camas, como Lisboa e Algarve”,sublinhando que “ainda há muitopotencial a explorar”.De acordo com Carlos Vinhas Pe-reira, desde a primeira edição, em2012, em Paris, o Salão do Imobi-

liário e Turismo Português foi res-ponsável por “um volume de vendasimobiliárias de 1.300 milhões deeuros” e este ano ronda “os 400 mi-lhões de euros”, com 25 mil Fran-ceses instalados em Portugal nosúltimos anos.As Jornadas do Imobiliário e TurismoPortuguês vão realizar-se no Palaisde la Bourse, em Lyon, a 20 de se-tembro, no Lille Grand Palais, emLille, a 21 de setembro, e no Salondes Affaires Centre des Salorges, emNantes, a 22 de setembro.A Câmara de Comércio e IndústriaFranco-Portuguesa foi criada em2005, em Paris, e conta com 500membros, tendo uma Delegação emSaint-Maxime, no sul de França,com 80 membros.

‘Road show’ organizado pela CCIFP

Por Carina Branco, Lusa

Têxteis e curtumes portugueses à procurade negócio em Paris

Cerca de meia centena de empresasportuguesas estão presentes na feirapara profissionais de moda “PremièreVision”, que se realiza de 13 a 15 desetembro no Parque de Exposições deParis-Nord Villepinte, nos arredores dacapital francesa. “No total, 59 empre-sas/entidades portuguesas estarãopresentes” neste salão que se realizaduas vezes por ano e que junta os se-tores dos têxteis, tecidos, fios, aces-sórios, malhas, couros e curtumes, deacordo com o comunicado enviado àLusa da delegação em Paris da Agên-cia para o Investimento e ComércioExterno de Portugal (AICEP).A apoiar a promoção das marcas por-tuguesas estão a Associação Têxtil deVestuário de Portugal (ATP), quetrouxe 32 empresas, e a AssociaçãoPortuguesa da Indústria de Curtumes(APIC), que representa quatro marcas.“A Première Vision é uma das feirasde referência do setor têxtil à escalaglobal praticamente para todos os queatuam neste setor. É daquelas feirasde plataforma em que obviamente

não se pode de forma alguma falhar,seja como expositor, seja como visi-tante, para conhecer as grandes ten-dências quer do produto, quer decores, materiais, etc”, disse à LusaPaulo Vaz, Diretor-geral da ATP.O responsável explicou que a expeta-tiva é que a presença das empresasportuguesas “resulte em bons negó-cios” para seguir a tendência “bas-tante encorajadora” do setor têxtil emPortugal “claramente em contraciclocom a situação do comércio externodo país”.“O setor está a crescer na casa dos5% em termos de exportações e seassim continuar - esperamos que sejaessa a tendência até ao final desteano - vamos atingir aquilo que era ameta que tínhamos previsto no nossoplano estratégico até ao fim da dé-cada. Se assim acontecer, vamos an-tecipar em quatro anos aquilo que erao objetivo de 2020 que era atingir eultrapassar os cinco mil milhões deeuros de exportações”, descreveu.A Associação Têxtil de Vestuário dePortugal apoia logisticamente as em-presas através da Associação Seletiva

Moda, o “braço armado da ATP paraa organização de feiras e missões noexterior”, tendo este ano previstas“cerca de 81 feiras em 35 países”.“Isto é muito importante para asPME. As grandes empresas têm re-cursos financeiros e humanos pararesponder a isto com alguma facili-dade, mas o mesmo já não se passaao nível das PME em que os recursosestão limitados. Além de que o sis-tema de incentivos COMPETE per-mite que essas empresas possambeneficiar entre 40 a 45 por cento desubvenção em determinados itens”,concluiu.A Associação Portuguesa dos Indus-triais de Curtumes (APIC) vai voltar aestar presente no salão mas com“uma participação mais reduzida doque é habitual” devido a “anos maisfracos de atividade, ligados à conjun-tura de caráter mundial” e tambémporque “a própria feira perdeu um bo-cadinho da força que tinha vindo a terem edições anteriores”, disse à LusaGonçalo Santos, Secretário-geral daAPIC.O responsável indicou que a expecta-

tiva das quatro empresas representa-das pela associação “é ter um bomfeedback dos artigos que vão lançarna feira”, esclarecendo que são mar-cas que “já realizam participações naPremière Vision há bastantes anos eque estão a dar continuidade a umapresença na feira e nos mercados”.Quanto ao setor de curtumes em Por-tugal, Gonçalo Santos indicou que aprodução para o setor automóvel“agora está com bastante pujança”,depois das dificuldades após a crisefinanceira de 2008, mas que há“quebras ao nível da produção depeles para calçado, para malas eacessórios e também uma quebra sig-nificativa nas peles para vestuário”.“Nestes últimos dois anos tem havidoum arrefecimento notório da econo-mia mundial. Existem vários conflitosem termos de guerras que perturbamo normal consumo dos produtos. Osmercados em Angola e na China que-braram, assim como no Brasil. Nóstrabalhamos com marcas de luxo emtermos internacionais e essas marcasque são os nossos clientes registaramquebras nas vendas”, explicou.

Por Carina Branco, Lusa

Carlos Vinhas Pereira, Presidente da CCIFPCCIFP / Jorge Marques

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Fernando Nobre agraciado peloGoverno francês

Na terça-feira, 13 de setembro às19h00, já depois do fecho destaedição do LusoJornal, durante umareceção no Palácio de Santos, oEmbaixador de França em Portugal,Jean-François Blarel, entregou asinsígnias de Oficial da Ordem Na-cional da Legião de Honra ao Pro-fessor Doutor Fernando Nobre,fundador e Presidente da AMI.“Com a entrega deste galardão oGoverno francês pretende homena-gear o médico cirurgião que, deuma forma generosa e solidária, co-loca os seus talentos ao serviço deações humanitárias em todo omundo” diz uma nota enviada àsredações. “Através da associaçãoque preside, a ‘AMI - Fundação deAssistência Médica Internacional’, oProfessor Dr. Fernando Nobrepresta, há mais de 30 anos, ajudahumanitária em zonas de conflitoou devastadas por catástrofes natu-rais. Os inúmeros projetos de de-senvolvimento realizados pela AMIdemonstram a sua grande dedica-ção aos países de expressão fran-cesa, tendo trabalhado commédicos, funcionários, militares ouresponsáveis de ONG franceses”.Segundo a Embaixada de Françaem Lisboa, “foi pela sua obra eficaze constante ao serviço dos mais ca-renciados que, já em 2007, aFrança conferiu ao Professor Dr.Fernando Nobre, as insígnias deCavaleiro da Ordem Nacional da Le-gião de Honra”.

Ajude a pôrPortugal noMapaO Turismo de Portugal lançou umacampanha de estímulo ao turismo in-terno com o objetivo de contribuirpara a redução da sazonalidade.“Em linha com as atuais tendênciasde comunicação, em que o conteúdogerado pelas pessoas é muito valori-zado e tem um elevado capital de in-fluência nos momentos de decisão decompra, a campanha pretende en-volver e mobilizar os portugueses naprodução de conteúdos” explica LuísAraújo, Presidente do Turismo dePortugal. Com o mote “Ponha Portu-gal no mapa”, os Portugueses serãoconvidados a filmar Portugal e aconstruir o primeiro vídeo mapa dopaís que ficará disponível numa pla-taforma digital.

EMPRESAS 09Le 14 septembre 2016

lusojornal.com

Da Rosa, a ‘cantina gourmet’ que seduziuos paladares de famosos franceses

As ‘cantinas gourmet’ Da Rosa, emParis, conquistaram os paladares deatores, ‘chefs’ de cozinha e políticosfranceses, como o realizador LucBesson, os atores Jean Dujardin eMarion Cotillard ou o ex-Ministro daEconomia Emmanuel Macron.Na ementa do polémico ex-titular dapasta da Economia, que deixou o Go-verno há cerca de três semanas parapreparar a candidatura à Presidênciada República, não falta o presuntopata negra e um copo de vinho doDouro. “Podemos falar de EmmanuelMacron que é mesmo um amigo.Vem mais em busca do presunto por-tuguês ou espanhol, pata negra, dosprodutos italianos e de um bom copode vinho português do Douro. Vem hámais de 12 anos”, contou à LusaJosé da Rosa, o fundador das “épi-cerie-cantine” Da Rosa, uma espéciede ‘cantina gourmet’.De acordo com José da Rosa, a listados clientes “famosos” é extensa,destacando o realizador Luc Besson,os atores Léa Seydoux, Jean Dujar-din, Marion Cotillard, Vincent Lin-don, Kad Merad, Jamel Debbouze,Fabrice Luchini, Gilles Lellouche,Lambert Wilson, Omar Sy, o cantorPatrick Bruel ou o ex-futebolista Bi-xente Lizarazu.José da Rosa, de 51 anos, veio paraParis com seis anos, formou-se emhotelaria, foi Diretor da Mariages Frè-res, “uma das maiores casas de cháem França”, e abriu uma “épicerie-cantine” em 2002, no bairro deSaint-Germain-des-Prés, em Paris.Dez anos depois, abriu outro restau-rante perto da Place Vendôme e doMuseu do Louvre, “dois ou três ‘cof-fee-shop’ efémeros” e, no final de2014, um atelier de preparação depratos e de degustações no 11º bairrode Paris.Segundo o restaurador, foram preci-sos “mais de 25, 30 anos à procurade produtores” para encontrar os pro-dutos de mercearia fina que agoracontam com a etiqueta Da Rosa naembalagem e que são fabricados es-

sencialmente por pequenos produto-res em Espanha, Itália e Portugal. “Éa filosofia da maneira de selecionaro produto (…) Eu prefiro fazer quan-tidades mais pequenas na produção,mas a qualidade tem que estar sem-pre ao nível. É esse produto que agente vende aos grandes ‘chefs’ e sea gente não está ao nível, o ‘chef’chama-me e diz-me: ‘Podes levar,mete no lixo’”, descreveu.A minuciosa seleção Da Rosa conta,por exemplo, com presunto ibéricode bellota, caviar, salmão fumado,butarga, azeite, vinagre, vinho, con-servas de sardinha e de ‘foie-gras’ efoi aprovada por vários ‘chefs’ Miche-lin como Joël Robuchon - conhecido

como o ‘chef’ francês com mais es-trelas Michelin do mundo - Alain Du-casse, Guy Savoie, Hélène Darroze,Cyril Lignac ou Yannick Alléno.Ainda que a proveniência dos produ-tos seja essencialmente mediterrâ-nica, José da Rosa gosta de combinarsabores como uma “massa de fari-nha de arroz japonesa sem glútenpreparada à maneira italiana comumas azeitonas”, queijo burrata combutarga ou risotto da rosa com arroz“carnaroli”, presunto “bellota” e par-mesão.O restaurador tem hoje fornecedoresportugueses de carne de porco preto,bacalhau, atum, azeite, vinho, azei-tonas ou queijo e foi graças a eles

que se reconciliou com os sabores dopaís natal porque a qualidade não es-tava presente “há 20, 25 anos”.José da Rosa criou mesmo a sua pró-pria receita de pastéis de bacalhau,com a ajuda de um ‘chef’ italianocom duas estrelas Michelin, GiulianoSperandio, e também fabricou “du-rante três anos os próprios pastéis”de nata, os “pastéis Da Rosa”.O próximo passo é exportar para Por-tugal as suas “epiceries-cantine”,nomeadamente para Lisboa, Porto eAlgarve, e montar um projeto de “tu-rismo rural gourmet” no Alentejo,com ateliers de cozinha animadospor ‘chefs’ franceses e produção doseu próprio vinho e azeite.

José da Rosa veio para França há 45 anos

Por Carina Branco, Lusa

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José da RosaDR

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Exposição naFigueira daFoz assinala50 anos damorte deAndré Breton

A exposição de ‘collages’ surrealistas“À Luz dos Castelos Envidraçados”,no Museu Santos Rocha, assinala os50 anos da morte de André Breton,juntando na Figueira da Foz obras de24 artistas portugueses e estrangei-ros.A exposição internacional vai decorrerde 17 de setembro a 31 de dezem-bro, no Museu Santos Rocha, na Fi-gueira da Foz, contando com cercade 100 obras originais de ‘collage’,técnica de produção artística muitoutilizada por surrealistas, entre osquais André Breton, artista francês eautor do “Primeiro Manifesto Surrea-lista”, em 1924.A exposição surge como uma “home-nagem” a André Breton, assinalandoos 50 anos da morte do artista (28 desetembro de 1966), disse à Lusa umdos elementos da organização, Mi-guel de Carvalho. “Nesse sentido,contactámos alguns artistas do movi-mento internacional surrealista paraparticiparem na exposição para ho-menagear André Breton com umalinguagem que o próprio usava”, ex-planou.No Museu Santos Rocha, vão estarcolagens de três coletivos surrealistase de artistas de Portugal, Inglaterra,França, Canadá, Chile, África do Sule Estados Unidos da América, entreoutros.As fontes que cada um utiliza para assuas colagens são diversas e muitasvezes estão relacionadas com “oacesso de cada um” a determinadomaterial, explanou. “O acaso e o au-tomatismo é um dos suportes do sur-realismo e, nessa medida, os autoresacabam por utilizar as fontes que lhesvêm parar às mãos”, salientou Miguelde Carvalho, livreiro antiquário que re-corre, por exemplo, a tratados deanatomia antigos para fazer as suas‘collages’.De acordo com o texto do catálogo daexposição, a “definição de ‘collage’ ul-trapassa a simples prática do corta-e-cola verbal ou pictórico e chega aoutro plano que é o da invenção deuma nova conceção de poesia, quefoi, é e será a dos surrealistas”.Na exposição, vai também estar dis-ponível o catálogo da exposição, quevai contar com a reprodução de umaobra de cada artista e um depoi-mento de cada um dos participantessobre a ‘collage’.

10 CULTURA Le 14 septembre 2016

Durante o mês de agosto, o Fado fez econos Pirinéus

Saltou o “P” e o “H” do nome dogrupo, como Pirinéus e Haute-Ga-ronne, mas o trio continua radicado namesma região e adoptou um nomemais à portuguesa passando de“Euphrasía”, ao nome de baptismo daintérprete, “Eufrásia”, acompanhadaà guitarra portuguesa por Jean-Michele à guitarra acústica por Jean-Luc.No total foram cinco as representa-ções durante o mês de agosto entrevales e encostas dos Pirinéus france-ses - Martres-Tolosane, Anères, En-causse-les-Thermes, Tarbes,Saint-Bertrand-de-Comminges - ecomo não são só as praias que atraemos turistas, esta região da Occitânia ébastante frequentada, altura idealpara que os veraneantes pudessemassistir, ou mesmo descobrir o Fadoao vivo.A mais inédita das atuações foi noFestival internacional “Tarbes enTango”, onde a banda se produziu porduas vezes nas ruas da cidade e num

bar, à margem do Festival oficial.“Muitos dos espetadores já conhecemas canções e o nome da Amália Ro-drigues, mas também há aqueles quedescobrem o Fado pela primeira vez eé muito importante, mesmo para anossa própria evolução, o contactocom o público. Infelizmente não

temos muitas oportunidades de repe-tir todos juntos, estas saídas ajudam-nos a estar mais afinados, sobretudoque a recente introdução da guitarraportuguesa deu ao grupo um sommais genuíno”, disse Eufrásia ao Lu-soJornal.No repertório da banda, além do Fado

tradicional, também são interpretadostemas de fadistas atuais, e algunstemas da música popular, mas o finaldas atuações, não fosse Eufrásia na-tural no Minho, é sempre ao som doFolclore, acompanhado à guitarra, oque não deixa de ser original. Mesmoos espetadores mais cultos, tambémgostam de saltitar.Entre o insólito e o inabitual, o trio re-gressou em meados de agosto a umlocal que frequenta desde 2005 napequena povoação de Anères, depar-tamento des Hautes-Pyrénées. Na es-planada do “Café du Village”, erammais os espetadores que os habitan-tes, e depois de um jantar com fei-joada, preparado com os conselhos deEufrásia, perante uma plateia consti-tuída maioritariamente de apreciado-res, veio o Fado, a música tradicionalportuguesa, e claro por fim lá andou amalta a dançar o Folclore. Nessa noitequente do verão gaulês, os autóctonese os turistas só não cantaram e grita-ram “Somos Campeões”, mas a vozde Portugal ecoou pelos Pirinéus.

Grupo Eufrásia

Por Manuel André

Fadista Duarte cantou “Mistérios de Lisboa”no Festival de Besançon

Jean-Michel, Eufrásia e Jean-Luc em AnèresLusoJornal / Manuel André

“Mistérios de Lisboa” é o nome do es-petáculo que o fadista Duarte apresen-tou na semana passada no Festival deBesançon, no palco do Petit Kursaalda cidade.Duarte, que tem atuado sobretudocom base no seu mais recente álbum,“Sem dor nem piedade - Fados parauma relação acabada em quatro atos”,é acompanhado por Pedro Amen-doeira, em guitarra portuguesa, e Ro-gério Ferreira, em viola.O festival francês considera Duarte“um dos intérpretes masculinos maisemblemáticos da nova geração de fa-distas”: “Ele canta com delicadezaum fado hipnotizante, com textos depoesia rara e composições de profundamelancolia, para uma viagem ao cora-ção da alma portuguesa e dos seusmistérios”.O fadista Duarte, que já atuou por vá-rias vezes em França, no último ano,quase sempre com salas esgotadas,

apresentou-se no Théâtre de la Ville,em Paris, no Le Trident, em Cher-bourg, na Salle Jacques Tati, emSaint-Germain-en-Laye, na região dePoissy, no Théâtre André Malraux, emRueil-Malmaison, e, entre outras loca-lidades, também em Clermont l’He-rault, no sul do país, no âmbito doFestival “Musiques et Passions”.

O álbum “Sem dor nem piedade”, edi-tado em 2015, foi produzido pelo mú-sico Carlos Manuel Proença, PrémioAmália 2008 para o Melhor Instru-mentista, e é constituído por 14temas, quase todos fados tradicionais,como o Fado dos Sonhos, o FadoMenor em Versículo e o Fado Cravo, econtém apenas uma música original,

de autoria de Tozé Brito. Os poemassão de autoria de Duarte, à exceção de“Sete Esperanças, Sete Dias”, de Ma-nuel Andrade.Duarte, natural de Évora, fez parte daTuna Académica da Universidadelocal, de 1998 a 2003. Em 2004,com 23 anos, editou o primeiroálbum, “Fados meus”, e, em 2006, asua canção “Dizem que o meu fado étriste” foi integrada no CD antológico“Fados do Porto”, inserido na coleçãocelebrativa “Cem anos do fado”.Em 2006, Duarte foi distinguido como Prémio Amália Revelação e, em2009, editou o segundo álbum,“Aquelas coisas da gente”.Há dois anos, Duarte fez uma tempo-rada no Vingtième Théâtre, em Paris,e cumpriu uma digressão por cincopalcos nos Estados Unidos, no Estadode Massachusetts, que incluiu ‘works-hops’ sobre fados, em algumas univer-sidades.

Isabel Zuzarte

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12 CULTURA Le 14 septembre 2016

Livro “A vida numa mala” vai ser apresentadono Consulado de Portugal em Paris

O livro “A vida numa mala - ArmandoRodrigues de Sá e outras histórias” deCristina Dangerfield-Vogt e SvenjaLänder, vai ser apresentado nos Sa-lões Eça de Queirós, do ConsuladoGeral de Portugal em Paris, no dia 22de setembro, às 18h30.Armando Rodrigues de Sá foi o milio-nésimo imigrante que chegou à Ale-manha. Por isso, quando desceu docombóio ouviu que chamavam por elaao microfone da estação. De repente,sem perceber bem o que se passava,as autoridades alemãs (na presençadas autoridades portuguesas) oferece-ram-lhe uma mota.

A “Vida Numa Mala” debruça-sesobre a questão das Migrações, defi-nida como os movimentos migratóriosde pessoas entre vários países e re-giões à procura de melhores condi-ções de vida, ou para fugir à repressãoe à guerra e, mesmo, à morte, o que éuma constante da História da Huma-nidade.Em “A vida numa mala - ArmandoRodrigues de Sá e outras histórias”,as aventuras de migração dos váriosviajantes, vindos do Oriente e do Oci-dente e que se encontram no porto deabrigo - Alemanha - são contadaspelos próprios no palco que as autoras

criaram para este fim no projeto, atra-vés de entrevistas.Paralelamente, a jornalista CristinaDangerfield-Vogt e a historiadoraSvenja Länder descrevem e analisamas circunstâncias históricas, sociais,políticas e culturais que enformaramestas grandes vagas de emigração por-tuguesa, e também turca, nos anos60, na direção do centro da Europa,passando por França, e debruçando-se, por fim, sobre os movimentos mi-gratórios atuais.Um desconhecido em Portugal, Ar-mando Rodrigues de Sá, “o trabalha-dor um milhão”, é um símbolo da

imigração na Alemanha que as auto-ras quiseram dar a conhecer a um pú-blico mais vasto. É deste símbolocriado pelos alemães que a jornalistaportuguesa e a historiadora alemã par-tiram à procura dos testemunhos dafamília de Sá e de outros viajantes, in-cluindo aqueles que escolheramFrança como destino, fazendo a pontepara os refugiados hoje. Ilustrado comcerca de 40 fotografias originais, amaioria inédita, e um glossário queacompanha as línguas do Oriente e doOcidente até ao seu encontro nos paí-ses de acolhimento, “A vida numamala” é um livro que, sempre em via-gem, em estilo on the road, contaaventuras e viagens, passadas e pre-sentes, dos muitos viajantes que doOcidente e do Oriente rumam para aEuropa com malas plenas de ilusões.É também o primeiro livro dedicado aArmando Rodrigues de Sá e que faz aponte entre as migrações tradicionais,portuguesa e turca, e a questão dosrefugiados. O neto deste emigrantefez, há dois anos, a mesma viagem decombóio de Portugal até à Alemanha.Parou em Paris, para trocar de com-bóio, como fez o avô e visitou a capitalfrancesa a convite do Diretor do Luso-Jornal, Carlos Pereira.O livro tem a particularidade de tersido editado pela recém-criada OxaláEditora, propriedade do jornal Portu-gal Post, na Alemanha.“A vida numa mala” foi lançado pri-meiro em Berlim, seguindo-se o Porto,Lisboa, Hamburgo e Aachen. Dia 22de setembro a obra vai ser apresen-tada em Paris pelo o Deputado PauloPisco, na presença das duas autoras.

Sobre a vida do “emigrante um milhão” na Alemanha

Arte portuguesa representada na Bienaldos Antiquários de Paris

A Bienal dos Antiquários de Paris,que abriu ao público no fim de se-mana passado, no Grand Palais,onde fica patente até 18 de setem-bro, conta com três galeristas portu-gueses que acreditam no valor daarte portuguesa no mercado interna-cional.“É importante estar cá na Bienal,porque é um dos eventos mais im-portantes no mundo em termos demercado da arte, e estar cá comobras de grande qualidade, seja pin-tura italiana, pintura francesa ou es-cultura, é importante, mas aindamais importante é trazer algumasobras portuguesas”, disse à LusaPhilippe Mendes, proprietário da Ga-leria Mendes, em Paris.Philippe Mendes expõe, entre outrasobras, uma tela de 1793, assinadapelo pintor neoclássico francês LouisGauffier (1762-1801), que retrata “oprimeiro Conde de Mafra”, LourençoJosé Xavier de Lima (1767-1839),uma pintura que o galerista gostariade ver no Museu Nacional de ArteAntiga de Lisboa, depois de integraruma retrospetiva do artista em Mont-pellier, Filadélfia e Estocolmo. “Seriabom que este quadro fosse para um

museu como o Museu de Arte Antigade Lisboa, porque são raras as icono-grafias representando um portuguêsno século XVIII fora, e de uma quali-dade tão boa como esta (...). Eu seiquais são as dificuldades mas seriamuito interessante e muito bom queele fosse para lá, mas há muito inte-resse neste quadro, por outros mu-seus internacionais”, defendeu.O galerista também apresenta umatela de Amadeo de Souza-Cardoso,meses depois da retrospetiva do pin-tor português no Grand Palais, expli-cando que a obra “está com muitosucesso” e que “a maior parte daspessoas que estão interessadas noquadro são franceses que o descobri-ram no Grand Palais, e que agorasabem que existe um pintor do sé-culo XX português importantíssimo”.Philippe Mendes expõe, ainda, umaescultura de um mocho em prata (sé-culo XVII) “utilizado para cerimóniaslitúrgicas”, “que mostra a qualidadeda arte portuguesa nas artes decora-tivas”.O galerista tem também pinturas doirlandês Douglas Hamilton (1740-1808), do italiano Andrea Appiani(1754-1817) e do finlandês AlbertEdelfelt (1854-1905), entre outros,assim como uma estátua neoclássica

que foi a versão preparatória da está-tua “L’Homme” na Esplanada do Tro-cadero, em Paris, que ilustra o cartazda Bienal.Quanto ao quadro “Maria Madalenaconfortada pelos Anjos”, de Josefade Óbidos (1630-1684), que o gale-rista arrematou, no ano passado numleilão da Sotheby’s, em Nova Iorque,para doar ao Louvre, Philippe Men-des disse que a obra “já está noacervo do Louvre”, prevendo que sejaexposta em outubro, ao lado de umanatureza morta do pai da artista, Bal-tazar Gomes Figueira (1604-1674).Pela primeira vez na Bienal dos An-tiquários de Paris está a AR-PAB,uma galeria lisboeta que também seinstalou em Paris, especializada emmobiliário e objetos de arte da épocados Descobertas e da Expansão Por-tuguesa, nas vertentes africana, in-diana, cingalesa, chinesa e japonesa.“Nós abrimos a galeria de Lisboa em2007 e a galeria de Paris em 2013,portanto, estarmos numa feira degrande prestígio, como é a Bienal deParis, é uma forma de consolidarmosa nossa posição, quer no mercadonacional, quer no mercado francês”,explicou o galerista Pedro Bourbonde Aguiar-Branco.O seu sócio e terceiro galerista pre-

sente na bienal, Álvaro Roquette, su-blinhou que a razão da presença naBienal é “arriscar e perceber que hámercado aqui”, porque “Portugal jáera pequenino” e era necessário“abrir horizontes”. Entre as obras es-colhidas para mostrar em Paris háum conjunto de madre-pérola, prove-niente de Guzarate, na Índia (finaisdo século XVI, início do século XVII),uma salva de pé alto em prata dou-rada (1548), que pertenceu à cole-ção do rei D. Fernando II, e vistas deLisboa, a representar a cidade antesdo terramoto de 1755.Há, ainda, outras obras como umamesa-bufete do século XVI e um con-tador representativos da arte indo-portuguesa, peças que são “um luxo”na história da arte mundial, deacordo com Álvaro Roquette. “Estasobras são um luxo. Diria que são acoqueluche do século XVI e do sé-culo XVII. Portugal trouxe para omundo coisas que o mundo não co-nhecia. Trouxe a tartaruga, trouxe omarfim trabalhado, trouxe as pedraspreciosas, as porcelanas, toda umasérie de elementos que o mundo cul-tural e artístico desconhecia. Fomosresponsáveis por uma série de coisasnovas no mundo ocidental”, descre-veu o galerista.

Por Carina Branco, Lusa

«Pensée del’archipel etlieux de passage»

« P e n -sée del’archi-pel etlieux dep a s -sage»,q u ivient deparaîtreaux édi-t i o n sP é t r a

dans la collection «Des îles», réu-nit plusieurs études, sous la direc-tion de Dominique Faria, répartiesen quatre grandes parties: L’archi-pel géographique, ethnologique etsémiotique; L’archipel littéraire;L’archipel cinématographique; Unarchipel au crible des écrivainsvoyageurs: les Açores.Chacune de ces parties proposedes réflexions et des analyses dontl’ambition est de penser l’archipel,en particulier les Açores, au-delàde la réalité géographique, entrel’imaginaire et le réel, le pluriel etl’unité. Les questions posées sontnombreuses: l’île est-elle encoreune singularité terrestre au seindes masses continentales et duvide océanique? Est-elle un obser-vatoire? Ou n’est-elle plus qu’unconservatoire? Une clôture ou unerupture? Où commence et où s’ar-rête un archipel? En introductiondu présent volume, Éric Fougère,Directeur de la collection, affirme:«L’archipel est une productionmentale issue d’une projectioncartographique extensible».Le lecteur plus particulièrement in-téressé par le monde lusophonepourra s’attarder davantage sur ladernière section de ce livre quiconcerne les Açores et qui re-groupe trois études qui s’interro-gent sur les représentations qu’ontsuscitées des écrivains voyageursde nationalités différentes autourde l’archipel des Açores. WalterGeet démonte les mécanismes deproduction de l’effet de réel dans«Femme de Porto Pim», d’AntonioTabucchi. Fátima Outeirinho com-plète cette réflexion en abordantdeux autres livres: «As ilhas des-conhecidas», de Raúl Brandão, et«Le périple des îles atlantides»,d’Albert t’Serstevens, avec l’objec-tif d’y déceler, à travers l’informa-tion du concret, la réduction del’Autre à des clichés. Enfin, le récitde voyage de t’Serstevens est en-core analysé par Ana Gil, qui sus-pecte l’écrivain-voyageur dedécrire ce qui l’entoure en con-frontant ses attentes initiales avecla réalité du terrain.

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

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“Nenhum lugaré vário” esgotaprimeira edição

A primeira edição, de 100 livros, daobra de estreia “Nenhum lugar évário” (Edições Pasárgada), do escri-tor franco-português, com origenspombalenses, Mickão C. De Oliveira,está quase esgotada, mas o autordisse ao LusoJornal que “uma se-gunda edição do livro já está a ser pla-neada”.“Nenhum lugar é vário” mostra umser perdido, que dialoga com perso-nagens marcadas por suas vivênciase traumas. Temas como o EstadoNovo, a Guerra Colonial e a Emigra-ção cruzam-se com outros mais decariz psicológico como a busca daidentidade e da felicidade.“É um livro violento, cru, que nos dáum olhar sobre o que viveram os emi-grantes, muitos deles fugindo de Por-tugal para não terem que seguir,obrigados, para a guerra em África oualmejando um futuro mais prósperoe livre, opostos ao que se vivia emPortugal, de Salazar. A obra mostra-nos como essas trajetórias ambíguasafetaram as gerações seguintes” dizuma nota de apresentação da obra.O autor nasceu em Eaubonne, nosarredores de Paris, mas a fonte prin-cipal das suas narrativas tem origemno Outeiro do Louriçal, aldeia natal doseu pai, no concelho de Pombal, nocentro do país. É nesta localidade quedesde sempre tem passado os seusverões. Hoje reside em Saint-Brice-Sous-Forêt.

Rencontre autour de lalittérature portugaise à ParisLa librairie Atout Livre & les édi-tions Chandeigne organisent unerencontre autour de la littératureportugaise en présence de ValérioRomão, auteur de «Autiste» (édi-tions Chandeigne), Valter HogoMãe, auteur de «Le fils de millehommes» (éditions Mataillé) etGonçalo M. Tavares, auteur de«Matteo a perdu son emploi» (édi-tions Viviane Hamy).Cette rencontre aura lieu le ven-dredi 23 septembre, à 19h30, à laLibrairie Atout Livre, 203 bis ave-nue Daumesnil, à Paris 12. Infos: 01.43.43.82.27.

14 CULTURA Le 14 septembre 2016

Morreu em Paris o pintor português Darocha

O artista plástico português José Luizda Rocha, conhecido como Darocha ehá muito radicado em França, morreuno domingo aos 70 anos, disse à Lusafonte próxima da família. O artista por-tuguês morreu em consequência dedoença prolongada, em Paris, cidadeonde vivia.De acordo com a mesma fonte, nasexta-feira irá realizar-se uma celebra-

ção em homenagem ao pintor, em si-multâneo em Paris e no Porto, naIgreja das Carmelitas, a partir as19h00.Nascido em Oliveira de Azeméis em1945, José Luiz da Rocha deixou Por-tugal na década de 1960, viveu emLondres e Toulouse, instalando-se fi-nalmente em Paris, onde passou a re-sidir e a trabalhar.

Formado em Antropologia Patológica,o pintor assinava com vários nomes,como Darocha, da Rocha, Luis Daro-cha, Z. L. Darocha, Louis Darocha ouParis Couto, atestando a multiplici-dade do ser humano, como defendiana biografia oficial que apresentava naInternet.Foi como Paris Couto que assinou olivro para a infância e juventude “O

farol das estrelas cadentes”. Luiz daRocha assinou ainda ilustrações paralivros de Ana Folhadela, Manuel Antó-nio Pina e Álvaro Magalhães.Expôs individualmente desde finais de1960 e os materiais que utilizavaeram variados - tela, papel, madeira,metais, plásticos, textos ou pigmentos- com os quais criava paisagens habi-tadas por duendes, fadas, monstros,princesas e toda uma panóplia de fi-guras da infância.Entre 1975 e 1996 foi professor nasEscolas de Belas Artes de Metz, Dijon,Limoges, Bourges e Metz.Com várias dezenas de exposiçõescoletivas e individuais no currículo,Darocha apresentou a sua obra empaíses como França, Grécia, Luxem-burgo, Bélgica, Jugoslávia, Holanda,Suíça, Espanha, Alemanha ou Tur-quia. Este ano, o Museu de Ovar de-dicou a José Luiz a Rocha umaexposição que apresentava obras detoda a carreira.Ainda antes de se saber da morte, oEspaço Mira, no Porto, já tinha pro-gramada, para o dia 30 de setembro,a exibição do documentário sobre oautor, “No Laboratório da Via Láctea”,de Joana de Bastos Rodrigues, se-guido de conversa com BernardoPinto de Almeida e Júlia Pintão. A Di-retora das Galerias Mira, ManuelaMatos Monteiro, disse à Lusa que nodia da projeção estarão expostas algu-mas obras do autor. A estrutura cultu-ral planeia ainda fazer uma exposiçãoposterior, de “forma a chamar a aten-ção para a obra dele em Portugal, queé tão pouco conhecida”, disse.Em 2014 José Luiz da Rocha recebeua medalha de ouro da autarquia deOliveira de Azeméis, pelo “contributoinestimável” para a promoção doconcelho. Na altura, o artista plásticoafirmou-se satisfeito pelo reconheci-mento da cidade: “Adoro a terra ondenasci e, apesar de viver em Paris, éem Oliveira de Azeméis que continuoa nascer todos os dias. Dá-me grandesatisfação este reconhecimento pelaspessoas da minha terra - essa cidadeluminosa que tenho comigo”.

José Luiz da Rocha

Festival de films documentaires «Brésil en Mouvements»

L’association «Autres Brésils» proposechaque année depuis maintenant 12ans, le Festival de films documen-taires «Brésil en Mouvements», qui vase dérouler du 12 au 16 octobre aucinéma la Clef à Paris. Cinq jours deprojections, débats et rencontres afind’échanger avec les principaux ac-teurs de la société contemporainefrançaise et brésilienne sur lesgrandes questions politiques, socialeset environnementales d’actualité.Au programme plusieurs temps forts:d’abord un pot d’ouverture lors du ver-nissage de l’exposition «Voyage Pitto-resque au Boulevard Couleur Café» del’artiste Kátia Fiera. Juste après unhommage sera rendu à Eduardo Cou-tinho avec la projection du documen-

taire «Dernières conversations». Dé-cédé en 2014, Coutinho fut à l’avant-garde du documentaire brésilien desannées 1960 à 1990.Le lendemain on continue avec «Me-gaprojets en Amazonie: impacts so-ciaux et environnementaux» avec laprojection de «Sept pêchés d’unchantier en Amazonie», et plusieursintervenants pour un débat plutôt al-léchant.Pour ceux qui préfèrent les liens avecla nature et les locaux, le vendredi à18h00: «Rapport de l’homme à sonenvironnement», avec le film «5 foischico - la rivière et ses gens», suivi ducourt-métrage «Há terra», de Ana Vaz,où l’on oscille entre personnage etterre, terre et personnage, prédateuret proie.La soirée continue avec «Taego Awa»

de Henrique Borela et Marcela Borela,dans lequel Tutawa raconte le massa-cre par les Blancs de nombreux In-diens dans la forêt amazonienne.Finalement un débat va clore cettesoirée, «A qui appartient la terre?».Le weekend s’annonce riche en pro-grammation, d’abord le samedi avecle court-métrage «A Deusa branca» deAlfeu França, suivi du film sur les cy-cles de la vie, «En trois actes» deLucia Murat. Le duo Aurélie & Veriocaanimera la pause cinématographiquependant une heure avant de poursui-vre à 20h00 avec les courts-métrages«Ne sors pas aujourd’hui» de SusannaLira, «Qui a tué Eloa» de Livia Perezpuis «Clandestines» de Fadhia Salo-mao.Pour terminer cette édition, le di-manche dès 16h00 «Photos d’identi-

fications» d’Anita Leandro et «Entreles images-intervalles» d’André Costa.Un débaut sur la crise politique auBrésil aura lieu avant de clôturer avecle film de Fernanda Fontes Vareille,«La folie entre nous».Brésil en Mouvements s’adresse àtous ceux qui sont sensibles aux ques-tions d’ordre social, environnementalet économique, qui s’intéressent à lasociété brésilienne contemporaine etdésirent en connaître mieux les dyna-miques à travers la vision de docu-mentaires proposant une perspectivelibérée des clichés et lieux communshabituels.

Cinéma La Clef34 rue Daubenton75005 ParisInfos: 09.53.48.30.54

Organisé par l’association «Autres Brésils» depuis 12 ans

Par Clara Teixeira

Quando foi homenageado em Oliveira de AzeméisDR

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InvestigadorJean-LoupPassek distinguidohoje com Medalha deMérito CulturalO investigador e historiador francêsda área do cinema Jean-Loup Passekfoi distinguido na sexta-feira da se-mana passada com a Medalha deMérito Cultural, na Cinemateca Por-tuguesa, em Lisboa.De acordo com o Gabinete do Minis-tro da Cultura, Luís Filipe Castro Men-des, a entrega da medalha foi feitapelo Secretário de Estado da Cultura,Miguel Honrado. Foi entregue “emreconhecimento do inestimável traba-lho de uma vida dedicada à divulga-ção do cinema e, em particular, àdivulgação internacional do cinemaportuguês”, sublinha o Ministério daCultura, em comunicado.Jean-Loup Passek, de 80 anos, fun-dador do Festival International duFilm de La Rochelle, em França, temuma ligação especial a Portugal, paísao qual ofereceu o seu espólio cine-matográfico pessoal, e que esteve nabase da criação do Museu de Cinemade Melgaço.Investigador, escritor e crítico de ci-nema, Jean-Loup Passek assinou vá-rias obras nesta área, nomeadamentecatálogos de exposições no CentroPompidou, em Paris, e o Dicionáriodo Cinema Larousse.

Exposition de Susana Machado àParisL’artiste Susana Machado, portugaisehabitant Paris, expose quelques unesde ses peintures grands formats, enbinôme avec l’artiste Pepa Siekie-ranska, à la Galerie des ateliers d’ar-tistes de Belleville.L’exposition aura lieu du 14 au 19septembre, de 14h00 à 20h00 et levernissage est prévu le jeudi 15 sep-tembre, de 18h30 à 21h00.Galerie des ateliers d’artistes de Bel-leville1 rue Francis Picabia, ParisM° Couronnes ou BellevilleInfos: 01.77.12.63.13

Rivoli apresentaGold de BorisCharmatzA programação dos próximos qua-tro meses do teatro Rivoli, no Porto,é marcada por nomes consagradosda dança, música e teatro massegue também “uma linha de açãomuito atenta” a novos artistas e aoque “acontece na cidade”.

CULTURA 15Le 14 septembre 2016

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C’est la rentrée à L’Académie de fadoL’Académie de fado, association crééeen 2014, première école entièrementdédiée à l’enseignement et à la divul-gation du fado, fait sa troisième ren-trée avec la reprise des cours demusique le lundi 19 septembre.Les musiciens Filipe de Sousa etNuno Estevens reprendront donc l’en-seignement respectivement de la gui-tare portugaise et de la guitareclassique «viola de fado» avec des élè-ves suivant le cursus depuis 2 ansdéjà et de nouveaux arrivants égale-ment.Les chanteurs Mónica Cunha et Vítordo Carmo, quant à eux, continuent àinitier les élèves au chant dans dessessions individuelles de répétitions etdes ateliers collectifs. Les ateliers dechant collectifs ont lieu un samedi parmois et sont également animés pardes interventions de Dominique Oguic(musicien et comédien) pour la partied’expression scénique et corporelle etSamia Hamoumou (chanteuse et pro-fesseure de musique) pour la partie de

technique vocale.L’Académie forte de ses deux annéesd’expérience, continue à proposer dessoirées de fado régulières avec sesélèves (comme par exemple, chaquedernier mercredi du mois au Lusofo-lie’s à Paris) et professeurs.

Ainsi, vous retrouverez le samedi 1eroctobre au Théâtre «La Mare au Dia-ble», 4 rue Pasteur - 91120 Palaiseau(infos: 01.69.31.59.90), MónicaCunha et l’élève Sophie Paula dansun spectacle de «Fado en Poésie» ac-compagnée par Diogo Arsénio à la gui-

tare portugaise et Dominique Oguic àla guitare classique (ayant fait sesclasses à l’Académie pour l’apprentis-sage de la «viola de fado»).L’Académie de fado souhaite égale-ment toucher un public plus jeune enrouvrant cette année «l’éveil musicalen langue portugaise» pour les en-fants à partir de 4 ans. Lizzie Levée,chanteuse-musicienne et professeurede portugais, dirigera l’éveil tous lesmercredis, de 16h00 à 16h45. Lapremière session de découverte lemercredi 5 octobre, à 16h00, seragratuite (sur inscription préalable au01.43.28.14.61).Tout au long de l’année, l’Académierecevra également des fadistes et mu-siciens du Portugal pour des master-class.

Académie de fado9 rue Raymond du temple94300 Vincennes01 43 28 14 61www.academie-defado.com

À Vincennes

Magazine Bilingue vai fazer vinte anosO Magazine Bilingue, o boletim asso-ciativo da Associação Cultural dosPortugueses de Houilles (78), festejaos seus vinte anos de existência.“Vinte anos parece pouco, mas paraos poucos meios que temos é quaseuma eternidade...” diz ao LusoJornalManuel Sousa Fonseca.Os projetos, seja qual for a sua di-mensão, têm sempre um percursor eneste caso o percursor foi ManuelSousa Fonseca, que ainda hojeaposta nesse projeto e o anima coma participação de um pequeno grupoentre os quais: Adelaide Martins,Guiomar Suzano, Manuel do Nasci-

mento “assim como outros que nosapoiam”.O objetivo no momento da sua cria-ção, em 1996, era de manter um eloe informar a Comunidade da regiãode Houilles, Bezons, Sartrouville eCarrières-sur-Seine.O Magazine Bilingue começou comquatro páginas e pouco a pouco foi“engordando” chegou a ter 16, hojetem 8 páginas, é mensal em papel evia mail. “Todos os cinco anos faze-mos um livro de compilação que le-vamos para o Museu da Imigração nacidade de Fafe e outro fica na Asso-ciação para memória” explica o fun-

dador do projeto. “Falando de memó-ria, hoje ainda não é uma preocupa-ção da nossa Comunidade. Mas opassado, seja qual ele for, não deveser esquecido como também não vi-vemos somente com ele porque sabe-mos que águas passadas não movemmoínhos. Porém alegro-me quandovejo iniciativas que vão no sentido depreservar e de valorizar tudo o quemerece ser valorizado. Infelizmente anossa Comunidade em França, pelasua importância, ainda está muitoàquem de ter os meios de informaçãoplurais que merece, tanto em jornais,rádios e até mesmo ela merece uma

televisão” lamenta Manuel SousaFonseca.De quem a culpa? Pergunta. “Nãosei, mas sei que as autoridades fran-cesas travam e as portugueses nãoaceleram suficientemente. Aindabem que temos pessoas na nossa Co-munidade com teimosia e vontade deter vontade, se não fosse isso..., emtermos de representatividade, infor-mação e divulgação, estaríamos comonum tempo já bem longínquo. Aindabem que temos gente que acredita,que luta, e que consegue! Deixo aquio meu convite para todos os que acre-ditam e fazem para que aconteça”.

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Balades contées par OSol de Portugalà Bordeaux età PessacL’Association Culturelle O Sol de Por-tugal de Bordeaux organise, dans lecadre des Journées Européennes duPatrimoine, le samedi 17 septembre,à Pessac (33), une balade contée in-titulée «La fraise de Pessac prend letrain, le Sud Express»Cette balade contée par O Sol de Por-tugal et Le Syndicat de Quartier deFrance commence à 10h45, au boutde l’avenue Jean Meyraud, à Pessac.C’est une visite et balade contée de11h00 à 12h00 environ, entre l’étangde Jozereau et la Gare de l’Alouettepour faire découvrir la fraise de Pessacet le mythique Sud Express qui atransporté des millions de citoyens eu-ropéens de Paris à Lisboa, via Irun.Une deuxième balade aura lieu, lemême jour, de 15h00 à 16h00, à Bor-deaux: «Balade sur les traces d’unJuste parmi les nations, Aristides deSousa Mendes». Le rendez-vous estdonné à 14h45 vers le 20 cours d’Al-bret, derrière la Mairie de Bordeaux,devant les jardins de la Mairie.Infos: 05.56.01.04.19

Concert deDavid Dany à Digny

Après le spectacle de David Dany - quia partagé la scène avec Gilou Lecouty,l’interprète de «Viens boire un p’titcoup à la maison» et François Ri-chard, le célèbre ventriloque - Syl-vianne Cantet, Présidente del’association «Rêves et Espoirs 28», asollicité l’artiste franco-portugais.La Présidente de l’association est de-venue fan de David Dany et a de-mandé à Cath Phil Productions lapossibilité de l’avoir pour la soirée«Rêves et Espoirs». David David tou-jours partant pour aider son prochaina expliqué que «j’ai eu Sylviane au té-léphone qui me voulait a tout prix surce spectacle. Elle voulait passer parmoi mais je lui ai dis d’appeler la pro-duction. Chose faite dans la foulée, j’aidemandé a Philippe, le producteur, deleur faire le meilleur tarif, c’est très im-portant de soutenir certaines associa-tions qui n’ont pas forcément lesbudgets pour avoir des spectacles».David Dany sera présent le 8 octobreà la Salle des fêtes de Digny (28) pourune soirée exceptionnelle avec repas.En plus, la Salle des fêtes a été entiè-rement refaite et sera inaugurée avecce spectacle. En première partie il y aJ.C. Dubarry et la partie DJ sera assu-rée par le très célèbre François YS.

16 ASSOCIAÇÕES Le 14 septembre 2016

Festival Intercultural de La Grand-Combe

No passado dia 4 de setembro, tevelugar pelo segundo ano consecutivo,mais um Festival Intercultural organi-zado pela Associação Dolce Vita, pre-sidida por Simonne Ciaccio, emconjunto com a municipalidade deGrand-Combe (30, Gard).Após as intervenções dos Cônsulesdos diferentes países representados -Líbano, Palestina, Itália, Irlanda, Es-panha, Canadá, Cuba, França e Por-tugal - interveio o Maire dando as boasvindas a todos, destacando no seu dis-curso uma frase de Simone Ciaccio “Aignorância custa-nos mais caro que acultura”.Com um sol magnífico e 36º abrasa-dores, participaram neste evento di-versos grupos e vários artistas oriundosde horizontes todos eles bem diferen-tes, trazendo as suas culturas e tradi-ções, exibindo-as cada um à suamaneira com danças e cantares típi-cos.O festival abriu com o Líbano, repre-sentado por Marcel Khalife, seguido-se a Palestina representada pelo TrioJoubran, que nos encantou com assuas danças. Seguiram-se as Másca-ras Venezianas, da Itália, pelo segundoano consecutivo. São uma grandeatração e provocam uma grande ad-miração junto do público pela belezados seus trajes e as máscaras carna-valescas de uma beleza rara.Depois, a Irlanda encantou com a Kre-ve’ts Celtas, a Polinésia com a sua fa-mosa Turia Polinesa e os seusdançarinos souberam também encan-tar e fazer sonhar o público com can-tares e danças embaladoras.Chegou depois a vez de Portugal, re-presentado de novo pelo já bem co-

nhecido Rancho Tradições do Minhode Villeneuve-les-Maguelonne, o qualé cada vez mais aclamado, “vítima”do sucesso, extremamente solicitado.O grupo português fechou o Festivalcom um público em efervescência,participando até com eles em váriasdanças. O Tradições do Minho animoutambém naquele espaço cantando edançando pelos corredores e junto aosstands ali presentes com diversas ex-posições.No decorrer de um Porto de Honra, ogrupo Gipsy Espanhola acompanhadopela cantora Coralie Parmentier, quecanta temas pela paz, oriunda do Ca-nadá e representante do Movimentopela Paz da Unesco.

Prosseguiu com a França, represen-tada por Pimenta Chique fazendo umademonstração de danças tipicamentefrancesas, desta feita não folclóricas,mas sim de cabaret, surpreenderamcom o famoso French CanCan. Mu-dando depois de registo e dançandocoreografias magrebinas.A Itália voltou ao palco e encantou denovo com As Máscaras Venezianas. Aviagem continuou pelas Caraíbas, re-presentadas por dançarinos Cubanos,regresso ao velho continente, com aEspanha representada por Payou eGipsy, dançando o famoso Flamencotão esperado pelo público.Foram cerca de 18 horas de espetá-culo e o Festival terminou em apo-

teose, novamente com Portugal, navoz da cantora Isabel Lima, convidadaexpressamente para o evento. IsabelLima provocou calafrios ao públicodurante 45 minutos, com a sua pres-tação honrando a língua de Molière eos franceses presentes cantando emfrancês.Este festival foi transmitido na íntegrapara os quatro cantos do planeta, atra-vés da internet graças à presença daRádio Luso Europeu e em colaboraçãocom o Centro Cultural de Saint Gillesdu Gard.Segundo ano, segundo festival e se-gundo sucesso. O Presidente da asso-ciação Dolce Vita prometeu muitomais e melhor para 2017.

Portugal esteve representado pelo segundo ano consecutivo

Por Tony Inácio

O Cardeal Barbarin presidiu a cerimónia daConfirmação de lusodescendentes em Lyon

No sábado passado, dia 10 de setem-bro, a Pastoral Portuguesa de Lyon or-ganizou a cerimónia do Sacramentoda Confirmação - o Crisma - na igrejado S. Nome de Jesus, em Lyon 6. Acerimónia foi presidida pelo CardealPhilippe Barbarin, acompanhadopelos padres José Luís de Almeida eEric Besson.Após o percurso de um ano comcerca de nove encontros, 12 jovenslusodescendentes finalizaram a for-mação espiritual sob a responsabili-dade do Padre José Luís, Capelão daComunidade portuguesa na Diocesede Lyon.Cerca de três centenas da fiéis, fami-liares e amigos, acompanharam estesjovens neste passo espiritual que fazparte dos sacramentos de um Cristão,que deseja praticar a sua fé plena-mente.O Cardeal Philippe Barbarin lembrouos princípios e os deveres deste Sa-cramento de Confirmação, e todos os“benefícios” da presença do EspíritoSanto na vida de um Cristão que o re-cebe. “O Espírito Santo pode ser tudopara nós, protetor, conselheiro, amigofiel, aquele com quem podemos con-

tar para que as nossas vidas sejammelhores e cheias de confiança, har-monia, valores morais e sem medosou dúvidas”, disse na sua homilia.Os jovens lusodescendentes, vindosde diferentes pontos da Diocese deLyon e oriundos de três regiões de

Portugal, Minho e Beiras, receberama benção final do Cardeal PhilippeBarbarin que fez questão de celebraresta cerimónia em língua portuguesa,e convidou-os para que cada um, àsua maneira, anunciarem o evangelhoe de serem testemunhas de Cristo no

decorrer da suas vidas futuras.Eduardo, Mariana, Bruna, Juliana,Jéssica, Marta, David, Marlène, Bár-bara, Ana, Bárbara Beatriz e Gabrielforam os jovens que deram este passonas suas vidas de cristãos.A presença nesta cerimónia da Côn-sul Geral de Portugal em Lyon, Mariade Fátima Mendes, também foiaplaudida e agradecida. Por suaparte, a diplomata felicitou todos oscrismantes no decorrer do aperitivofinal, servido pelos seus familiares nacasa paroquial. O grupo coral, sob achefia da solista Cristina, animou estacerimónia com cânticos, fazendo par-ticipar assim toda a assembleia.A Comunidade católica portuguesaem Lyon inicia a sua “rentree” com amudança de responsável. José Luísde Almeida deixa a região e vai paraParis e o nome do Padre Eric Bessonfoi anunciado pela Diocese para pas-sar a ser o Capelão da Comunidadeportuguesa.A Pastoral anuncia também o inícioda catequese para o ano 2016/2017na Paróquia do S. Nome de Jesus.Esta Paróquia organiza uma jornadaPortas Abertas para as inscrições, nosábado dia 24 de setembro, das14h00 às 17h00.

Por Jorge Campos

Par Maria Teixeira

LusoJornal / Jorge Campos

LusoJornal / Tony Inácio

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Andebol: Madeira SADgoleado por30-16 emFrançaA equipa de andebol feminino do Ma-deira SAD perdeu no sábado passadpor expressivo 30-16 em casa dasfrancesas do Brest Bretagne, na pri-meira mão da ronda inaugural da TaçaEHF.Ao intervalo, as insulares já perdiampor 13-8, num desafio em que SoraiaLopes foi a melhor marcadora, comseis tentos, perante os 3.848 espeta-dores no Arena Brest.Renata Tavares (quatro), Isabel Tava-res (três), Mariana Faleiro (dois) e Ma-riana Sousa (um) apontaram osrestantes golos das lusas.Marión Limal (cinco), Eva Copy (qua-tro) e Marie Prouvensier (quatro) foramas melhores marcadoras entre as gau-lesas.A segunda mão disputa-se no próximosábado.

Futebol é oprincipal elemento de identidadeentre geraçõesde emigrantesO futebol português - primeiro osclubes e depois a Seleção - é o maisimportante elemento de identidadepopular portuguesa a passar entregerações de emigrantes, conside-rou à Lusa a investigadora NinaClara Tiesler.A investigadora alemã, agora na Uni-versidade de Hamburgo (Norte daAlemanha), é a coordenadora do tra-balho “Diasbola: futebol e emigraçãoportuguesa”, no qual compilou asprincipais conclusões de um projetode investigação social internacionaldedicado ao papel do futebol entreemigrantes portugueses e lusodes-cendentes na Alemanha, França,Inglaterra, Suíça, Estados Unidos,Canadá, Brasil e Moçambique.Tiesler assume que “a identifica-ção futebolística e a gastronomiasão os dois elementos da cultura po-pular mais visíveis na diáspora portu-guesa” e com “maior capacidade dereunir pessoas de classes sociais dife-rentes, de gerações diferentes e desexo diferente”.O futebol português também é usadopelos emigrantes para marcar o con-traste entre a imagem que a Europa temdo país - semi-periférico ou em crise - ea imagem de vitória e modernidade dosclubes nacionais e da Seleção.“A geração jovem o que quer fazer?Dançar nos ranchos, que é uma tradi-ção ainda do século 19? Ou ver umapartida de futebol com o Cristiano Ro-naldo? ‘Ranchos’ significa isolar-se dos‘peer groups’. Ninguém do meu am-biente social, que não seja português,tem o mínimo interesse em ver os ran-chos. Mas há muita gente que está in-teressada em ver jogar o CristianoRonaldo”.

18 DESPORTO Le 14 septembre 2016

Plus de 40.000 femmes se sont inscrites àla course La Parisienne

Pelo 6° ano consecutivo, as colabo-radoras do Banque BCP participa-ram na 20ª edição da corrida LaParisienne. A corrida solidária, paraangariação de fundos para a lutacontra o cancro da mama, só estáaberta a mulheres e teve este anocerca de 40.000 inscrições.Podem participar atletas individuaismas também em representação deempresas. Mais de 500 empresasparticiparam na operação. No casoportuguês, apenas foi identificadaa participação de uma empresafranco-portuguesa, o Banque BCP,que inscreveu 86 das suas colabo-radoras. “Cerca de um terço dasparticipantes vieram das nossasagências nas diferentes regiões deFrança” disse ao LusoJornal Jean-Philippe Diehl, Presidente do Diretó-rio do banco. Estavam efetivamenterepresentadas as agências de Bor-deaux, Strasbourg, Nîmes, Nancy etDijon. Todas percorreram os 6,7 km

da corrida, pelas margens do rioSena, no melhor tempo possível,“mas o tempo não era o mais impor-tante. O importante era mesmo par-ticipar na prova” disse ao LusoJornalLucie Pereira, que se posicionou em4° lugar.A melhor atleta do Banque BCP éAna Jacinto, que percorreu a distân-cia em pouco mais de 34 minutos,seguindo-se Natália Alves e BarbaraNunes Caremelle. Ana Jacinto jáestá habituada aos primeiros lugaresnesta prova. Mas o banco franco-por-tuguês consegue um 37° lugar no“Challenge des entreprises”, comcerca de 500 empresas inscritas. Asmelhores atletas foram as colabora-doras da Mairie de Paris.“Quem não pode correr faz a per-curso em passo de marcha” explicouClara da Silva ao LusoJornal. “Ins-crever-me nesta prova motiva-metambém a fazer exercício físico du-rante o ano, preparando-me minima-mente, correndo ao domingo”.No final, todas as participantes

foram recompensadas com música.Vários grupos dançaram e tocaramno “Village” que foi montado noChamps de Mars, em frente da TourEiffel, rodeado por um dispositivo desegurança extremamente rígido.Aliás, foi evocada a anulação daprova por ela ter lugar naquele es-paço, próximo de um dos lugaresmais visitados pelos turistas que vi-sitam Paris, por implicar mulheres epor, este ano, ter tido lugar no dia 11de setembro.“O percurso é magnífico, masmesmo assim, sonhava que a provaviesse a passar pelos Champs Ely-sées, até pelo simbolismo” disseLucie Pereira ao LusoJornal. Quemsabe se nos próximos anos isso po-derá acontecer? “O Banque BCP éuma das empresas mais fiéis a estaprova. Há 6 anos consecutivos queparticipamos com as nossas colabo-radoras e financiamos a Fondationpour la Recherche Médicale” explicaao LusoJornal Jean-Philippe Diehl.Desde a sua primeira participação, o

Banque BCP já contribuiu com18.000 euros para esta instituição.“Este ano tínhamos lançado um de-safio às nossas colaboradoras: seinscrevessemos 120 atletas, daria-mos 10.000 euros à FRM. Só se ins-creveram 86 participantes, masmesmo assim decidimos dar 5.000euros para a luta contra o cancro”disse o Presidente do Diretório dobanco. Foi aplaudido pelas partici-pantes.Para este evento, o Banque BCPcontou com a colaboração, pelo ter-ceiro ano consecutivo, da DeltaCafés, que ofereceu as camisolas eos chapéus que as participantes ves-tiram, assim como os acompanhan-tes. Tal como tem acontecido todosos anos, os colaboradores masculi-nos do Banque BCP e os maridos oucompanheiros das colaboradoras dobanco, foram encorajar as atletas.Também o Diretório do banco marcoupresença, em peso, neste evento quetambém se quer festivo, até porque otema deste ano era... o Carnaval.

86 Collaboratrices de la Banque BCP ont participé

Por Carlos Pereira

Monaco, et Leonardo Jardim, leader de Ligue 1

L’AS Monaco a battu Lille 4-1 auStade Pierre-Mauroy, dans le Nord dela France, lors d’un match comptantpour la 4ème journée de Ligue 1. Unevictoire qui permet aux Monégasquesde s’isoler en tête du Championnat.Monaco, entraîné par le PortugaisLeonardo Jardim, a préparé son entréeen lice en Ligue des Champions d’unefort belle manière en battant Lille,avec Eder, l’international portugais enpointe de l’attaque, sur le score de 4-1 à l’extérieur.

Monaco, leader de Ligue 1Les Monégasques n’ont pas fait durerle suspense au Stade Pierre-Mauroy àLille. Dès la 2ème minute, à la suited’une faute sur le Portugais BernardoSilva, Monaco bénéficie d’un coup-franc frappé par l’ancien lillois, DjibrilSidibé, qui finit au fond des filets. Cebut déstabilise complètementl’équipe du Nord de la France.L’ASM ne lâche pas et profite de cetteapathie pour enfoncer le clou grâce au

milieu de terrain malien, AdamaTraoré (17 min), qui marque ledeuxième but monégasque. Lille n’yest pas et finit cette première mi-temps mené sur le score de 2-0.La deuxième période sera, en partie,la même que la première. Monacomarque deux fois par le Brésilien Fa-binho (48 min) et le Polonais KamilGlik (71 min), tandis que Lille réduitle score dans les arrêts de jeu par ledéfenseur français Julian Palmieri.Une défaite lourde pour les hommesde Frédéric Antonetti.A noter que le milieu de terrain portu-gais, João Moutinho, est entré encours de match. Monaco ne comptecette saison que sur deux joueurs por-tugais: Bernardo Silva et João Mou-tinho.

Prêts pour la Ligue desChampionsMonaco a réussi une excellente pré-paration pour son premier match enLigue des Champions, ce mercredi 14septembre face à Tottenham (Angle-terre), et est en tête de la Ligue 1 avec

10 points en quatre rencontres, encompagnie de l’OGC Nice, club oùjoue le Portugais Ricardo Pereira, quia battu Marseille sur le score de 3-2.Les hommes de l’entraîneur PortugaisLeonardo Jardim montrent de bellesqualités collectives et offensives, caren ce début de saison les Moné-gasques ont réussi à se qualifier pourla phase de groupes de la Ligue desChampions en battant Fenerbahçe(Turquie) et Villarreal (Espagne) et àbattre «l’invincible» Paris Saint-Ger-main sur le score de 3-1 en Cham-pionnat. Un début de saison presqueparfait pour le club de la Principautéqui devra confirmer face aux Britan-niques dès ce mercredi.

Lyon et le PSG calentLyon, où joue le gardien Portugais An-thony Lopes, a été dominé à domicilepar les Girondins de Bordeaux, 3-1.Lyon a pourtant ouvert le score parl’attaquant Aldo Kalulu, avant decéder à trois reprises. Le BrésilienMalcom, les Français Grégory Serticet Jérémy Ménez ont marqué pour les

Bordelais. Grâce à ce succès, Bor-deaux prend la quatrième place de laLigue 1 avec 9 points tandis que Lyontombe à la huitième place avec 6 uni-tés.Une bien mauvaise préparation pourl’Olympique Lyonnais avant de rece-voir ce mercredi 14 septembre lesCroates du Dinamo Zagreb lors de la1ère journée de la phase de groupesde la Ligue des Champions.Quant au Paris Saint-Germain, il a ététenu en échec au Parc des Princes, 1-1, face à Saint-Étienne. Un début desaison compliqué pour les Parisiensqui ont été battus par Monaco, 3-1,avant la trêve internationale.Le Paris Saint-Germain occupe uneinespérée septième place avec septpoints, déjà à trois unités des Moné-gasques.Lors de la cinquième journée, le PSGse déplace à Caen, club où joue le lu-sodescendant Damien da Silva, Mo-naco reçoit Rennes, club où se trouvele Portugais Pedro Mendes, et pourfinir, Marseille reçoit Lyon dans le dueldes Olympiques.

Football

Par Marco Martins

LusoJornal / Duarte Pereira

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DESPORTO 19Le 14 septembre 2016

Lusitanos toujours plus fort

Après son succès 2-1 face à Drancy,les Lusitanos de Saint-Maur conti-nuent de surfer sur la vague du succèsen CFA et sont plus que jamais le lea-der du Groupe G.Il y a des matchs qui marquent unesaison et nul ne doute que la victoire(2-1) acquise du côté de Drancy y res-semble. Pour Carlos Secretário, c’estune évidence que le succès remportéau Stade Charles Sage pourrait êtredéterminant pour la suite du Cham-pionnat. “Ce sont ce genre de rencon-tres qui permettent d’avoir un étatd’esprit fort dans un groupe. On l’avaitdéjà. On a su le démontrer une nou-velle fois sur ce match. On continue àêtre à la première place et de ce fait,on va continuer à être l’équipe à bat-tre. Si on jouait le premier, je sais quel’on ferait tout pour le battre. C’esttout à fait normal que Drancy a toutfait pour nous mettre en échec avecses armes. Ils n’ont pas réussi. Onsera prêt pour continuer sur cette lan-cée. Ce succès ne nous empêcherapas de garder les pieds bien encrés ausol. L’objectif principal reste et de-meure le maintien. On ne l’oubliepas”.Et les Lusitanos sont sur la bonnevoie. Pourtant la Jeanne d’Arc deDrancy ne souhaitait pas l’entendre decette oreille au moment de recevoir le

leader du Groupe B lors de cette5ème journée. Dès les premières mi-nutes, les Drancéens n’hésitent pas àjouer des coudes et les fautes se suc-cèdent. Le jeu étant relégué au se-cond plan. Sur ce match, lesLusitanos se rendent rapidementcompte qu’une longue bataille phy-sique les attendait.

Malgré l’absence de Pedro Nova, lesSaint-Mauriens tentent de profiter dela moindre occasion pour faire la dif-férence et sans l’intervention du por-tier du JAD Clément Lumé, KévinColin aurait bien pu marquer son pre-mier but sous ses nouvelles couleurs.Mais à la 27ème minute, c’est JonyRamos qui s’offre sa grande première.

A l’affût à l’entrée de la surface, l’at-taquant portugais enchaîne d’un cro-chet et d’une frappe enroulée enpleine lucarne imparable (0-1) pours’offrir sa première réalisation en CFA.Derrière, la JAD se montrera bien tropbrouillonne pour réussir à faire trem-bler Revelino Anastase qui regagnaitle vestiaire sans avoir encaissé le

moindre but.Mais en seconde période, Drancy re-venait avec l’envie de mettre un peuplus d’application et de concentrationpour mettre à mal la défense de Saint-Maur. Il ne faudra pas attendre long-temps pour voir la JAD revenir à lamarque grâce à un coup de génie deson meneur de jeu, Guillaume Khous.Au 6 mètres, ce dernier trompe Anas-tase d’un retourné acrobatique qui nepeut que constater les dégâts (1-1, 48min). Et malgré les sorties sur bles-sures successives de Mathieu Rangolyet Redouane Kerrouche, les Lusitanoscontinuaient à croire en la victoire.D’autant plus que Kévin Farade voyaitle Capitaine drancéen, Aziz Dahchour,sauver sur une ligne un nouveau but.C’est au final, Ousmane Kanté qui al-lait endosser le costume de héros. Surun énième coup de pied arrêté deKévin Diaz, ce dernier profite d’uneremise de la tête de Wilson Moreirapour fusiller le portier drancéen, NayefSaïd Hachim, qui avait pris le relaisde Clément Lumé à la pause (1-2, 77min). Derrière, Saint-Maur résisteraaux offensives de la JAD pour s’offrirune victoire plus que méritée qui luipermet de rester sur de bons rails ence début de saison avec une premièreplace, 13 points au compteur et sur-tout 4 points sur le 2ème! De quoicontinuer à rêver à un destin glorieuxdans les mois à venir…

Futebol / CFA

Por Eric Mendes

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Lusitanos de Saint-Maur / EM

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20 DESPORTO Le 14 septembre 2016

Benfica derrotado pelo Nanterre em França

O Benfica perdeu frente ao Nanterrepor 95-64 no Palais des Sports da ci-dade da região parisiense perante2.200 espetadores, incluindo umacentena de Portugueses, num jogoamigável patrocinado pela Caixa Geralde Depósitos e pela Fidelidade.O encontro até começou bem para osencarnados que tinham um cincocomposto pelo bem conhecido CarlosAndrade, por dois reforços RavenBarber e Damian Hollis, e por doisjovens da formação, Sérgio Silva eAljaz Slutej. Após somente 2’39” noprimeiro período, o Benfica passoupara a frente do marcador, 7-9, enão largou a liderança até ao iníciodo terceiro período.Foi o momento do jogo, após o inter-valo, em que o Nanterre decidiu puxardos galões e mostrar uma outra cara,arriscando mais nas jogadas indivi-duais e nos tiros a três pontos, distan-ciando rapidamente o Benfica.Os encarnados tiveram de correr atrásdo resultado, e o baixar de rendimentodos jovens vindos da formação, muitopor causa do cansaço, como Aljaz Slu-tej (inclusive teve de sair com cincofaltas no quarto período) ou ainda Sér-gio Silva, dificultaram ainda mais a ta-refa da equipa lisboeta.No entanto este teste de pré-épocapermitiu a Carlos Lisboa, o Treinadorencarnado, poder ter uma ideia maisclara sobre o momento de forma dasua equipa e dos seus jogadores, re-lembrando que quatro estão com aSeleção Portuguesa: Mário Fernan-des, Tomás Barroso, João Soares eNuno Oliveira.De notar que durante o jogo, um espe-tador ganhou uma viagem a Portugaloferecida pelos dois patrocinadores, aCaixa Geral de Depósitos e a Fideli-dade.No fim do encontro, o LusoJornalfalou com o Treinador Carlos Lisboa ecom o atleta Carlos Andrade.

Carlos Lisboa: “Não gosto deperder mas fiquei satisfeitocom a atitude dos nossos jo-vens”

Como podemos ver esta derrota frenteao Nanterre?

Carlos Lisboa: Este foi o nosso pri-meiro jogo de preparação. Começá-mos a treinar há duas semanas etemos sete jogadores fora, quatro naSeleção portuguesa, um na Seleçãosuíça, o Derek Raivio está lesionadoe vamos ter mais um reforço [ndr: oangolano Carlos Morais assinou nopassado sábado]. Viemos a Françacom a equipa possível, com muitosjovens que fazem parte da nossaequipa e também da equipa B, eaquilo que posso dizer é que fiqueisatisfeito. Não gosto de perder, nin-guém quer perder, mas fiquei satis-feito com aquilo que presenciei, coma atitude da equipa toda, dos nossosjovens, dos nossos “veteranos”, e por-tanto estamos numa fase inicial depreparação. Jogámos frente a umagrande equipa e no intervalo o resul-tado estava equilibrado, até estáva-mos a ganhar com um ponto devantagem. Na segunda parte, com afalta de rotatividade e pelo cansaço,acabámos por perder frente a umaboa equipa mas importa realçar a ati-tude e o empenho da equipa.

Foi um surpresa estar a vencer na pri-meira parte?Não fiquei surpreendido com a nossaprimeira parte. Fizemos o nosso jogo,defendemos bem e tínhamos umagrande vontade de fazer as coisasbem. Temos um compromisso com oclube que é ter de dignificar sempreo nosso emblema e foi aquilo que fi-zemos. Sabíamos que não ia ser fácilporque jogávamos frente a uma dasgrandes equipas francesas e da Eu-ropa, e que logicamente íamos que-brar na segunda parte porque muitosjogadores estavam próximos dascinco faltas e porque estávamos limi-tados em algumas posições. Nuncafico satisfeito por perder mas fiqueisatisfeito pela qualidade que mostra-ram os meus jogadores.

Havia muitos jovens nesta equipa…Os jovens fazem parte do nosso pro-jeto, fazem parte da nossa direção detrabalho de integrar jovens na nossaequipa e é isso que estamos a fazer.Frente a uma grande equipa com umnível europeu, jogaram o Aljaz Slutej,o André Mendes, o Sérgio Silva, oVelkjo Stankovic e o Ricardo Monteiro.

Um dos reforços, Damian Hollis, ter-minou melhor marcador…O Damian Hollis quebrou muito fisi-camente na segunda parte comotodos os outros. Jogou 40 minutos enão é fácil jogar esses minutos todosno basquetebol mas não tinha alter-nativa. O nosso trabalho começouagora, temos um longo caminho apercorrer, agora vamos recuperar onosso base norte-americano que estálesionado, e esperar que os outros jo-gadores cheguem no dia 17 para con-tinuar o nosso trabalho.

Os objetivos passam pela conquistado Campeonato?O nosso objetivo é fazer um bom tra-balho, disputar todas as competiçõesem que estamos inseridos para ga-nhar, sabendo que temos adversáriosde qualidade, mas vamos passo apasso para atingirmos aquilo quequeremos.

A preparação está a decorrer comodesejaria?Eu gostava de ter todos os meus jo-gadores a treinar connosco, masneste momento temos menos sete.Quando tiver a equipa toda, estareimais confortável, com mais hipótesesde trabalhar aquilo que queremospara a nossa equipa para atingir ojogo do dia 27, onde vamos ter umjogo europeu com qualidade e dificul-dade frente à equipa italiana do Va-rese. Agora vamos descansar e napróxima semana vamos a Espanha.Sem esquecer que depois temos onosso Torneio internacional e por fimteremos os jogos europeus no dia 27e no dia 29 frente aos italianos.

Os adeptos do Benfica estiveram pre-sentes no pavilhão…Os nossos adeptos são fantásticos.Eles deram-nos um grande apoionum pavilhão em que estavam mui-tos Franceses. Foi um apoio incondi-cional, fizeram a festa com civismo equero agradecê-los. Não conseguimosvencer e dar-lhes essa alegria masnão era o objetivo principal destejogo.

Carlos Andrade: “Um dosnossos objectivos é competirna Champions League”

Como podemos julgar o primeiro testefrente ao Nanterre?Carlos Andrade: Para ser sincero atéfiquei um pouco surpreendido com aqualidade com que nos apresentámosna primeira parte, visto que foi onosso primeiro jogo. Estamos juntoshá duas semanas e meia, temosmuitos “rookies”, e então fiquei umpouco surpreendido mas trabalhá-mos bem estas duas semanas e sa-bíamos que o caminho que temosde seguir, passa muito pelo trabalhoe pela comunicação entre nós. Vie-mos com o objetivo de não nos im-portar com o resultado. Queríamosfazer as coisas que andamos a traba-lhar e foi o que fizemos. Na primeiraparte, enquanto estávamos frescos,as pernas e a cabeça, estivemos a ga-nhar. Na segunda parte, caímos umpouco fisicamente, e o Nanterre éuma equipa muito poderosa. As coi-sas não correram tão bem na se-gunda parte.

Os três pontos entraram quase todosna segunda parte para o Nanterre…O mérito de eles não terem entradona primeira parte foi nosso, porquecontestámos os lançamentos deles ena segunda parte apareceram maisvezes sozinhos porque já havia umcerto cansaço do nosso lado. O Nan-terre é uma equipa experiente e comtalento. Eles souberam explorar algu-mas falhas nossas e quando os lan-çamentos começam a entrar, écomplicado pará-los.

Foi um bom teste?O saldo deste encontro é positivo, foium bom teste. Foi pena não termoscá a equipa completa, mas gosteimuito dos nossos “rookies”, o AljazSlutej e o Sérgio Silva por exemplo.Foi uma boa experiência. Agoratemos de olhar para a frente e conti-nuar a trabalhar.

Carlos Andrade, pronto para estanova temporada?Sinto-me bem. Tenho os meus obje-tivos individuais, tenho os meus ob-jetivos coletivos, e trabalho durante overão para me manter em boa formafísica. Ainda não estou na formaideal como é óbvio mas sinto-mebem apesar da idade avançada. Sinto

que continuo a competir a um bomnível e mentalmente ainda me sintoforte. Enquanto estiver mentalmentedisponível para me sacrificar, paratrabalhar e ajudar a equipa, vou con-tinuar.

Quais são os objetivos do Benfica?A nossa cruz de jogar no Benfica éessa, e os jogadores que vêm, têmessa cruz para carregar também. Éuma cruz boa porque queremos com-petir em todas as competições quenos inserimos e é sempre para ga-nhar. Esperamos começar já no dia27 porque é um dos jogos mais im-portantes e logo a começar a tempo-rada. Este jogo vai definir o futuro, sevamos para a Champions ou não. Umdos nossos objetivos é competir naChampions League.

Há dois anos o Benfica jogou contrao Nanterre, evoluiu desde então?O Benfica foi sempre um clube ha-bituado a jogar nas competiçõeseuropeias. No entanto há dois anoscompetimos aqui frente ao Nan-terre no ano em que regressámosàs competições europeias, após al-guns anos sem competir. Nestes últi-mos dois anos, crescemos, temosmais experiência de jogar na Europae sabemos o que é preciso para jogarna Europa. O nosso objetivo é com-petir com as melhores equipas da Eu-ropa. Viu-se que o Nanterre é uma dasmelhores equipas da Europa e conse-guimos competir. Vamos tentar conti-nuar com essa linha de trabalho.

Uma palavra para o público portu-guês presente?Só temos de agradecer o apoio deles.São fantásticos. Cada vez que vimosaqui, estão presentes e não se can-sam de puxar por nós. Isto demonstraa grandeza do Benfica, o universobenfiquista. É um orgulho para os jo-gadores sentir esse apoio.

Recorde-se que as duas equipas vãoagora preparar-se para as respetivastemporadas. O Benfica vai tentarconquistar o título de Campeão dePortugal, na posse do FC Porto, en-quanto o Nanterre vai tentar arreca-dar um título de Campeão de Françaque lhe escapa desde 2013.

Basquetebol

Por Marco Martins

LusoJornal / Marco Martins LusoJornal / Marco Martins

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Andrade Compétition a gagné les 24 Heures Tout-Terrain de France

La Team Andrade Compétition estmontée sur la plus haute marche dupodium du circuit «éphémère» deFontaine-Fourches (77) lors des 24Heures TT de France.Alexandre Andrade, Cédric Duplé,Yann Morize et Thomas Morize ontainsi inauguré une nouvelle phase del’histoire. Plusieurs voitures se sont af-frontés sur un terrain éphémère pen-dant 24 heures non stop: c’est les 24Heures Tout-Terrain de France. Lacompétition automobile, qui fête sa24ème édition, s’est posée en effet leweek-end dernier en Seine-et-Marne,à 21 kilomètres de Provins. Pour l’oc-casion, un circuit de 7,5 kilomètres aété conçu durant tout l’été, avec la ca-pacité de recevoir l’un des plateauxtout-terrain les plus importants.Mário Andrade le père d’Alexandre,fondateur de l’équipe, s’est réjouit decette belle victoire et a reconnu que lesuccès de sa recette était son proto-type AC Nissan et ses pilotes. «C’étaitune course extraordinaire. Nous avonsbien travaillé et nous avons gagné. Iln’y a pas de secret: la voiture, je l’aidepuis 5 ans et après avoir subiquelques améliorations elle est très

performante, puis les pilotes qui sontau meilleur de leur forme».En 2008, Alexandre Andrade et sonpère avaient déjà remporté les 24Heures TT de France sur une Clio pro-totype de la team Andrade. Huit ansaprès, si le père a pris sa retraite de pi-lote, le fils est toujours là. Mário An-drade a expliqué être toujours dans lecoup. «C’est vrai que depuis l’an der-

nier, où je me suis blessé en moto, j’aipréféré mettre ma carrière de pilote ensuspens. Par ailleurs à 60 ans il esttemps de me demander si je ne devaispas intégrer une équipe de petits vieuxet prendre du bon temps, mais pourl’instant j’épaule mon fils et je lui faistotale confiance», dit-il au LusoJornal.Avec Cédric Duplé, le préparateur, quia depuis rejoint l’équipe, la Team An-

drade a déjà remporté deux fois les 24Heures du Portugal. «L’an dernier àFronteira nous avons fini en 3ème àcause d’un soucis d’organisation».Mais s’imposer ici dans ce nouveaucircuit, est une «très grande satisfac-tion» raconte Alexandre Andrade quitravaille en semaine aux côtés de sonpère dans leur société basé à Rungis.«Pour nous, la compétition est une ac-

tivité de loisir, un plaisir, mais nousnous donnons les moyens de bienfaire. Au cours de cette édition, nousavons constamment attaqué, mettantla pression sur les premiers leadersavant de prendre le commandementdurant la nuit. Et comme nous n’avonseu aucun souci sur l’auto, la victoireétait au bout».La Team Andrade est d’ores et déjà enpréparation pour la prochaine compé-tition de Fronteira, au Portugal, fin no-vembre. Mário Andrade est plus quejamais optimiste. «J’y crois fortementen une nouvelle victoire. Nousconnaissons bien le circuit, noussommes extrêmement bien préparéset au meilleur de notre forme, je croisen mon fils bien que je n’aime pas trople mettre en avant mais je sais qu’il faitpartie des meilleurs pilotes en ce mo-ment».Voilà le rideau est tombé sur les 24Heures TT de France, sur le nouveaucircuit de Fontaine-Fourches, qui a ac-cueilli soixante partants. Quant auxquarante-deux classés, ils étaient en-chantés de leur week-end aux confinsde la Seine-et-Marne. Rendez-vous àtous au Portugal, pour que l’histoire dela Team Andrade soit encore plusbelle.

Avec les couleurs du Portugal

Par Clara Teixeira

DESPORTO 21Le 14 septembre 2016

Marcha Solidária para ajudar a Misericórdia de Paris

No âmbito das comemorações do seu22º aniversário, a Santa Casa de Mi-sericórdia de Paris organiza pelo 3ºano consecutivo uma Marcha/Corridasolidária no próximo dia 2 de outubro,em Jouy-en-Josas (78). As inscriçõesestão abertas até ao final deste mês.Segundo o Coordenador deste evento,José Barros, esta ação integra as me-didas de solidariedade que a SantaCasa criou para reforçar as suas ativi-dades e dar-lhes mais visibilidade.“Os dois primeiros anos foram positi-vos, contámos com cerca de 300 pes-soas inscritas, este ano esperamos por

500, o objetivo é sempre termos maispessoas e por conseguinte mais di-nheiro para ajudar”. O evento contacom o apoio de Pedro Pauleta queaceitou ser o padrinho este ano, suce-dendo assim à atleta Fernanda Ri-beiro e ao futebolista Rui Barros.“Tentamos sempre bater à porta depersonalidades desportivas comgrande destaque e Pauleta é muitoapreciado aqui em França e ele ecei-tou de imediato participar nesta ação,assim como outras personalidades daComunidade radicada em França queconvidámos para nos dar algumapoio”.José Barros faz um balanço positivo

das corridas anteriores, e apela atodos a participarem neste evento deforma a ajudar os mais necessitados.José Barros considera ainda o atle-tismo como sendo um desporto bas-tante económico, que apenas exige terum par de ténis e um fato de treino.“Todos podem correr, não se gastamuito dinheiro, até na rua se podecorrer, mas é verdade que os Portu-gueses não estão muito virados paraessa modalidade. Porém contabiliza-mos muitos jovens a marcarem pre-sença nesta corrida”, aponta aoLusoJornal.Dar visibilidade à instituição, reforçaras ações caritativas e despertar a

atenção às novas gerações são as prio-ridades da Santa Casa para poder daruma melhor resposta aos carenciados.Com um serviço telefónico diário, e apossibilidade de marcar encontro àsquintas-feiras, a Santa Casa da Mise-ricórdia afirma haver cada vez maisPortugueses a procurarem ajuda.“Acalmou-se um pouco durante o pe-ríodo de verão, mas desde inícios desetembro, a procura de ajuda recome-çou e tem tendência a ser uma cons-tante e a aumentar, nomeadamentepor pessoas de mais de 60 anos queestão a chegar de Portugal comgrande frequência”.A Santa Casa da Misericórdia de Paris

foi criada a 13 de junho de 1994.Desde então tem desenvolvido um tra-balho de proximidade entre as Comu-nidades portuguesas em França. Comatualmente cerca de 400 aderentes,pretende aumentar este número, no-meadamente através do Jantar deGala já marcado para o próximo 19 denovembro, na sala Vasco da Gama,em Valenton. Outra iniciativa, mar-cada para dezembro, é a campanhade recolha de géneros alimentíciosque, no ano passado, distribuiu caba-zes a diversas famílias.Com 20 euros apenas poderá partici-par e mostrar a sua generosidade.www.cpmdp.com

Por Clara Teixeira

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lusojornal.com

22 TEMPO LIVRE Le 14 septembre 2016

Boa notícia

Felizes os aldrabões?A parábola do administrador sagazque encontramos no Evangelho dopróximo domingo não é nada fácil deentender…

«‘E tu quanto deves?’ Ele respondeu:‘Cem medidas de trigo’. Disse-lhe oadministrador: ‘Toma a tua conta e es-creve oitenta’».No tempo de Jesus, o administradorde uma propriedade não recebia umsalário fixo: vivia graças a uma taxaque cobrava aos devedores do verda-deiro proprietário. O administrador daparábola (que intuiu que será despe-dido…) começou a renunciar ao lucroque lhe era devido, a fim de assegurara gratidão dos devedores.

«O senhor elogiou o administrador de-sonesto, por ter procedido com esper-teza».Este administrador, se é chamado“desonesto”, não o é pelo gesto deabater as dívidas, mas sim, por actosanteriores, que até levaram o patrão adespedi-lo. O senhor louva-o, nãopelas suas aldrabices, mas pela suasagacidade em renunciar à sua taxa:o dinheiro tem um valor relativo e eletroca-o por outros valores mais impor-tantes, tais como a amizade e a grati-dão.

«Arranjai amigos com o vil dinheiro,para que, quando este vier a faltar,eles vos recebam nas moradas eter-nas». Esta frase, que conclui a parábola doadministrador sagaz, revela-nos a ver-dadeira lição que devemos aprender:os bens deste mundo são passageirose devem ser utilizados, não como umfim em si mesmos, mas como instru-mentos para ajudar os outros e socor-rer os mais necessitados. E o bem quefizermos testemunhará/confirmará anossa escolha por Cristo, pois não po-demos “comprar” a salvação, mas talcomo diz São Tiago: «a fé sem obrasestá completamente morta. (...) Mos-tra-me a tua fé sem obras, que eu,pelas obras, te mostrarei a minha fé».

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:Cathédrale St Spire14 rue du Cloître Saint-Spire91100 Corbeil-EssonneDomingo às 9h30

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Jusqu’au 18 septembre Exposition de l’artiste portugais Costa.Le Garage, 19-21 avenue Edouard Her-riot, à Brive-la-Gaillarde (19).

Jusqu’au 23 septembre Exposition «Le style c’est l’homme», unhommage à Fernando Pessoa par Ste-phanie Lagarde, Pieter van der Schaaf,Virgínia Valente et Guillaume Vieira.Maison du Portugal André de Gouveia,7P boulevard Jourdan, à Paris 14.

Jusqu’au 24 septembre Exposition collective Philartmonya,avec, entre autres, l’artiste lusodescen-dent Rodolphe Bouquillard. GalerieThorigny, 1 place de Thorigny, à Paris3. Infos: 01.42.76.95.61.

Jusqu’au 30 septembre «Corps Paysage, variation à quatretemps…» de la photographe Aurore deSousa. Musée régional de la vigne et duvin, 46 rue du Dr Veyrat, à Montmélian(73). Dans le cadre des Journées du Pa-trimoine, l’artiste sera présente pourune visite de l’exposition, le samedi 17septembre, de 14h30 à 17h00.

Jusqu’au 9 octobre Exposition «Mondes Nomades» deMarco Godinho. MAMAC - GalerieContemporaine, place Yves Klein, àNice (06).

Du 27 septembre au 22 octobre «Emotions Photographiques - Rencon-tres et Passion autour du tirage photo-graphique traditionnel», avec Diaman-tino Quintas. in)(between gallery, 39rue Chapon, à Paris 3. Du mardi au vendredi, 15h00-20h00et le samedi, 11h00-20h00. Ouverturele samedi 1er octobre jusqu’à minuitdans le cadre de la Nuit Blanche. En-trée libre.

Du 4 octobre au 6 novembre Exposition «De l’intranquilité» dans lecadre du Festival de l’intranquilité,

avec la bibliothèque particulière de Fer-nando Pessoa, avec des œuvres de Fer-nando Calhau, Dora Garcia et JoãoOnofre. Fondation Calouste Gulbenkian- Délégation en France, 39 boulevardde la Tour Maubourg, à Paris 7.

Du 27 septembre au 3 janvier Exposition qui trace le parcours de Ca-louste Gulbenkian, de la Fondation quiporte son nom et de la Maison du Por-tugal. Commissaire Teresa Nunes daPonte. En partenariat avec la FondationCalouste Gulbenkian et la Maison d'Ar-ménie de la CIUP. Maison du PortugalAndré de Gouveia, 7P boulevard Jour-dan, à Paris 14.

Le mardi 20 septembre, 18h30 Présentation du roman «Le fils de millehommes», de Valter Hugo Mãe, en fran-çais par l’auteur et par Pierre LégliseCosta, directeur de collection. Fonda-tion Calouste Gulbenkian - Délégationen France, 39 boulevard de la TourMaubourg, à Paris 7.

Le jeudi 22 septembre, 19h30 Conférence sur la gastronomie brési-lienne, dans le cadre du 4° Festival duRio Grande do Sul. Maison des associa-tions du 14ème, 22 rue Deparcieux, àParis 14.

Le jeudi 22 septembre, 18h30 Festival Conversations fictives, avecl’invité Gonçalo M. Tavares. FondationCalouste Gulbenkian - Délégation enFrance, 39 boulevard de la Tour Mau-bourg, à Paris 7.

Le vendredi 23 septembre, 19h30 Soirée spéciale littérature portugaisecontemporaine, avec la rencontre entreles écrivains Gonçalo M. Tavares, ValterHugo Mãe et Valério Romão. LibrairieAtout livre, 203 bis avenue Daumesnil,à Paris 12. Infos: 01.43.43.82.27.

Le lundi 26 septembre, 18h30 Présentation du “Guia prático de gra-mática: português do Brasil”, de La-

martine Bião Oberg, Evaí Oliveira et Te-resa Leiserowitz, par Lamartine BiãoOberg, professeur, traducteur et inter-prète de portugais. Organisée par l’As-sociation Bião pour la diffusion de laculture brésilienne en France. Fonda-tion Calouste Gulbenkian - Délégationen France, 39 boulevard de la TourMaubourg, à Paris 7.

Le vendredi 7 octobre, 19h00 Conférence de Richard Zenith sur «Lelivre de l’intranquillité: un guide de sur-vie pour nos jours». Inscription obliga-toire à partir de septembre. FondationCalouste Gulbenkian - Délégation enFrance, 39 boulevard de la Tour Mau-bourg, à Paris 7.

Le samedi 8 octobre, 10h00-17h30 Workshop de narration orale “ContaContos em Português” par Mariana Ma-chado (Projetos Narração Oral e Ofici-nas), organisé par AGRAFr - Associationdes diplômés portugais en France. Fon-dation Calouste Gulbenkian - Déléga-tion en France, 39 boulevard de la TourMaubourg, à Paris 7.

Du 15 au 17 septembre, 20h00 Le performer et chorégraphe João CostaEspinho se présentera à la Maison duPortugal accompagné de ses invités,dans le cadre des Journées euro-péennes du Patrimoine. Maison du Por-tugal André de Gouveia, 7P boulevardJourdan, à Paris 14.

Le samedi 24 septembre, 16h30 Conto-Contigo. «Crescer - Irmãos àbeira de um ataque de nervos» mis enplace par l’association AGRAFr pour en-fants et adultes. Maison du PortugalAndré de Gouveia, 7P boulevard Jour-dan, à Paris 14.

Du 28 au 30 septembre, 20h00 «Bertha M.» de Malin Lindroth. Mise enscène Jacqueline Ordas, avec Jacque-line Corado. En partenariat avec la Mai-

son de Suède. Maison du PortugalAndré de Gouveia, 7P boulevard Jour-dan, à Paris 14.

Jusqu’au 8 octobre «Antoine et Cléopâtre» de Tiago Ro-drigues, Directeur du Théâtre nationalDona Maria II à Lisbonne, d’après Wil-liam Shakespeare, dans le cadre duFestival d’Automne à Paris. Avec SofiaDias et Vítor Roriz. Au Théâtre de laBastille, 76 rue de la Roquette, à Paris01.

Le mercredi 21 septembre, 16h30 Projection du documentaire «Porto Ale-gre meu canto no mundo» (V.O sous-titré en français) de Cícero Aragon etJaime Lerner, dans le cadre du 4° Fes-tival du Rio Grande do Sul. Ambassadedu Brésil à Paris, 34 cours Albert 1er,à Paris 8.

Le vendredi 23 septembre, 18h00 Projection de «Montanha» de João Sa-laviza. Dans le cadre de la Semaine desCultures étrangères du FICEP. InstitutCervantes, 7 rue Quentin-Bauchard, àParis 8. Infos: 01.53.70.12.97.

Le vendredi 30 septembre, 18h30 Projection de «John From», de João Ni-colau, suivie d’un débat avec l’acteurFilipe Vargas, le médecin M. Pinto Ri-beiro et un collaborateur de la BanqueBCP. Dans le cadre de la Semaine desCultures étrangères du FICEP. InstitutCervantes, 7 rue Quentin-Bauchard, àParis 8. Infos: 01.53.70.12.97.

Le jeudi 15 septembre, 19h45 Concert de Mónica Cunha. La Chapelledes Lombards, 19 rue de Lappe, à Paris11. Infos: 01.43.57.24.24.

Le dimanche 25 septembre, 13h00 Repas fado avec Conceição Guadalupeet João Rufino, accompagnés par Filipede Sousa (guitarra) et Nuno Estevens(viola), organisé par l’association portu-

EXPOSITIONS

CONFÉRENCES

THÉÂTRE

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DANSE

CINEMA

FADO

Page 23: Edition nº 276 | Série II, du 14 septembre 2016 Hebdomadaire ...Marie-Christine Volovitch Tavares publica livro sobre 100 anos de emigração portuguesa em França 03 Edition nº

gaise, 16 rue de la rangée, à Garches(92). Infos: 06.11.09.56.21.

Le vendredi 30 septembre, 20h00 Concert de la fadiste portugaise Car-minho, avec ses musiciens, suivied’Alexandra Ribera, dans le cadre duFestiVal-de-Marne. Théâtre PaulEluard, 4 avenue de Villeneuve-Saint-Georges, Choisy-le-Roi (94). Infos: 01.45.15.07.07.

Le samedi 1er octobre, 20h30 “Fado en Poésie” avec Mónica Cunha,accompagnée par Diogo Arsénio (gui-tarra), Dominique Oguic (viola) et la co-médienne Géraldine Bic. La chanteusede fado Sophie Paula se joint au spec-tacle. Organisé par l’Académie de Fadoau Théâtre La Mare au Diable, 4 ruePasteur, à Palaiseau (94). Infos: 01.69.31.59.90.

Le dimanche 9 octobre Hommage à Amália Rodrigues par la«nouvelle génération du fado», àl’Olympia de Paris.

Le jeudi 15 septembre Concert de Aurélie & Verioca (musiquebrésilienne). Forum Léo Ferré, 11 rueBarbès, à Ivry-sur-Seine (94).

Le dimanche 18 septembre, 15h00 Concert des pianistes Joana Resende etFausto Neves. Œuvres de Debussy,Ravel, Lopes-Graça, Fernando Lapa etOsvaldo Lacerda. En partenariat avec leCentre Culturel Camões, dans le cadredes Journées européennes du patri-moine. Maison du Portugal, 7P boule-vard Jourdan, à Paris 14.

Le dimanche 18 septembre Concert de Aurélie & Verioca (musiquebrésilienne), dans le cadre des Jour-nées du Patrimoine. Maison-AtelierFoujita, 7 route de Gif, à Villiers-le-Bâcle (91).

Le mercredi 21 septembre Concert de Aurélie & Verioca (musiquebrésilienne). Le Canapé, 1 rue GustaveVatonne, à Gif-sur-Yvette (91).

Le vendredi 23 septembre, 14h30 Récital «Homero», une création musi-cale de Fernando Lapa à partir d’un

texte littéraire de Sophia de Mello Brey-ner, avec Bruno Belthoise et João CostaFerreira (piano à 4 mains) et José Ma-nuel Esteves (récitant). Texte en portugais avec une traductionfrançaise. En partenariat avec le CentreCulturel Camões, la Coordination del’enseignement du Portugais en Franceet la Semaine des cultures étrangères.Maison du Portugal, 7P boulevard Jour-dan, à Paris 14.

Le samedi 24 septembre Concert de Aurélie & Verioca (musiquebrésilienne) dans le cadre du Festivaldes Internationales de la Guitare, àCéret (66).

Le mardi 27 septembre, 20h00 Concert de Maria José Falcão (violon-celle) et António Rosado (piano), en par-tenariat avec la Fondation CalousteGulbenkian. Maison du Portugal, 7Pboulevard Jourdan, à Paris 14.

Le mardi 27 septembre Concert de Aurélie & Verioca (musiquebrésilienne). Le Pigonnet, 5 avenue duPigonnet, à Aix-en-Provence (13).

Le jeudi 29 septembre Concert de l’artiste brésilienne Dom LaNema au Cenquatre, 5 rue curial, à Paris19. Infos: 01.53.35.50.00.

Le samedi 8 octobre Concert de Aurélie & Verioca (musiquebrésilienne), dans le cadre du Festival desInternationales de la Guitare - ConcertJeune Public, à Lunel (34).

Le samedi 15 octobre Concert de Aurélie & Verioca (musiquebrésilienne), dans le cadre du Festival Au-tres Brésil. Cinéma La Clé, 34 rue Dau-benton, à Paris 5.

Le dimanche 30 octobre Concert de Aurélie & Verioca (musiquebrésilienne). Péniche Anako, à Paris 19.

Le samedi 24 septembre, 19h00 5ème anniversaire de Bombo-Folie, avec lesartistes Sónia Flávia, Lucy, Bruno Pereira,Zenela, Tony & Sónia, Lean Cruz et Lu-ciana de Chaves. À Gravette-Saint-Lys(31). Infos: 06.72.90.18.38.

Le samedi 24 septembre, 13h00 Concerts et spectacles de danse avec Ma-dalena Trabuco (chanteuse franco-portu-gaise), Livio Macedo (chanteur brésilien),Adriana de Los Santos (accordéoniste),Esperança (groupe de danse traditionnelleportugaise de Ullis), Di sol e di La (choraleitalienne), Cia de arte Universo em Dança(danses traditionnelles gauchas), Bal gau-cho (Festa Farroupilha). dans le cadre du4° Festival du Rio Grande do Sul. Entréelibre. Salle de Fête annexe de la Mairie du14ème, 12 rue Pierre Castanou, à Paris 14.

Le samedi 1er octobre, 19h30 Soirée portugaise avec dîner, animée parle Grupo Philippe Martins, organisée parOs Lusitanos et Cendrioux. Salle polyva-lente, à Le Cendre (63). Infos: 06.10.80.33.79.

Le samedi 8 octobre, 19h30 Dîner dansant animé par Victor Rodrigueset le Duo Hexagone, organisé par l’Asso-ciation Raízes de Portugal. Centre CulturelAlain Poher, 7 avenue Auguste Duru, àAblon-sur-Seine (94). Infos: 06.09.77.11.33.

Le samedi 15 octobre, 20h30 Fête portugaise avec Bombocas et Johnny,avec leurs musiciens respectifs. GroupeNova Imagem. Salle Jean Vilar, 9 boule-vard Héloïse, à Argenteuil (95). Infos: 07.64.08.87.15.

Le samedi 15 octobre, 21h00 Fête portugaise animée par Augusto Ca-nário & Amis, et l’orchestre Hexagone,organisée par l’Association Estrelas doMar. Scène Watteau, place du théâtre,à Nogent-sur-Marne (94), face à la garede Nogent-Le Perreux, à côté de la Mai-rie.

Le samedi 15 octobre, 21h00 37ème élection de Miss Portugal enFrance, organisée par l’APDATP79, avecChris Ribeiro, Laura Mendes, Sónia Cor-tez, Fabrizio et le groupe Fréquence.Salle Léo Lagrange Cerizay, allée AlainMimoun, à Cerizay (79). Infos: 06.50.85.37.92.

Le samedi 1er octobre, 15h00 Dia da Solidariedade organisé par lesassociations portugaises de SaintPriest, de Meyzieu et l’Association deSueca, avec les groupes folkloriques OsCampinos de Meyzieu, Colombe de laPaix de Bron, Jossans, Saint Mauricel’Exil, Juventude do Alto Minho, StSymphorien d’Ozon, Brignais, Fanfarede Vaulx-en-Velin, Estrelas do Minho.Espace Jean Poperen, 132 rue de laRépublique, à Meyzieu (69).Infos: 06.38.16.80.98.

Le dimanche 25 septembre Journée Bruno Guerreiro (cyclisme), or-ganisée par le CSME, à Epinay-sur-Seine(93).

Les 8 et 9 octobre 20ème anniversaire du Magazine Bi-lingue, organisé par l’ACDP de Houilleset la Société des Auteurs Lusophones deFrance (SALF). Plusieurs auteurs pré-sents. Le samedi, 20h00, dîner dansantanimé par Marco & Alícia et le di-manche, 15h00, spectacle avec NelsonCosta et son accordéon. Salle Le Triplex,40 rue Faidherbe, à Houilles (78). Infos: 06.86.00.45.72.

Le dimanche 16 octobre, 18h00 Messe en l’honneur de Notre Dame deFátima, suivie d’une Procession dans lesrues de la ville. Eglise Notre Dame deMontesson, à Montesson (78).

SPECTACLES

DIVERS

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Le 14 septembre 2016

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Page 24: Edition nº 276 | Série II, du 14 septembre 2016 Hebdomadaire ...Marie-Christine Volovitch Tavares publica livro sobre 100 anos de emigração portuguesa em França 03 Edition nº

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