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Acordo USP/COFECUB Edital 2004 (Biênio 2005/2006)

Processo 2004.1.15390.1.8

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Universidade de São Paulo – Escola Politécnica – Departamento de Engenharia de Construção Civil (PCC-USP)

Université de Marne-la-Vallée (UMLV-LGUEH)

Centre Scientifique et Technique du Bâtiment (CSTB)

30 Março 2007

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Acordo USP/COFECUB - Edital 2004 (Biênio 2005/2006) - Processo 2004.1.15390.1.8 Projeto: Construção sustentável: avaliação e formas de obtenção – Relatório 2o. ano

Coordenador: Francisco Ferreira Cardoso – Escola Politécnica

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Projeto: Construção sustentável: avaliação e formas de obtenção Coordenador: Francisco Ferreira Cardoso – Escola Politécnica

Este relatório tem por objetivo apresentar o balanço intermediário do projeto “Construção sustentável: avaliação e formas de obtenção”, sendo composto por três partes:

• síntese das missões realizadas em 2005 e 2006; • resultados alcançados; • comentários finais.

Síntese das missões

Missões realizadas em 2005 e 2006

Quatro missões estavam previstas para 2005, duas em cada sentido, sendo que apenas três delas foram realizadas:

Missões no sentido Brasil – França:

Abril – Francisco F. Cardoso (USP) – missão realizada conforme previsto.

Novembro – Alex K. Abiko (USP) - missão realizada conforme previsto.

Missões no sentido França - Brasil:

Janeiro – Patrick Nossent (CSTB) – missão realizada em dezembro.

Julho – Youssef Diab (UMLV) – esta missão acabou não ocorrendo, embora estivesse programada para dezembro.

Seguem relatos sucintos das missões realizadas.

Missão 1 - Prof. Francisco Ferreira Cardoso (PCC.USP)

22 de abril a 8 de maio de 2005

Representou a primeira missão Projeto, sendo realizada, conforme previsto, em abril. O Anexo 1 traz a sua programação. Ela foi fundamental para o início do Projeto e a definição de prioridades e de seu planejamento para 2005. Teve ainda como ênfases as metodologias de avaliação da sustentabilidade de edifícios e de operações urbanas na França e as possíveis colaborações com o CSTB sobre o tema do desenvolvimento urbano sustentável. Pôde-se então tomar contato com novas metodologias dessa natureza e identificar novas evoluções das existentes, que foram incorporados à reflexão brasileira. Ainda sobre o tema, decidiu-se quais as diferentes abordagens passariam a ser tratadas com ênfase ao longo das missões: aprofundamento da discussão teórica sobre as metodologias; aprimoramento das formas de avaliação da qualidade ambiental de edifícios e empreendimentos, incluindo etapas pós-entrega; consolidação do processo de desenvolvimento de sistemática de avaliação para o Brasil.

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Praticamente todos os seus objetivos foram atendidos:

• início do projeto de cooperação; • estabelecimento das prioridades da cooperação e engajamentos para 2005;

• avanços da pesquisa sobre o desenvolvimento sustentável no CSTB e na França;

• avanços dos modelos de avaliação e certificação de edifícios e empreendimentos de caráter sustentável no CSTB e na França; a Certification Marque NF Bâtiments Tertiaires – Démarche HQE® Bureau et Enseignement; visita técnica realizada a organismo de certificação, tratando da metodologia de certificação ambiental Certification Habitat et Environnement – CERQUAL/QUALITEL;

• avaliação parcial dos empreendimentos franceses em processo de certificação e visitas a dois empreendimentos certificados: • empreendimento La Pleine Saint-Denis da Compagnie EMGP e ao edifício

Bâtiment 270;

• empreendimento Pôle Administratif / Mairie des Mureaux;

• contatos com equipes do CSTB, apresentação dos trabalhos das equipes e identificação de possíveis trabalhos comuns: • cooperação sobre o tema desenvolvimento urbano sustentável com o

Laboratoire de Sociologie Urbaine Générative: Sistema de Gestão da Qualidade Ambiental de Empreendimentos Urbanos e Démarche d’amélioration de la qualité de la gestion résidentielle de l’habitat social. Projet de Gestion de Résidence;

• cooperação sobre o tema desenvolvimento urbano sustentável com o Laboratoire Mutations Techniques et Sociales;

• cooperação sobre o tema serviços e desenvolvimento sustentável com o Laboratoire Services, Process, Innovation com base nos trabalhos Méthode d’évaluation de la qualité de service attendue et de la fonctionnalité des bâtiments de bureaux avec préoccupations environnementales e Diagnostic d’usage de bâtiment (com Qualitel);

• apresentação das pesquisas da equipe brasileira à equipe francesa (CSTB) e aos coordenadores;

• discussões sobre a criação de uma base de dados comum contendo informações sobre sustentabilidade do ambiente construído;

• participação em evento técnico: Réunion Plénière PEXE (Plan Export des Éco-Entreprises) da Association HQE - contato com o Sr. Guy Chautard, Diretor da Association HQE.

Faltou apenas ter ocorrido um contato direto com a equipe da UMLV, embora tenham ocorridas reuniões com o coordenador do Projeto e discussões sobre o Projeto e os trabalhos em andamento. Também a discussão conjunta sobre a implementação de uma metodologia de avaliação e certificação ambiental de empreendimentos para o Brasil foi considerada prematura, pelo fato de nenhum dos membros das equipes francesas conhecer a realidade brasileira, já que ainda não tinham vindo ao país em missão tratando do tema.

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Parte da missão foi acompanhada pela doutoranda Clarice Menezes Degani, do programa de pós-graduação do Departamento.

Missão 2 - Prof. Alex Kenya Abiko (PCC.USP)

5 a 16 de novembro de 2005

A segunda missão teve como foco o tema do desenvolvimento urbano sustentável, e também ocorreu na data programada, ainda sem que tivesse havido qualquer missão de pesquisador francês no Brasil. Ela aconteceu durante o período de realização do 25o Salão internacional da construção - 2005 – BATIMAT, o maior Salão da construção do mundo, que teve como temática “Construir Diferentemente”, estando voltado para a questão da Construção Sustentável. O Anexo 2 traz a programação da missão.

Os seus pontos de destaque foram: tratamento do tema do desenvolvimento urbano sustentável, com as equipes do CSTB e da UMLV; visita a dois empreendimentos urbanos com forte preocupação ambiental; e visita ao Salão Batimat. Sobre o tema das metodologias de avaliação da sustentabilidade, avançou-se na discussão sobre sua extensão a áreas urbanas, como loteamentos e condomínios horizontais. Isso foi potencializado pelas visitas técnicas feitas e os contatos tidos com profissionais e pesquisadores.

Quanto aos temas específicos ainda não cobertos, foi estabelecida pela parte brasileira a prioridade para os da eficiência energética e conservação e qualidade da água.

Os objetivos atendidos foram:

• visita às instalações da UMLV - Université de Marne-la-Vallée e do CSTB - Centre Scientifique et Technique du Bâtiment;

• contato com a equipe da UMLV, apresentação dos trabalhos das equipes e identificação de possíveis trabalhos comuns, principalmente sobre o tema específico do desenvolvimento urbano sustentável;

• contatos com equipes do CSTB, apresentação dos trabalhos das equipes e identificação de possíveis trabalhos comuns: • cooperação sobre o tema desenvolvimento urbano sustentável com o

Laboratoire de Sociologie Urbaine Générative;

• cooperação sobre o tema desenvolvimento urbano sustentável com o Laboratoire Mutations Techniques et Sociales;

• cooperação sobre o tema desenvolvimento urbano e construção sustentável com a Divisão Coordenação e Metodologias da Construção Sustentável - Département Développement Durable;

• cooperação sobre o tema da economia e qualidade da água com a Divisão Hidráulica e Equipamentos Sanitários - Département Eaux et Bâtiments;

• realização de nova avaliação conjunta dos resultados parciais dos empreendimentos em processo de certificação sendo acompanhados pelo CSTB e de visita a um dos empreendimentos certificados e a outras experiências sustentáveis e a agentes da cadeia produtiva, com foco na questão do desenvolvimento urbano sustentável:

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• empreendimento La Pleine Saint-Denis da Compagnie EMGP e ao edifício Bâtiment 270 (certificados HQE Tertiaire);

• empreendimento SEMAPA (PRG);

• empreendimento Sirius Building;

• canteiro de obras do stand da Citroën;

• Visita ao Salão Batimat e participação: • na “Conferência Desenvolvimento sustentável: conceito aplicado às obras de

reforma” – organizada pela equipe de um projeto europeu sobre Life Cicle Cost, o REFURB, que se volta às obras de reforma;

• na Palestra técnica “Tratar os resíduos de canteiro: obrigações e soluções” – que abordou a questão dos resíduos de chapas de gesso acartonadas e a possibilidade do surgimento de áreas de transbordo e triagem da iniciativa privada;

• na Palestra técnica “Projetar e construir com qualidade ambiental: o bom-senso?”, que envolveu representantes da UNSFA (arquitetos), FFB (construtores) e entidade dos produtores de materiais de construção;

• encontro com o Secretário Executivo da Association HQE®, entidade voltada ao tema da construção sustentável, Sr. Guy Chautard; o contato com ela foi importante pois o modelo da entidade pode servir para a concepção de entidade semelhante no Brasil, em processo liderado pela EPUSP;

• preparação do balanço final das ações do projeto em 2005 e do planejamento para 2006 com a coordenação francesa.

Outras atividades não previstas também foram realizadas:

• discussão sobre novas cooperações técnicas entre o CSTB e a EPUSP; • visita à CAPEB - Confédération des Artisans et Petites Entreprises du Bâtiment,

entidade sindical empresarial que congrega as microempresas do setor, e encontro com o Secretário Geral Adjunto, Sr. Henry Halna Du Fretay; o objetivo da visita foi discutir a estruturação de uma entidade empresarial que congregue as microempresas do setor das construção civil e as modalidades de Assistência Técnica que oferecem às empresas e as formas como que isso se dá; este aspecto é fundamental para a sustentabilidade social e econômica da cadeia produtiva da construção.

Também participou da missão o Prof. Francisco F. Cardoso, coordenador do Projeto Cofecub.

Missão 3 - Pesq. Patrick Nossent (CSTB)

5 a 16 de dezembro de 2005

A terceira missão do projeto, a primeira no sentido França – Brasil, teve como objetivos principais:

• apresentar as pesquisas da equipe brasileira e dar um panorama sobre a realidade da construção sustentável no Brasil;

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• avançar na temática sobre avaliação da qualidade ambiental de edifícios e empreendimentos (discussão teórica, formas de avaliação, características ambientais a serem levadas em conta, consolidação do processo de desenvolvimento de sistemática de avaliação e certificação no Brasil);

• ajudar a consolidar as bases para uma tal avaliação no Brasil, que assegure a qualidade de produtos, processos, sistemas de agentes da cadeia, etc.;

• divulgar para o público técnico externo e o grande público o significado e a importância dos mecanismos de avaliação da qualidade ambiental de edifícios e empreendimentos.

Assim, a missão foi estruturada em reuniões de trabalho com a equipe do Projeto e com outros pesquisadores brasileiros, seminários abertos destinados a públicos específicos e palestra técnica. Foi feita uma visita técnica a um empreendimento sustentável. Também foi articulada a realização de duas entrevistas, uma das quais já publicada em revista técnica do setor. O Anexo 3 traz a programação da missão. Segue breve relato dessas atividades.

Reuniões de trabalho

A mais significativa realizou-se com a equipe do Projeto Cofecub e com outros pesquisadores parceiros em projeto de pesquisa em rede, que atuam no Projeto FINEP “Habitações mais sustentáveis” (USP, Unicamp, UFSC, UFUberlândia, UFGO). Tal projeto, liderado pelo grupo de pesquisa do Projeto Cofecub, tem com principais objetivos a elaboração de manual técnico para que se tenham habitações mais sustentáveis e o desenvolvimento de metodologia de avaliação da sustentabilidade de habitações. Seus objetos estão, portanto, perfeitamente alinhados com os do Projeto Cofecub. Foi feita exposição das metodologias de avaliação francesas, seguida de discussões. O pesquisador francês assistiu depois às exposições das ações do grupo sobre cada um de seus sub-temas, assim como aos debates que se seguiram. Isso possibilitou que, em pouco tempo, se inteirasse das principais ações no Brasil e do estado de desenvolvimento atual do tema no país. Com isso, pode-se avançar na temática sobre avaliação da qualidade ambiental de edifícios e empreendimentos.

Seminários abertos destinados a públicos específicos

O primeiro deles envolveu professores do Projeto e pesquisadores e alunos da pós-graduação atuando no tema, inclusive de outras unidades da USP (FAU em particular), quando foi feita exposição “Construção sustentável na França”, seguida de debates. Representou uma oportunidade para se conhecer a experiência francesa, as articulações empreendidas pelos agentes do setor e as suas prioridades em termo de Agenda ambiental, trazendo inspiração para ações mais sustentáveis no Brasil. Pôde-se discutir a importância da conscientização dos diversos agentes do setor para a solução das questões ambientais relacionadas às atividades construtivas e ao desempenho dos edifícios. Dele participaram cerca de 35 pessoas.

O segundo seminário tratou do tema da Qualidade, pré-requisito para se avançar na questão da qualidade ambiental. Foram apresentadas as certificações desenvolvidas na França, específicas para o setor da construção civil, e que abordam a gestão da qualidade (para projetistas, empresas que trabalham com

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habitação de interesse social, incorporadoras), a qualidade do produto (habitação) e a avaliação de desempenho dos edifícios (ambiental, pós-entrega, etc.). O debate objetivou identificar benefícios, bem como dificuldades da implementação de sistemas. Representou uma grande oportunidade para se conhecer a experiência francesa, as articulações empreendidas pelos agentes e governo e as suas prioridades em termo de qualidade, desempenho e meio ambiente. Dele participaram cerca de 30 pessoas.

Em ambos os casos, houve tradução para o português e as inscrições foram gratuitas e aberta a todos os interessados.

Palestra técnica

Com o objetivo de divulgar para o público técnico o significado e a importância dos mecanismos de avaliação da qualidade ambiental, foi organizado na 6a. Bienal de Arquitetura o evento “Construção sustentável França e Brasil: experiências complementares”. Além do Patrick Nossent, que falou sobre "Construção sustentável na França: ações em curso e futuras", dele participou o Prof. Dr. Siegbert Zanettini (FAU-USP) para falar do projeto do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobrás, um dos exemplos brasileiros mais importantes de empreendimento que incorpora os conceitos da sustentabilidade. Moderado pelo coordenador do projeto Cofecub, o paralelo criado pelas apresentações e debates representou uma oportunidade para se conhecer a experiência francesa e suas prioridades em termo de Agenda ambiental voltadas à construção, se conhecer mais sobre o projeto brasileiro e se discutir a evolução dos princípios da construção sustentável no Brasil. O evento foi realizado no Edifício da Bienal - Porão das Artes – Parque do Ibirapuera - São Paulo, e contou com a participação de cerca de 150 pessoas.

Visita a empreendimento sustentável

O condomínio residencial visitado, Gênesis, da Y. Takaoka Empreendimentos, ainda em construção, incorpora conceitos de sustentabilidade, principalmente ambientais, em seu projeto e operação. Recebeu diversos prêmios, dentre os quais o Prêmio Master Imobiliário (FIABCI/SECOVI); a Menção Honrosa Ambiental Von Martius (Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo); Top de Ecologia (ADVB). É um caso de boa prática muito rico, e serviu para ilustrar como as questões ambientais vêm sendo tratadas no Brasil voltada a tema pouco explorado na França.

Entrevistas concedidas

Aproveitou-se a presença de Patrick Nossent para se articular duas entrevistas. A primeira dela já foi publicada na mais importante revista técnica nacional do setor, a Téchne (ver Anexo 8) (Capes Qualis B). A segunda, ainda não publicada, foi dada a revista especializada em construção de grande circulação, “Arquitetura e Construção” (Editora Abril). O objetivo de ambas foi divulgar o significado e a importância dos mecanismos de avaliação da qualidade ambiental, respectivamente para o público técnico e o grande público. Na primeira entrevista tratou-se de forma mais ampla da questão da qualidade, avaliação e certificação, condição prévia para poder se falar em qualidade ambiental.

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Missão 4 – Prof. Youssef Georges Diab (UMLV) – Não realizada

5 a 16 de dezembro de 2005

A quarta missão do projeto, no sentido França – Brasil, foi programada para o início de dezembro. Como o Prof. Diab acabou não podendo viajar por razões profissionais, a missão foi cancelada. Por ter sido programada para o final do ano, não teve como ser reagendada. A conseqüência, bastante lamentável, foi a da perda de uma missão.

O Anexo 4 traz a programação feita para a missão.

Missões realizadas em 2006

Quatro novas missões estavam previstas para 2006, duas em cada sentido, sendo que mais uma vez apenas três delas foram realizadas:

Missões no sentido Brasil – França:

Junho – Racine Prado (USP) – missão realizada conforme previsto.

Novembro – Francisco F. Cardoso (USP) - missão realizada conforme previsto.

Missões no sentido França - Brasil:

Janeiro – Thomas Bonierbale (UMLV)1 – missão realizada em novembro.

Outubro – Sylviane Nibel (CSTB) – esta missão acabou não ocorrendo, embora estivesse programada para outubro.

Seguem relatos sucintos das missões realizadas.

Missão 5 - Prof. Racine Prado (PCC.USP)

9 a 23 de junho de 2005

As atividades da missão consistiram fundamentalmente em visitas técnicas, quando ocorreram trocas de idéias com pesquisadores, observação de equipamentos de ensaios e coleta de material bibliográfico. Uma vez ou outra, houve participação em um curso, visita a obras de edifícios com certificação ambiental e visita a exposição de Tecnologias. O Anexo 5 traz a sua programação.

Um destaque foi o aspecto técnico da visita, que tratou de temas não cobertos nas anteriores, relacionado à energia nas edificações (CSTB em Marne-la-Valée e em Sophia-Antipolis). Outros temas foram reforçados, como o da qualidade do ar interior.

As visitas a laboratórios do CSTB, à Université Marne-la-Valée, a edifícios ambientamente certificados e à Exposição de Tecnologias para aproveitamento de Energias renováveis foram de grande utilidade para o pesquisador: em primeiro lugar, porque confirmaram a atualidade da escolha de seus temas de pesquisa e, em segundo, permitirão abrir novos horizontes de aprofundamento de suas investigações.

1 O professor Thomas Bonierbale, em comum acordo entre os coordenadores do Projeto, foi integrado à equipe da UMLV e substituiu missão de Youssef Diab, programada para julho (UMLV).

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Foi possível observar que muitas pesquisas conduzidas na USP de modo predominantemente teórico, como qualidade do ar interno ou energia solar, são realizadas pelo CSTB na França em grandes laboratórios, muito bem equipados e com profissionais estrategicamente escolhidos para exercer suas funções.

Esta infra-estrutura de pesquisa, material, humana e metodológica permite que as suas atividades se dêem no contexto de políticas públicas bem debatidas e com objetivos igualmente bem definidos, com resultados práticos almejados e com planejamento para implementação destes mesmos resultados na sociedade, alcançando-se níveis mais elevados de tecnologia e de qualidade de vida.

Missão 6 - Prof. Francisco Ferreira Cardoso (PCC.USP)

23 a 30 de outubro de 2006

As atividades da missão foram múltiplas e constam do Anexo 6. Resumidamente as atividades podem ser sintetizadas como:

• novo contato com a equipe da UMLV sobre a cooperação no tema do desenvolvimento urbano sustentável;

• novos contatos com equipes do CSTB sobre: • cooperação no tema desenvolvimento urbano sustentável com a Divisão

Environnement et Ville Durable;

• cooperação ampla entre o CSTB e a USP – Escola Politécnica;

• contatos com equipe de Certivéa sobre avanços dos modelos de avaliação e certificação de edifícios e empreendimentos de caráter sustentável na França e desdobramentos da cooperação.

Em encontro realizado na UMLV com os professores Youssef Diab e Thomas Bonierbale, além de pesquisadores do CSTB (ver adiante), confirmou-se a importância da ampliação do escopo da cooperação técnica e acadêmica com a França sobre a sustentabilidade na construção para o âmbito urbano.

Foram assim definidos os objetivos da missão do professor Thomas Bonierbale, prevista para o mês de novembro.

Quanto à busca de novos mecanismos de articulação e financiamento da cooperação técnica, identificou-se como fonte de financiamento a Agence Universitaire de la Francophonie – AUF (http://www.auf.org/rubrique22.html), em projetos como o Pôles d’excellence régionaux – PER – en recherche et formation à la recherche (edital aberto até 16 de dezembro).

Foi mantida a idéia de se realizarem pesquisas em comum entre a USP e a UMLV, incluído co-orientações de teses, principalmente sobre temas relacionados ao desenvolvimento urbano sustentável. O assunto deverá também ser retomado quando da missão de novembro.

Foram dois os contatos estabelecidos com equipes do CSTB:

• com a Divisão Environnement et Ville Durable, tratando da cooperação no tema do desenvolvimento urbano sustentável;

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• com a Direction Technique e com a área de Marketing et Action Internationale, tratando da cooperação entre o CSTB e a USP – Escola Politécnica de forma mais ampla.

Houve reunião conjunta com Michel Jay e Sylviane Nibel e a equipe da UMLV (Youssef Diab e Thomas Bonierbale), para tratar da cooperação sobre o tema desenvolvimento urbano sustentável. Nela, foi confirmado o interesse do CSTB em expandir o escopo da cooperação para a questão da sustentabilidade urbana, sem prejuízo das ações na escala do edifício.

Ao mesmo tempo, ficou clara a importância de se trabalhar com temas de cooperação concretos e, se possível, ligados aos interesses de empresas francesas implantadas no Brasil e que atuam em áreas como água e lixo urbano.

As três escalas de atuação foram consideradas - conjunto habitacional, bairro e cidade – sendo que o CSTB tem mais competências desenvolvidas nas duas primeiras, enquanto que a UMLV na última.

A ênfase da cooperação deve ser, sobretudo, no intercâmbio e adaptações de metodologias, além da formação de recursos humanos. A partir da cooperação, o CSTB vislumbra a possibilidade de concretizar novos contratos, diretamente com as empresas francesas implantadas no Brasil (ver também próximo item).

Para falar de forma mais ampla sobre a cooperação, incluído pontos de interesse da Direção Técnica do CSTB (certificação de produtos, referências técnicas, referenciais tecnológicos, consultorias, etc.), foi realizada reunião com representantes da Direction Technique (Michel Bazin, também designado como pessoa do Centro responsável pelo contato com o Brasil) e da área de Marketing et Action Internationale (Alfonso Ponce, representando o diretor responsável, Bruno Mesureur).

Algumas conclusões tiradas da reunião:

• o CSTB confirma seu interesse em continuar a cooperar sobre temas acadêmicos ligados à sustentabilidade da construção;

• o CSTB quer retomar ações de cooperação mais amplas, como a que manteve com o Ministério das Cidades – PBQP-H (entre 1998-1999);

• o CSTB vê a USP como um canal para ampliar sua atuação junto às empresas atuantes no Brasil, sobretudo as francesas;

• o CSTB propõe que se estabeleça um calendário de reuniões de técnicos sobre temas de interesse da cooperação; propõe que as mesmas sejam realizadas em alternância no Brasil e na França, sendo que neste país elas aconteceriam por ocasião do Salão Batimat, realizado no mês de novembro dos anos ímpares;

• aceita a idéia de se realizar uma primeira reunião no Brasil, ainda no primeiro semestre de 2007.

Uma outra mudança importante ocorreu no CSTB entre a última visita e esta: a criação de uma nova empresa, da qual o CSTB é o único dono, com a finalidade de assumir toda a atividade do Centro relacionada à certificação de empreendimentos, empresas e agentes, incluindo a Certification Marque NF Bâtiments Tertiaires – Démarche HQE® Bureau et Enseignement. Denominada Certivéa, sua direção foi confiada a Patrick Nossent, pesquisador do Projeto USP/COFECUB.

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A reunião tida com Patrick Nossent permitiu se obter uma visão completa sobre os avanços dos modelos de avaliação e certificação de edifícios e empreendimentos do CSTB / Certivéa, que incorporam a dimensão da sustentabilidade. Eles já haviam sido vistos nas missões anteriores, mas foram retomados aqui, para atualização.

Quanto às principais informações sobre as evoluções nos modelos existentes e em desenvolvimento, nos quais o CSTB / Certivéa está diretamente envolvido, a aprovação da certificação NF Maison Individuelle Démarche HQE® é o fato marcante do período. Com base nela, a produção de casas de 6 construtores já foram certificadas e 6 estão em processo de certificação. Das cerca de 50.000 casas já certificadas NF Maison Individuelle (16.000 novas certificações em 2005), que representam 114 construtores, imagina-se que 20% deverão também receber a certificação adicional “HQE®”, mas não foi definida meta nesse sentido por Certivéa.

A Certification Marque NF Bâtiments Tertiaires – Démarche HQE® - etapa Exploitation (Uso / Operação) vem evoluindo gradualmente. Um grupo de 30 profissionais, formado por proprietários, gerentes de patrimônio, gerentes de facilidades e usuários, além das equipes de Certivéa e do CSTB, tem se reunido regularmente para discutir o tema e constituir um questionário de análise dos edifícios em uso, que investigue aspectos como objetivos de uma tal certificação, vantagens que a abordagem ambiental pode trazer, mudanças nos papéis dos agentes envolvidos. Patrick Nossent e Certivéa têm interesse em renovar a cooperação para os próximos anos.

Sylviane Nibel também participou da reunião e discutiu-se a atualização de artigo que foi preparado para o evento mundial sobre sustentabilidade na construção realizado em Tókio em 2005 (SB05) e que acabou não sendo enviado. Patrick Nossent colocou que não tem atualmente pessoal para trabalhar os novos dados sobre o sistema de gestão do empreendimento, o que somente será possível quando o novo estagiário do LATTS/ENPC começar a trabalhar com ele (Julien Cauchard); estimou que a revisão poderá ocorrer no final do primeiro trimestre de 2007. Discutiu-se também em que revista publicar o artigo. Duas foram consideradas – Building and Environment e Building Research and Information. Optou-se pela segunda, por se entender que a primeira é muito técnica.

As outras atividades de destaque desenvolvidas foram:

• visita técnica ao empreendimento 32 HOCHE (certificado HQE Tertiaire);

• visita à Association 4D – Dossier et Débats pour le Développement Durable;

• encontro com o professor Olivier Coutard, da ENPC-LATTS, sobre possíveis cooperações com a USP;

• encontro com a pesquisadora Jacotte Bobroff, consultora do PUCA, sobre evento acadêmico a ser realizado no Brasil.

Concluindo, a missão foi fundamental para consolidar as ações e os engajamentos anteriores, que passam a inclui o tema do desenvolvimento urbano sustentável, e definir ações futuras que garantam a continuidade da cooperação.

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Missão 7 - Prof. Thomas Bonierbale (UMLV)

19 a 24 de novembro de 2006

O primeiro destaque deveu-se à interação do professor Thomas Bonierbale com os pesquisadores e alunos de pós-graduação sobre o tema do desenvolvimento urbano sustentável. Por falar português a comunicação com os alunos foi facilitada. Muitos pontos em comum foram confirmados. A conseqüência disso deve ser uma visita de cinco alunos do programa de pós-graduação à França em abril de 2007, sendo recebidos pela equipe do Laboratoire Génie Urbain, Environnement et Habitat da UMLV.

Em segundo lugar, a presença no Brasil do professor Bonierbale constituiu uma oportunidade para se apresentar e debater com o meio técnico a experiência francesa e as prioridades definidas em termo de agenda ambiental voltada ao desenvolvimento urbano, na escala do conjunto habitacional, do bairro e da cidade. Para tanto, realizou-se a Mesa Redonda - Projeto USP / COFECUB Construção sustentável: avaliação e formas de obtenção. A partir da apresentação sobre o estado da arte do tema na França e de das ações e da visão da equipe da USP sobre o mesmo, intervieram alguns convidados, que analisaram a questão sob o ponto de vista da sua instituição e colocaram como vêem uma colaboração com técnica e acadêmica a França. Houve então uma discussão com o objetivo de apontar diretrizes para se conduzir a cooperação internacional de modo a melhor atender aos interesses da comunidade paulista. Participaram do evento o Prof. Alex Kenya Abiko, tratando do “Desenvolvimento urbano sustentável: Ações e visão do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da USP”, a Arq. Ana Lúcia de Faria Burjato - Secretaria de Estado do Meio Ambiente – Governo do Estado de São Paulo, a Arq. Valentina Denizo - Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo - Secretaria de Estado da Habitação - Governo do Estado de São Paulo e a jornalista Eliana Paiva - Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente & Secretaria Municipal de Relações Internacionais – Prefeitura da Cidade de São Paulo.

A visita ao empreendimento sustentável (Gênesis / Takaoka) conferiu ao professor um melhor entendimento da realidade brasileira dos loteamentos sustentáveis.

O encontro com a Arq. Maria Salette de Carvalho Weber, Coordenadora nacional do PBQP-H - Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat do Ministério das Cidades, que havia participado de missão à França sobre o tema em novembro de 2005, tratou da ampliação o escopo do tratamento do tema para passar a incluir a questão do desenvolvimento urbano sustentável; da inclusão do Ministério das Cidades – Secretaria Nacional da Habitação como parceiro da cooperação e da busca de novos mecanismos de articulação e financiamento da cooperação com a França.

Finalmente, a reunião de trabalho com coordenador do Cofecub tratou das iniciativas para 2007/08, incluindo projetos de seminário de fechamento no primeiro semestre de 2007.

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Acordo USP/COFECUB - Edital 2004 (Biênio 2005/2006) - Processo 2004.1.15390.1.8 Projeto: Construção sustentável: avaliação e formas de obtenção – Relatório 2o. ano

Coordenador: Francisco Ferreira Cardoso – Escola Politécnica

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Missão 8 – Dra. Sylviane Nibel (CSTB) – Não realizada

19 a 24 de novembro de 2006

A oitava missão do projeto, no sentido França – Brasil, foi programada para o mês de dezembro, conjuntamente com a do prof. Bonierbale. Como o Dra. Nibel acabou não podendo viajar por razões profissionais, a missão foi cancelada. Por ter sido programada para o final do ano, não teve como ser reagendada. A conseqüência, bastante lamentável, foi a da perda de mais uma missão.

A Dra. Nibel trataria de assuntos não cobertos pelo prof. Bonierbale, em especial da situação das metodologias de avaliação da sustentabilidade na França e perspectivas e de uma discussão sobre as ações conjuntas do Brasil e da França junto aos Grupos de Trabalho da International Standard Organization que tratam da sustentabilidade na construção civil, como o ISO TC-59, TC-205 e TC-207.

Balanço do programa para 2006

O Quadro 1 traz um balanço do atendimento aos objetivos fixados para 2006, segundo ano do Projeto.

Quadro 1 – Balanço dos objetivos do segundo ano do Projeto.

Objetivos para 2006 Comentários Realização das quatro missões previstas. Não alcançado.

Apresentar proposta de pedido de renovação do Projeto USP/Cofecub para o biênio 2007/2008, quando do novo edital.

Impossível de ser alcançado, pois não houve edital.

Submeter texto já escrito a revista científica. Apenas a revista foi definida; a revisão do texto poderá ser feita apenas a partir de abril de 2007, quando se disporá dos novos dados.

Preparar mais um texto comum a ser submetido a revista científica.

Texto em concepção, sobre o desenvolvimento urbano sustentável.

Celebrar acordo de cooperação entre a USP e a UMLV, a ser assinado quando da vinda do coordenador francês ao Brasil.

Acordo assinado.

Avaliar possibilidade de realização de um grande encontro de fechamento.

Encontro a ser realizado no primeiro semestre de 2007

Envolver o Ministério das Cidades num novo projeto de cooperação, envolvendo as equipes da EPUSP, do CSTB, da UMLV e do próprio Ministério, sobre o tema do Habitat mais Sustentável

Objetivo alcançado; negociações sobre extensão da cooperação em andamento.

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Acordo USP/COFECUB - Edital 2004 (Biênio 2005/2006) - Processo 2004.1.15390.1.8 Projeto: Construção sustentável: avaliação e formas de obtenção – Relatório 2o. ano

Coordenador: Francisco Ferreira Cardoso – Escola Politécnica

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Resultados alcançados nos dois anos da cooperação

O quadro 2 faz um balanço do atendimento global dos objetivos do Projeto, dos impactos alcançados até o presente momento e das metas alcançadas.

Quadro 2 – Balanço dos dois primeiros anos do Projeto.

Objetivos Comentários Aprofundar a discussão teórica sobre a aplicação de sistemas de gestão ambiental / análise de ciclo de vida em edifícios e em empreendimentos.

As discussões foram travadas com profissionais quando da segunda missão na França, por ocasião das visitas técnicas.

Aprimorar formas de avaliação da qualidade ambiental de edifícios e empreendimentos.

O modelo de avaliação da sustentabilidade de edifícios e empreendimentos residenciais que está sendo desenvolvido para a realidade brasileira sob a coordenação da equipe da USP (Projeto Finep) traz inovações significativas sobre o tema, tendo sido fortemente inspirada do modelo francês HQE® Tertiaire do Certivéa/CSTB.

Aprimorar metodologias de implementação de sistemas de gestão ambiental em agentes do setor da construção, em particular em empresas construtoras.

As visitas técnicas a empreendimentos realizadas durante três das missões na França e a palestra assistida no Salão Batimat (resíduos de gesso) trouxeram elementos práticos sobre a questão.

Estabelecer as características ambientais a serem levadas em conta em metodologia para o Brasil e os indicadores ou condições a serem observadas para o seu atendimento.

A particularidade das metodologias francesas das 14 Preocupações (“Cibles”) passou a ser incluída no trabalho do grupo de pesquisadores do Projeto Finep.

Consolidar o processo de desenvolvimento de sistemática de avaliação e certificação ambiental de empreendimentos para o Brasil.

Processo em andamento, com impactos no grupo de pesquisadores do Projeto Finep.

Estudar-se quatro tema específicos: eficiência energética das edificações; conservação e qualidade da água; qualidade ambiental e durabilidade de produtos de construção; desenvolvimento urbano sustentável.

Três deles foi tratado até o momento (desenvolvimento urbano sustentável, eficiência energética das edificações e conservação e qualidade da água); o quarto poderá vir a ser tratado em 2007.

Impactos Comentários

Para as equipes envolvidas - enriquecimento quanto ao entendimento da questão da sustentabilidade no ambiente construído; contribuir para a difusão do conhecimento; aprofundar temas comuns de pesquisas de caráter transversal ou específico; adaptação de metodologias e ferramentas a outros contextos.

As trocas havidas vêem possibilitando o enriquecimento visado; as atividades da duas missões ao Brasil para a difusão do conhecimento; o aprofundamento de tema comum de pesquisa de caráter específico ocorreu quanto ao tema sistema de gestão do empreendimento, com a redação de um primeiro texto em conjunto, a ser ainda revisto para ser submetido a revista técnica (ver Anexo 9); uma tese de doutorado está em curso sobre adaptação da metodologia a edifícios em operação; novas dissertações foram influenciadas; visita de estudantes de pós-graduação do PCC.USP a ser realizada ao CSTB e à UMLV em abril de 2007.

Para o PCC-USP – consolidação da área de sustentabilidade na construção, com repercussões nas atividades de ensino de graduação e de pós-graduação, pesquisa e extensão universitária.

Um bom indicador do impacto para o departamento foi a celebração de um acordo de cooperação entre a USP e a UMLV (ver Anexo 10).

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Acordo USP/COFECUB - Edital 2004 (Biênio 2005/2006) - Processo 2004.1.15390.1.8 Projeto: Construção sustentável: avaliação e formas de obtenção – Relatório 2o. ano

Coordenador: Francisco Ferreira Cardoso – Escola Politécnica

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Para as certificações ambientais de ambos os países - aumento da credibilidade de ambas as ações, localmente e frente a outros países.

No caso brasileiro, a criação do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) cujo objetivo é o de unificar esforços pela promoção da sustentabilidade no setor da construção civil no Brasil, cuja criação foi articulada no PCC.USP), vai aumentar a credibilidade das iniciativas do país.

Para a certificação internacional - desenvolvimento de uma experiência concreta fora da esfera de influência dos países anglo-saxões, com impactos nas ações internacionais de normalização conduzidas pela International Standard Organization (ISO) e pelo iiSBE.

Assunto discutido quando da segunda missão na França, e a ser retomado na próxima missão, mas ainda sem resultado efetivo.

Metas Comentários Formação de mestres e doutores sobres temas relacionados à sustentabilidade na construção, de preferência em trabalhos co-dirigidos (meta para 2006 – uma tese defendida; duas novas teses em andamento; dois mestrados concluídos).

Nenhuma co-orientação foi iniciada até o momento. Foram defendidas três teses e uma dissertação sobre a temática do projeto. Dois novos doutorados e três mestrados também foram iniciados.

Realização de seminários no Brasil com participação de pesquisadores da UMLV e do CSTB (meta de dois seminários em cada ano).

Foram realizados quatro atividades da natureza de seminários, contando as duas missões havidas no Brasil.

Montagem de uma nova disciplina de pós-graduação, contando com a participação de pesquisadores da UMLV e do CSTB.

Não realizada.

O quadro 3 dá destaque aos indicadores solicitados pela Pró-Reitoria de pesquisa.

Quadro 3 – Indicadores solicitados pela Pró-Reitoria de pesquisa (Brasil).

Indicador Resultados alcançados

Tese(s) de Doutorado e/ou Dissertações de Mestrado defendidas e/ou em andamento.

Três teses sobre a temática do projeto defendidas em 2005:

1. Laerte Bernardes Arruda: “Sistemas de aquecimento solar de água com controle de vazões em coletores planos”. Fapesp – Racine Prado.

2. Yeda Póvoas: “Desenvolvimento de nova metodologia para avaliação do tempo em aberto de argamassas colantes”. CNPq – Vanderley John.

3. Sergio C. Ângulo: “Metodologia de caracterização de agregados obtidos pela reciclagem de resíduos de construção e demolição”. CNPq - Vanderley John.

Dissertação sobre a temática do projeto defendida em 2005:

1. Cleber Marcos Ribeiro Dias: “Avaliação da vida útil de telhas de cimento reforçado com celulose e fibras plásticas”. Fapesp - Vanderley John.

Quatro dissertações sobre a temática do projeto defendida em 2006:

1. Andreza Kalbusch. “Critérios de avaliação de sistentabilidade ambiental dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários em edifícios de escritórios” - Orestes M.Gonçalves.

2. Alexandre Perri de Moraes. “Qualidade do ar interno com ênfase na concentração de aerodispersóides nos edifícios” - Racine Prado.

3. Fernando Resende. “Poluição atmosférica por emissão de material particulado: avaliação e controle nos canteiros de obras de edifícios” - Francisco Cardoso (abril 2007).

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Acordo USP/COFECUB - Edital 2004 (Biênio 2005/2006) - Processo 2004.1.15390.1.8 Projeto: Construção sustentável: avaliação e formas de obtenção – Relatório 2o. ano

Coordenador: Francisco Ferreira Cardoso – Escola Politécnica

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4. Fábia Cristina S. Marcondes. “Logística reversa na indústria da construção civil. Exemplo da cadeia de chapas de gesso acartonado” - Francisco Cardoso (abril 2007).

Um novo doutorado sobre a temática do projeto iniciado em 2005:

1. Vanessa M. Taborianski. “Metodologia para avaliação das emissões de gases de efeito estufa produzidas no ciclo de vida das fachadas de edifícios comerciais” - Racine Prado.

Quatro novos mestrados sobre a temática do projeto iniciados em 2005:

1. Alexandre Perri de Moraes. "Avaliação da concentração de aerodispersóides em ambientes internos" - Racine Prado.

2. Diego Cesar Sanchez. "Metodologia para caracterização da demanda urbana de consumo de água no setor residencial" – Racine Prado.

3. Daniel Setrak Sowmy. “Avaliação da eficiência energética de aquecedores de água elétricos de acumulação” - Racine Prado.

4. Viviane Miranda Araújo. “Impactos ambientais dos canteiros de obras: uma preocupação que vai além dos resíduos”. Finep – Francisco Cardoso.

3 novos mestrados sobre a temática do projeto iniciados em 2006:

1. Priscila de França Pinheiro. “Responsabilidade social na cadeia de valor da construção civil: a experiência do Projeto Tear” - Francisco Cardoso.

2. Iara Negreiros. “Análise de métodos de avaliação ambiental para loteamentos urbanos”. Fapesp - Alex Abiko.

3. Patricia Aulicino. “Avaliação de sustentabilidade na implantação de conjuntos habitacionais na realidade brasileira”. Fapesp - Alex Abiko.

2 novos mestrados sobre a temática do projeto iniciados em 2007:

1. Cláudio Azer Maluf. “Caracterização e Estudo Energético dos Sistemas de Aquecimento de Água de Piscinas” - Racine Prado.

2. João Marcelo Occhiucci. “Uso do calor latente em coberturas metálicas de edificações através de materiais de mudança de fase imersos em meio de alta condutividade e acoplados a sistemas de convecção forçada, como mecanismo de controle de temperatura interna” - Racine Prado.

Trabalho(s) publicado(s)ou submetido(s) à publicação em conjunto.

“The Project Management System Role In High Environmental Performance Achievement On Building Projects”, por Francisco Cardoso; Clarice Degani; Sylviane Nibel; Patrick Nossent – a ser submetido à revista científica Building Research and Information.

Novo trabalho está sendo idealizado sobre o tema do desenvolvimento urbano sustentável.

Outras realizações, tais como: eventos científicos conjuntos, formação de recursos humanos e publicações em eventos científicos.

As quatro atividades da natureza de seminários realizados no Brasil trataram dos temas:

• Workshop com professores, pesquisadores e alunos da pós graduação sobre Construção sustentável na França (8/12/2005).

• Workshop sobre certificações de agentes e de edifícios na França (8/12/2005).

• Colóquio: Construção sustentável França e Brasil: experiências complementares - 6a. Bienal de Arquitetura (9/12/2005).

• Colóquio: Desenvolvimento urbano sustentável – Aproximação Brasil – França (21/11/2006).

Não houve até agora trabalhos conjuntos publicados em eventos científicos.

Um destaque é a influência da norma francesa de avaliação de empreendimentos sustentáveis NF Bâtiments Tertiaires Demarche HQE na redação de referência técnica de objetivo semelhante sendo elaborada no Brasil.

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Acordo USP/COFECUB - Edital 2004 (Biênio 2005/2006) - Processo 2004.1.15390.1.8 Projeto: Construção sustentável: avaliação e formas de obtenção – Relatório 2o. ano

Coordenador: Francisco Ferreira Cardoso – Escola Politécnica

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Comentários finais

Como não há certeza da renovação do projeto, uma vez que não houve abertura de edital, as missões não podem ser perfeitamente previstas para o biênio 2007/08. No entanto, imagina-se pelo lado francês a vinda do professor Youssef Diab (UMLV) e da Dra. Sylviane Nibel (CSTB). Pelo lado brasileiro, deverá ocorrer missão de professor da USP a ser definido, além de outra do coordenador do projeto.

A grande dificuldade do Projeto foi colocar em contato conjunto de pesquisadores das três instituições envolvidas, a maioria dos quais nem se conhecia, e iniciar um processo sinérgico entre eles. Os resultados até agora, embora promissores, não são ainda plenamente satisfatórios.

A dificuldade acima, agravada pela distância e pela questão da língua (para a maioria, a língua de comunicação tem que ser o inglês), tem impedido que o trabalho conjunto prospere como imaginado inicialmente. A exceção passou a ser a tema do desenvolvimento urbano sustentável, com a integração do professor Thomas Bonierbale à equipe da UMLV, que fala português e facilitou a comunicação.

Isso reforçou a idéia de que a participação em missão visitando o outro país e mantendo o contato direto com os pesquisadores locais se mostrou imprescindível para a criação de condições sinérgicas efetivas.

Ao final do segundo ano da cooperação se alcançou o grau de integração perseguido, para que se possa estabelecer condições mais favoráveis para o avanço das pesquisas em comum durante 2007/08, caso haja a renovação do projeto.

A identidade conjunta entre as equipes foi confirmada, assim como o desejo de avançar na cooperação.

A importância para o Brasil mostrou-se grande, não somente em termos acadêmicos, mas também se pensando nos desdobramentos e impactos nos agentes da cadeia produtiva da construção e nos produtos dela resultantes (OSCIP - Conselho Brasileiro de Construção Sustentável). Os resultados terão assim efeitos diretos na população, e não apenas na comunidade acadêmica ou da USP de uma forma mais ampla (graduação, pós-graduação e extensão).

Novos mecanismos de financiamento foram imaginados e estão sendo investigados, ampliando a participação de equipes na temática do Projeto. Há a possibilidade dela se estender, com a participação do Ministério das Cidades.

Espera-se para tanto se obter a renovação do projeto por mais dois anos.

Prof. Dr. Francisco Ferreira Cardoso São Paulo, 30 de março de 2007

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Acordo USP/COFECUB - Edital 2004 (Biênio 2005/2006) - Processo 2004.1.15390.1.8 Projeto: Construção sustentável: avaliação e formas de obtenção – Relatório 2o. ano

Coordenador: Francisco Ferreira Cardoso – Escola Politécnica

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Anexos

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Anexo 1 - Programação da primeira missão à França Francisco Ferreira Cardoso – PCC-USP – 21 de abril a 8 de maio 2005

Anexo 1 - Programa de trabalho da missão à França – Francisco Ferreira Cardoso 21 de abril a 8 de maio de 2005

Projeto USP/COFECUB

Date Activité / thème Participants Lieu Obs.

21/4/05

Jeudi 23h40 Départ Sao Paulo TAM JJ

8098

22/4/05

Vendredi 16h00 Arrivé à Paris

23/4/05 e 24/4/05

Week-end

10h00

Ouverture de la mission : objectifs, actions animées par le CSTB

Avancements des certifications basées sur le concept du DD au CSTB et en France

Francisco Cardoso, Patrick Nossent, Clarice Degani CSTB (Paris) 25/4/05

Lundi

16h00 Lancement de la coopération ; plan de la mission ; aspects administratifs auprès d’Egide

Francisco Cardoso, Youssef Diab, Clarice Degani EIVP

9h00 Visite à l’opération La Pleine Saint-Denis de la Compagnie EMGP et au Bâtiment 270 (certifié HQE Tertiaire)

Francisco Cardoso, Frank Hovorka– Chef de Projet (EMGP), Clarice Degani Saint-Denis

16h00 Coopération sur l’urbain et le DD

Francisco Cardoso, Luiz Bautzer (CSTB) – sociologue – Laboratoire de Sociologie Urbaine Générative (et Michel Bonetti (CSTB) – sociologue – LSUG), Clarice Degani

CSTB (Paris) 26/4/05

Mardi

19h00 Perspectives de la recherche dans le Bâtiment et l’Urban en France ; actions du PUCA sur le DD Jacotte Bobroff (PUCA)

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Anexo 1 - Programação da primeira missão à França Francisco Ferreira Cardoso – PCC-USP – 21 de abril a 8 de maio 2005

10h00 Coopération entre l’EIVP et l’USP Francisco Cardoso, Youssef Diab, Directeur Scientifique et Marc GAYDA, Secrétaire général (EIVP), Clarice Degani

EIVP

27/4/05

Mercredi 11h00

Présentation générale des travaux en cours de l’équipe brésilienne

Discussion sur les évolutions des recherches afin d’établir les priorités de travail de la coopération

Définition des engagements pour 2005

Francisco Cardoso, Patrick Nossent, Youssef Diab, Clarice Degani EIVP

10h00 Visite à l’opération Pôle Administratif / Mairie des Mureaux (certifiée HQE Tertiaire)

Francisco Cardoso, Dominique Bulle – Services techniques, Clarice Degani

Les Mureaux (Yvelines)

28/4/05

Jeudi 16h00

Réunion Plénière PEXE (Plan Export des Éco-Entreprises) de l’Association HQE « L’environnement : un atout pour les exportateurs français des secteurs de l’aménagement et du bâtiment ? »

Guy Chautard (Directeur de l’Association), Philippe Duchème-Marullaz (CSTB) et Jean-Robert Mazaud (architecte) (entre autres)

FFB

9h30 Certification Habitat et Environnement – CERQUAL/Qualitel

Francisco Cardoso, Marie Tournillon – Directeur des Études & Recherche, Francis Tiffanneau – Ingénieur d’Études, Clarice Degani

Qualitel

29/4/05

Vendredi

14h30

Évaluation des résultats partiels des 20 opérations suivies en France

Base de données sur le DD dans le bâtiment et l’urbain

Avancements de la recherche sur le DD au CSTB et en France

Francisco Cardoso, Sylviane Nibel (CSTB) CSTB (Champs)

30/4 e 1/5/05

Week-end

9h30 Suivi de la mise en place de la certification HQE® en France (audits, gestion des certificats, NF, etc.) Francisco Cardoso, Thierry Lacroix (CSTB) CSTB (Paris) 2/5/05

Lundi

11h00 Avancements de la recherche sur le DD

Coopération sur l’habitat et le DD

Francisco Cardoso, Lydie Laigle (CSTB) – sociologue – Laboratoire Mutations Techniques et Sociales

CSTB (Paris)

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Anexo 1 - Programação da primeira missão à França Francisco Ferreira Cardoso – PCC-USP – 21 de abril a 8 de maio 2005

14h00

Coopération sur les services et le DD

Méthode d’évaluation de la qualité de service attendue et de la fonctionnalité des bâtiments de bureaux avec préoccupations environnementales

Diagnostic d’usage de bâtiment (avec Qualitel)

Francisco Cardoso, Marc Colombard-Prout, Jean-Luc Salagnac et Orlando Catarina – Laboratoire Services, Process, Innovation (CSTB)

CSTB (Paris)

17h30 Coopération entre le CSTB et l’USP Hervé Charue - Directeur de la Recherche et du Développement (CSTB) CSTB (Paris)

12h30 Coopération entre Arcelor et l’USP Thierry Braine-Bonnaire (Arcelor/BCS) Arcelor

17h00 Avancements de la recherche sur le DD au CSTB et en France Francisco Cardoso, Sylviane Nibel (CSTB) CSTB (Paris)

3/5/05

Mardi

20h00 Visite du Prof. Pierre Veltz au Brésil Francisco Cardoso, Pierre Veltz (ex-ENPC)

9h30

Certifications basées sur le concept du DD :

• QUALIGEST – Démarche d’Amélioration de la qualité de la gestion résidentielle de l’habitat social (CSTB)

• Certifications Habitat Existant – « Patrimoine-Habitat » et « Patrimoine et Environnement » / Diagnostic d’usage de bâtiment (CSTB et Qualitel)

• NF Maison Individuelle HQE® (Cequami)

• NF Logement (inclus Qualiprom) et NF Logement HQE® (Cerqual)

• Qualibail – certification de service / réseau HLM privé (AFAQ)

Francisco Cardoso, Patrick Nossent CSTB (Paris) 4/5/05

Mercredi

14h30 Bilan de la mission

Confirmation des engagements pour 2005 (CSTB) Francisco Cardoso, Patrick Nossent CSTB (Paris)

5 e 6/5/05 Jeudi e

Vendredi Jour férié

7/5/05

Samedi 23h00 Départ Paris TAM JJ

8097

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Anexo 2 - Programação da segunda missão à França Alex K. Abiko – PCC-USP – 5 a 16 de novembro de 2005

Anexo 2 - Programa de trabalho da missão à França - Alex Kenya Abiko 5 a 16 de novembro de 2005

Projeto USP/COFECUB

Período Sábado – 5/11

Domingo 6/11 Segunda – 7/11 Terça – 8/11 Quarta – 9/11 Quinta – 10/11

Sexta – 11/11

Feriado

Manhã 10h00 -

Chegada à Paris CDG

9h30 - Reunião de abertura. Apresentação

geral. Acerto da programação.

Youssef Diab e Patrick Nossent.

Projetos do CSTB - Laboratório de Sociologia

Urbana e Laboratório Transformações

Técnicas e Sociais – Département Économie et Sciences Humaines -

Lydie Laigle (9h30), Michel Bonetti e Luiz

Bautzer (11h00).

9h00 - Visita à Université de Marne-la-Vallée

(UMLV) para discutir projetos de cooperação

sobre o tema desenvolvimento urbano

sustentável

9h00 – Projetos do CSTB - Divisão Coordenação e Metodologias da

Construção Sustentável - Département

Développement Durable.

Sylviane Nibel - Avanços dos modelos de

avaliação e certificação de edifícios e

empreendimentos de caráter sustentável.

François Derrien- Qualidade e economia de

água.

Salão BATIMAT

Tarde

12h00 - Visita ao canteiro de obras do Sirius

Building (76-78 avenue de France Paris 13 ème) - 24.300 m2; 40 milhões de euros; Construtora: Bouygues; Arquitetura:

Christian Devillers; Projeto Estrutural: RFR BET; Fachadas Goyer e

VTM.

14h30 – 16h30 – Salão BATIMAT

Conferência: Desenvolvimento

sustentável: conceito aplicado às obras de

reforma

9h00 - Visita à Université de Marne-la-Vallée

(UMLV) para discutir projetos de cooperação

sobre o tema desenvolvimento urbano

sustentável

Salão BATIMAT

Salão BATIMAT - Fórum Qualidade e

Desenvolvimento Sustentável

14h30 – Tratar os resíduos de canteiro:

obrigações e soluções.

15h30 – Projetar e construir com qualidade

ambiental: o bom-senso?

Noite

19h45 - Saída de São

Paulo TAM JJ 8098

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Anexo 2 - Programação da segunda missão à França Alex K. Abiko – PCC-USP – 5 a 16 de novembro de 2005

Período Sábado – 12/11

Domingo 13/11 Segunda – 14/11 Terça – 15/11 Quarta – 16/11 Quinta – 17/11

Manhã

9h00 – Projetos em andamento do CSTB -

Divisão de Certificação – Direction Technique -

Patrick Nossent.

9h30 - Visita às instalações laboratoriais do CSTB: LABE e ARIA

11h30 - Cooperação técnica do CSTB com o Min. Cidades / PBQP-H Hervé Berrier – Diretor

Técnico

9h00 – Apresentação sobre a Association

HQE® - Guy Chautard - Secretário Executivo

12h00 - Visita à CAPEB - Confédération des Artisans et Petites

Entreprises du Bâtiment - Henry Halna Du Fretay - Secretário Geral Adjunto

6h20 - Chegada a São Paulo GRU

Tarde

14h30 - Visita a empreendimento que adota premissas da

construção sustentável - SEMAPA (PRG) Av. de

France – 75013 PARIS – M. Lescurieux

14h30 - Visita a empreendimento que adota premissas da

construção sustentável - ICADE-EMGP - 50

avenue du Président Wilson - 93214 Saint

Denis – M. Franck Hovorka

15h30 – Reunião de fechamento. Balanço

geral. Próximos passos.

Youssef Diab e Patrick Nossent.

Noite 21h20 - Retorno à São

Paulo

TAM JJ 8099 CDG

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Anexo 3 - Programação da segunda missão ao Brasil Patrick Nossent – CSTB – 6 a 11 de dezewembro de 2005

Anexo 3 - Programa de trabalho de Missão ao Brasil - Patrick Nossent 6 a 11 de dezembro de 2005

Projeto USP/ COFECUB

Período Terça – 6/12 Quarta – 7/12 Quinta – 8/12 Sexta – 9/12 Sábado – 10/12 Domingo – 11/12

Manhã

7h55 – Chegada à São Paulo

12h00 - Reunião com professores

do Projeto Cofecub

Workshop com professores,

pesquisadores e alunos da pós

graduação sobre Construção

sustentável na França

Reunião Projeto FINEP “Habitações mais sustentáveis”

– exposição metodologias francesas e discussões

Visitas a empreendimento

sustentável (Gênesis / Takaoka)

Chegada à Paris

Tarde Reunião com

professores do Projeto Cofecub

Workshop sobre certificações de

agentes e de edifícios na França

Reunião Projeto FINEP – exposição

das ações do grupo e debates

Reunião com professores do

Projeto Cofecub

Noite Saída de Paris vôo AF 454

19h00 - Palestra na 6a. Bienal de

Arquitetura: "Construção

sustentável na França: ações em curso e futuras"

18h35 - Retorno à França AF 455

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Anexo 4 - Programação da segunda missão ao Brasil Youssef Diab – UMLV – 9 a 15 de dezembro de 2005

Anexo 4 - Programa de trabalho de Missão ao Brasil - Youssef Diab Programada para 9 a 15 de dezembro de 2005 (não realizada)

Programa USP/ COFECUB

Período Sexta – 9/12 Sábado – 10/12 Domingo – 11/12

Segunda – 12/12 Terça – 13/12 Quarta – 14/12 Quinta – 15/12

Manhã

7h55 – Chegada à São Paulo

10h30 - Visita a empreendimento

sustentável (Gênesis / Takaoka)

-

Reunião com coordenador brasileiro do

Projeto – Balanço 2005/06 – Renovação do projeto 2007/08

Workshop com professores,

pesquisadores e alunos da pós

graduação sobre Construção

sustentável na França

Reunião de trabalho com

professores do Projeto

Cofecub

Chegada à Paris

Tarde

Reunião de trabalho com

professores do Projeto Cofecub e Patrick Nossent

(CSTB)

-

Visita a empreendimento

urbano sustentável

(PMSP)

Seminário aberto:

"Construção e desenvolvimento

urbano sustentável na

França"

Reunião de trabalho com

professores do Projeto

Cofecub

Noite Saída de Paris vôo AF 454

21h30 - Retorno à

França AF 459

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Anexo 5 - Programação da terceira missão à França Racine Prado – PCC-USP – 8 a 25 de junho de 2006

Anexo 5 - Programme de travail de la mission de Racine Tadeu Araújo PRADO du 9 au 23 juin 2006

Programme USP/COFECUB

Période Jeudi

8/6

Vendredi

9/6

Samedi

10/6

Diman-che

11/6

Lundi

12/6

Mardi

13/6

Mercredi

14/6

Jeudi

15/6

Vendredi

16/6

Matin Arrivé à Paris:

10h50

Stage - RT 18:

Les Fondamentaux de la Réglementation Thermique 2005

9h00 à 17h30 – CSTB Paris

Visite à l’UMLV

Contact: Tomas BONIERBALE

UMLV Champs – Bâtiment Lavoisier

Visite au CSTB - Division Climatisation,

Ventilation et Ambiances intérieures

– Visite maison expérimentale

MARIA.

Contact: Jacques RIBÉRON

Heure 10h00 – CSTB Champs

Visite au CSTB - Division Santé - Pôle

Evaluation Sanitaire – Substances

dangereuses et visite labos ARIA

Contact: François MAUPETIT

Heure 9h30 – CSTB Champs

4ème Salon des Energies Renouvelables

9h00 à 18h30 pour les visiteurs professionnels

Paris - Expo

Métro : ligne 12, station Porte

de Versailles

Après-midi

Hotel Passy-Home

21, rue Félicien David – 75016

01 4288 5215

(chambre 23)

Stage - RT 18:

Les Fondamentaux de la Réglementation Thermique 2005

Deux heures au CSTB - Concept villes

durables : application à la ville chinoise

17h00 – CSTB Paris

Visite au CSTB – Sylviane Nibel

Thèmes : HQE® en France et au CSTB,

Projets Européens, la Chine

+

Mission au Brésil en 2006 de Sylviane

16h00 – CSTB Champs

-

Visite à l’opération Mairie des Mureaux

(certifiée HQE Tertiaire)

Contact : Dominique BULLE – Services

techniques

Heure 14h00 – Les Mureaux - Mairie

Visite à l’opération Bâtiment 270 (certifié

HQE)

Contact : Frank HOVORKA – Chef de Projet (ICADE EMGP)

Heure 14h30 – 50, avenue du Président

Wilson Saint-Denis La Plaine

01 4946 4877

Soir Départ

SP

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Anexo 5 - Programação da terceira missão à França Racine Prado – PCC-USP – 8 a 25 de junho de 2006

Anexo 5 - Programme de travail de la mission de Racine Tadeu Araújo PRADO du 9 au 23 juin 2006

Programme USP/COFECUB

Période Samedi

17/6

Dimanche

18/6

Lundi

19/6

Mardi

20/6

Mercredi

21/6

Jeudi

22/6

Vendredi

23/6

Matin

Visite au CSTB - Division Énergie - Pôle Performance énergétique des

bâtiments.

Thème : Réglementations thermiques successives et calculs associés

Contacts: Ahmad HUSAUNNDEE et Rofaïda LAHRECH

Heure 10h00 – CSTB Champs

Paris – Sud de la

France

Paris – Sud de la

France

Paris – Sud de la France

Visite au CSTB à Sophia-Antipolis.

Pôle Énergies Renouvelables: Solaire Thermique et Innovation.

Contact: Dominique CACCAVELLI

(04) 9395 6401

(06) 6298 4405 portable

Heure 9h30 – CSTB Sophia-Antipolis

Après-midi

Visite au CSTB - Division Santé - Pôle Air Intérieur – Observatoire de la Qualité de

l’air Intérieur.

Contact: Olivier RAMALHO

Heure 14h00 – CSTB Champs

Visite au CSTB - Division Énergie - Pôle Automatisme et gestion de l’énergie.

Contact: Hossein VAEZI-NEJAD

Heure 16h00 à 17h00 – CSTB Champs

Paris – Sud de la

France

Paris – Sud de la

France

Arrivé à Sophia-Antipolis

Soir Départ au soir

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Anexo 6 - Programação da quarta missão à França Francisco Cardoso – PCC-USP – 23 a 30 de outubro de 2006

Anexo 6 - Programme de travail de la mission de Francisco Cardoso (USP) du 23 au 30 octobre 2006

Programme USP/COFECUB

Période Samedi – 21/10 Dimanche – 22/10 Lundi – 23/10

Matin

Vol AF 1505 (de Roma)

13h00 - Terminal B Ouverture de la mission

La situation actuelle au

Brésil

Les missions des équipes françaises au Brésil en

novembre 2006

Sylviane Nibel et Thomas Bonierbale

Après-midi

Avenir des relations du CSTB au Brésil

Michel Bazin et Alfonso Ponce

Soir

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Anexo 6 - Programação da quarta missão à França Francisco Cardoso – PCC-USP – 23 a 30 de outubro de 2006

Période Mardi – 24/10 Mercredi – 25/10 Jeudi – 26/10 Vendredi – 27/10 Samedi –

28/10 Dimanche

– 29/10 Lundi – 30/10

Matin - - Séminaire au Brésil en

2007

Jacotte Bobroff (PUCA)

- Libre Libre -

Après-midi

Visite d’opération certifiée HQE® Tertiaire

32 HOCHE

32, avenue Hoche - 75008 PARIS

01 44 20 10 58 / 06 66 41 78 20

Cristelle Barbier – Elan Bouygues Bâtiment

Alain COBAT - Direction des Affaires Générales de

Bouygues

Nouvelles formes de coopération avec la

France – appel à Projets de la BID

Jean-Marie Bireaud

Visite à l’Association 4D – Dossier et Débats pour

le Développement Durable

Claire Sainton-Rio ([email protected])

Certivéa

La situation actuelle au Brésil

Évolutions de la certification HQE®

Tertiaire

Évolutions des autres certifications : NF Maison

individuelle; groupe de travail exploitation -

première grille d'analyse du management et de la

QEB en exploitation ; lancement du groupe de

travail NF Logement démarche HQE®

Mise à jour de l’article sur l'importance du SMO

pour la QEB

Patrick Nossent et Sylviane Nibel

Clôture de la mission

Bilan du Projet Cofecub

Séminaire au Brésil en 2007

Initiatives pour 2007/08 – des nouveaux projets

(appel à projets de l’AUF)?; élargissement de

la coopération vers le développement urbain

durable ?

Youssef Diab, Thomas Bonierbale, Sylviane Nibel

et Michel Jay

Libre Libre -

Soir Collaborations LATTS

(ENPC) - USP

Olivier Coutard

Retour

23h15 2C AF 0454

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Anexo 7 - Programação da segunda missão ao Brasil Thomas Bonierbale – UMLV – 19 a 24 de novembro de 2006

Anexo 7 - Programa de trabalho da Missão de Thomas Bonierbale (UMLV) 19 a 24 de novembro de 2006 Programa USP / COFECUB

Período Domingo – 19/11 Segunda – 20/11 Terça – 21/11 Quarta – 22/11 Quinta – 23/11 Sexta – 24/11

Manhã Saída de São Luiz

TAM 3723 13h15

10h30

Visita a empreendimento

sustentável (Gênesis / Takaoka)

11h30

Reunião de trabalho com professores do Projeto Cofecub As ações na Epusp; o Projeto

Finep; a OSCIP C+S Abrangência da colaboração com

a França a partir de 2007: do edifício à escala urbana

Thomas Bonierbale, Alex Abiko, Francisco Cardoso

10h00-12h00 - Sala da Chefia

Colóquio: Desenvolvimento urbano

sustentável – Aproximação Brasil - França

Palestra: Ações em prol do desenvolvimento urbano

sustentável na França (9h40 – 10h30)

Participação mesa: PCC (Alex); Sec. Estadual do Meio

Ambiente; Sec. do Verde (PMSP); CDHU

Debates 9h30-12h30 - Sala S-07

Reunião com representante do

Ministério das Cidades: Projetos de colaboração (Arq. Ma. Salette Weber – Coordenadora PBQP-H) 10h30-12h00 - Sala da

Chefia

Balanço do Projeto Cofecub

Fechamento da missão

10h00-12h00 – Sala a definir

Tarde Chegada à São

Paulo (Congonhas) 18h37

Visita a empreendimento

sustentável (Gênesis /

Y.Takaoka) (Continuação

Reunião com professores e alunos da pós graduação (auto-

conhecimento) A pesquisa em Desenvolvimento urbano sustentável na Université

de Marne-la-Vallée (Prof. Thomas Bonierbale)

A pesquisa em Desenvolvimento urbano sustentável na Epusp

(Prof. Alex K. Abiko) Projetos de pesquisa dos alunos

na área de construção sustentável (alunos de pós-graduação)

Perspectiva de colaboração na formação de recursos humanos

14h00-16h00 – Sala S-37

Reunião de trabalho com coordenador do Cofecub: Iniciativas para 2007/08 –

novos projetos 14h00-16h00 – Sala S-51

Reunião de trabalho com coordenador do Cofecub: Iniciativas para 2007/08 –

novos projetos & Seminário de fechamento em

abril/maio 2007 14h00-16h00 - Sala S-51

Noite Retorno França

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Acordo USP/COFECUB - Edital 2004 (Biênio 2005/2006) - Processo 2004.1.15390.1.8 Projeto: Construção sustentável: avaliação e formas de obtenção

Coordenador: Francisco Ferreira Cardoso – Escola Politécnica

Anexo 8 – Entrevista concedida à revista Téchne (LOTURCO, Bruno. Certificação Total. Téchne, 106. Entrevista. São Paulo: PINI, janeiro 2006. pp. 18-22.)

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Entrevista Certificação total Reportagem de Bruno Loturco Téchne 106 - janeiro de 2006

PATRICK NOSSENT O engenheiro Patrick Nossent é presidente da Associação Francesa de Organismos de Certificação da Construção Civil e chefe do Pólo de Qualidade & Certificação do CSTB (Centre Scientifique et Technique du Bâtiment). Dessa posição supervisiona o desenvolvimento da atividade de certificação do Centro, que já emitiu mais de 2.500 certificados. Também é responsável pelo funcionamento e evolução dos sistemas da qualidade de todas as atividades filiadas ao organismo. Dentre suas principais realizações destaca-se o desenvolvimento do referencial da marca NF (Norma Francesa) e da certificação HQE (Elevada Qualidade Ambiental). FRANCISCO FERREIRA CARDOSO Mestre em Engenharia de Construção Civil e Urbana pela Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) e doutor em Economia e Ciências Sociais pela École Nationale des Ponts et Chaussées com pós-doutorado no Centre Scientifique et Technique du Bâtiment, ambos na França, o engenheiro Francisco Ferreira Cardoso é professor de graduação, pós-graduação e extensão da Poli-USP. Desenvolve atividades de pesquisa e extensão nas áreas de sistemas de gestão, certificação e sustentabilidade na construção. Muito mais do que aprovar a qualidade de determinado produto ou processo, os selos de certificação revelam uma preocupação adicional em extrapolar os limites do bom desempenho. Ao envolver complexas comparações entre os conceitos de valor agregado, impacto econômico e custo social, os certificadores propõem desafios aos construtores. Cabe aos últimos desenvolver processos e tecnologias a fim de se destacar perante o mercado. Uma vez que a intenção é justamente contrária à concorrência predatória, o estímulo ao desenvolvimento conjunto deve ser constante e pertinente com a prática média de mercado. O francês CSTB (Centre Scientifique et Technique du Bâtiment) combina a atividade em pesquisa com desenvolvimento tecnológico. A vinda ao Brasil do responsável pela área da qualidade do Centro, Patrick Nossent, faz parte do projeto "USP/Cofecub - Construção sustentável: avaliação e formas de obtenção", que envolve, além do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica, a Université de Marne-la-Vallée - Laboratoire Génie Urbain, Environnement et Habitat (França) e o próprio CSTB. Os objetivos são o aprofundamento da discussão sobre a aplicação de sistemas de gestão ambiental, o aprimoramento das formas de avaliação da qualidade ambiental de edifícios, a consolidação do processo de desenvolvimento de metodologia de avaliação e certificação ambiental de empreendimentos e o aprimoramento de metodologias de implementação de sistemas de gestão ambiental para agentes do setor da construção. Atualmente, qual a situação das metodologias de avaliação e certificação francesas voltadas a produtos de construção civil? Patrick - Houve uma explosão na quantidade de selos de certificação e de qualidade. Em 1995, embora já bastante desenvolvidas, com 130 famílias certificadas, existiam basicamente certificações de produtos. Hoje já são 160 famílias, considerando praticamente todos os componentes necessários para a construção. Qual seria o paralelo dessa situação com o panorama brasileiro?

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Francisco - A certificação de produtos ainda é marginal no Brasil, muito ligada à questão da segurança. O caminho adotado, por enquanto, é o da conformidade dos produtos com as normas técnicas. O que se faz é um acompanhamento laboratorial do desempenho, mas não de certificação. A partir desse balanço, quais as mudanças em relação à certificação no período? Patrick - A certificação de produtos se consolidou e uma segunda categoria se desenvolveu, que são as certificações para sistemas de gestão, de serviços e de pessoas. A grande novidade é o desenvolvimento de uma certificação voltada para os agentes da cadeia produtiva e outra para o resultado das obras, desenvolvidas juntamente com os agentes da cadeia. Qual o escopo dessas duas certificações? Patrick - A primeira focaliza as necessidades dos agentes da cadeia produtiva. Foram formulados referenciais normativos específicos e adaptados às características, por exemplo, dos escritórios de arquitetura, das empresas de projeto, das incorporadoras, construtoras e assim por diante. Para o outro tipo, a certificação do produto acabado, os documentos cobrem diferentes tipos de obra, como casas simples, edifícios habitacionais, escritórios e escolas. Como a sustentabilidade na construção se encaixa nesse cenário e qual a relevância dela perante as outras certificações? Patrick - Uma obra que tenha um desempenho ambiental diferenciado é reconhecida por um selo, mas o ideal é que antes percorra um caminho que cubra as questões de qualidade. Entendemos qualidade como a resposta da construção às expectativas de desempenho frente às condições de uso, porque o resultado do processo é o objetivo principal do edifício. O segundo aspecto é a durabilidade no sentido tradicional do termo, com o desempenho sendo mantido ao longo do tempo. Daí, finalmente, se chega à última etapa, que é a resposta ambiental. A implementação de uma certificação é sempre conseqüência da evolução tecnológica e organizacional do setor ou pode ser um instrumento de estímulo ao desenvolvimento? Patrick - É um pouco dos dois, mas acredito que a certificação puxa o mercado para cima. Ainda assim, isso é relativo, porque a certificação, apesar de pautada pelas melhores práticas, não cria a inovação, mas a valoriza e também os agentes da cadeia que a praticam. Francisco - É inegável que a certificação seja um elemento de estímulo. Se observarmos as certificações voltadas aos agentes da cadeia produtiva que temos, concebidas e articuladas por programas como o Qualihab e o PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Hábitat), veremos que representam um novo paradigma para o setor. Na prática, como estimulam o desenvolvimento? Francisco - Funcionam como um instrumento de modernização. Uma vez que a certificação existe, o referencial normativo dela tem que ser idealizado incorporando as melhores práticas possíveis e fazendo com que as empresas se desenvolvam. A difusão de processos de certificação se relaciona, de alguma maneira, com o estabelecimento de novos critérios de desempenho? Patrick - Na França não existe essa noção de norma de desempenho. Chamamos a base do desempenho das obras de "Regulamento", que fixa os critérios mínimos de desempenho para as construções. A certificação fixa parâmetros e critérios com exigências além daquelas definidas pelos regulamentos. Há uma evolução do nível de exigência. Regulamentos e certificações se influenciam mutuamente em relação ao incremento no nível de exigência? Patrick - A certificação tem puxado a regulamentação. O regulamento atual para desempenho térmico data de 2000 e foi atualizado no final de 2005. Os novos patamares já estavam fixados num selo de qualidade da construção chamado de Alto Desempenho Energético. Então, o que era considerado alto desempenho no regulamento de 2000, a partir do próximo ano será a base. No Brasil, os critérios definidos pelos programas da qualidade acabam por influenciar a norma e forçar uma evolução dinâmica do setor?

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Francisco - Temos percebido que é necessário desenvolver um arcabouço de normas para dar suporte e regular o mercado, nivelando na contratação o que se espera em termos de desempenho. A norma de desempenho também é uma resposta a isso, pois vai fixar parâmetros para nivelar as respostas que os produtos têm que dar. Podemos dizer que a dificuldade de adaptação à busca pela certificação é tanto maior quanto menos desenvolvida e organizada for a empresa? Francisco - Há diferenças entre tamanho e nível de desenvolvimento. As construtoras, sobretudo de edificações, trabalham com mão-de-obra subcontratada. São pequenas do ponto de vista da quantidade de empregados, mas têm uma capacidade intelectual muito grande. Por outro lado, temos empreiteiras de mão-de-obra com centenas de funcionários, mas não estruturadas do ponto de vista técnico e que terão dificuldade em se modernizar gerencial e tecnologicamente. Ou seja, associar, imediatamente, porte com dificuldade é errado. A maior parte do mercado brasileiro é dominada por empresas com pouca agregação de tecnologia. As grandes empresas acabam ficando com uma parte pequena em termos de volume e consumo de materiais. Francisco - No Brasil, diferentemente do que ocorre na França, temos uma grande parte do mercado autogerida, principalmente na área habitacional. A outra parte é aquela em que os técnicos navegam, que é menor em termos de volumes. O problema, nesse caso, é de outra natureza e passa, antes da qualificação, pela formalização. Isso envolve questões políticas e macroeconômicas. Por que o CSTB tem investido no desenvolvimento de certificações voltadas às empresas e qual a diferença para os selos convencionais? Patrick - A certificação de produtos continua tendo muito sucesso. No entanto, existe um processo de produção, cuja qualidade depende dos agentes que intervêm na concepção e execução da obra. Por isso, concebemos a certificação do resultado final da obra. O que justifica a certificação de obra e de edifício em uso? Patrick - Além de ser um instrumento de medida que cria referências sobre o que é uma resposta adequada, assegura os usuários finais, os que operam e mantêm o edifício e a cidade de que vão alcançar o desempenho alcançado. Desde que a certificação foi criada na França, por exemplo, bancos têm criado linhas de financiamento especiais para tais empreendimentos. Algumas cidades francesas têm obrigado ao atendimento das exigências por parte dos edifícios que queiram se instalar no município e o próprio governo francês está atribuindo isenções fiscais de acordo com o nível de desempenho. A questão da sustentabilidade faz parte desse rol? Patrick - Como frisei, a questão ambiental se combina e integra com a abordagem da qualidade. Então, por exemplo, a evolução da qualidade para casas conta com uma certificação chamada "Marca NF" (Norma Francesa). Se atendem também exigências que considerem aspectos ambientais, recebem o selo HQE (Elevada Qualidade Ambiental). O processo é seqüencial e o selo HQE é um complemento. Quais as principais características dessa certificação francesa? Patrick - O primeiro ponto é que a Marca NF, acrescida da HQE, tem uma dimensão ligada à gestão e outra ao desempenho. O referencial normativo dedica-se à seleção das preocupações ambientais pertinentes a determinado empreendimento. Num segundo momento, preocupa-se com a organização do empreendedor para garantir que alcance respostas às preocupações eleitas prioritárias. A partir disso, o referencial normativo dá uma série de orientações e regras para que o empreendedor personalize as preocupações ambientais para uma dada realidade. Como o referencial possibilita personalizar as preocupações ambientais para cada empreendedor e empreendimento? Patrick - Existem 14 categorias de preocupações, organizadas em quatro grupos ambientais que chamamos de alvos. O primeiro está preocupado com a implantação do edifício, os materiais, componentes e sistemas, a flexibilidade das soluções, o canteiro e a construção do edifício. A segunda família pensa no custo ligado ao uso. Aborda o uso racional de energia, água, gestão da manutenção e dos resíduos do edifício em uso. O terceiro bloco volta-se aos usuários, preocupado em assegurar o conforto térmico, acústico, visual e olfativo. O quarto

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está preocupado com a saúde dos usuários. Ou seja, qualidade do ar, água e espaços. A partir desses alvos, o empreendedor personaliza e destaca algumas preocupações. Como os organismos certificadores, no caso francês, se pautam ao elaborar um referencial normativo? Patrick - Comparamos o estado da arte com o que agrega de valor para o usuário final, considerando o tipo de resposta que os agentes da cadeia produtiva conseguem dar de modo econômico. E, no caso da fase de experimentação, implementamos e acompanhamos empreendimentos-piloto. O que existe na França para congregar esforços em prol da construção sustentável? Patrick - Como instrumento existe o Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável, que é do governo francês. Fixa objetivos ligados à questão da sustentabilidade para os diferentes agentes econômicos, com um horizonte de tempo longo. Nele é muito claro em que sentido os esforços da indústria da construção devem se voltar. Com relação à energia elétrica em específico, o objetivo fixado para 2040 é dividir por quatro o consumo atual das edificações. Esse Plano atua arbitrando casos conflitantes ou pautando a implementação de objetivos? Patrick - Não arbitra, mas tem a característica de agenda, como a Agenda 21, por integrar as questões fixadas pelo Protocolo de Kyoto, pelos países da Comunidade Européia, pela própria França e, então, pelas diferentes cadeias produtivas, como a da construção civil. Traduz compromissos que a França assumiu em relação ao mundo, ao assinar o Protocolo de Kyoto. Existe, no Brasil, pressão da sociedade para se chegar a uma certificação de construção sustentável? Francisco - Sendo otimista, vejo no Brasil um movimento que valoriza essas questões, pelo menos no campo formal. Olhando para o meio técnico e acadêmico, existe a intenção de valorizar a evolução da tecnologia e dos aspectos ambientais e sociais. Algum tempo atrás, houve um concurso que pedia aos agentes do mercado que elaborassem propostas de soluções sustentáveis. O nível de resposta foi o maior que houve no mundo todo e mostra que o movimento existe. Iam de soluções simples até empreendimentos de grande porte integrando a sustentabilidade na concepção e operação. São sinais de que a questão está em pauta no Brasil. Pontualmente, quais as dificuldades de uma aplicação mais ampla e prática? Francisco - Acredito que a evolução passa por uma forte estruturação dos agentes que trabalham com a questão. Na França, a associação HQE (Elevado Desempenho Ambiental) fomentou a discussão e criou a cultura em torno da questão ambiental durante anos anteriores à existência da certificação. Deveríamos ter, no Brasil, algo parecido para estimular a discussão e, sobretudo, unir iniciativas individuais. Qual a proposta para que isso ocorra? Francisco - Não existe, ainda, nada concreto. Seria uma entidade sem fins lucrativos, que teria como objetivo trabalhar pelo desenvolvimento da construção sustentável, reunindo as iniciativas. O objetivo de ter uma organização é criar um círculo virtuoso, conseguindo com que, por exemplo, um arquiteto preocupado com a questão ambiental interaja e convirja com um fabricante de um componente com resposta ambiental adequada. Como as empresas encaram o custo de uma certificação? Entendem que é um investimento? Patrick - Uma vez que todas têm caráter voluntário, só busca a certificação quem acredita que vá agregar algum valor. Trabalhamos com um universo de 20% dos agentes certificados. Lembro que, como o que hoje é exigido na certificação será, futuramente, integrado pela regulamentação, os outros 80% vão, cedo ou tarde, acabar atingindo a exigência da certificação. Daí a comprovação de que a certificação está puxando a evolução do setor.

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Acordo USP/COFECUB - Edital 2004 (Biênio 2005/2006) - Processo 2004.1.15390.1.8 Projeto: Construção sustentável: avaliação e formas de obtenção

Coordenador: Francisco Ferreira Cardoso – Escola Politécnica

Anexo 9 – Primeiro texto conjunto, a ser atualizado para ser submetido à revista científica (Building Research and Information2), resultante de tema comum de pesquisa de

caráter específico (sistema de gestão do empreendimento)

2 Journal ainda não presente no Qualis, mas a que foi identificada como a de maior interesse para a temática do artigo. Impact factor – 0,494; Immediacy index – 0,902.

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THE PROJECT MANAGEMENT SYSTEM ROLE IN HIGH ENVIRONMENTAL PERFORMANCE ACHIEVEMENT ON BUILDING PROJECTS

Francisco CARDOSO Dr.1 Clarice DEGANI MSc.2 Sylviane NIBEL Dr.3 Patrick NOSSENT4

1 Escola Politécnica, University of São Paulo, Brazil, Ed. Engenharia Civil, Cidade Universitária São Paulo,

05508 900 Brazil [email protected] 2 Escola Politécnica, University of São Paulo, Brazil, Ed. Engenharia Civil, Cidade Universitária São Paulo,

05508 900 Brazil [email protected] 3 Centre Scientifique et Technique du Bâtiment, France, 84 av. Jean Jaurès, Champs-sur-Marne, F-77421

Marne-la-Vallée Cedex 02 France [email protected] 4 Centre Scientifique et Technique du Bâtiment, France, 84 av. Jean Jaurès, Champs -sur-Marne, F-77421

Marne-la-Vallée Cedex 02 France [email protected]

Keywords: environmental management system, project management system, environmental assessment method, environmental performance, buildings

Summary

The technical specifications supporting the French certification "NF Bâtiments Tertiaires - Démarche HQE" (NF Non-Residential Buildings - High Environmental Quality), approved on January 2005 and that evaluates French non-residential buildings environmental performance, combines requirements concerning a project management system with an environmental performance assessment method. This standard criterion intends to control the impacts on outdoor environment and to create a comfortable and healthy indoor environment.

The main objective of the project management system model proposed is achieving an “environmental profile”, established by the building owner or developer from the very beginning of his project, and also allowing the application of corrective measures as soon as the nonconformities appear during design and construction phases of the managed project.

This article presents the main characteristics of the proposed Project Management System (Système de Management d'Opération) that helps the building owner or developer on establishing his prior environmental performance issues, organising the project itself and controlling production processes, in the way that a fixed environmental performance can be achieved. It also analyses the results of the HQE experience in France concerning 14 experimental projects since December 2002, enhancing the role of the project management system in the successful delivery of high-performance sustainable buildings.

1. Introduction

This paper is based on the French experience concerning the implementation of a certification scheme focused on an environmental assessment method linked to a quality mark, the "NF Bâtiments Tertiaires - Démarche HQE" (NF Non-Residential Buildings - High Environmental Quality). It attests that offices and scholar buildings offer a high environmental performance level, responding to a set of issues and criteria. The certification scheme, approved on January 2005, is the result of a process started on December 2002, with the publication of an experimental version of the technical specifications - which has been tested since then on 14 experimental projects.

However, the French initiative HQE - Haute Qualité Environnementale (“High Environmental Quality”) is more than introduce an assessment method to evaluate the French building environmental performance. The so-called démarche intends to change the way that new buildings and rehabilitated ones are conceived, produced and delivered.

This concept is easily perceived on the technical specifications developed by the Centre Scientifique et Technique du Bâtiment (CSTB). Its goal is improving non-residential French buildings environmental

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performance by combining a project management system with an environmental performance assessment method. These documents give to the project management team the responsibility for fixing and attempting results.

Although environmental performance assessment methods are applied in many countries, these methods usually consist of applying checklists that cover only items considered important for the environmental building performance in each country. In many cases, these methods point out a performance degree. But what about the particular environmental aspects of each project? What about local and regional priorities? What really means a high environmental quality project?

A project management system helps on identifying the prior aspects that must be treated by each individual project and characterizes its adequate environmental performance. In addition, a management system can support the whole project process towards sustainable results.

Based on the analysis of the most significant buildings environmental assessment methods and on the French experience, this paper tries to give sense on what is nowadays called “building environmental performance” and presents some elements from the French certification. Pointing out what should be a high performance achievement on buildings and how it could be measured, the French method fits well on solving the emerging questions. The description of its Project Management System (Système de Management d’Opération – SMO) illustrates how management can lead to desirable results and the French real experiences on implementing it are mentioned in order to confirm it. Finally, the paper presents a discussion linking project management system and building environmental performance, arriving to the final conclusions about this relationship and about the role of the SMO on achieving high-performance sustainable buildings.

2. Building Environmental Performance

The evaluation of a building environmental performance may be seen as a measure of its life cycle environmental impacts, since its early programming phase. The knowledge of the main project elements that interact with internal and external environment is essential. However, not only the environmental aspects must be focused. These analyses must include risks, availability of goods, social and cultural region development, and other social and economic aspects.

Considering the buildings themselves, they have large diversity on finalities, demands and circumstances, but also they are submitted to a set of external factors, related to site conditions, neighbourhood, local and regional, social, cultural and economic aspects, etc. That is the reason why there is no pattern for high environmental performance on buildings. However, because of the urge to measure the performance degree of the built environment, many environmental assessments methods have been developed.

Foliente et al. (2004) have created a large compendium of building performance assessment models, analysing them according to building type, object of assessment, phases in the life-cycle of building when they are applied and environmental performance criteria. Cole et al. (2005) discuss the importance of integrating Life-Cycle Assessment (LCA) principles on building environmental assessment methods, but they also explain that, currently, none of the existing methods do that. In a simplified view, there is another way to classify assessment methods: (a) those that promote sustainable construction by market mechanisms, usually formatted as checklists, as the Building Research Establishment Environmental Assessment Method (BREEAM), from UK, the Hong Kong Building Environmental Assessment Method (HK-BEAM), the North-American Leadership in Energy and Environmental Design (LEEDTM) or the Japanese Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency (CASBEE), among others; and (b) the research-oriented methods, as the one proposed by the international Green Building Challenge - GBC (GBTool), focused on methodology development and scientific basis, closer to the LCA principles than the previous ones.

In general, all these methods concern buildings performance viewed from the environmental dimension of the sustainability concept. Observing them, it arrives that, to permit international comparisons of the adopted methodologies, the assessment methods try to create a non-natural coherence between them – what is difficult because they must, at the same time, fit into each regional necessity in terms of significant environmental issues and technical development degree, and into professional practices of the agents involved on the projects.

In this scenario emerges the French method evaluating the “project” environmental performance – meaning that not only the final product is evaluated, but also the entire project phases, as planning, procurement, design, execution and commissioning. This method fits into each project constraint and analyses the solutions and choices made during all the project phases towards a previously defined environmental profile. It is important to mention that the French assessment method also treats comfort and health aspects of sustainability.

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The French method analyses the building environmental performance under 14 environmental performance categories, called cibles. These categories are described on the “Qualité Environnementale du Bâtiment – QEB“ (Building Environmental Quality) document. The fixed requirements focus on controlling the impacts on outdoor environment and creating a comfortable and healthy indoor environment. The performance categories are organised into four main groups: Eco-construction: (1) Building relationship with its immediate environment; (2) Integrated choices of products, systems and construction processes; (3) Construction sites with low environmental impact. Eco-management: (4) Energy management; (5) Water management; (6) Activity waste management; (7) Maintenance - environmental performance perpetuity. Comfort: (8) Thermal comfort; (9) Acoustics comfort; (10) Visual comfort; (11) Air comfort. Health: (12) Spaces sanitary quality; (13) Air quality; (14) Water quality.

In France, when the project assessment is applied, three performance levels are possible for each issue concerning the different categories and sub-categories:

Base (Current Level) – corresponding to the statutory level or to the current practices in France;

Performant (Medium Level) – corresponding to performances going beyond the current practices in France;

Très Performant (High Level) – calibrated with regard to the maximal performance noticed in high environmental quality French projects.

Summarising, buildings environmental performance cannot be measured by a static reference framework. It will depend on identifying environmental, social and economic significant aspects of each particular project, considering external and internal elements. And, although each project is unique, it is clever to appropriate any ulterior experiences on investigating interferences. But how join and work out all these information? The project management system answers to that.

3. Project Management System (SMO)

Managing strategically allows organizations to go consciously and systemically to their targets, basing on real analyses about their specific conditions, possibilities and external environment. And also, a management system enables organizing data compilation, defining responsibilities, introducing systemic actions, identifying, understanding and managing interrelated processes and, specially, doing feedbacks and promoting continual improvement. So, it may guide building owners and developers on implementing their sustainable projects.

The project management system, while it is structured on ulterior experiences data and on necessities in terms of impacts and demands, allows building owners and developers to identify each project environmental priorities. And also, while monitoring processes, the management plays its role on controlling eventual deviations. Finally, compiling the resulting data complements, the management systems may provide important information to the next projects in terms of additional requirements and environmental solutions.

Taking into consideration theses issues, the French technical specification “NF Bâtiments Tertiaires – Démarche HQE” covers two basic aspects: the environmental quality of the building itself and the environmental management of the entire project. These two aspects have been translated into linked reference frameworks; with performance criteria in the first – the QEB document - and management requirements in the second – the “Référentiel du Système de Management d’Opération - SMO” (Project Management System Technical Specification) document.

It is important to mention that the SMO states an environmental management system (EMS) specific to building sector and, as a special characteristic, focused not on the organization management system, as required by the ISO 14001 standard, but on the “project” itself. It is significant also the fact that the SMO underlines the project manager commitment with the environmental final results.

“Project management is the application of knowledge, skills, tools and techniques to project activities to meet project requirements” (PMI, 2003). By implementing an SMO, project management team becomes able to fix its prior environmental issues, in order to define the project desirable environmental profile. And also, the team get some tools to better organize project phases in the way to achieve this profile.

The SMO gives a framework that makes possible defining missions and responsibilities of actors, controlling production processes and acting as soon as the nonconformities appear - all of this, during programme, design and construction phases, avoiding, on time, any deviation of the established profile since the beginning of the project. Therefore, as a management tool, the French method follows and guarantees the established environmental profile achievement. The project management system seems to be the best tool to achieve results.

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It is also important to point out the role of the building owner or developer’s engagement on achieving their environmental profile. The French certification requires an engagement document in order to summarise the project goals and to give support to the correct evaluation of its environmental performance. It must include: (a) the environmental politics and the building environmental quality targets of the project; (b) the performance levels defined to the project concerning the 14 environmental performance categories (3 at the minimum at the Très Performant level and 4 others at the minimum at the Performant level); (c) the main operational, functional and financial project objectives. This document must be diffused and well known by all the project actors and the other interested parties.

4. French Experience on Managing for Environmental Performance

Since the publication of the experimental version of the French technical specifications on December 2002, 20 experimental projects, select by a jury, are engaged on the test of the French certification. Each of them has defined an environmental profile and has proposed technical answers to the stated requirements. Experts on building environmental issues have been formed on audit techniques, and are analysing these responses at three different moments of each project: programming, design and construction. Experts from CSTB are also members of this team, acting as observers.

The first results from the French experience were picked from its audit reports analyses. Until the end of 2004, only 14 projects have been audited, on phases programming and design - as constructions have not yet started.

First of all, taken the programming phase audit reports, it was noticed a kind of misunderstand about the QEB evaluation method and its role on improving environmental performance results phase by phase of the project. And also, it was observed a lack of management system culture of building owner and developers (private and public ones) – such as failures on key processes planning and management procedures.

In addition, almost the same nonconformities were identified at audit reports concerning the conception phase; in other words, most of the projects still did not have correctly answered to the SMO requirements related to the key operation processes planning and management procedures.

In general, to be in accordance with the requirements of the certification, it was a simple matter of the owners / developers to formalize practices already in place or to implement procedures. In those cases, the auditors have signalised to them that their environmental profiles could not be ensured unless an important effort is undertaken to implement correctly the project management system.

It is also interesting to notice that the first audits pointed out nonconformities with the same rigour as in the ISO 14001´s ones; and this was not well accepted by developers and building owners. And then, after these first remarks, the experimental version of the technical specifications was reviewed in order to enhance only the most significant formalisms issues and to better provide guidance to management system implementation.

The majority of the reports have shown that projects which environmental profile differs from the fixed at the engagement phase, or presents deviations from the project politics, where those that did not have an SMO answering to all the requirements. In other words, where those where the project developer have not presented the project environmental aspects identification, or the project planning, or their suppliers ability evaluation, or even have not registered or made the evaluation of conception documents.

The French certification gives auditors an important role, in order to identify some usual procedures, to turn evident the necessity of some formalisms (recognized by the usual existent and simple ones, for instance contracts, financial reports evaluations, etc.).

The management practices of some audited organizations can illustrate the possible linkage between management and results. In organizations where management systems already exists – even if they were not yet formalised – the implementation of a SMO will simply oblige the introduction of some new formal processes and give support to assure results, to control data and to provide useful information to future users, as many other benefits provided from project planning and controlling processes.

To give an example of the SMO role, an audit has reported a low performance environmental profile. So, as a corrective action, the developer has complemented his studies on project materials choice and on project emissions and pollutions. This fact exemplifies how the declared nonconformities and the efficient developers reaction can quickly remedy what would, doubtless, have been more complex to correct if it had been noticed only in the following project phase.

In another situation, a developer has shown great ability on dealing with proposed management system. Their data compilation of users needs and expectations came from a formal investigation that has included the future facility manager demands; they own a well defined program; his conception team has correctly

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characterized site constraints and facilities, studied the acoustics issues, the waste management concerns, the logistics problems, the legal requirements, etc., and all of that was well registered on a document.

Some other lessons obtained from the French experience are: (1) the positive impact on many project actors at different phases of the project; (2) the audits procedures became an important tool to identify the efforts focus; (3) the technical specifications provide useful and specific environmental knowledge, the audits also – so there is a pedagogic aspect; (4) the project management system adjusts itself well enough to projects of different sizes; (5) there is a tendency to a degradation of the profile defined on the programming phase during the conception phase, what enhances the role of the management system on controlling and correcting this phenomenon.

5. Discussion

These are some interesting management topics, identified at the French approach, that link the project management system and the building environmental performance:

• Hierarchy – Management can only be focused if what needs to be managed is understood. So, the SMO requires from project managers the early knowledge of projects priorities in terms of environmental aspects, needs and expectations of interested and affected parties, and also legal, financial, operational and commercial requirements – all of them related to external and internal environment. The project performance must fit into these specific criteria, pointed out as a profile – and that is very different from the simple analyses upon standard checklists and their general indicators. The final result must harmonise with the real project constraints. And, all of it is achieved by the implementation of a project management system.

Another reason for establishing priorities is the perception that the environmental performance categories (the cibles) may be contradictories – meaning that is impossible to achieve maximum performance in all of them.

• Programme – it is impossible to conceive a good way to achieve good results without an initial programme. The importance to focus on well-defined goals through some planning action is evident. The same thing can be said about preventing difficulties and implementing emergency practices.

• Evaluation by phases – defining specific occasions to evaluate the project is a SMO management principle that allows its gradual control and, consequently, the definition of the right moment to implement corrections, in the case of the identification of nonconformities (elements that could lead to a non satisfactory final performance). The QEB technical specification guides the assessment and fixes the criteria to make possible each project environmental profile evaluation. Usually there are three evaluations: the first one is made when the building owner or developer has its programme ended – here it is important to be sure that all the significant aspects were investigated and are described on the documents that will be sent to design professionals, in order to orient their activities, including contract emends; another evaluation is applied at the end of conception phase, by analysing the solutions proposed at all design documents, in order to assure the desirable building performance face its significant environmental aspects and will answer correctly to the fixed profile; and the final evaluation occurs after execution, when the building is achieved – at this case, the evaluation covers the real building performance and the appliance of its delivery procedures. It is interesting to mention that the evaluation by phases is also instructive to the project actors.

• Audits – another important aspect of the project management system (SMO) is the role of the audits. These audits are an additional process, in procedures and actions of modification and correction, set up by the owners, as they allow, thanks to an objective and external vision, to identify early enough some failures susceptible to obstruct the certification.

• Financial evaluation – the French certification have included a requirement focused on the project investment costs analysis. They see a linkage between management efforts and the financial health of the owner / developer. And this is another potential benefit of the French approach, to require the presentation of the investment costs (construction) and the functioning costs (operation and maintenance). Here, the intention is to justify the choices made in order to answer the prior environmental project issues. It must be considered the equilibrium between costs and environmental benefits.

Another important discussion deals with certain difficulties pointed by contractors when implementing ISO 14001 environmental management systems. The SMO seems to be adequate to overlap these pointed issues: (1) the environmental targets may conflict with financial benefits or with the building quality itself – the SMO, through its global cost analysis and the investigation of the interested parties necessities, can deal with that and supports defining the project environmental profile; (2) the incomplete knowledge of the environmental discipline to make proactive environmental decisions – the QEB document acts as a

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pedagogic tool, suggesting some mechanisms, alternatives, environmental solutions, indicators and desirable performance levels; (3) the difficulty on involving material and service suppliers – the SMO fixes contractually their commitment with the environmental aspects of the project.

6. Conclusions

The French certification "NF Bâtiments Tertiaires - Démarche HQE" combines a project management system with an environmental performance assessment method. It is presented here as an efficient way to achieve good final results and to measure and communicate these results.

For French, achieving a high environmental performance is not only a matter of architecture or techniques, but also a question of a project management. The SMO allows to establish the desired environmental performance and to organize the project in order to manage all the operational processes.

The management system proposed by the French certification seems to propose an adequate framework that can help building developers and owners to work on the essential points in order to achieve a high environmental quality performance on buildings:

• being really environmental concerned;

• working under environmental principles;

• knowing the project targets;

• knowing the project external constraints;

• knowing the project internal demands;

• following each project phase;

• applying corrective actions in order to avoid targets deviations;

• measuring performance results;

• recording data that can be used in subsequent projects.

Analysing the French approach and experience partially detailed in this article, it is easy to understand the SMO applicability at any other country. This universal applicability is specially justified at its first requirements – while identifying the priors project environmental aspects the developer / owner follow his/her project constraints, in a way as specific as any country / region may requires. Complementing, there is the main role given to the project control and follow-up, involving each pre-defined step, and the final performance evaluation – what here is fundamental on providing data to the next projects in terms of environmental criteria and available solutions.

Project management system acts on the organization level and involves many different professionals, providing a better communication channel between them, formalizing interactive processes, registering occurrences, and also, despite the fact that the formalised management system tends to become inherent to usual organization processes, it expands and extends towards the following projects. Finally, it formalizes the focus on built environment sustainability.

The analyses of the results from the HQE experience enhance the role of management system in the successful delivery of high-performance sustainable buildings. It also shows that this approach should be integrated in the development of new environmental assessment methods, especially at those countries where a methodology is not yet achieved, as in Brazil. And also, that it should be used in new assessment methods concerning the evaluation of the operation and maintenance phases of a project, one of the further development proposed by GBC to GBTool3: to guarantee that the facilities manager, for instance, adopts, in a sustainable way, the sustainable principles in their professional practices - a management system similar to the SMO must be one of the requirements of such certification.

Acknowledgment

This research is part of the international cooperation project Cofecub - Comité Français D'évaluation de la Coopération Universitaire Avec le Brésil, celebrated between the University of Sao Paulo (Brazil), the Centre Scientifique et Technique du Bâtiment and the University of Marne-la-Vallée (France).

3 Proposed Strategy for GBC Activities 2003-2005. At: http://greenbuilding.ca/iisbe/gbc2k2/2005_Proposed_Strategy.pdf

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References

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Acordo USP/COFECUB - Edital 2004 (Biênio 2005/2006) - Processo 2004.1.15390.1.8 Projeto: Construção sustentável: avaliação e formas de obtenção

Coordenador: Francisco Ferreira Cardoso – Escola Politécnica

Anexo 10 – Acordo de cooperação assinado entre a USP e a UMLV

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PROTOCOLO ACADÊMICO INTERNACIONAL

Protocolo de Intenções que celebram a UNIVERSITÉ DE MARNE-LA-

VALLÉE – França e a UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – Brasil.

A UNIVERSITÉ DE MARNE-LA-VALLÉE (UMLV), com sede na Cité

Descartes – 5, Bd Descates, Champs-sur-Marne – Marne-La-Vallée - França, neste ato representada pelo seu

Presidente, Prof. Dr. Yves Lichtenberger, e a UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP), autarquia estadual de

regime especial, com sede na Rua da Reitoria, 109, São Paulo-SP - BRASIL, neste ato representada por sua

Magnífica Reitora, Profa. Dra. Suely Vilela, devido a interesse mútuo e visando estabelecer, no futuro,

cooperação internacional para a realização de projetos a serem definidos, manifestam as seguintes intenções:

1. Qualquer dos declarantes poderá ter a iniciativa de propor projetos específicos de ensino,

pesquisa ou extensão de serviços à comunidade, para realização conjunta de ambos, projetos estes aditivos a este

protocolo de intenções.

2. Por força desse protocolo, poderão ser realizados intercâmbios de estudantes, professores e

pesquisadores das instituições signatárias, cada qual assumindo os ônus do seu pessoal respectivo.

3. Definidos os projetos específicos, os declarantes comprometem-se a formalizar a colaboração

em termo de convênio, no qual serão definidas as obrigações e responsabilidades de cada uma das partes, em

espacial as condições de recepção de professores-pesquisadores e de trocas de estudantes.

4. As duas instituições farão esforços para obterem, no âmbito da cooperação bi-lateral, os meios

necessários à realização dos programas almejados de intercâmbio.

5. Cada declarante fará esforços para o reconhecimento das formações e diplomas obtidos pelos

estudantes na outra instituição.

6. Este protocolo entra em vigor imediatamente após sua assinatura pelos representantes

autorizados de cada uma das partes e é válido pelo prazo de dois (2) anos, findo o qual, caso não tenha sido

formalizado o convênio previsto acima, perderão a eficácia os propósitos ora declarados. Ele poderá ser revisto a

pedido de qualquer das partes e toda modificação deverá ser ratificada segundo os mesmos termos pelas duas

partes. Ele poderá ser desfeito por qualquer das partes respeitado o aviso prévio de seis meses Neste caso, as

partes devem permitir aos estudantes e professores-pesquisadores concluírem adequadamente as atividades

previamente acordadas e com as quais já estejam engajados.

O presente protocolo está redigido em quatro exemplares, em língua portuguesa e francesa, cada um

dos quais sendo válido.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

______________________________ Profa. Dra. Suely Vilela

Reitora

UNIVERSITE DE MARNE-LA-VALLEE

______________________________ Prof. Dr. Yves Lichtenberger

Presidente