AVALIAÇÃO DO PADRÃO ESQUELÉTICO VERTICAL DA FACE...

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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DA SAÚDE ORTODONTIA MARIANA HELENA SILVA CARVALHO AVALIAÇÃO DO PADRÃO ESQUELÉTICO VERTICAL DA FACE NA OCLUSÃO NORMAL NATURAL E NAS MALOCLUSÕES DE ANGLE, E SUA CORRELAÇÃO COM A SÍNFISE MANDIBULAR SÃO BERNARDO DO CAMPO 2011

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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO

FACULDADE DA SAÚDE

ORTODONTIA

MARIANA HELENA SILVA CARVALHO

AVALIAÇÃO DO PADRÃO ESQUELÉTICO VERTICAL

DA FACE NA OCLUSÃO NORMAL NATURAL E NAS

MALOCLUSÕES DE ANGLE, E SUA CORRELAÇÃO

COM A SÍNFISE MANDIBULAR

SÃO BERNARDO DO CAMPO

2011

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I

MARIANA HELENA SILVA CARVALHO

AVALIAÇÃO DO PADRÃO ESQUELÉTICO VERTICAL

DA FACE NA OCLUSÃO NORMAL NATURAL E NAS

MALOCLUSÕES DE ANGLE, E SUA CORRELAÇÃO

COM A SÍNFISE MANDIBULAR

Dissertação apresentada ao Curso de

Odontologia da Faculdade da Saúde,

da Universidade Metodista de São

Paulo, como parte dos requisitos para

a obtenção do Título de Mestre pelo

Programa de Pós-Graduação em

Odontologia: área de concentração

em Ortodontia

Orientador:

Prof. Dr. Marco Antônio Scanavini

SÃO BERNARDO DO CAMPO

2011

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II

FICHA CATALOGRÁFICA

C254a

Carvalho, Mariana Helena Silva

Avaliação do padrão esquelético vertical da face na oclusão normal

natural e nas maloclusões de Angle, e sua correlação com a sínfise

mandibular / Mariana Helena Silva Carvalho. 2011

88 f.

Dissertação (mestrado em Ortodontia) --Faculdade de Saúde da

Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2011.

Orientação: Marco Antonio Scanavini

1. Cefalometria 2. Má oclusão 3. Sínfise mandibular 4. Ortodontia

I.Título.

D. Black D4

.

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III

DEDICAÇÃO

À minha família:

Especialmente ao meu marido, Dácio Carvalho, por me apoiar nestes dois anos tão difíceis e

essenciais para a minha formação profissional. Por me incentivar constantemente a alcançar

meus ideais mesmo que isso nos mantivesse distantes. Suas palavras, carinho e amor foram

muito importantes para me motivar nessa conquista e na realização desse sonho.

Aos meus filhos:

Marina, pela participação ativa neste trabalho, desde o início, inclusive acompanhando-me

nas viagens a São Paulo, quando me sentia desanimada e triste.

Marcelo, pelo incentivo constante para que eu não desistisse dessa jornada, tão árdua, e, pela

ajuda na parte gráfica, principalmente em altas horas da madrugada.

Marilena, por vibrar, mesmo de muito longe, para a realização desse curso e pela alegria que

me proporciona ao me dar dois netos: Nicholas e o baby Lucas; paixões da minha vida!

Ao meu genro Roberto, pela ajuda preciosa na obtenção da maioria dos artigos das

referências bibliográficas desse estudo e por traduzir meus trabalhos internacionais.

Ao meu genro Gama Filho, por muitas vezes me pegar de madrugada no aeroporto e pela

compreensão da ausência da Marina.

Agradeço também à minha “norinha”, Ana Paula, pelo incentivo e por torcer pelo meu

sucesso nessa jornada, procurando de alguma forma me ajudar.

À todos vocês meus queridos, dedico este trabalho, com muito amor e

gratidão.

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

Agradeço especialmente,

A Deus, energia maior, por Se mostrar presente em todos os momentos, por ter me dado força

e coragem durante todos estes dois anos.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Marco Antônio Scanavini,

Coordenador do Programa de Pós Graduação em Odontologia, área de concentração em

Ortodontia, pessoa especial que jamais esquecerei. Obrigada por ter me recebido nesta

Instituição de braços abertos, pelo exemplo de sabedoria e segurança na resolução dos

problemas, por acreditar e confiar em mim, por toda consideração e apoio que sempre

demonstrou nos momentos decisivos permitindo que eu fizesse minhas escolhas, por todo o

apoio e orientações imprescindíveis à realização deste trabalho, a minha mais sincera

gratidão.

Ao Professor Dr. Luiz Renato Paranhos,

Exemplo de dedicação à docência, demonstrando da melhor maneira o que é ser

completamente Professor; sempre trabalhando com dedicação e entusiasmo, procurando

ajudar a todos que o solicitam; mais que um Mestre, um amigo dos seus alunos. Obrigada

pelas valiosas sugestões e correções, ser-lhe-ei eternamente grata por tudo que fez por mim.

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IV

Aos Mestres Doutores; Carlos Alberto Gregório Cabrera e Marise de Castro Cabrera,

exemplos de determinação e capacidade, responsáveis pela minha paixão por Ortodontia e

pelo meu interesse para fazer um Mestrado. Agradeço pelos ensinamentos, pelo apoio

constante, pelas valiosas contribuições e experiências compartilhadas que muito contribuíram

para a minha formação profissional, e principalmente, pelo incentivo durante esta jornada e

mais ainda, pelo carinho, e pelo privilégio da amizade.

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V

AGRADECIMENTOS

Aos Professores Doutores do curso de Mestrado: Marco Antonio Scanavini; Luiz Renato

Paranhos; Fernando César Torres; Carla Patrícia César; Renata Cristina Castro;

Cláudia Toyama Hino; Fernanda Angelieri e André Luis R. de Miranda, meu muito

obrigada, pela oportunidade de aprendizado e pelos sábios ensinamentos transmitidos. A

vocês, dedico uma citação de Antoine de Saint-Exupéry:

“Cada um que passa em nossa vida passa sozinho... Porque cada pessoa é única para nós

e nenhuma substitui a outra... Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, mas não

vai só... Levam um pouco de nós mesmos e deixam um pouco de si mesmos.”

Ao inesquecível Professor Doutor Toshio Uetanabaro, com quem aprendi os primeiros

passos da Ortodontia e à estimada Mestre Kátia Regina Izola Simone, com quem descobri e

aprendi a satisfação de ensinar.

Ao Professor Dr. José Roberto Lauris, pela ajuda nos estudos estatísticos.

Aos colegas: Aluisio Galiano, Daniele Gambarini, Eduardo Carpinski, Fabíola Francio,

Geraldo Marchiori, Marcos Felipe Nunes, Octavio Margoni, Sabrina Rocha, Silvana

Kairalla e Valéria Nicodemos, agradeço pelo agradável e harmonioso convívio, pelos

conhecimentos compartilhados, e por tudo que passamos juntos. Cada um de vocês tem uma

parcela de importância em minha vida, são muito mais que colegas, seja por conhecimentos

adquiridas, seja por momentos de dificuldade ou por momentos de descontração. Amo todos

vocês!

Dani, posso lhe chamar de amiga, assim sinto você em meu coração e assim você se mostrou,

desde o início do curso sem me conhecer; sua alegria contagiante em muitos momentos foi

essencial para mim.

FÊ, sua pureza nos contagia, obrigada pela demonstração de amizade.

VAL, você também está em meu coração, pelas dificuldades que me ajudou a superar, pelas

fugidas p/ o “sushi” e por tudo que aprendemos e convivemos juntas.

À Ana Regina Paschoalin, secretária do departamento do Programa de Pós Graduação.

Aninha, obrigada pelo seu empenho e dedicação, por sua eficiência, sempre com um sorriso e

disposição e boa vontade para ajudar, torcendo sempre pelo sucesso de todos.

Aos funcionários: Marilene Domingues, Célia Maria dos Santos, Edílson Donizeti Gomes,

pela cordialidade e simpatia durante todo o curso.

À bibliotecária Andréia Cristina Gomide, pela ajuda na solicitação de muitas referências

para este estudo, sempre com muita boa vontade.

À colega e amiga Natália Vieira, que dedicou nestes últimos dias, muitas horas de sua vida,

ajudando-me na conclusão gráfica deste trabalho. Igualmente

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VI

agradeço a todos os meus amigos que torceram pela conclusão deste Mestrado, em especial às

colegas e mais que amigas; irmãs de coração; Joana, Geísa e Socorro Giusti.

À Rosângela Pereira, minha secretária, agradeço muito sua dedicação e empenho em tomar

conta do meu lar. Rôse querida, sua contribuição foi essencial, me atendendo sempre que

precisei. Obrigada por tudo!

Enfim, agradeço a todos àqueles que conviveram durante esses anos, e que de alguma

maneira contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste sonho.

OBRIGADA A TODOS VOCÊS!!!

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VII

O sábio não se exibe, e por isso brilha.

Ele não se faz notar, e por isso é notado.

Ele não se elogia, e por isso tem mérito.

E por não estar competindo, ninguém no

mundo pode competir com ele.

Lau Tsu

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VIII

RESUMO

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IX

CARVALHO, M.H.S. Avaliação do padrão esquelético vertical da face na

oclusão normal natural e nas maloclusões de Angle, e sua correlação com a

sínfise mandibular. 2011. 88f. Dissertação (Mestrado em Ortodontia) - Faculdade

da Saúde, Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2011.

RESUMO

O propósito deste estudo foi avaliar cefalometricamente, o padrão esquelético

vertical da face em indivíduos com oclusão normal natural e nas diferentes

maloclusões e sua correlação com a sínfise mandibular, além de avaliar a presença

de dimorfismo sexual. A amostra foi composta de 200 telerradiografias

cefalométricas, divididas quanto ao tipo de oclusão, em cinco grupos: grupo A, com

pacientes portadores de oclusão normal natural e grupos B, C, D e E, com pacientes

portadores de maloclusões, sendo cada grupo, dividido igualmente quanto ao sexo e

apresentando idade média entre 13 e 16 anos. A amostra foi classificada em 3

padrões morfológicos verticais da face, de acordo com o índice da altura facial

(FHR), proposto por SIRIWAT & JARABAK ou Quociente de Jarabak, em:

Hiperdivergente, Neutro e Hipodivergente. Foi utilizada a variável GoMe.VT, da

análise de VIGORITO, para avaliar a inclinação da sínfise e sua correlação com os

padrões verticais faciais. Após a coleta de dados e da avaliação dos testes

estatísticos; qui-quadrado, teste “t” de Student e da correlação de Pearson, concluiu-

se que, o padrão Hipodivergente em todos os pacientes estudados foi o mais

frequente, com 70%, sendo que a maior frequência deste padrão foi encontrado na

maloclusão Classe II, divisão 2, com 87.5%, existindo outras prevalências de alguns

padrões em diferentes classes de oclusões. Foi encontrada uma correlação positiva

entre a inclinação da sínfise mandibular e o quociente de Jarabak apenas para a

maloclusão Classe I e maloclusão Classe III. Não houve diferença estatisticamente

significante entre os sexos e a classificação da morfologia quando comparados os

cinco grupos, porém, quando os grupos foram analisados separadamente, foram

encontradas diferenças significantes entre os sexos.

Palavras chaves: Cefalometria, Má oclusão, Sínfise Mandibular, Ortodontia

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X

ABSTRACT

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XI

CARVALHO, M.H.S. Assessment of vertical facial skeletal pattern in normal

occlusion and in different Angle types of malocclusion, and its correlation with

the mandibular symphysis. 2011. 88f. Dissertation (Masters in Dentistry)-

Faculdade da Saúde, Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do

Campo, 2011.

ABSTRACT

The purpose of this study was to evaluate cephalometrically, the vertical facial

skeletal pattern in subjects with natural normal occlusion and different malocclusions,

correlation with the mandibular symphysis and evaluate sexual dimorphism. The

sample consisted of 200 cephalometric radiographs divided in five groups based on

occlusion type: group A, patients with natural normal occlusion and groups B, C, D

and E, patients with malocclusions, each group being divided equally by sex and

mean age between 13 and 16 years old. The sample was classified into three

morphological patterns of vertical face, according to the facial height ration (FHR),

proposed by SIRIWAT & JARABAK or Quotient Jarabak in: Hyperdivergent, Neutral

and Hypodivergent. It was used the GoMe.VT variable, from VIGORITO analysis to

assess the symphysis’ inclination and its correlation with the vertical facial patterns.

After data collection and statistical tests evaluation; q-square test, "T" Student test

and Pearson correlation, it was concluded that Hypodivergent was the most frequent

in all patients studied, with 70%, and the greater frequency of this pattern was found

in Class II malocclusion, division 2, with 87,5%, prevalence of some other existing

standards in different classes of occlusions. We found a positive correlation between

the inclination of the mandibular symphysis and Quotient Jarabak only for

malocclusion Class I and Class III malocclusion. There was no significant statistical

difference between the sexes and the morphology classification when the five groups

were compared, however, when the groups were analyzed separately, significant

differences were found between the sexes.

Keywords: Cephalometry, Malocclusion, Mandibular Symphysis, Orthodontics

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XII

SUMÁRIO

RESUMO……………………………………………………................... IX

ABSTRACT…………………………………………………..........…..... XI

LISTA DE TABELAS........................................................................ XIII

LISTA DE GRÁFICOS....................................................................... XIV

LISTA DE QUADROS....................................................................... XV

LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS..................................... XVI

1 INTRODUÇÃO........................................................................... 2

2 REVISÃO DA LITERATURA..................................................... 5

3 PROPOSIÇÃO........................................................................... 28

4 MATERIAL E MÉTODO............................................................. 30

5 RESULTADOS........................................................................... 40

6 DISCUSSÃO.............................................................................. 54

7 CONCLUSÂO............................................................................. 63

REFERÊNCIAS ......................................................................... 66

ANEXO....................................................................................... 74

APÊNDICES............................................................................... 76

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XIII

LISTA DE TABELAS

TABELA 5.1 – Erro do Método – teste de Dahlberg e test “t” pareado................... 40

TABELA 5.2 – Distribuição da classificação de Jarabak.........................................41

TABELA 5.3 - Correlação de Pearson entre a medida GoMe.VT e as medidas

a-b, c-d, Me-h e o Quociente de Jarabak................................................................. 42

TABELA 5.4 - Comparação entre os sexos Feminino e Masculino nas medidas

Avaliadas no Grupo de Oclusão Normal.................................................................. 43

TABELA 5.5 - Comparação entre os sexos Feminino e Masculino nas medidas

Avaliadas no Grupo de Classe I.............................................................................. 44

TABELA 5.6 - Comparação entre os sexos Feminino e Masculino nas medidas

Avaliadas no Grupo de Classe II, div. 1................................................................... 45

TABELA 5.7 - Comparação entre os sexos Feminino e Masculino nas medidas

Avaliadas no Grupo de Classe II, div. 2................................................................... 46

TABELA 5.8 - Comparação entre os sexos Feminino e Masculino nas medidas

Avaliadas no Grupo de Classe III............................................................................. 47

TABELA 5.9 - Medidas obtidas nos 5 Grupos de Maloclusões.............................. 48

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XIV

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 5.1. Distribuição da classificação de Jarabak nos cinco grupos

estudados no sexo Feminino............................................................................. 49

GRÁFICO 5.2. Distribuição da classificação de Jarabak nos cinco grupos

estudados no sexo Masculino........................................................................... 49

GRÁFICO 5.3. Distribuição da classificação de Jarabak nos cinco grupos

estudados em ambos os sexos......................................................................... 50

GRÁFICO 5.4. Distribuição da classificação de Jarabak de todos pacientes

estudados.......................................................................................................... 50

GRÁFICO 5.5. Distribuição da classificação de Jarabak de acordo com a

classe de oclusão, somente dos pacientes do sexo Feminino......................... 51

GRÁFICO 5.6. Distribuição da classificação de Jarabak de acordo com a

classe de oclusão, somente dos pacientes do sexo Masculino........................ 51

GRÁFICO 5.7. Distribuição da classificação de Jarabak de acordo com a

classe de oclusão, somente dos pacientes do sexo Feminino e Masculino...... 52

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XV

LISTA DE QUADROS

QUADRO 4.1 – Distribuição da Amostra................................................................. 30

QUADRO 4.2 – Quociente de proporcionalidade de JARABAK.............................. 36

QUADRO 4.3 - Classificação da morfologia facial segundo SIRIWAT;JARABAK.. 36

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XVI

LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

mm Milímetro

° Grau - Unidade de medida dos ângulos

% Porcentagem

Dp Desvio padrão

ns Não significante

* Estatisticamente significante

p Nível descrito de significância estatística

div. Divisão

M Masculino

F Feminino

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1

INTRODUÇÃO

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2

1 INTRODUÇÃO

O estudo cefalométrico ainda representa, nos dias de hoje, uma excelente

ferramenta para o diagnóstico, planejamento e acompanhamento do tratamento

ortodôntico.

A partir do ano de 1931, quando BROADBENT11, 12 disponibilizou duas

publicações (1931, 1937), detalhando metodologias para se determinar medidas

craniofaciais, várias análises durante muitos anos foram desenvolvidas na tentativa

de qualificar e quantificar a estética facial. Inúmeros pesquisadores como TWEED64

(1946), WYLIE67 (1947), BJORK8 (1948), DOWNS22 (1948), STEINER59 (1953),

KROGMAN; SASSOUNI31 (1957), RICKETTS42 (1960), SALZMAN48 (1960),

SASSOUNI51 (1962), McNAMARA36 (1984), dentre outros, aperfeiçoaram e

impulsionaram novos estudos cefalométricos, porém, na prática clínica, um dos

principais fatores que prendem a atenção do ortodontista é o comportamento do

crescimento facial.

Três tipos faciais distintos são rotineiramente definidos na literatura, com

características que refletem evidentemente na morfologia das estruturas anatômicas

faciais: Mesofacial, Dolicofacial e Braquifacial. Quando indivíduos são portadores de

maloclusões, estas por sua vez, apresentam repetidos sinais aparentes,

representando a anatomia óssea, muscular e dentária pertinentes a cada tipo facial,

ainda que suas causas possam ser multifatoriais e o prognóstico ortodôntico distinto

(CABRERA14, 2004).

Inúmeros autores, como SASSOUNI52 (1969), e principalmente os estudos de

AIDAR & SCANAVINI1 (1989), SCANAVINI54 (1999), MIRANDA37 (2000), POUBEL40

(2003), buscaram trazer alguma contribuição ao estudo de avaliação cefalométrica

nos diferentes padrões de crescimento facial. VIGORITO66 (1974) propôs uma

análise cefalométrica com algumas medidas angulares e lineares, visando orientar o

clínico no diagnóstico, prognóstico e planejamento ortodôntico.

Os métodos que buscam evidenciar o padrão de crescimento da face ou

demonstram sua tendência de crescimento e que são de fácil utilização, despertam

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interesse clínico, visto que o profissional está sempre buscando aprimorar o seu

diagnóstico para melhor planejar o tratamento ortodôntico.

Dois autores destacam-se no estudo de associações entre morfologia facial e

maloclusão: SIRIWAT & JARABAK58 (1985). A análise emprega muitos parâmetros

esqueletais básicos já descritos morfologicamente por BJORK9 (1969), que

caracterizam a morfologia facial com base em três distintos padrões:

Hiperdivergente, Neutro e Hipodivergente, definidos pela proporção da Altura Facial

(FHR) ou QUOCIENTE DE JARABAK, isto é, a razão da Altura Facial Posterior (S-

Goc) pela Altura Facial Anterior (N-Me), multiplicado por 100 (cem), obtendo um

percentual (%), sendo este representativo em parâmetros, para descrever a

morfologia facial.

Devido à correlação entre a morfologia facial e suas respectivas sínfises,

embora eventualmente estas possam ser encontradas em outros tipos que não os

seus correspondentes, suas características morfológicas individuais, sobretudo os

limítrofes físicos de seus contornos, as sínfises largas, estreitas e equilibradas,

identificam-se com as características morfológicas encontradas nos distintos biotipos

faciais (CABRERA15, 2010).

Refletindo sobre estas questões decorrentes desses achados disponibilizados

na literatura, este estudo teve por objetivo avaliar as variações morfológicas verticais

da face decorrentes da análise de SIRIWAT: JARABAK58 (1985), em oclusões

normais naturais e nas maloclusões de ANGLE3 (1899) além de verificar uma

possível correlação com a sínfise mandibular.

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REVISÃO DA LITERATURA

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2 REVISÃO DA LITERATURA

A radiografia cefalométrica é um método de diagnóstico e planejamento

utilizado rotineiramente pelos ortodontistas, clínicos gerais e profissionais da saúde,

sendo também utilizada para o estudo do crescimento e desenvolvimento do

complexo craniofacial. Pela observação da relação entre as maloclusões e as

características esqueléticas craniofaciais, primeiro utilizou-se de técnicas

antropométricas, observando-se a grande limitação da craniometria no estudo em

seres vivos.

TWEED64, em 1946, descreveu um método para o diagnóstico e prognóstico

do tratamento ortodôntico, baseado na análise do ângulo formado pelo plano de

Frankfurt e pelo plano mandibular (FMA). Este ângulo pode variar de 16 a 28 graus,

para ser considerado como crescimento mandibular favorável, e acima ou abaixo

desses valores, haveria um padrão desfavorável, com o tratamento limitado em

relação ao alcance das metas ideais. O autor, no entanto, não descreveu nem

mencionou os padrões faciais.

STEINER59, em 1953, desenvolveu uma análise cefalométrica com o objetivo

de ajudar no diagnóstico e planejamento dos casos ortodônticos. O autor relata,

quanto ao diagnóstico dos casos, que os maiores valores da cefalometria estão no

campo dos estudos comparativos, onde a comparação demonstra mudanças

ocorridas e indicam as respostas ao tratamento empregado. A cefalometria

demonstra não somente a efetividade do tratamento, como também suas

deficiências.

Em 1954, BLAIR10 encontrou que um alto grau de variabilidade do padrão

esquelético facial pode ser visto dentro de cada maloclusão estudada. Na amostra

estudada, e com os métodos utilizados, apenas menores diferenças foram

encontradas nos padrões esqueléticos das maloclusões de Classe I e Classe II

divisão 1. O padrão esquelético médio da maloclusão de Classe II divisão 2, quando

comparado ao da Classe I e Classe II divisão 1, difere, por ter um ângulo goníaco

mais agudo, um comprimento efetivo da mandíbula diminuído e uma posição mais

anterior da maxila e da mandíbula. O primeiro molar permanente inferior não pode

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ser considerado com uma constante relação com o corpo e ramo da mandíbula

durante o período de crescimento, mesmo que pareça ser constante num período de

idade restrito. Entretanto, não foram encontradas diferenças na posição deste dente

com relação a mandíbula, como consequência do tipo de maloclusão.

No ano de 1955, SASSOUNI50 apresentou uma análise cefalométrica

baseada em princípio, na suposição de que, em um indivíduo, a proporcionalidade

cefalofacial é conseguida por um equilíbrio entre certos segmentos de crescimento.

Procurou elucidar um padrão básico arquitetural, usando quatro planos horizontais

de referência, cada um delimitando uma área de ajustamento de crescimento. São

os seguintes: 1 - Plano da base craniana anterior-superior; 2 - Plano palatal - face

média; 3 - Plano oclusal – dentário; 4 - Plano da base mandibular - inferior. O autor

acredita que a face está bem proporcionada, quando os dois eixos desses quatro

planos, prolongados posteriormente, encontram ou interceptam um ponto único;

Ponto O. Este ponto é posterior ao contorno occipital.

SALZMANN47 em 1959, realizou um estudo para determinar proporções

faciais esqueléticas de pacientes com maloclusões de Classe II, divisão 1. Concluiu

que todas as medidas lineares da altura facial anterior variaram menos que suas

correspondentes da altura facial posterior. As medidas da altura facial inferior

variaram mais que as medidas da altura facial superior ou total. Por fim, as medidas

verticais da parte inferior posterior da face foram as que mais variaram em todo o

complexo facial.

Ainda em 1959, STEINER 60 desenvolveu uma análise cefalométrica com o

objetivo de ajudar no diagnóstico e planejamento dos casos ortodônticos. O autor

relata, quanto ao diagnóstico dos casos, que os maiores valores da cefalometria

estão no campo dos estudos comparativos, onde a comparação demonstra

mudanças ocorridas e indicam as respostas ao tratamento empregado. A

cefalometria demonstra não somente a efetividade do tratamento, como também

suas deficiências.

GARN et al.24, em 1963, investigaram a herança do tamanho da sínfise

durante o crescimento, em 258 adultos e 177 crianças seguidos longitudinalmente

de 8 aos 16 anos de idade. A altura e a espessura da sínfise, provaram ser

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independente da estatura, tamanho dentário, largura do arco e outros. A combinação

dos pais para altura da sínfise: alta x alta, alta x baixa, baixa x baixa, provou ser

consistentemente diferente durante o período de crescimento. O mesmo foi verdade

para a combinação: espessa x espessa, espessa x fina, e fina x fina. Os dados

sugerem uma simplicidade genética para ambas; a altura e a espessura da sínfise e

a possibilidade de herança mendeliana da espessura da sínfise.

SCHUDY57 em 1964, estudou em uma amostra de 66 pacientes com

maloclusão Classe II div. 1, comparando a altura facial anterior e a posterior. Sua

conclusão foi que a distância do nasio ao mento varia muito menos que a distância

da sela ao gônio, ou seja, pontificou que “a porção mais variável do complexo crânio

facial é o segmento posterior, que é confirmado pela variabilidade apresentada pelo

ângulo formado pelos planos oclusal e mandibular”.

Em 1967, HUNTER27 avaliou as diferenças existentes entre as dimensões

verticais do padrão facial retrognático, Classe II esquelética, e as do ortognático,

Classe I. As dimensões verticais mensuradas apresentaram-se significativamente

maiores nos pacientes do gênero masculino. Entretanto, nos grupos de cada gênero,

não foram verificadas diferenças significantes nas relações verticais e na posição

ântero-posterior da maxila, para ambos os padrões. As medidas mandibulares, na

amostra retrognática, apresentaram-se significantemente menores em relação à

ortognática.

No mesmo ano, CREEKMORE18 realizou uma pesquisa em pacientes

tratados e não tratados de consultório particular, com média de 14 anos de idade,

para documentar a influência do tratamento ortodôntico no crescimento vertical do

paciente e mostrar a relação deste, com o crescimento ântero-posterior. O autor

concluiu que ângulos do plano mandibular baixos oferecem problemas quanto à

correção de mordidas profundas, enquanto ângulos altos oferecem problema quanto

à correção de mordidas abertas e relação molar Classe II. Diz ainda que qualquer

técnica pode ser utilizada, desde que levemos em consideração o padrão facial do

paciente, assim o crescimento vertical pode ser inibido ou estimulado, de acordo

com a necessidade particular de cada paciente.

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Com a finalidade de estabelecer uma classificação etiológica dos problemas

dentoesqueléticos, identificando os sinais característicos de cada um deles,

SASSOUNI52, em 1969, classificou os tipos faciais em verticais e ântero-posteriores.

Neste último, incluem-se as Classes II esqueléticas, que resultam de um

prognatismo maxilar, de um retrognatismo mandibular, ou de ambos, quando as

estruturas esqueléticas encontra-se com suas dimensões normais; ou ainda, de uma

macromaxila ou de uma micromandíbula, quando estas dimensões apresentam-se

alteradas. O autor observou que, estas alterações dimensionais e de posição,

podem apresentar-se isoladamente ou combinadas entre si. O autor estabelece uma

classificação para os tipos faciais onde descreve tipos de anomalias ântero-

posteriores e verticais. As ântero-posteriores seriam: Classe II esquelética e Classe

III esquelética, e as verticais: mordida profunda esquelética e mordida aberta

esquelética. Na mordida profunda esquelética, os quatro planos da face vistos

lateralmente pela radiografia (Supraorbital; Palatal; Oclusal e Mandibular) estão mais

horizontalmente e paralelos entre si. O ângulo da base craniana (Supraorbital à

Sela) é pequeno, o ângulo goníaco (do Ramo com o Corpo) é pequeno e a borda

posterior do Ramo é quase vertical. A altura facial posterior (S-Go) se iguala à

anterior (SOr-Me) e a altura facial inferior (ENA-Me) é menor que a superior (SOr-

ENA). Na mordida aberta esquelética a maioria das características estão quase

diretamente opostas às da mordida profunda. Os planos horizontais se divergem e

tendem a se encontrar em um ponto; o ângulo da base craniana e o ângulo goníaco

são obtusos. A altura facial posterior (S-Go) tende a ter a metade do tamanho da

anterior (SOr-Me) e a altura facial inferior excede à superior. O ramo é curto. A

sínfise na mordida profunda esquelética é curta verticalmente e larga

anteroposteriormente. Na mordida aberta esquelética a sínfise é longa verticalmente

e estreita anteroposteriormente.

Ainda em 1969, DI PAOLO20 estabeleceu uma análise, denominada análise

quadrilateral, que indica o grau de discrepância entre o crescimento vertical e

horizontal. Utilizando essa análise em 200 pacientes, verificou três padrões faciais

básicos; TIPO 1: existe proporcionalidade de crescimento horizontal e vertical. Bom

padrão na face inferior e adequada relação desta com a superior. Nesse tipo, todas

as maloclusões são dentoalveolares TIPO 2: predominância do crescimento

horizontal, com pouco crescimento vertical, resultando em diminuição da altura facial

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inferior TIPO 3: predomina o crescimento vertical, resultando em aumento da altura

facial inferior. Mediante esta análise, o autor reconhece ser possível avaliar se uma

mordida é aberta ou profunda, é devido a um problema esquelético ou simplesmente

dentoalveolar; avaliar a direção predominante de crescimento e seu efeito na

oclusão; as contra-indicações de certos procedimentos mecânicos; e também as

limitações do tratamento em certos tipos de padrão esquelético.

SASSOUNI53, em 1970, subdividiu os problemas da maloclusão de Classe II

em 128 situações, que clamam por 128 planos de tratamento diferentes. Esta

subdivisão foi realizada a partir de uma combinação dos problemas ântero-

posteriores, verticais, transversais e da discrepância de tamanho do arco,

apresentadas pelas maloclusões de Classe II esqueléticas. Para ilustrar esta

classificação dos tipos faciais, o autor apresentou dois casos, onde o diagnóstico

diferencial era o fator crítico para um correto plano de tratamento e

consequentemente obtenção das metas funcionais e estéticas de um tratamento

ortodôntico.

Dados cefalométricos também revelam informações sobre as características

morfológicas da mandíbula. No mesmo ano, RICKETTS43 baseado nas diferenças

morfológicas separa as mandíbulas em três classes. As mandíbulas da primeira

classe possuem um ramo ascendente bem desenvolvido, assim como um corpo bem

desenvolvido e o ângulo goníaco se aproxima de 90º. As mandíbulas da segunda

classe possuem um ramo ascendente curto e um corpo que pode ser de

comprimento normal, abaixo ou acima do normal, com ângulo goníaco obtuso. As

mandíbulas do terceiro grupo possuem um ramo ascendente longo, corpo de

comprimento normal ou pouco aumentado e ângulo goníaco mais agudo que as

mandíbulas do primeiro grupo.

VIGORITO65, em 1973, estudou cefalometricamente, algumas características

da mandíbula quanto à sua posição e suas dimensões, e quando associadas a duas

classes bem definidas de maloclusões: Classe I e Classe II, divisão 1. Neste

trabalho, o autor introduziu uma linha cefalométrica original que representa o longo

eixo da sínfise mandibular, denominada de Linha VT. Afirmava que os estudos das

inclinações dentárias nas análises ortodônticas têm sido omissos quanto à imagem

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da sínfise sobre o plano mandibular. As corticais, vestibular e lingual como

superfícies limítrofes da secção anterior do arco dentário merecem considerações

mais aprofundadas. Entre outras conclusões, o autor afirma que a imagem

radiográfica da sínfise mandibular exibiu uma inclinação lingual mais acentuada nos

casos de Classe II, divisão 1.

Em 1974, VIGORITO66, com base nos aspectos telerradiográficos de 30

pacientes portadores de oclusão normal e perfil facial harmonioso, propôs uma

Análise, que visa orientar o clínico no planejamento do tratamento, bem como no

diagnóstico e prognóstico ortodôntico. Apresenta os padrões médios de normalidade

de algumas grandezas lineares e angulares, dentre elas, o ângulo

GoMe.VT=72°, (Ângulo formado entre o plano mandibular e o eixo médio da sínfise),

F.VT=81°, A-VT= 0,3 mm, 1-VT= 0,6 mm, H.VT= 0,5 mm. Todas as variáveis citadas

mostraram correlações estatísticamente significantes. A partir da correlação positiva

entre as medidas A-VT e 1-VT, VIGORITO propôs uma tabela, que prevê o

posicionamento dos incisivos inferiores em relação à linha VT (eixo médio da

sínfise), segundo a variação da distância A-VT, informando a melhor posição dos

incisivos inferiores dentro do complexo esquelético facial, e assim, obter metas

ortodônticas preconizadas pela análise.

JARABAK; FIZZEL29 afirmam, em 1975, que combinando a análise de Björk

das estruturas da base posterior do crânio com a mandíbula, características

morfológicas da mandíbula, comprimento do corpo mandibular, e sua posição

espacial com o restante do complexo craniofacial, é possível prever as direções de

crescimento e incrementos de crescimento com alto grau de precisão após os 10

anos de idade, usando os valores médios obtidos em 200 casos tratados após 5

anos do tratamento. Classificaram o crescimento facial como sendo no sentido

horário, para baixo e para frente e no sentido anti-horário. Apesar de ser possível

prever as direções de crescimento em áreas específicas do complexo dento

craniofacial, incrementos exatos são difíceis de prever. Definiu-se o crescimento no

sentido horário, como sendo quando está ocorrendo um crescimento da parte

anterior da face para baixo, (para baixo e para frente ou para baixo e para trás), em

uma taxa maior do que a face posterior. E o crescimento no sentido anti-horário,

como sendo quando está ocorrendo um crescimento na altura facial posterior e na

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profundidade facial, para baixo, (para baixo e para frente ou para baixo e para trás)

em uma taxa maior do que a face anterior. O crescimento para baixo ocorre quando

a altura facial anterior cresce em uma mesma magnitude que a altura facial posterior

e a sínfise mandibular se move quase que somente para baixo. Os incrementos de

crescimento das alturas faciais anterior e posterior podem ser facilmente conferidos,

medindo de sela (S) a gônio (Go), para a altura facial posterior, e de násio (N) ao

mentoniano (Me), para a altura facial anterior. Com propósito de estabelecer uma

definição, o padrão em sentido horário significa que a parte anterior da face está

crescendo para baixo e para frente ou para baixo e para trás numa velocidade maior

que a altura posterior da face. Neste tipo de crescimento, a proporção da altura da

face é:

Altura posterior x 100 = 54% a 58%

O crescimento para baixo ocorre quando as velocidades de crescimento das

alturas anteriores e posteriores da face são da mesma magnitude. Neste tipo de

crescimento, a proporção da altura da face corresponde de 59% a 63%. Em uma

face que está crescendo em sentido anti-horário, a altura facial posterior e a

profundidade facial, estão crescendo para baixo e para frente ou para baixo e para

trás, com uma velocidade maior que a parte anterior da face. Neste tipo de

crescimento, a proporção da altura da face corresponde de 64% a 80%.

Utilizando uma combinação de programas computadorizados, de diversas

análises, MOYERS et al.39, em 1980, descreveram uma série de tipos de Classe II,

com características horizontais e verticais bem definidas. Identificaram seis tipos

horizontais entre os quais uma “pseudo Classe II” ou Classe II dentária; quatro

síndromes de Classe II esqueléticas graves; e um caso moderado de Classe II

esquelética, apresentando uma variedade de sintomas. Entre os cinco tipos

verticais, o primeiro, apresenta o plano mandibular acentuadamente inclinado para

baixo; no segundo, os planos: mandibular palatino e oclusal, encontram-se quase

paralelos entre si; o terceiro, mostra o plano palatino inclinado para cima; no quarto,

os planos: mandibular, oclusal e palatino, apresentam-se acentuadamente inclinados

para baixo; e no quinto, o plano palatino encontra-se também inclinado para baixo.

Embora estes tipos verticais nem sempre estejam presentes dentro de cada tipo

Altura anterior

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horizontal, há uma forte relação entre os dois padrões, o que permitiu a identificação

de 15 subtipos com características bem definidas. Os autores afirmaram que os

indivíduos pertencentes a um dos tipos de Classe II, possuem uma aparência e um

padrão de crescimento semelhante, com as mesmas necessidades de tratamento e,

provavelmente, apresentam as mesmas respostas a este.

Em 1981, MCNAMARA35 realizou uma avaliação cefalométrica lateral de

secção cruzada da distribuição de relações específicas em indivíduos com

maloclusão de Classe II. Foram analisados, entre outros, três componentes verticais:

Ângulo do plano mandibular; Ângulo do eixo facial; Altura da face inferior. A

avaliação desses componentes mostrou para o ângulo do plano mandibular valor de

28 graus ou mais. Concluiu que a maloclusão de Classe II não é uma entidade

única. Pode resultar de numerosas combinações de componentes dentários e

esqueléticos.

No mesmo ano, BAUMRIND e KORN4 investigaram as alterações nas

dimensões faciais em pacientes que apresentavam Classe II, 1ª divisão,

comparando grupo de pacientes tratados com grupo de pacientes sem tratamento.

Verificaram que o grupo sem tratamento apresentou um aumento da altura facial

anterior, porém menor que os grupos tratados. O comprimento efetivo da mandíbula

apresentou aumento nos dois grupos.

Dentre as análises cefalométricas que propõem a classificação do padrão

facial, destaca-se a de RICKETTS44 (1982). Além de ser a mais difundida, é,

indiscutivelmente, de grande valia. Através dos cinco primeiros fatores de sua

análise sumária, o autor determina o coeficiente da quantidade de crescimento

vertical da face (VERT), classificando o padrão facial em Dolicofacial (tendência de

crescimento vertical), Mesofacial (crescimento equilibrado) e Braquifacial (tendência

de crescimento horizontal).

MAJ; LUCCHESE33 estudaram, em 1982, por meio de telerradiografias

cefalométricas, a forma, o tamanho e posição da mandíbula em maloclusões de

Classe II, divisão 2. Concluíram que estes pacientes tendem a ter um padrão

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esqueletal único da face, caracterizado por um hiperdesenvolvimento dos

componentes da mandíbula e um pequeno ângulo goníaco.

Em 1985, SIRIWAT; JARABAK58 realizaram um estudo, objetivando procurar

possíveis associações entre os tipos de maloclusão de Angle e a morfologia facial

identificada como padrões: Hiperdivergente, Neutro ou Hipodivergente. Esses

padrões são geralmente associados com rotações de crescimento posterior

(Hiperdivergente) ou anterior (Hipodivergente), mas, o crescimento e as direções e

rotações de crescimento não são diretamente avaliados neste estudo de secção

cruzada. Além disso, a presença de dimorfismo sexual foi avaliada. A amostra

constou de 500 telerradiografias em norma lateral de pacientes entre 8 e 12 anos de

idade, utilizando a proporção de Altura Facial de Jarabak ou Quociente de Jarabak,

como medida da morfologia facial. Os achados significantes foram: o padrão Neutro

foi dominante nas maloclusões de Classe I e II. O padrão Hipodivergente, foi

dominante nas maloclusões de Classe II divisão 2 e Classe III. A maioria das

mulheres mostrou um padrão Neutro, enquanto que a maioria dos homens mostrou

um padrão Hipodivergente. O dimorfismo sexual foi maior na Classe II e Classe III.

Os homens mostraram uma maior tendência à prognatismo, enquanto que as

mulheres tenderam ao ortognatismo e retrognatismo. Os valores médios de todas as

medidas lineares nos homens foram maiores do que nas mulheres. Foram

encontradas correlações relativamente fortes entre a proporção de Altura Facial e a

altura do ramo, o ângulo Goníaco, o ângulo Goníaco inferior, o ângulo do plano

mandibular, o ângulo do plano oclusal mandibular, o ângulo do plano palatino

mandibular, o ângulo do plano de Frankfurt mandibular, ângulo SNB, ângulo do Eixo

Y, e a soma dos ângulos; Sela, Articular e Goníaco.

AIDAR; SCANAVINI1, em 1989, buscaram trazer alguma contribuição ao

estudo da avaliação cefalométrica dos padrões de crescimento facial, segundo os

dados de SIRIWAT & JARABAK58 (1985), de pacientes portadores de oclusão

normal e de maloclusões de Classe I, Classe II divisão 1 e 2 e Classe III de Angle. A

amostra constou de 200 telerradiografias cefalométricas, obtidas de pacientes

brasileiros leucodermas, de ambos os sexos, não tratados ortodonticamente. A

amostra foi dividida pelo tipo de maloclusão em 5 grupos. Após a realização da

análise estatística dos dados obtidos observou-se que: estatisticamente, não houve

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dimorfismo sexual dentro de cada grupo, em cada variável estudada. Com exceção

das grandezas angulares e o Quociente de Jarabak, em todas as outras grandezas

foram encontradas diferenças estatistícamente significantes, apresentando os

pacientes do sexo masculino, médias maiores que as do sexo feminino. Os

pacientes portadores de oclusão normal e maloclusão de Classe II divisão 2

apresentaram um padrão de crescimento facial Hipodivergente. Os pacientes

portadores de maloclusão de Classe I, Classe II divisão 1 e Classe III apresentaram

um padrão de crescimento facial Neutro.

Em 1990, BITTNER; PANCHERS7 determinaram se as aberrações sagitais e

verticais, nas relações interdentárias e intermaxilares, se refletiam na morfologia

facial. O resultado desta pesquisa revelou que uma sobressaliência acentuada e

uma relação dentária de Classe II divisão 2 se refletiam mais na face. Uma relação

de Classe III e mordida aberta, entretanto, eram difíceis de ser detectadas. As

posições sagitais da maxila e da mandíbula puderam ser ocasionalmente

determinadas com base na aparência facial, enquanto que uma relação esquelética

de Classe II (ângulo ANB aumentado) pode ser facilmente observada. A relação

vertical entre as bases ósseas (ângulo do plano mandibular e índice de altura facial

anterior) puderam ser determinados com uma precisão relativamente alta. Quando

as medidas das fotografias faciais foram comparadas com as das telerradiografias,

correlações de moderada a alta foram encontradas entre as leituras esqueléticas e

de tecido mole: ângulo ANB (r = + 0.63), ângulo do Plano Mandibular (r = + 0.93), e

índice de Altura Facial Anterior (r = + 0.86). Concluiu-se que as relações dentárias

sagitais e verticais e as relações esqueléticas discrepantes foram somente

parcialmente refletidas na face.

MARTONE et al.34 em 1992, realizaram uma pesquisa identificando os

subgrupos Classe III e Classe I com tendência à Classe III, e descreveram como os

padrões anatômicos em diferentes tipos e formas cranianas, se comparavam com as

maloclusões de Classe II esqueléticas e com as maloclusões de Classe I com

tendência à Classe II. Avaliando pacientes Classe I, II e III, verificaram que as

características craniofaciais destes pacientes variaram de acordo com o tipo facial.

Concluíram que a forma e o padrão facial são produto do crescimento e

desenvolvimento, o alvo biológico direto de muitos procedimentos clínicos. O

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entendimento das razões biológicas para os diferentes grupos craniofaciais, cada

um possuindo uma linha de desenvolvimento diferente, é então a base para a lógica

destes procedimentos clínicos e variações às respostas do tratamento.

Ainda em 1992, BUSCHANG et al.13 avaliaram as alterações longitudinais do

crescimento da sínfise humana, de 75 crianças, entre os 6 e 15 anos de idade. As

alterações verticais do crescimento, particularmente para os pontos localizados nos

20% superior da sínfise, foram mais acentuadas. As taxas anuais de crescimento

vertical variaram entre 0,9mm por ano para o ponto de contato lingual do incisivo até

-0,2mm por ano para o Gnátio. Os homens, mostraram taxas significantemente

maiores de crescimento vertical do que as mulheres, especialmente para a metade

superior da sínfise. As taxas de crescimento vertical, foram também maiores durante

a puberdade do que durante a infância. As alterações de crescimento horizontais,

indicaram um movimento lingual, da maioria dos pontos da sínfise. As taxas anuais

de crescimento foram maiores para os pontos localizados na metade superior da

sínfise. Durante a puberdade, os incisivos inferiores nas mulheres, se moveram mais

para lingual, conforme a metade superior e anterior da sínfise se remodelou. Nos

homens, os incisivos se mantiveram na sua posição horizontal, conforme o sulco

labial se desenvolvia.

SAKIMA et al.46 em 1993, estudaram a relação entre a deflexão da base

craniana e a posição vertical e anteroposterior da maxila e mandíbula, nos diferentes

padrões faciais, na maloclusão de Classe II, na tentativa de esclarecer qual o fator

mais relacionado com a deflexão da base craniana, se a má oclusão ou o tipo facial.

Concluíram que, as medidas verticais foram mais importantes que as medidas

ântero-posteriores, para explicar a variabilidade do ângulo Ba.SN. Ocorrem

mecanismos compensatórios na Classe I, na angulação da base craniana, dimensão

horizontal do ramo, dimensão vertical da face média, através de rotações do ramo e

do corpo mandibular e no plano oclusal, menos presentes nas más oclusões de

Classe II e III.

AKI et al.2 em 1994, realizaram um estudo para determinar se a morfologia da

sínfise poderia ser usada como predictor da direção de crescimento mandibular e

avaliar as alterações do crescimento da sínfise. A direção do crescimento

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mandibular foi avaliada com sete medidas cefalométricas que incluíam Eixo Y; Sn ao

Plano Mandibular; Plano Palatino ao Plano Mandibular; ângulo Goníaco; soma dos

ângulos: Sela, Articular e Goníaco; porcentagem de Altura Facial Inferior; e Altura

Facial Posterior/Anterior. As dimensões da sínfise mandibular estudadas foram:

altura, profundidade, proporção (altura/profundidade), e ângulo. A morfologia da

sínfise foi associada com a direção do crescimento mandibular, especialmente em

homens, com a proporção da sínfise com relação mais forte. Uma mandíbula com

direção de crescimento anterior foi associada com uma altura pequena, grande

profundidade, proporção pequena, e ângulo da sínfise aberto. Reciprocamente, uma

direção de crescimento posterior, foi associada a uma altura grande, profundidade

pequena, grande proporção, e ângulo da sínfise fechado. As dimensões da sínfise

continuaram a se alterar na fase adulta, com os homens, mostrando uma maior e

mais tardia alteração, quando comparados com as mulheres.

SAITO & LIMA45 em 1995, estudaram por meio das análises cefalométricas

de Ricketts e Jarabak, 50 pacientes portadores de maloclusão de Classe II, divisão 1

de Angle, tratados com aparelhos ortodônticos fixos e ortopedia funcional dos

maxilares. A classificação do tipo facial, tanto no início (idade média de 10 anos e 8

meses), como no final do tratamento (idade média de 13 anos e 3 meses),

apresentou tendência à concordância entre as duas análises.

Em 1996, HANDELMAN25 afirmou que, o delineamento dos limites do

tratamento ortodôntico, em indivíduos sem crescimento, é importante para as

decisões do tratamento, especialmente em casos limítrofes ortodôntico-cirúrgicos.

As corticais, labial e lingual, ao nível do ápice do incisivo, podem representar os

limites anatômicos da movimentação dentária. As telerradiografias de 107 adultos,

foram medidas, para determinar a largura do osso alveolar anterior e posterior ao

ápice do incisivo, em cada arco. Larguras alveolares finas, foram encontradas em

ambas as corticais, labial e lingual aos incisivos inferiores, nos grupos de Classe I, II

e III, com ângulo SN-PM alto, e, em um grupo de Classe III, com SN-PM médios.

Larguras alveolares finas, foram também encontradas, na cortical lingual dos

incisivos superiores, num grupo Classe II, com ângulo alto.

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DIBBETS21, pesquisando em 1996 sobre as associações morfológicas entre

as Classes de Angle, utilizou uma amostra de 170 jovens, antes do início do

tratamento. Encontrou que parte das diferenças entre as Classes I, II, e III, deve-se

a variações sistemáticas em algumas dimensões da face média e da base do

crânio. O ângulo da base do crânio é mais fechado, e as porções anterior (SN) e

posterior (S-Ba) são mais curtas, na má oclusão de Classe II. O tamanho da

mandíbula na adolescência, não difere entre os grupos. Por ser a base do crânio

que cria as condições para que a maxila se desenvolva, ponderou que, é a face

média que cria a característica de Classe II mais do que a mandíbula, assim como,

nas demais Classes de Angle.

KARLSEN30, em 1997, avaliou dois grupos de crianças com ângulos PM-SN

baixos e altos, e acompanhou longitudinalmente, dos 6 aos 15 anos de idade, para

avaliar as associações entre, o crescimento craniofacial vertical e a rotação de

crescimento mandibular. As correlações entre, as variáveis dimensionais e

rotacionais, ocorreram em diferentes pares de variáveis nos 2 grupos e se alteraram

com a idade. O aumento na altura póstero-inferior da face, se diferenciou, por ser

consistentemente e positivamente correlacionada com a rotação pra frente da

matriz, independente do ângulo do plano mandibular ou da idade. O mesmo se

aplicou para a altura do ramo. O aumento na altura facial ântero-inferior foi,

surpreendentemente, fracamente correlacionado à rotação mandibular, mas

fortemente e positivamente correlacionada com o aumento na altura do corpo. Um

superdesenvolvimento da altura facial ântero-inferior, em casos de ângulo alto

ocorreu, porque a inclinação do plano mandibular dirigiu o crescimento do corpo

mais para baixo e para a frente que o normal, e não devido à rotação da mandíbula

para trás.

MAIA; SILVA; MAIA32 realizaram, em 1998, um estudo com o objetivo de

apresentar de forma concisa, através de uma única radiografia, a determinação da

tendência de crescimento facial, para ajudar nas decisões da clínica ortodôntica

quanto ao uso dos aparelhos mais apropriados; para influenciar positivamente o

crescimento facial do paciente. A avaliação considerou fundamentalmente, os

ângulos Sela (S-N-Ar), Goníaco (Ar-Go-Gn) e Articular (S-Ar-Go) e os comprimentos

dos lados do polígono. Na prática clínica, um dos principais fatores a prender a

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atenção do profissional é o comportamento do crescimento facial. Portanto, os

métodos que buscam evidenciar o padrão de crescimento da face ou demonstram

sua tendência de crescimento e que são de fácil utilização, despertam interesse

clínico, visto que o profissional está sempre buscando aprimorar o seu diagnóstico,

para melhor fundamentação do plano de tratamento. A apresentação de dois casos

clínicos visa ilustrar o emprego do método.

TSUNORI; MASHITA; KASAI63, em 1998, realizaram um estudo, para avaliar

as relações entre as características morfológicas das seções verticais do corpo

mandibular com os tipos faciais. Dos coeficientes de correlação, entre as inclinações

dentárias e ósseas e os parâmetros do tipo facial, o índice de altura facial (IAF) foi

negativamente associado às inclinações do segundo pré-molar (2P), primeiro molar

(1M) e segundo molar (2M). O ângulo representado pelo Plano horizontal de

Frankfurt com o Plano mandibular (FMA) foi negativamente associado à inclinação

óssea na seção do 2M. A cortical óssea vestibular foi mais espessa em indivíduos

de face curta do que nos de face média e longa, enquanto que a espessura da

cortical lingual das seções dos 1M e 2M foi maior. A espessura do osso cortical

basal da seção do incisivo inferior (1I), foi maior no grupo de face curta, e as

inclinações dos eixos dos 2P, 1M e 2M foram significantemente menores. Os dentes

no grupo face curta, inclinaram mais para lingual, do que nos grupos face média e

longa. Os resultados deste estudo, mostraram evidência de uma significante e

complexa relação entre as estruturas do corpo mandibular e os tipos faciais. As

características morfológicas que relacionam a função mastigatória e os tipos faciais,

são associadas a espessura da cortical óssea do corpo mandibular, e a inclinação

vestibulolingual dos primeiros e segundos molares.

No mesmo ano, BECKMANN et al.5 avaliaram as relações entre a Altura

Facial Inferior e a estrutura do osso alveolar e basal. As áreas e as dimensões do

osso alveolar anterior e basal da maxila e da mandíbula, foram registradas em

telerradiografias laterais, de 460 adultos não tratados ortodonticamente. Um índice

foi calculado, dividindo a sagital pela dimensão vertical na região mediana. Os

indivíduos com uma sobremordida normal entre 0,5 e 4 mm foram divididos em 3

grupos de acordo com a altura facial inferior. Uma maior altura facial inferior,

coincidiu com uma área alveolar e basal maxilar maior e com um menor índice

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alveolar inferior. As correlações entre a altura facial inferior e o índice alveolar

superior e a área alveolar e basal inferior foram baixas. Concluiu-se que, os

indivíduos com face longa, apresentam uma altura alveolar inferior maior, o que está

mais associado, a uma forma de sínfise, mais estreita e com maior volume.

SCANAVINI54 em 1999, estudou 210 telerradiografias, classificando-as de

acordo com os tipos faciais propostos por Ricketts e Siriwat & Jarabak. Não foi

encontrada equivalência entre os métodos de determinação dos tipos faciais

propostos pelos autores estudados. Para a autora, a utilização de cada análise

fornece resultados diferentes, sendo necessária uma avaliação criteriosa por parte

do profissional, além da utilização das análises em conjunto, para se chegar a um

diagnóstico adequado.

SANKEY et al.49 em 2000, realizaram um estudo do tratamento sem extrações

em pacientes com discrepância esquelética severa e constrição maxilar. As

alterações do tratamento dos pacientes com mentoneira, e os demais, não foram

diferentes significantemente. De forma geral, o tratamento melhorou

significantemente o crescimento condilar, alterando para uma direção mais ântero-

superior, e produziu uma rotação mandibular verdadeira, 2,7 vezes maior que os

valores controle. A altura facial posterior aumentou significantemente mais nos

pacientes, do que nos controles, e os molares superiores mostraram uma intrusão

relativa. Nos pacientes tratados, o ângulo articular aumentou, o ângulo goníaco

diminuiu, e o mento se moveu anteriormente, duas vezes mais que nos controles. O

tratamento também levou ao aumento da sobremordida e diminuição da

sobressaliência. A expansão maxilar e mandibular não causou aumento do ângulo

do plano mandibular. O agregado de alterações individuais demonstrou uma

melhora geral, indicando que o tratamento pode ser viável para pacientes

Hiperdivergente. com discrepâncias esqueléticas nos 3 planos do espaço.

Em 2001, SCANAVINI et al.56 avaliaram os padrões de crescimento facial,

por meio da avaliação do ângulo Sela e ângulo Goníaco da Análise de Jarabak, de

pacientes portadores de Oclusão normal e maloclusões de Classe I, Classe II,

divisão 1, Classe II, divisão 2, e Classe III de Angle. A amostra utilizada foi de 200

telerradiografias cefalométricas, obtidas de pacientes brasileiros leucodermas, de

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ambos os sexos, não tratados ortodonticamente, apresentando dentição

permanente, na faixa etária de 11 anos e 2 meses e 19 anos e 10 meses. A amostra

foi dividida quanto à Oclusão, em cinco grupos: um, de pacientes portadores de

oclusão Normal e quatro, de pacientes portadores de maloclusões, segundo os

conceitos de ANGLE3 (1899), sendo cada grupo, dividido igualmente, quanto ao

sexo. Após a coleta de dados e o tratamento estatístico, concluiu-se que os grupos

de oclusão Normal e Classe II, divisão 2, apresentaram um ângulo Goníaco menor,

com crescimento mais horizontal, mandíbulas mais quadradas e tendência à

mordida profunda esquelética. Com relação ao ângulo Goníaco superior, os grupos

de Classe I e Classe II, divisão 2, apresentaram tendência a ter um crescimento

remanescente mandibular no sentido vertical, com pouca projeção do mento,

quando em comparação aos grupos oclusão Normal e Classe III, que mostraram

tendência a um crescimento remanescente mandibular, no sentido horizontal, que

fará com que a face inferior seja mais prognata. Os grupos de Classe I, Classe II,

divisão 1 e Classe III, apresentaram um ângulo Goníaco inferior maior, com um

Plano Mandibular mais vertical, ao contrário dos grupos de Classe II, divisão 2 e

oclusão Normal, que apresentaram um ângulo Goníaco inferior menor, com

tendência a uma inclinação mais horizontal da borda inferior da mandíbula. O grupo

de Classe III, apresentou um ângulo Sela fechado, indicando uma posição mais

vertical da base posterior do crânio (S-Ar), o que favorece a projeção anterior da

mandíbula. Os grupos de Classe II, divisão 1 e Classe II, divisão 2 apresentaram

discreta abertura do ângulo Sela. Os grupos de oclusão Normal e Classe I

apresentaram um ângulo Sela bem próximo do valor médio considerado normal.

Ainda em 2001, SCANAVINI; VIGORITO55, buscaram trazer alguma

contribuição ao estudo cefalométrico-radiográfico, do posicionamento da sínfise

mandibular nos padrões de crescimento propostos por RICKETTS42 (1960) e

SIRIWAT & JARABAK58 (1985), por meio das variáveis da análise de VIGORITO66

(1974). A amostra constituiu-se de 210 telerradiografias divididas em 7 (sete) grupos

de acordo com os tipos faciais propostos por RICKETTS42 (1960) em Dolicofacial

Suave, Dolicofacial Médio, Dolicofacial Severo, Mesofacial, Braquifacial Suave,

Braquifacial Médio e Braquifacial Severo. A seguir, o mesmo material foi

redistribuído em 3 (três) grupos de acordo com a análise de SIRIWAT & JARABAK58

(1985) em: Hiperdivergente, Neutro e Hipodivergente. Após a coleta dos dados e o

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tratamento estatístico aplicado, concluíram que apenas a variável F.VT, mostrou

diferenças significantes na comparação dos tipos faciais, para as análises de

RICKETTS42 e SIRIWAT & JARABAK58. A variável F.VT, caracteriza os tipos faciais

na análise de RICKETTS42 de forma que valores para F.VT, entre 84,37 e 70,09

graus, indicam que o paciente apresenta um tipo facial equilibrado. Valores acima de

84,37graus, indicam um tipo facial horizontal e valores abaixo de 70,09 graus, um

tipo facial vertical. A variável F.VT para a análise de SIRIWAT & JARABAK58 (1985)

se comporta de forma que, valores acima de 80,65 graus, indicam um tipo facial

horizontal. Desta forma, esta variável não pode ser considerada, em seus valores

médios determinados, equivalente aos grupos faciais preconizados nas análises

estudadas, na determinação dos tipos faciais. Não houve equivalência entre os

métodos de determinação dos tipos faciais pela análise de RICKETTS42 e de

SIRIWAT & JARABAK58. A utilização de cada uma, fornece resultados diferentes,

sendo necessária uma avaliação criteriosa por parte do profissional, e utilização de

análises em conjunto, para se chegar a um diagnóstico adequado dos tipos faciais.

MORESCA et al.38 realizaram, em 2002, um estudo com o objetivo de verificar

se existe correlação entre a classificação do padrão facial segundo as análises de

Ricketts e de Siriwat & Jarabak. A amostra constou de 32 pacientes com má-oclusão

Classe II, divisão 1ª de Angle, com idade média de 10 anos e 3 meses. Para o índice

VERT de Ricketts a amostra foi distribuída da seguinte forma: 34,39% de

dolicofaciais, 46,88% de mesofaciais e 18,75% de braquifaciais. De acordo com a

classificação de Siriwat & Jarabak, a amostra consistiu de 9,38% de tendência de

crescimento horário, 34,38% de crescimento Neutro e 56,25% de pacientes com

tendência de crescimento anti-horário. Segundo os resultados deste estudo, não

houve correlação entre as classificações do padrão facial propostas por Ricketts e

Siriwat & Jarabak.

CABRERA & CABRERA14 em 2004, avaliaram os três tipos faciais distintos

rotineiramente definidos na literatura, com características que refletem

evidentemente na morfologia das estruturas anatômicas faciais: Mesofacial,

Dolicofacial e Braquifacial. Avaliaram ainda, que, quando indivíduos são portadores

de maloclusões, estas por sua vez, apresentam repetidos sinais aparentes,

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representando a anatomia óssea, muscular e dentária pertinentes a cada tipo facial,

ainda que suas causas possam ser multifatoriais e o prognóstico ortodôntico distinto.

Em 2005, REIS et al.41 estudaram em telerradiografias laterais as

características cefalométricas de uma amostra de 30 pacientes brasileiros, adultos,

leucodermas, Padrão I, selecionados a partir da avaliação morfológica de fotografias

do perfil, com o objetivo de definir um padrão de referência, considerando-se as

médias e, principalmente, os desvios padrões, para estudos comparativos com

amostras portadoras de discrepâncias esqueléticas. Na avaliação do padrão de

crescimento facial obteve-se 9,4°± 3,2° para o ângulo do plano Palatino e 121,4°±

5,3° para o ângulo Goníaco, ambos apresentando dimorfismo sexual. O ângulo do

Plano Mandibular apresentou média de 29,2°± 4,2°, sem diferença entre os gêneros.

Os valores obtidos para as alturas faciais total, inferior, média e posterior foram,

respectivamente, 123,0mm± 8,3mm; 68,8mm± 6,6mm; 55,9mm± 3,5mm e 62,6mm±

4,7mm. Todas essas variáveis foram significativamente maiores no gênero

masculino. Os valores das medidas que definiram a relação maxilomandibular,

corroboraram o equilíbrio esquelético da amostra, pois observou-se 82,2° ± 2,9° para

o SNA; 79,8° ± 2,5° para o SNB e 2,4° ± 1,4° para o ANB, sem dimorfismo sexual.

Os valores obtidos para os comprimentos efetivos da maxila e da mandíbula foram

95,2mm ± 5,7mm e 124,2mm ± 8,2mm, respectivamente, sendo as variáveis, do

gênero feminino, significativamente menores que as do masculino. Os incisivos

superiores e inferiores apresentaram-se mais inclinados que as médias da literatura,

ou seja, 115,2° ± 5,5° para o 1.PP e 93,9° ± 5,7° para o IMPA.

No mesmo ano, CARDOSO et al.17 realizaram um estudo que determinou as

características cefalométricas dos indivíduos portadores de Padrão Face Longa em

comparação com indivíduos Padrão I. Um total de 73 telerradiografias em norma

lateral, sendo 34 Padrão Face Longa e 39 Padrão I, foram selecionadas com base

na morfologia facial, não considerando as relações oclusais e sagitais. Foram

avaliados: padrão de crescimento facial, alturas faciais anteriores e posterior,

relação maxilomandibular, além das relações dentárias com suas bases apicais. De

uma forma geral, os indivíduos Padrão Face Longa apresentaram grandes desvios

em relação aos indivíduos Padrão I, sendo a doença decorrente de um desequilíbrio

entre os componentes verticais. Pôde-se observar que os valores das grandezas

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AFAT, AFAI, AFATperp, AFAIperp, 1-PP, 6-PP, 1-PM, SNB, ANB, ângulo Goníaco,

ângulo Plano Mandibular, além das proporções AFAI/AFAT e AFAIperp/AFATperp,

estavam, significantemente alterados, nos casos com Padrão Face Longa. Os

resultados demonstraram que esses indivíduos, caracterizavam-se pelo padrão de

crescimento vertical, e por um aumento da altura facial anterior inferior e da altura

facial anterior total. Foram observados ainda um retrognatismo maxilar e mandibular,

além da presença de extrusão dentária, anterior superior e inferior e póstero-

superior, com os incisivos superiores bem posicionados em suas bases e os

incisivos inferiores, lingualizados.

CAPELOZZA FILHO et al.16 avaliaram em 2007, a hipótese de variação das

características cefalométricas, de acordo com o gênero, para portadores de Padrão

Face Longa. Para isso, foi analisado um total de 73 telerradiografias em norma

lateral, sendo 34 Padrão Face Longa e 39 Padrão I (grupo controle), selecionadas

com base na morfologia facial, sem considerar as relações oclusais. Foram

avaliados: padrão de crescimento facial, alturas faciais anteriores e posterior,

relação maxilomandibular, além das relações dentárias com suas bases apicais. O

grupo controle (Padrão I) apresentou dimorfismo (p<0,001) no comprimento efetivo

da maxila e da mandíbula, além das alturas faciais avaliadas. Foram significantes

também (p<0,05) as proporções entre, as alturas faciais e as distâncias entre os

incisivos e molares em relação aos planos Palatino e Mandibular. Para os

portadores de Padrão Face Longa, as mesmas variáveis cefalométricas, não

mostraram diferenças significantes entre os gêneros (p>0,05), exceto os

comprimentos efetivos da maxila e da mandíbula, além da altura facial anterior

inferior e posterior (p<0,05). Concluiu-se que, enquanto ocorreu dimorfismo nos

indivíduos Padrão I, para as estruturas influenciadas pela diferença no tamanho

esquelético entre os gêneros, isso não aconteceu nos portadores de Padrão Face

Longa. Essa maior similaridade entre os gêneros, provavelmente ocorreu porque a

deformidade, mais grave no gênero feminino, foi suficiente para anular, o menor

tamanho esquelético esperado para estes indivíduos.

Em 2009, SWASTY et al.61 avaliaram a espessura, altura e largura da cortical

óssea, por meio de tomografia de feixe cônico, onde determinaram as relações

desses parâmetros com a idade. Um total de 113 indivíduos foram divididos por

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idades em décadas. A espessura das corticais vestibular e lingual e a altura e

largura mandibular foram avaliadas em 5 regiões (13 locais). O teste ANOVA a um

critério, foi usado para comparar os parâmetros entre os grupos divididos pela idade.

O valor de P menor ou igual a 0,05 foi considerado estatisticamente significante.

Para todos os grupos, da cortical mais grossa para a mais fina foram: base da

mandíbula, terço vestibular inferior, terço lingual superior, terço vestibular superior e

terço lingual inferior. Em todos os grupos, a mandíbula aumentou em altura ,quando

a linha média se aproximava, e a largura do terço superior da mandíbula diminuiu do

segundo molar até a sínfise, enquanto que o inverso ocorreu no terço inferior. A

comparação dos grupos etários mostrou que os indivíduos de 10 a 19 anos também

apresentaram altura posterior mandibular baixa. Não houve diferença

estatistícamente significante na largura, entre os grupos. Concluiu-se que a cortical

óssea mandibular é mais espessa na base, no lado vestibular. Indivíduos com 10 a

19 anos tem cortical óssea mais fina e altura mandibular diminuída quando

comparados com outros grupos etários. A mandíbula continua seu processo de

maturação até 40 a 49 anos, e então, diminuiu de espessura, após este período.

GARIB et al.23 em 2010, realizaram um estudo com o objetivo de expor e

discutir as implicações da morfologia do osso alveolar, visualizado por meio da TC,

sobre o diagnóstico e plano de tratamento ortodôntico. Foram descritas as

evidências sobre a inter-relação entre características dentofaciais e a morfologia das

tábuas ósseas vestibular e lingual, assim como, evidências sobre a repercussão da

movimentação ortodôntica sobre o nível e espessura dessas estruturas periodontais.

Como resultados, encontraram que pacientes adultos podem apresentar deiscências

ósseas previamente ao tratamento ortodôntico, principalmente na região dos

incisivos inferiores. Os pacientes com padrão de crescimento vertical parecem

apresentar menor espessura das tábuas ósseas; vestibular e lingual, no nível do

ápice dos dentes permanentes, comparados a pacientes com padrão de crescimento

horizontal. O movimento dentário vestibulolingual descentraliza os dentes do rebordo

alveolar e ocasiona deiscências ósseas. Concluíram que, a morfologia do rebordo

alveolar constitui um fator limitante para a movimentação dentária e deve ser

considerada, de forma individual, na realização do plano de tratamento ortodôntico.

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A construção de um diagnóstico ortodôntico tem como base a correta

determinação do padrão esquelético vertical da face do paciente. Sendo assim,

BENEDICTO et al.6 em 2011, publicaram um artigo objetivando revisar a literatura

para identificar os principais métodos de determinação do padrão esquelético facial.

Como resultados, observaram que, a literatura apresentou diversas maneiras de se

determinar o padrão esquelético vertical de um indivíduo para auxiliar o profissional

no diagnóstico final do padrão facial. Os autores concluíram que existem diversas

análises disponíveis para determinar o padrão esquelético vertical da face de um

indivíduo e muitas dessas análises apresentam divergências entre si, quanto ao

resultado final.

Devido à correlação entre a morfologia facial e suas respectivas sínfises, no

mesmo ano, CABRERA;CABRERA;CABRERA15, comprovaram atavés de

tomografia computadorizada que, eventualmente, as sínfises possam ser

encontradas em outros tipos que não os seus correspondentes, embora suas

características morfológicas individuais sobretudo os limítrofes físicos de seus

contornos, as sínfises largas, estreitas e equilibradas, identificam-se com as

características morfológicas encontradas nos distintos biotipos faciais.

Ainda em 2011, SWASTY et al.62 realizaram um estudo, com o objetivo de

observar o osso cortical mandibular, em pacientes vivos, utilizando tomografia

computadorizada cone-beam, para determinar as diferenças, na espessura da

cortical e a altura e largura de secção cruzada da mandíbula, em pacientes com

diferentes dimensões faciais verticais. Para isso, um total de 111 pacientes compôs

a amostra. Destes indivíduos, 43 foram incluídos no grupo de dimensão facial

vertical médio (face média), 34 no grupo de dimensão facial vertical alta (face longa)

e 34 no grupo de dimensão facial vertical baixa (face curta). Partes de secção

cruzada da mandíbula, foram avaliadas com escaner cone-beam, para avaliar a

cortical óssea entre os dentes em 13 locais. Cada secção, foi medida em 8 locais,

que incluíram uma medida de altura e duas de largura, da área de secção cruzada e

5 de espessura da cortical. O teste ANOVA e Bonferroni foram usados, com nível de

significância de 0,01. Os resultados demonstraram que, o grupo face longa

apresentou uma cortical óssea levemente mais fina do que os outros 2 grupos, em

alguns locais na mandíbula. A altura da área de secção cruzada da mandíbula, no

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grupo de face longa foi menor, posteriormente, do que os outros 2 grupos e se

tornou maior em direção à sínfise mandibular. Concluíram que, a altura e a largura

mandibulares diferem mais do que a espessura da cortical óssea, entre os 3 tipos de

indivíduos com diferentes dimensões faciais verticais, mas, diferenças

estatisticamente significantes foram evidentes, em mais locais, para a espessura da

cortical óssea.

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PROPOSIÇÃO

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3 PROPOSIÇÃO

Avaliar em uma amostra de Oclusão Normal natural e de maloclusões Classe

I, Classe II div.1, Classe II div. 2, e Classe III de Angle, quanto:

1 – ao padrão esquelético vertical da face.

2 – ao dimorfismo sexual.

3- a correlação da sínfise mandibular com o padrão facial.

.

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MATERIAL E MÉTODO

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4 MATERIAL E MÉTODO

4.1 Critérios éticos da pesquisa

Esta pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa, da

Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e aprovada sob o protocolo

CEP/UMESP, no 377669-10. (Anexo 1)

4.2 Amostra

Esta pesquisa é um estudo retrospectivo sobre 200 telerradiografias

padronizadas em norma lateral direita, de indivíduos brasileiros, leucodermas,

pertencentes ao acervo de documentação ortodontica do Curso de Pós Graduação

em Odontologia, área de concentração Ortodontia, da Faculdade da Saúde

(UMESP), com faixa etária entre 13 e 16 anos, todos com dentaduras permanentes

sem mutilações, não tratados ortodonticamente.

4.1.1 Característica do Material

O material foi dividido quanto ao tipo de oclusão, em 5 (cinco) grupos:

Oclusão normal e de acordo com as maloclusões de Angle3 (1899), (quadro 4.1).

QUADRO 4.1 – Distribuição da amostra

Grupo Feminino Masculino Total

A - Oclusão Normal 20 20 40

B - Classe I 20 20 40

C - Classe II, Div.1 20 20 40

D - Classe II, Div.2 20 20 40

E - Classe III 20 20 40

Total 100 100 200 :

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Grupo A: Oclusão Normal natural

40 indivíduos (20 homens e 20 mulheres) com idade média de 16 anos e 04 meses

Grupo B: Maloclusão de Classe I

40 indivíduos (20 homens e 20 mulheres) com idade média de 14 anos e 10 meses

Grupo C: Maloclusão de Classe II, div. 1

40 indivíduos (20 homens e 20 mulheres) com idade média de 13 anos e 09 meses

Grupo D: Maloclusão de Classe II, div. 2

40 indivíduos (20 homens e 20 mulheres) com idade média de 15 anos e 07 meses

Grupo E: Maloclusão de Classe III

40 indivíduos (20 homens e 20 mulheres) com idade média de 15 anos e 08 meses

4.2 MÉTODO

4.2.1 Obtenção do traçado cefalométrico

As telerradiografias cefalométricas em norma lateral direita, foram obtidas por

técnica radiográfica padronizada descrita por ZAPATA68 (2003), adequada e segura

para todos os envolvidos na pesquisa, segundo laudo radiométrico utilizado pela

Instituição (UMESP). Para copiar as estruturas anatômicas de interesse, foram

traçados cefalogramas de cada indivíduo, manualmente, sobre um negatoscópio tipo

Light Box, com auxilio de lupa tipo Classic Magnifer, de 75 mm, em sala escura para

aumentar a acuidade visual.

Para efeito descritivo o traçado cefalométrico (figura 4.1) foi dividido em:

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4.2.1.1 Desenho Anatômico

O desenho anatômico utilizado neste estudo foi obtido empregando muitos

parâmetros esqueléticos básicos já descritos por BJORK8 (1948), INTERLANDI28

(1968), JARABAK29 (1972) e VIGORITO66 (1974); constituindo assim de detalhes

que permitem o traçado dos pontos, linhas, planos e ângulos craniométricos,

apresentando as seguintes estruturas:

Perfil mole;

Sela turca e base do crânio;

Perfil do osso frontal e dos ossos nasais;

Meato acústico externo;

Fissura pterigomaxilar;

Borda inferior das órbitas;

Maxila;

Mandíbula;

Dentes;

4.2.1.2 Pontos, Linhas e Planos Cefalométricos

PONTOS CEFALOMÉTRICOS

Ponto S (Sela), localizado no centro da imagem da Sela turca.

Ponto N (Násio), ponto mais anterior da sutura fronto-nasal, na união das linhas do

perfil da Glabela e ossos nasais.

Ponto Goc (Gônio cefalométrico), localizado no ponto da intersecção dos planos do

ramo e mandibular.

Ponto Me (Mentoniano), localizado no limite mais inferior da curvatura da sínfise da

mandíbula, no ponto em que as linhas externas das imagens das corticais vestibular

e lingual se encontram.

Ponto b (Supramentoniano), localizado no ponto mais profundo do perfil alvéolo-

mentoniano da sínfise.

Ponto a (Derivado do Ponto b), situado na cortical óssea lingual da sínfise, é obtido

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colocando a régua perpendicular ao Plano Mandibular, marcando a altura do Ponto b

e deslocando esta altura sempre perpendicularmente, até a borda posterior da

sínfise .

Ponto d (Eminência mentoniana), situado no ponto mais anterior da eminência

mental. (INTERLANDI28 (1998). Para a sua localização, coloca-se a régua

coincidente com o ponto N (násio), tangenciando a curvatura da sínfise mentoniana,

em sua cortical vestibular externa.

Ponto c (Derivado do Ponto d), situado na cortical óssea lingual da sínfise, é obtido

colocando a régua perpendicular ao Plano Mandibular, marcando a altura do Ponto d

e deslocando esta altura, sempre perpendicularmente ao plano mandibular, até a

borda posterior da sínfise.

Ponto h (Altura da sínfise mentoniana), obtido através de uma perpendicular ao

plano Mandibular e tangente ao ponto d (eminência), localizado no ponto mais alto

da cortical óssea vestibular da sínfise mentoniana.

Ponto V, localizado a igual distância das corticais vestibular e lingual da imagem da

sínfise mandibular, numa linha traçada paralela ao plano Mandibular, e que parte do

Ponto d, (Eminência), cruzando toda a espessura da sínfise.

Ponto T, demarcado de igual distância das corticais vestibular e lingual da imagem

da sínfise mandibular, numa linha traçada paralela ao plano Mandibular, e que parte

do ponto b, (Supramentoniano), cruzando toda a espessura da sínfise.

LINHAS E PLANOS CEFALOMÉTRICOS

LINHA (a-b) (Menor largura da sínfise)

LINHA (c-d) (Maior largura da sínfise)

LINHA (Me-h) (Altura da sínfise)

LINHA (VT) (Eixo médio da sínfise)

PLANO MANDIBULAR (PM); é representado pela união dos pontos Goc à Me,

estendendo-se tanto anterior como posteriormente a esses pontos.

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4.2.1.3 Grandeza Angular

ÂNGULO (GocMe. VT) ; formado entre o Plano mandibular e o Eixo VT.

4.2.1.4 Grandezas Lineares

ALTURA FACIAL POSTERIOR (S-Goc);distância linear do Ponto S até o Ponto Goc.

ALTURA FACIAL ANTERIOR ( N-Me ); distância linear do Ponto N até Me.

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Figura 4.1 – Traçado Cefalométrico

LINHA (a-b) ; (Menor largura da sínfise)

LINHA (c-d); (Maior largura da sínfise)

LINHA (ME- h); (Altura da sínfise)

LINHA (VT); (Eixo da sínfise)

PLANO MANDIBULAR (PM); (Goc-Me)

ÂNGULO (GocMe.VT); (Inclinação da sínfise)

ALTURA FACIAL POSTERIOR (S-Goc)

ALTURA FACIAL ANTERIOR (N-Me)

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36

4.2.2 Determinação da Morfologia Facial

Quociente de Jarabak = ALTURA FACIAL POSTERIOR (S-Goc) X 100

QUOCIENTE DE JARABAK (1985)

Enquanto complexas análises são utilizadas para auxiliar no diagnóstico das

direções de crescimento, a análise de SIRIWAT; JARABAK58 (1985), empregada

neste estudo, representada pelo índice de proporcionalidade, categoriza a

morfologia facial com base em três padrões distintos, definidos pela razão da Altura

Facial (FHR) ou QUOCIENTE DE JARABAK, isto é, a relação entre, a Altura Facial

Posterior (S-Goc) pela Altura Facial Anterior (N-Me), multiplicado por 100 (cem);

obtém-se um percentual (%), sendo este, representativo para descrever a morfologia

facial. (quadro 4.2)

QUADRO 4.2 – Quociente de proporcionalidade de SIRIWAT; JARABAK58 (1985)

Todos os 5 grupos estudados foram mensurados e os percentuais calculados.

A classificação da morfologia facial foi dada de acordo com o seguinte

diagrama, representado no quadro 4.3 .

QUADRO 4.3 – Classificação da morfologia facial segundo SIRIWAT; JARABAK,58.

. (1985).

ÍNDICE MORFOLOGIA FACIAL

54% a 58% HIPERDIVERGENTE

59% a 63% NEUTRO

64% a 80% HIPODIVERGENTE

Altura Facial Posterior (S-Goc) QUOCIENTE DE JARABAK (FHR) = --------------------------------------------- X 100 . Altura Facial Anterior (N-Me)

ALTURA FACIAL ANTERIOR (N-Me)

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SIRIWAT;JARABAK58 no mesmo estudo (1985), estabeleceu mediante o

cálculo percentual descrito, a possibilidade de agrupar os diferentes tipos direcionais

de crescimento, dando origem às “esferas direcionais de Jarabak”. Esses padrões

são geralmente associados com alterações de crescimento rotacional; horário,

neutro e anti-horário, que tendem a acentuar suas características com o

crescimento (figura 4.2).

Figura 4.2 - Esferas de Jarabak; CÍRCULOS DE CRESCIMENTO CRANIOFACIAL DE

JARABAK: valores percentuais da Altura Facial Posterior/ Altura Facial Anterior

A sobreposição dos círculos da figura 4.2, representa o que Jarabak chama

de “zonas cinzentas”, onde é difícil prever que direção de crescimento levará a face,

com prognóstico duvidoso.

Obtidos os valores de todas as grandezas elaboradas nos cefalogramas de

toda a amostra, procedeu-se então, à tabulação das mesmas para a oclusão normal

e para cada tipo das maloclusões, e em seguida, foram aplicados os métodos dos

testes estatísticos pertinentes, para comparação dos resultados.

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4.3 Avaliação do Erro de Medição

4.3.1 Erro do Método

Para o cálculo do erro do método foram realizadas novas mensurações após

um prazo aproximado de 45 dias. Para verificar o erro sistemático intra examinador

foi utilizado o teste “t” pareado. Na determinação do erro casual foi utilizado o cálculo

de erro proposto por DAHLBERG19 (1940).

nerro d

2

2

onde, d = diferença entre a 1a e 2a medições

. n = número de repetições

4.3.2. Análise Estatística

Em todos os testes, foi adotado nível de significância de 5% (p<0,05).

Os dados foram descritos em tabelas e gráficos por meio de frequência

absoluta (n), frequência relativa (%), média e desvio padrão.

Para verificar a correlação entre as variáveis foi utilizado o coeficiente de

correlação de Pearson.

Para comparação entre os sexos nas medidas quantitativas foi utilizado o

teste “t” de Student.

Para verificar a associação entre sexo e classificação de Jarabak foi utilizado

o teste do qui-quadrado.

Todos os procedimentos estatísticos foram executados no programa Statistica

v. 5.1 (StatSoft Inc., Tulsa, USA).

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RESULTADOS

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40

5 RESULTADOS

Os resultados das avaliações do erro sistemático, avaliado pelo teste “t”

pareado, e do erro casual medido pela fórmula de Dahlberg estão mostrados na

tabela 5.1.

TABELA 5.1 – Média, desvio padrão das duas medições, e teste “t” pareado e Erro

de Dahlberg para avaliar o erro sistemático e o erro casual.

Medida 1a. Medição 2a. Medição

t p

Erro Média dp Média dp

S-Goc 80,04 7,86 80,05 7,88 0,177 0,860ns 0,31

N-Me 121,83 7,20 121,85 7,35 0,361 0,720ns 0,31

Me-h 31,20 3,53 31,19 3,53 0,274 0,785ns 0,20

a-b 8,01 1,25 8,01 1,22 0,000 1,000ns 0,19

c-d 15,78 1,74 15,81 1,80 0,771 0,446ns 0,22

N-VT 12,76 9,05 12,74 9,06 0,495 0,623ns 0,22

GocMe.VT 75,83 7,08 75,88 7,20 0,598 0,553ns 0,37

ns – diferença estatisticamente não significativa

.

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TABELA 5.2 – Distribuição da classificação de Jarabak nos 5 grupos estudados.

Grupo Classif. Feminino Masculino Fem + Masc

n (%) n (%) n (%)

Oclusão Normal

NEUTRO 8 (40%) 2 (10%) 10 (25,0%)

HIPO 12 (60%) 17 (85%) 29 (72,5%)

HIPER 0 - 1 (5%) 1 (2,5%)

Classe I

NEUTRO 9 (45%) 8 (40%) 17 (42,5%)

HIPO 9 (45%) 10 (50%) 19 (47,5%)

HIPER 2 (10%) 2 (10%) 4 (10,0%)

Classe II, Div. 1

NEUTRO 5 (25%) 4 (20%) 9 (22,5%)

HIPO 13 (65%) 14 (70%) 27 (67,5%)

HIPER 2 (10%) 2 (10%) 4 (10,0%)

Classe II, Div. 2

NEUTRO 2 (10%) 3 (15%) 5 (12,5%)

HIPO 18 (90%) 17 (85%) 35 (87,5%)

HIPER 0 - 0 - 0 -

Classe III

NEUTRO 7 (35%) 2 (10%) 9 (22,5%)

HIPO 9 (45%) 13 (65%) 22 (55,0%)

HIPER 4 (20%) 5 (25%) 9 (22,5%)

Não houve diferença estatisticamente significativa entre Feminino e Masculino em nenhum dos grupos (p>0,05).

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TABELA 5.3 – Correlação de Pearson entre a medida GocMe.VT e as medidas

a-b, c-d, Me-h e Quociente de Jarabak.

Grupo Medida

a - b c - d Me - h Quoc.Jarabak

Oclusão Normal

r = 0,17 0,03 0,21 0,09

p = 0,284 0,874 0,204 0,596

Classe I

r = 0,24 0,12 -0,04 0,34

p = 0,142 0,454 0,787 0,029*

Classe II, Div. 1

r = 0,02 -0,05 0,03 -0,06

p = 0,901 0,775 0,849 0,719

Classe II, Div. 2

r = 0,11 0,09 0,20 -0,04

p = 0,485 0,580 0,218 0,827

Classe III

r = 0,45 0,05 -0,02 0,43

p = 0,004* 0,741 0,920 0,005*

Todos juntos

r = 0,27 0,09 0,07 0,24

p = <0,001* 0,181 0,296 0,001*

* - Correlação estatisticamente significativa (p< 0,05)

A seguir, as Tabelas: 5.4, 5.5, 5.6, 5.7, e 5.8, resultam a comparação

entre os sexos, de todas as medidas, da Oclusão normal, maloclusão Classe I,

Classe II, div.1, Classe II, div. 2 e Classe II, respectivamente.

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TABELA 5.4 – Comparação entre os sexos Feminino e Masculino nas medidas

avaliadas no Grupo de Oclusão Normal.

Medida Feminino Masculino

Dif. p Média dp Média dp

Goc - Me.VT 77,35 4,91 77,28 5,84 -0,07 0,965 ns

c -d 15,08 1,79 17,03 1,99 1,95 0,002*

a - b 7,78 1,20 8,50 1,35 0,73 0,080 ns

Me - h 31,75 3,24 32,00 2,87 0,25 0,798 ns

N - Me 121,60 5,73 127,88 7,06 6,28 0,004*

N - VT 12,98 8,67 11,25 10,07 -1,73 0,565 ns

Quoc. Jarabak 65,66 3,88 68,59 4,81 2,93 0,040*

S - Goc 79,78 4,78 87,63 6,48 7,85 <0,001*

*- diferença estatisticamente significativa (p<0,05)

ns – diferença estatisticamente não significativa

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TABELA 5.5 – Comparação entre os sexos Feminino e Masculino nas medidas

avaliadas no Grupo de Classe I.

Medida Feminino Masculino

Dif. p Média dp Média dp

Goc - Me.VT 77,28 5,92 77,13 5,55 -0,15 0,935 ns

c -d 14,80 1,85 15,75 1,80 0,95 0,109 ns

a - b 7,50 1,15 8,40 1,27 0,90 0,024*

Me - h 31,50 2,87 32,85 3,92 1,35 0,222 ns

N - Me 124,53 5,15 124,63 8,62 0,10 0,965 ns

N - VT 16,83 9,43 15,78 9,40 -1,05 0,726 ns

Quoc. Jarabak 63,06 2,93 64,30 5,04 1,25 0,345 ns

S - Goc 78,53 4,42 79,98 6,56 1,45 0,417 ns

*- diferença estatisticamente significativa (p<0,05)

ns – diferença estatisticamente não significativa

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TABELA 5.6 – Comparação entre os sexos Feminino e Masculino nas medidas

avaliadas no Grupo de Classe II, div. 1.

Medida Feminino Masculino

Dif. p Média dp Média dp

Goc - Me.VT 77,65 4,28 75,95 5,78 -1,70 0,297 ns

c -d 15,08 2,28 15,65 1,82 0,58 0,384 ns

a - b 7,53 1,16 7,70 1,03 0,18 0,618 ns

Me - h 30,80 2,22 31,70 2,18 0,90 0,204 ns

N - Me 119,53 5,27 123,53 8,08 4,00 0,071 ns

N - VT 10,53 8,03 12,35 7,71 1,83 0,468 ns

Quoc. Jarabak 64,39 3,74 65,66 4,79 1,27 0,355 ns

S - Goc 76,90 4,17 81,00 7,04 4,10 0,031*

*- diferença estatisticamente significativa (p<0,05)

ns – diferença estatisticamente não significativa

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TABELA 5.7 – Comparação entre os sexos Feminino e Masculino nas medidas

avaliadas no Grupo de Classe II, div. 2.

Medida Feminino Masculino

dif. p Média dp Média dp

Goc - Me.VT 77,35 4,25 76,95 6,11 -0,40 0,811 ns

c -d 14,85 1,66 15,95 1,82 1,10 0,053 ns

a - b 8,05 1,28 8,30 0,86 0,25 0,473 ns

Me - h 28,38 2,45 30,33 2,78 1,95 0,024*

N - Me 113,10 5,72 119,70 6,20 6,60 0,001*

N - VT 6,40 5,22 8,23 6,00 1,83 0,311 ns

Quoc. Jarabak 68,23 3,19 68,52 4,75 0,29 0,825 ns

S - Goc 77,13 3,98 81,90 5,22 4,78 0,002*

*- diferença estatisticamente significativa (p<0,05)

ns – diferença estatisticamente não significativa

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TABELA 5.8 – Comparação entre os sexos Feminino e Masculino nas medidas

avaliadas no Grupo de Classe III.

Medida Feminino Masculino

Dif. p Média dp Média dp

Goc - Me.VT 72,63 8,26 71,18 6,82 -1,45 0,549 ns

c -d 13,85 1,87 15,75 2,12 1,90 0,005*

a - b 7,25 1,48 7,80 1,44 0,55 0,241 ns

Me - h 29,58 2,38 31,60 5,31 2,03 0,128 ns

N - Me 119,95 7,60 126,55 9,57 6,60 0,021*

N - VT 16,15 10,89 13,73 7,27 -2,43 0,413 ns

Quoc. Jarabak 62,80 3,86 64,74 6,31 1,93 0,250 ns

S - Goc 75,23 5,81 81,98 9,00 6,75 0,008*

*- diferença estatisticamente significativa (p<0,05)

ns – diferença estatisticamente não significativa

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TABELA 5.9 – Medidas obtidas nos 5 Grupos de Más Oclusões

Medida Feminino Masculino Total

Média dp Média dp Média dp

Oclusão Normal

Goc - Me.VT 77,35 4,91 77,28 5,84 77,31 5,329

c -d 15,08 1,79 17,03 1,99 16,05 2,115

a - b 7,78 1,20 8,50 1,35 8,14 1,311

Me - h 31,75 3,24 32,00 2,87 31,88 3,023

N - Me 121,60 5,73 127,88 7,06 124,74 7,095

Quoc. Jarabak 65,66 3,88 68,59 4,81 67,13 4,558

S - Goc 79,78 4,78 87,63 6,48 83,70 6,885

Classe I

Goc - Me.VT 77,28 5,92 77,13 5,55 77,20 5,666

c -d 14,80 1,85 15,75 1,80 15,28 1,867

a - b 7,50 1,15 8,40 1,27 7,95 1,280

Me - h 31,50 2,87 32,85 3,92 32,18 3,461

N - Me 124,53 5,15 124,63 8,62 124,58 7,009

Quoc. Jarabak 63,06 2,93 64,30 5,04 63,68 4,117

S - Goc 78,53 4,42 79,98 6,56 79,25 5,569

Classe II, Div. 1

Goc - Me.VT 77,65 4,28 75,95 5,78 76,80 5,09

c -d 15,08 2,28 15,65 1,82 15,36 2,06

a - b 7,53 1,16 7,70 1,03 7,61 1,09

Me - h 30,80 2,22 31,70 2,18 31,25 2,22

N - Me 119,53 5,27 123,53 8,08 121,53 7,03

Quoc. Jarabak 64,39 3,74 65,66 4,79 65,02 4,29

S - Goc 76,90 4,17 81,00 7,04 78,95 6,08

Classe II, Div. 2

Goc - Me.VT 77,35 4,25 76,95 6,11 77,15 5,20

c -d 14,85 1,66 15,95 1,82 15,40 1,81

a - b 8,05 1,28 8,30 0,86 8,18 1,08

Me - h 28,38 2,45 30,33 2,78 29,35 2,77

N - Me 113,10 5,72 119,70 6,20 116,40 6,77

Quoc. Jarabak 68,23 3,19 68,52 4,75 68,38 4,00

S - Goc 77,13 3,98 81,90 5,22 79,51 5,18

Classe III

Goc - Me.VT 72,63 8,26 71,18 6,82 71,90 7,51

c -d 13,85 1,87 15,75 2,12 14,80 2,20

a - b 7,25 1,48 7,80 1,44 7,53 1,47

Me - h 29,58 2,38 31,60 5,31 30,59 4,19

N - Me 119,95 7,60 126,55 9,57 123,25 9,16

Quoc. Jarabak 62,80 3,86 64,74 6,31 63,77 5,25

S - Goc 75,23 5,81 81,98 9,00 78,60 8,22

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A sequencia de gráficos, a seguir, expressa os resultados das tabelas

anteriores, em percentagem, de todos os grupos: Feminino, Masculino, e ambos,

Feminino e Masculino, como também, a distribuição de Jarabak, de acordo com a

classe de oclusão, somente para os pacientes do sexo Feminino, somente para os

pacientes do sexo Masculino, e todos juntos, Masculino e Feminino.

Gráfico 5.1 - Distribuição da classificação de Jarabak nos 5 grupos estudados no

sexo Feminino.

Gráfico 5.2 - Distribuição da classificação de Jarabak nos 5 grupos estudados no

sexo Masculino.

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50

Gráfico 5.3 - Distribuição da classificação de Jarabak nos 5 grupos estudados em

ambos os sexos, Masculino e Feminino.

Gráfico 5.4 - Distribuição da classificação de Jarabak de todos pacientes estudados.

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51

Gráfico 5.5 - Distribuição da classificação de Jarabak de acordo com cada classe de oclusão, somente dos pacientes do sexo feminino. .

Gráfico 5.6 - Distribuição da classificação de Jarabak de acordo com cada classe de oclusão, somente dos pacientes do sexo masculino.

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Gráfico 5.7 - Distribuição da classificação de Jarabak de acordo com cada classe de oclusão, somente dos pacientes do sexo feminino e masculino.

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DISCUSSÃO

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54

6 DISCUSSÃO

Com o objetivo de facilitar a interpretação dos resultados obtidos neste

trabalho, será discutido inicialmente o erro intra-examinador e os aspectos

referentes à amostra e à metodologia empregada.

6.1 ERRO DO MÉTODO

Durante a realização de uma pesquisa, todo o esforço deve ser despendido

para minimizar ou controlar os erros provenientes dos procedimentos envolvidos na

realização dos traçados cefalométricos, na demarcação dos pontos e na

mensuração das medidas utilizadas. O conhecimento destes erros permite que os

dados obtidos sejam interpretados com estas limitações, tornando os resultados

mais confiáveis.

O estudo cefalométrico representa uma excelente ferramenta para o

diagnóstico, planejamento e acompanhamento ortodôntico. Entretanto, para a

utilização das telerradiografias em pesquisas científicas, torna-se necessária a

determinação do erro proveniente dos procedimentos envolvidos no traçado

cefalométrico, na demarcação dos pontos e obtenção das medidas.

A análise cefalométrica por meio das telerradiografias em norma lateral é

amplamente utilizada na literatura8, 22, 31, 36, 41, 42, 48, 50, 51, 52, 59, 64, 66, 67. Entretanto, a

mensuração das medidas nas telerradiografias, também pode apresentar erros e,

consequentemente, resultados equivocados. Por esse motivo, procurou-se minimizar

todas as variáveis que pudessem influir nos resultados obtidos nas telerradiografias,

com a realização de testes para verificar o erro intra-examinador.

HOUSTON26 (1983) classificou os erros metodológicos em sistemático e

casual. O erro sistemático se manifesta, quando um examinador muda sua técnica

de mensuração com o passar do tempo, e de modo inconsciente, tende a sub ou

superestimar os valores, de acordo com o resultado esperado em sua pesquisa,

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55

refletindo uma falta de padronização do método. Normalmente, o erro sistemático

ocorre quando há dois examinadores realizando as mesmas mensurações, mas

cada um possui uma concepção do posicionamento de um determinado ponto,

ocasionando o erro.

O erro casual refere-se à dificuldade encontrada pelo examinador em

identificar e definir certos pontos radiográficos utilizados nas medições

cefalométricas (HOUSTON26 1983).

Não houve nenhum erro sistemático significante entre a primeira e a segunda

medição (Tabela 1). Os erros casuais variaram de 0,19 a 0,37 (Tabela 1), e foram

considerados mínimos e aceitáveis, não influenciando na confiabilidade dos

resultados do presente estudo.

Baseando-se nessas afirmações e observando que a quantidade de variáveis

que apresentou erros casuais é similar ou menor que as descritas na literatura,

pode-se afirmar que, os erros obtidos na verificação da precisão da metodologia

desse estudo, estão de acordo com a normalidade e promovem resultados

fidedignos.

6.2 AMOSTRA E METODOLOGIA

Durante a seleção da amostra, vários fatores foram considerados, objetivando

aumentar a confiabilidade dos resultados desta pesquisa.

Para isso, utilizaram-se indivíduos com a mesma faixa etária, entre 13 e 16

anos de idade, sendo que, cada grupo foi selecionado apresentando a mesma

maloclusão ou oclusão normal.

Além disso, observou-se a seleção da amostra e divisão entre os grupos de

modo a obter grupos o mais compatíveis possível em vários aspectos como: idade e

distribuição com relação ao sexo, almejando uma amostra o mais homogênea

possível.

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56

Outros critérios de seleção da amostra foram; a presença de dentadura

permanente sem mutilações e não tratados ortodonticamente, visto que essas

condições podem interferir no desenvolvimento normal.

Sendo assim, a amostra se compôs de 200 indivíduos, 40 em cada grupo, o

que pode ser considerado um número significante, gerando resultados seguros e

confiáveis.

6.3 RESULTADOS

Comparando-se a frequência dos padrões Neutro, Hipodivergente e

Hiperdivergente entre os tipos de maloclusão e oclusão normal, não houve diferença

significante nesta distribuição entre os sexos masculino e feminino (Tabela 5.2).

Em todas as maloclusões avaliadas, o padrão Hipodivergente foi o mais frequente

(Tabela 5.2). A maior frequência desse padrão foi encontrada na Classe II divisão 2,

com 87,5% (Tabela 5.2), o que já era esperado, pois esta maloclusão está sempre

associada a características de um padrão mais horizontal, com sobremordida

acentuada e incisivos centrais superiores verticalizados ou palatinizados. A segunda

maior frequência do padrão Hipodivergente foi encontrada no grupo de oclusão

normal, com 72,5%, seguido pela maloclusão de Classe II divisão 1, com 67,5%,

pela Classe III, com 55% e por último, pela maloclusão de Classe I, com apenas

47,5% (Tabela 5.2), menos da metade dos pacientes deste grupo.

Esses resultados estão de acordo com os dados de SCANAVINI et al.56

(2001), que encontraram nos grupos de Classe II divisão 2 e de oclusão normal, um

ângulo goníaco menor, com crescimento mais horizontal, ou seja, em outras

palavras, um padrão mais Hipodivergente. No presente estudo os dois grupos com

padrão mais Hipodivergente foram exatamente os mesmos, de Classe II divisão 2 e

de oclusão normal.

O padrão Hiperdivergente foi o menos frequente na oclusão normal e em

todas as maloclusões, exceto na maloclusão de Classe III (Tabela5.2). A maloclusão

de Classe II divisão 2, não apresentou nenhum paciente com padrão

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Hiperdivergente, evidenciando ainda mais a característica horizontal deste tipo de

maloclusão. A frequência do padrão Hiperdivergente foi de 2,5% na oclusão normal,

10% tanto na maloclusão de Classe I como na maloclusão de Classe II divisão 1

(Tabela 5.2). A maloclusão de Classe III apresentou a mesma porcentagem de

pacientes Hiperdivergente e Neutro, sendo 22,5% de cada um desses padrões

(Tabela 5.2). Isso denota, a característica mais vertical presente nos casos de

maloclusão de Classe III, muitas vezes gerando uma compensação desta

maloclusão, pelo giro no sentido horário da mandíbula, melhorando a relação ântero-

posterior entre as bases ósseas.

O padrão neutro variou de 12,5% na maloclusão de Classe II divisão 2 até

42,5% na maloclusão de Classe I, sendo que na oclusão normal foi de 25% e na

Classe II divisão 1 foi de 22,5% (Tabela 5.2).

No estudo AIDAR & SCANAVINI1 (1989), os pacientes portadores de oclusão

normal e maloclusão de Classe II divisão 2 apresentaram um padrão de crescimento

facial hipodivergente.

SIRIWAT & JARABAK58(1985), realizaram um trabalho semelhante ao

presente estudo, objetivando procurar possíveis associações entre os tipos de

maloclusão de Angle e a morfologia facial identificada como padrões:

Hiperdivergente, Neutro ou Hipodivergente. Os achados significantes foram: o

padrão Neutro foi dominante nas maloclusões de Classe I e II, diferentemente do

presente estudo. O padrão Hipodivergente, foi dominante nas maloclusões de

Classe II divisão 2, se assemelhando ao presente estudo.

A tabela 5.3 mostra os resultados do teste de correlação de Pearson entre a

medida GocMe.VT e as medidas da sínfise mentoniana a-b, c-d, Me-h e quociente

de Jarabak. Não houve correlação significante entre o ângulo GocMe.VT e as

medidas citadas acima na oclusão normal e nas maloclusões de Classe II divisão 1

e Classe II divisão 2.

Na maloclusão de Classe I, houve uma correlação positiva significante entre o

ângulo GocMe.VT e o quociente de Jarabak (Tabela 3). Isso mostra que, quanto

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maior o ângulo GocMe.VT, maior é o quociente de Jarabak, ou seja, mais

hipodivergente.

Para a maloclusão de Classe III, houve correlação positiva significante entre o

ângulo GocMe.VT e a medida a-b e o quociente de Jarabak (Tabela5.3). Isso indica

que, quanto menos inclinado (mais verticalizado) o eixo da sínfise mentoniana,

maior ângulo GocMe.VT, maior será a medida a-b, ou seja, maior será a menor

largura da sínfise mentoniana. Isso demonstra que, quanto mais Hiperdivergente for

o paciente, menor será a largura da sínfise mentoniana, e quanto mais

Hipodivergente, maior a largura da sínfise mentoniana. Com relação ao quociente de

Jarabak, quanto menos inclinado a sínfise mentoniana do paciente, maior o ângulo,

maior será o quociente de Jarabak.

O teste de correlação para todas as maloclusões avaliadas em conjunto

demonstrou que houve correlação do ângulo GocMe.VT com as medidas a-b e com

o quociente de Jarabak (Tabela5.3), indicando o mesmo raciocínio, explicado no

paragrafo acima, para a maloclusão de Classe III. Quanto menos inclinado (maior o

ângulo) do eixo da sínfise mentoniana, menor será a largura da sínfise mentoniana

(a-b), indicando que quanto mais Hiperdivergente for o paciente, menor será a

largura da sínfise mentoniana, e quanto mais Hipodivergente, maior a largura da

sínfise mentoniana. E quanto menos inclinado (maior o ângulo) o eixo da sínfise

mentoniana do paciente, maior será o quociente de Jarabak, indicando que o

paciente será mais Hipodivergente. E o contrário também se faz verdadeiro, quanto

mais inclinado (menor o ângulo) o eixo da sínfise mentoniana do paciente, menor

será o quociente de Jarabak, indicando que o paciente será mais Hiperdivergente.

Os resultados desse estudo corroboram os de GARIB et al.23 (2010), que,

encontraram em pacientes com padrão de crescimento vertical (Hiperdivergentes),

parecem apresentar menor espessura das tábuas ósseas vestibular e lingual, no

nível do ápice dos dentes permanentes, quando comparados a pacientes com

padrão de crescimento horizontal.

Da mesma forma, HANDELMAN25 (1996) encontrou larguras de sínfise finas

em incisivos inferiores de grupos Classe I, II e III, com ângulo SN-MP altos, ou seja,

Hiperdivergentes, e nesse estudo, apenas na maloclusão Classe III.

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Corroborando com os achados desse estudo, TSUNORI, MASHITA &

KASAI63(1998) encontraram que a cortical óssea vestibular foi mais espessa em

indivíduos de face curta do que nos de face média e longa.

As tabelas 5.4, 5.5, 5.6, 5.7, e 5.8 mostram os resultados da comparação

entre os sexos masculino e feminino, de todas as medidas, nos grupos de oclusão

normal, e nas maloclusões de Classe I, Classe II divisão 1, Classe II divisão 2 e

Classe III, respectivamente.

No grupo de oclusão normal, houve diferença significante entre os sexos

masculino e feminino para as medidas c-d, N-Me, quociente de Jarabak e S-Goc

(Tabela 5.4), sendo que, todas essas medidas se apresentaram maiores no sexo

masculino do que no feminino. Isso indica que indivíduos do sexo masculino com

oclusão normal apresentam maior largura da sínfise, maior altura facial anterior,

maior quociente de Jarabak e maior altura facial posterior do que indivíduos do sexo

feminino com oclusão normal.

No grupo de maloclusão de Classe I, houve diferença significante entre os

sexos masculino e feminino apenas para a menor largura da sínfise (a-b), sendo

que, a mesma foi maior no sexo masculino do que no feminino (Tabela 5.5).

No grupo de maloclusão de Classe II divisão 1, houve diferença significante

entre os sexos masculino e feminino apenas para a medida S-Goc (Tabela 5.6).

Indivíduos do sexo masculino com maloclusão de Classe II divisão 1, possuem

maior altura facial posterior do que indivíduos do sexo feminino com a mesma

maloclusão.

No grupo de maloclusão de Classe II divisão 2, houve diferença significante

entre os sexos masculino e feminino para as medidas Me-h, N-Me e S-Goc (Tabela

5.7), sendo que, todas essas medidas se apresentaram maiores no sexo masculino

do que no feminino. Isso indica que indivíduos do sexo masculino com maloclusão

de Classe II divisão 2, apresentam maior altura da sínfise, maior altura facial anterior

e posterior do que indivíduos do sexo feminino com a mesma maloclusão.

No grupo de maloclusão de Classe III, houve diferença significante entre os

sexos masculino e feminino para as medidas c-d, N-Me e S-Goc (Tabela 5.8). Como

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as medidas foram maiores para o sexo masculino, mostrando que, indivíduos do

sexo masculino com maloclusão de Classe III, apresentam maior largura da sínfise,

maior altura facial anterior e posterior do que indivíduos do sexo feminino com a

mesma maloclusão.

No estudo de AIDAR & SCANAVINI1 (1989), e HUNTER27 (1967), também

encontraram em geral, medidas maiores para o sexo masculino, quando comparado

ao sexo feminino, com exceção das grandezas angulares e o Quociente de Jarabak.

Corroborando com os resultados desse estudo, SIRIWAT & JARABAK58

(1985) também encontraram que, os valores médios de todas as variáveis lineares

foram maiores nos homens que nas mulheres.

Quando avaliados os tamanhos da sínfises durante o seu crescimento,

GARN et al.24 (1963) investigaram a herança do tamanho da sínfise, encontraram

que há uma simplicidade genética para a altura e a espessura da sínfise e a

possibilidade de herança mendeliana da espessura da sínfise. Da mesma forma que

o biotipo facial, a anatomia da sínfise mentoniana também tem herança genética,

fator que não se pode deixar de considerar.

Torna-se muito importante saber a correlação entre os padrões faciais e os

tipos morfológicos de sínfises, uma vez que a morfologia do rebordo alveolar

constitui um fator limitante para a movimentação dentária e deve ser considerada, de

forma individual, na realização do plano de tratamento ortodôntico (GARIB et al.23

2010).

CABRERA15 (2010) mencionou que, devido à correlação entre os biotipos

faciais e suas respectivas sínfises, denominou-as de sínfises braqui, meso e dólico,

ou seja, dos padrões Hipodivergente, Neutro e Hiperdivergente, respectivamente.

Para este autor, a sínfise mais encontrada em indivíduos braquifaciais, ou seja, em

indivíduos Hipodivergentes, é baixa verticalmente e larga horizontalmente, com um

pogônio expressivo. Já a sínfise mais frequentemente encontrada em indivíduos

dolicofaciais (Hiperdivergentes), é alta verticalmente e estreita horizontalmente, de

acordo com nossos achados.

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61

A morfologia da sínfise de acordo com de AKI et al.2 (1994), quando

associada com a direção do crescimento mandibular, especialmente em homens,

apresenta-se com a proporção da sínfise com uma relação mais forte, e uma

mandíbula com direção de crescimento anterior foi associada com uma altura

pequena, grande profundidade, proporção pequena, e ângulo da sínfise aberto.

Reciprocamente, uma direção de crescimento posterior, foi associada a uma altura

grande, profundidade pequena, grande proporção, e ângulo da sínfise fechado.

Esses achados corroboram as afirmações acima de CABRERA15 (2010) e também

aos resultados do presente estudo, que indicaram uma correlação dos padrões

faciais com a morfologia da sínfise mentoniana.

Mesmo sabendo que a característica morfológica da sínfise está relacionada

com o padrão facial do paciente, ela não está diretamente ligada com o tipo de

maloclusão. Existem maiores prevalências de certos padrões faciais nas diferentes

maloclusões, mas o tipo de maloclusão não está necessariamente correlacionado

com a morfologia da sínfise mentoniana.

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CONCLUSÃO

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7 CONCLUSÃO

Baseado na amostra estudada, na metodologia empregada e nos resultados obtidos, torna-se lícito concluir que:

7.1) Quanto a classificação da morfologia:

7.1.1 O padrão facial Hipodivergente foi o mais frequente em cada classe de oclusão, sendo que, a maior incidência desse padrão foi na maloclusão Classe II, div.2.

7.1.2 O padrão facial Hiperdivergente foi o menos frequente em todas as classes de maloclusões e na oclusão normal, exceto na maloclusão Classe III.

7.1.3 O padrão Neutro foi mais frequente na maloclusão Classe I e apresentou percentuais próximos para a maloclusão normal e maloclusão Classe II, div. 1

7.2) Quanto ao dimorfismo sexual; quando comparados os grupos, não houve diferença estatisticamente significante entre os sexos e a classificação da morfologia.

7.2.1. Quando analisados os grupos separadamente, foram encontradas diferenças significantes entre os sexos, para as medidas c-d, N-Me, quociente de Jarabak e S-Goc, para o grupo de oclusão normal.

7.2.2. Para o grupo de Classe I, apenas para menor largura da sínfise, (a-b).

7.2.3 Para a maloclusão Classe II, div. I apenas para a medida S-Goc.

7.2.4. Para Classe II div. 2, apenas Me-h, N-Me e S-Goc.

7.2.5. Para a maloclusão Classe III, houve diferença significante para as medidas c-d, N-Me, S-Goc.

7.3) Quanto a sínfise mentoniana:

7.3.1 Houve uma correlação positiva significante entre a inclinação da sínfise mandibular e o quociente de Jarabak para a maloclusão Classe I e para a maloclusão Classe III.

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7.3.2 Não houve correlação significante entre a inclinação da sínfise mandibular e o quociente de Jarabak para a Oclusão normal e para as maloclusões Classe II, div. 1 e 2.

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REFERÊNCIAS

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Orthod, v. 46, n.5, p.330, May 1960.

43) RICKETTS, R. M. et al. An overview of computerized cephalometrics. Am J

Orthod, v.61, n.1, p.1-28, Jan. 1972.

44) RICKETTS, R. M. et al. Orthodontic diagnosis and planning – their roles in

preventive and rehabilitative dentistry. Rocky Montain, v.1, p.269, 1982.

45) SAITO, C. H.; LIMA, R. S. Comparação entre algumas medidas cefalométricas

das análises de Ricketts (índice VERT) e de Jarabak (quociente de Jarabak)

em pacientes portadores de classe II, div. 1 de Angle, tratados com ortodontia e

ortopedia funcional dos maxilares. Rev Straight-wire Brasil, v.7, n.7, jul./nov.

1995.

46) SAKIMA, M. T. et al. Avaliação cefalométrica da relação entre a deflexão da

base do crânio e a posição anteroposterior e vertical da maxila e da mandíbula

em pacientes Classe II, divisão 1 de Angle, com diferentes padrões crânio-

faciais. Ortodontia, São Paulo, v.26, n.3, set./dez. 1993.

47) SALZMANN, J. A. A radiographic cephalometric evaluation of skeletal facial

height in children with Class II, div 1 malocclusion (Angle). Am J Orthod, St.

Louis, v.45, n.11, p.867-868, Nov. 1959.

48) SALZMANN, J. A. The research workshop on cephalometrics. Am J Orthod,

St. Louis, v.46, n. 11, p.834-47, Nov. 1960.

49) SANKEY, W. L. et al. Early treatment of vertical skeletal dysplasia: the

hyperdivergent phenotype. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v.118,

n.3, p.317-327, Sept. 2000.

50) SASSOUNI, V. A roentgenographic cephalometric analysis of

cephalofaciodental relationships. Am J Orthod, St. Louis, v.41, n.10, p.735-

764, Oct.1955.

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71

51) SASSOUNI, V. The face five dimension. School of Dentistry Publication.

West Virginia University, Morgantown. 1962.

52) SASSOUNI, V. A classification of skeletal facial types. Am J Orthod, St. Louis,

v.55, p.109-123, Feb.1969.

53) SASSOUNI, V. The class II syndrome: Differential diagnosis and treatment.

Angle Orthod, v.40, n.4, p.334-41, Oct.1970.

54) SCANAVINI, C. Estudo cefalomértico das possíveis correlações existentes

entre as análise de Vogorito, Ricketts e Siriwat & Jarabak na definição dos

tipos faciais. São Paulo, 1999. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de

Ciência da Saúde da Universidade Metodista de São Paulo. UMESP.

55) SCANAVINI, C.; VIGORITO, J. W. Estudo cefalométrico-radiográfico das

possíveis correlações existentes entre as análises de Vigorito, Ricketts e

Siriwat & Jarabak na definição dos tipos faciais, em indivíduos leucodermas.

Ortodontia, São Paulo, v.34, n.3, p.27-41, set.-dez. 2001.

56) SCANAVINI, C. et al. Estudo comparativo cefalométrico radiográfico dos

padrões de crescimento facial, por meio da avaliação do ângulo sela e ângulo

goníaco da análise de Jarabak, em pacientes portadores de oclusão normal e

maloclusões de Angle. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v.6,

n.6, p.81-96, nov./dez. 2001.

57) SCHUDY, F. F. Vertical Growth Versus Anteroposterior Growth as Related to

Function and Treatment. Angle Orhod, v. 32, n. 2, p. 75-93, April 1964.

58) SIRIWAT, P. P.; JARABAK, J. R. Malocclusion and facial morphology is there a

relationship? Angle Orthod, v.55, n.2, p.127-138, Apr. 1985.

59) STEINER, C. C. The cephalometric for you and me. Am J Orthod, v.39, n.10,

p.729-55, Oct. 1953.

60) STEINER, C. C. Cephalometrics in clinical practice. Angle Orthod, Appleton,

v.29, n.1, p.8-29, Jan. 1959.

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72

61) SWASTY, D. et al. Anthropometric analysis of the human mandibular cortical

bone as assessed by cone-beam computed tomography. J Oral Maxillofac

Surg, v.67, p.491-500, 2009.

62) SWASTY, D. et al. Cross-sectional human mandibular morphology as assessed

in vivo by cone-beam computed tomography in patients with different vertical

facial dimensions. Am J Orthod Dentofacial Orthop, v.139, n.4, p.e377-e389,

April 2011.

63) TSUNORI, M.; MASHITA, M.; KASAI, K. Relationship between facial types and

tooth and bone characteristics of the mandible obtained by CT scanning. Angle

Orthod, v.68, n.6, p.557-562, 1998.

64) TWEED, C. H. The Frankfort mandibular plane angle in orthodontics diagnosis,

classification, treatment, planning and prognosis. Am J Orthod Oral Surg. St.

Louis, v.32, n.4, p.175-230, Apr. 1946.

65) VIGORITO, J. W. Estudo comparativo de algumas características mandibulares

em maloclusões de Classe I e Classe II, divisão 1 de Angle. Rev Fac Odont

USP, v.11, n.1, p.75-82, 1973.

66) VIGORITO, J. W. Proposição de uma análise cefalométrica para o diagnóstico

e plano de Tratamento ortodôntico. Ortodontia, São Paulo, v.7, n.2, p.141-152,

Mai/Ago., 1974.

67) WYLIE, W. L. The assessment of anteroposterior dysplasia. Angle Orthod.

Appleton, v.XVII, n.3-4, p.97-109, July/Oct. 1947.

68) ZAPATA, M. R. S. M. Estudo cefalométrico-radiográfico da posição natural

da cabeça em pacientes com oclusão normal. Dissertação de Mestrado. 145

p. Universidade Metodista de São Paulo, 2003.

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ANEXO

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9 ANEXO 1

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APÊNDICE

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IDADES DOS PACIENTES

OCLUSÃO NORMAL

SEXO MASCULINO SEXO FEMININO

Nº PACIENTE ANOS MESES Nº PACIENTE ANOS MESES

01 16 7 01 16 10

02 17 2 02 15 5

03 17 3 03 16 4

04 17 7 04 15 0

05 17 2 05 15 5

06 15 2 06 17 3

07 17 9 07 15 5

08 16 4 08 15 3

09 18 2 09 17 3

10 13 2 10 14 4

11 16 2 11 17 7

12 15 3 12 17 6

13 12 11 13 18 5

14 17 9 14 12 10

15 15 9 15 17 4

16 18 5 16 13 5

17 17 6 17 17 7

18 15 1 18 16 1

19 14 8 19 17 4

20 17 6 20 15 4

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IDADES DOS PACIENTES

CLASSE I

SEXO MASCULINO SEXO FEMININO

Nº PACIENTE ANOS MESES Nº PACIENTE ANOS MESES

01 15 8 01 16 7

02 13 8 02 14 8

03 13 4 03 12 6

04 14 8 04 17 3

05 12 5 05 13 3

06 12 11 06 14 8

07 12 7 07 15 1

08 13 1 08 18 1

09 13 5 09 15 8

10 12 11 10 16 9

11 12 3 11 15 5

12 12 5 12 12 4

13 15 3 13 13 4

14 14 9 14 13 10

15 12 4 15 14 2

16 13 0 16 14 11

17 12 10 17 15 3

18 12 11 18 14 10

19 14 8 19 13 4

20 14 8 20 15 0

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IDADES DOS PACIENTES

CLASSE II, div. 1

SEXO MASCULINO SEXO FEMININO

Nº PACIENTE ANOS MESES Nº PACIENTE ANOS MESES

01 12 4 01 14 1

02 13 10 02 12 6

03 12 9 03 16 2

04 12 10 04 17 4

05 12 9 05 14 4

06 14 6 06 12 5

07 14 3 07 13 2

08 12 7 08 13 8

09 14 2 09 15 1

10 15 5 10 15 5

11 12 8 11 13 10

12 13 9 12 14 5

13 13 2 13 13 1

14 13 14 13 10

15 16 2 15 12 3

16 13 11 16 18

17 12 9 17 14 10

18 16 1 18 17 4

19 13 5 19 14 6

20 14 9 20 12 5

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IDADES DOS PACIENTES

CLASSE II, div. 2

SEXO MASCULINO SEXO FEMININO

Nº PACIENTE ANOS MESES Nº PACIENTE ANOS MESES

01 14 8 01 14 1

02 13 0 02 19 8

03 19 7 03 17 5

04 16 6 04 12 0

05 14 9 05 12 0

06 15 7 06 16 4

07 16 11 07 19 5

08 15 8 08 16 5

09 15 9 09 19 3

10 13 9 10 14 6

11 19 10 11 12 2

12 11 11 12 18 6

13 15 8 13 19 2

14 13 1 14 11 6

15 12 0 15 14 7

16 12 4 16 18 8

17 14 8 17 13 8

18 16 4 18 15 1

19 12 8 19 14 7

20 16 4 20 13 3

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IDADES DOS PACIENTES

CLASSE III

SEXO MASCULINO SEXO FEMININO

Nº PACIENTE ANOS MESES Nº PACIENTE ANOS MESES

01 19 0 01 14 2

02 14 2 02 18 8

03 19 8 03 16 9

04 11 9 04 14 2

05 12 0 05 16 6

06 14 0 06 16 2

07 17 4 07 12 1

08 15 1 08 11 8

09 18 5 09 19 8

10 19 2 10 14 6

11 18 5 11 12 4

12 11 7 12 12 9

13 13 7 13 13 0

14 11 9 14 13 5

15 12 4 15 14 4

16 19 7 16 16 0

17 18 10 17 13 0

18 11 2 18 19 7

19 17 1 19 18 0

20 19 5 20 12 6

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ERRO DO MÉTODO

VALORES DO PRIMEIRO TRAÇADO

DOS PACIENTES UTILIZADOS COMO AMOSTRA PARA AVALIAÇÃO DO ERRO DO MÉTODO

Nº Paciente S-Goc N-Me Me-h a-b c-d Goc-ME.VT

1 OcN(02M) 100 128 32 9 20 76°

2 OcN(08M) 88 126 30 5,5 15 64°

3 OcN(09M) 93 123 29 9 15 86°

4 OcN(12M) 75 116,5 30 11 15 74,5°

5 OcN(13M) 85,5 120,5 31 8 15 72°

6 OcN(04F) 75 122 28 8 17 62°

7 OcN(08F) 83 129,5 35 9 17 87°

8 OcN(13F) 82 129 32 6 13,5 74°

9 CLI(05M) 72 111 27 9 15 80°

10 CLI(08M) 77 124 39 8 14 79,5°

11 CLI(11M) 85 139 40 10 18 85°

12 CLI(16M) 72 120 27 9 14 75°

13 CLI(05F) 75 117 30 9 15 81°

14 CLI(08F) 90 131,5 39 7 17 79,5°

15 CLI(12F) 77 117 29 7 16 82,5°

16 CLI(17F) 84,5 130 31 8 16 86°

17 CLIII(05M) 79 123 31 9 18 72,5°

18 CLIII(08M) 71 127 30 8 12 64,5°

19 CLIII(11M) 96 138 36 8 17 76°

20 CLIII(16M) 100 127 39 7 19 82,5°

21 CLIII(05F) 78 128 30 6 14 65°

22 CLIII(08F) 69 120 32 9 14 74°

23 CLIII(12F) 71 117 26,5 8 18 69°

24 CLIII(17F) 72 112 32 6 14 79°

25 CLII1-(02M) 88,5 116,5 31 8 14,5 71°

26 CLII1-(06M) 75 127 33,5 8 16 86°

27 CLII1-(10M) 74 133 35 7 18 68°

28 CLII1-(14M) 79,5 121 31 9 17 65°

29 CLII1-(02F) 73 118,5 31 7 15 80°

30 CLII1-(06F) 72 111 28 7 15 76°

31 CLII1-(10F) 74 120,5 29 7 15 70°

32 CLII1-(14F) 74 121 30 6 14 74°

33 CLII2-(02M) 79 117 28 7 15 80°

34 CLII2-(06M) 81,5 119 30 9 16 82°

35 CLII2-(10M) 85 121 29 8 18 82,5°

36 CLII2-(14M) 80 115 25 7 17 61°

37 CLII2-(02F) 77 122 31 9 15 77°

38 CLII2-(06F) 78 109 31 9 14 77°

39 CLII2-(10F) 80 113,5 32 10 18 76°

40 CLII2-(14F) 81 112 28 9 15 81°

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82

ERRO DO MÉTODO

VALORES DO SEGUNDO TRAÇADO (Após 45 dias)

DOS PACIENTES UTILIZADOS COMO AMOSTRA PARA AVALIAÇÃO DO ERRO DO MÉTODO

Nº Paciente S-Goc N-Me Me-h a-b c-d Goc-ME.VT

1 OcN(02M) 101 127,5 32 9 20 74°

2 OcN(08M) 88 126 30 5,5 15 64°

3 OcN(09M) 93 122 29 9 15 87,5°

4 OcN(12M) 75 117 30 10,5 14 74°

5 OcN(13M) 85 121 31 8 15 71,5°

6 OcN(04F) 74 122 28 8 17 62,5°

7 OcN(08F) 83 129,5 35,5 9 17 87°

8 OcN(13F) 81 129 32 5,5 13,5 74°

9 CLI(05M) 72 111 27,5 9 15 80°

10 CLI(08M) 77 124,5 39 8 15 79°

11 CLI(11M) 85,5 140 40 10 18 85,5°

12 CLI(16M) 72 119,5 27 9 14 75°

13 CLI(05F) 76 117 30 9 15 81°

14 CLI(08F) 89,5 131,5 39 7 17 80°

15 CLI(12F) 78 117 29 7 16 83°

16 CLI(17F) 85 130,5 31 7,5 16 86,5°

17 CLIII(05M) 79 122,5 30,5 9,5 18 72°

18 CLIII(08M) 71,5 127,5 29,5 7,5 12 64°

19 CLIII(11M) 96 138 36 8 17 76°

20 CLIII(16M) 100 127,5 39 8 20 82,5°

21 CLIII(05F) 78 128 30,5 6,5 14 65°

22 CLIII(08F) 69,5 119,5 32 9 14 74°

23 CLIII(12F) 71 117 27 8 18,5 69,5°

24 CLIII(17F) 72 111,5 31,5 6 14 79°

25 CLII1-(02M) 88 116 30 7,5 14,5 71°

26 CLII1-(06M) 75 127 33,5 8 16 86°

27 CLII1-(10M) 74 133,5 35 7 18 68,5°

28 CLII1-(14M) 80 121,5 31 9 17 64,5°

29 CLII1-(02F) 72,5 118,5 31 7 15 80,5°

30 CLII1-(06F) 72 111 27,5 7 14,5 76,5°

31 CLII1-(10F) 74 121 29 7 15 69,5°

32 CLII1-(14F) 74 121 30 6,5 14,5 74,5°

33 CLII2-(02M) 79 117 28 7 15 80°

34 CLII2-(06M) 81,5 120 30 9 16 82,5°

35 CLII2-(10M) 85 121 29 8 18 82,5°

36 CLII2-(14M) 79,5 115 25 7 17 61,5°

37 CLII2-(02F) 77 121,5 31 9 15 77°

38 CLII2-(06F) 78 109 31 9 14 77°

39 CLII2-(10F) 79,5 113 32 10 18 76°

40 CLII2-(14F) 81 111,5 28,5 9 15 81°

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83

Medida S-Goc (mm)

SEXO MASCULINO

Nº Oclusão Normal Classe I Classe II,

Div. 1ª

Classe II,

Div. 2ª Classe III

1 84,5 77 78,5 85 90

2 100 72 88,5 79 77

3 93 78 76 91 90

4 91 89 78 83 75,5

5 90 72 77 75 79

6 86,5 76,5 75 81,5 85

7 91 75 89 80,5 88

8 88 77 82,5 84 71

9 93 83 77 82 93

10 87 78 74 85 83

11 90,5 85 83 92 96

12 75 78 86 75,5 74

13 85,5 87,5 78 75,5 73

14 78 99 79,5 80 79

15 74 80 101 72 71

16 91 72 70,5 88 100

17 91,5 82,5 74 82 82

18 84 80 86 85 73

19 84,5 76 79,5 84 89

20 94,5 82 87 78 71

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84

Medida S-Goc (mm)

SEXO FEMININO

Nº Oclusão Normal Classe I Classe II,

Div. 1ª

Classe II,

Div. 2ª Classe III

1 75 77 78 75,5 66

2 78 79,5 73 77 83,5

3 78 83 81 72,5 84

4 75 80 76,5 79 81

5 87 75 73 77 78

6 86,5 72,5 72 78 71

7 84 80 76 79 78

8 83 90 78 88 69

9 80,5 82 79 82,5 77,5

10 75,5 77 74 80 80

11 77 76 77 71,5 66,5

12 76 77 85,5 74 71

13 82 75 81 75,5 66

14 73 77 74 81 82

15 81 76 72 74 77

16 84 80 80 75 71

17 72 84,5 71 78 72

18 88 82 85 78 79,5

19 83 70,5 78 76 74,5

20 77 76,5 74 71 77

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85

Medida N-Me (mm)

SEXO MASCULINO

Nº Oclusão Normal Classe I Classe II,

Div. 1ª

Classe II,

Div. 2ª Classe III

1 122 127 118 118 131

2 128 114 116,5 117 132,5

3 124,5 112,5 119,5 120 129

4 141,5 129 114 117,5 110

5 140 111 123 111 123

6 127 122 127 119 127,5

7 132 114 126 120 124

8 126 124 122,5 130 127

9 123 126,5 112 121 131

10 119 138 133 121 135

11 134 139 120 116,5 138

12 116,5 128 133 115 115

13 120,5 132,5 115 119 109

14 125 129 121 115 121

15 125,5 130 141 117 130

16 140 129,5 120 115 127

17 133,5 114,5 113,5 127,5 142

18 119 120,5 131 139 110

19 134,5 138 131 119 139

20 132 126 133,5 116,5 130

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86

Medida N-Me (mm)

SEXO FEMININO

Nº Oclusão Normal Classe I Classe II,

Div. 1ª

Classe II,

Div. 2ª Classe III

1 118,5 125,5 116,5 110,5 114

2 119 126 118,5 122 126

3 126 134 124,5 114,5 129

4 122 132,5 118 107,5 130,5

5 126 117 109 116 128

6 118 126 111 109 124

7 118 130 120 122 122

8 129,5 131,5 120 124 120

9 117,5 125 124 114,5 132

10 115,5 125 120,5 113,5 116

11 127,5 122 106 101 106

12 124 117 122 111 117

13 129 126 123 115 111

14 114,5 118 121 112 115

15 128 122 125 109 128

16 129 120 122 115 108

17 109 130 122,5 119 112

18 118,5 123 125 110,5 119

19 124 121 120 110 122,5

20 118,5 119 122 106 119

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87

CLASSIFICAÇÃO QUOCIENTE JARABACK

SEXO MASCULINO

Nº Oclusão Normal

Classe I Classe II,

Div. 1ª Classe II,

Div. 2ª Classe III

1 HIPOdivergente NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente

2 HIPOdivergente NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente HIPERdivergente

3 HIPOdivergente HIPOdivergente NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente

4 HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente

5 HIPOdivergente HIPOdivergente NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente

6 HIPOdivergente NEUTRO NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente

7 HIPOdivergente HIPERdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente

8 HIPOdivergente NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente HIPERdivergente

9 HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente

10 HIPOdivergente HIPERdivergente HIPERdivergente HIPOdivergente NEUTRO

11 HIPOdivergente NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente

12 NEUTRO NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente

13 HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente NEUTRO HIPOdivergente

14 NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente NEUTRO NEUTRO

15 HIPERdivergente NEUTRO NEUTRO NEUTRO HIPERdivergente

16 HIPOdivergente HIPERdivergente HIPERdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente

17 HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente HIPERdivergente

18 HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente NEUTRO HIPOdivergente

19 NEUTRO HIPERdivergente NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente

20 HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente HIPERdivergente

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88

CLASSIFICAÇÃO QUOCIENTE JARABACK

SEXO FEMININO

Nº Oclusão Normal

Classe I Classe II,

Div. 1ª Classe II,

Div. 2ª Classe III

1 NEUTRO NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente HIPERdivergente

2 HIPOdivergente NEUTRO NEUTRO NEUTRO HIPOdivergente

3 NEUTRO NEUTRO HIPOdivergente NEUTRO HIPOdivergente

4 HIPOdivergente NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente NEUTRO

5 HIPOdivergente NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente NEUTRO

6 HIPOdivergente HIPERdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente HIPERdivergente

7 HIPOdivergente NEUTRO NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente

8 HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente HIPERdivergente

9 HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente HIPERdivergente

10 HIPOdivergente NEUTRO NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente

11 NEUTRO NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente NEUTRO

12 NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente NEUTRO

13 NEUTRO NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente NEUTRO

14 NEUTRO HIPOdivergente NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente

15 NEUTRO NEUTRO HIPERdivergente HIPOdivergente NEUTRO

16 HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente NEUTRO HIPOdivergente

17 HIPOdivergente HIPOdivergente HIPERdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente

18 HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente

19 HIPOdivergente HIPERdivergente HIPOdivergente HIPOdivergente NEUTRO

20 HIPOdivergente HIPOdivergente NEUTRO HIPOdivergente HIPOdivergente

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