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    GANDHI

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    M a h a t m a G a n d h iS o b r e e l h i n d u i s m o

    E d i c i n d e R a v i n d e r K u m a rT r a d u c c i n y n o t a s d e

    M a r a T a b u y o y A g u s t n L p e zE p l o g o d e L o u i s M a s s i g n o n

    Biblioteca de Ensayo 34 (serie menor) Ediciones Siruela

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    Publ ished in col labora t ion wi th

    Nat iona l Book Trust , IndiaTodos los derechos reservados. Ninguna par te deesta publ icac in puede ser reproducida , a lmacenadao t ransmit ida en manera a lguna ni por n ingn medio ,ya sea e lc t r ico , qumico, mecnico, pt ico , de grabac ino de fo tocopia , s in permiso previo de l edi tor .

    T tu lo o r ig ina l : Wbat s Hinduism?Colecc in di r ig ida por Ignac io Gmez de LiaoDiseo grf ico: Gloria Gauger 2006 by National Book Trust, IndiaTransla t ion r ights a rranged with Nat iona l Book Trust , India De a t raducc in y notas, Mara Tabuyo y Agust n Lpez Del ep logo de Louis Massignon, Edi tor ia l Trot ta , 2005(t raducc in de Jess Moreno Sanzcedida por Edi tor ia l Trot ta ) Ediciones Siruela, S. A., 2006c/ Almagro 25, ppal. dcha. 28010 MadridT el .: 91 355 57 20 Fa x: 91 355 22 01si rue la@sirue la .com w w w .s i rue l a .c omPrinted and made in Spain

    n d i c e

    P r l o g oR a v i n d e r K u m a r 11S o b r e e l h i n d u i s m o

    1. Q u e s e l h i n d u i s m o ? 152. E x i s t e S a t a n s e n e l h i n d u i s m o ? 163. P o r q u s o y h i n d ? 174. E l h i n d u i s m o 205. S a n a t a n a h i n d 266 . R e s p u e s t a a a l g u n a s o b j e c i o n e s 297. E l C o n g r e s o y d e s p u s 328 . M i m i s i n 349 . L a t e n s i n e n t r e h i n d e s ym u s u l m a n e s . S u s c a u s a s y s ur e m e d i o 3 6

    mailto:[email protected]://www.siruela.com/http://www.siruela.com/mailto:[email protected]
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    1 0 . Q u p u e d e n h a c e r l o s h i n d e s ? 381 1 . E l h i n d u i s m o a c t u a l 411 2 . E l m o n s t r u o c o n c a b e z a d e h i d r a 471 3 . T u l s i d a s 5 11 4 . C a r t a s e m a n a l ( O t r a s c u e s t i o n e s ) 541 5 . C a r t a S e m a n a l ( C o n v e r s a c i n

    c o n R a o B h a d u r R a j a h ) 541 6 . C a r t a S e m a n a l ( L a l l a v e d e o r o ) 551 7 . E l d i s c u r s o d e H a r i p a d 601 8 . D e l d i s c u r s o d e K o t t a y a m 651 9 . Yaja o s a c r i f i c i o 682 0 . L a c u e s t i n B r a h m n /

    n o - B r a h m a n 742 1 . D i o s y e l C o n g r e s o 772 2 . A d v a i t i s m o y D i o s 792 3 . D i o s E s 8 32 4 . C a r t a d e s d e E u r o p a 882 5 . S o b r e l a n e c e s i d a d d e a c e r c a r s e

    a l o s t e m p l o s c o n f e 9 32 6 . E l s i g n i f i c a d o d e l a Gita 952 7 . K r i s h n a J a n m a s h t a m i 1072 8 . E l m e n s a j e d e l a Gita 11 02 9 . D e s d e Y e r a v d a M a n d i r 1223 0 . L o s r e c i t a d o r e s d e l a Gita 12 6

    3 1 . E l i d e a l d e l a Gita 1283 2 . N o v i o l e n c i a 1 3 03 3 . L a t e n s i n h i n d o - m u s u l m a n a . S u s

    c a u s a s y s u s o l u c i n 1323 4 . L a a c e p t a c i n d e l a n o c o n v e r s i n 1363 5 . I g u a l d a d d e l a s r e l i g i o n e s 1383 6 . I g u a l d a d d e l a s r e l i g i o n e s 1403 7 . A c t i t u d d e l a s m i s i o n e s c r i s t i a n a s

    h a c i a e l h i n d u i s m o 1433 8 . I g u a l d a d d e l a s r e l i g i o n e s 1453 9 . G a n d h i j i y l a s u p r e s i n d e l a s

    c l a s e s 1 4 84 0 . E l p e c a d o d e l a i n t o c a b i l i d a d 1504 1 . C a r t a s e m a n a l 1514 2 . E l m o n s t r u o d e m i l c a b e z a s 1534 3 . L a a c u s a c i n d e l D r . A m b e d k a r 155N o t a s 157

    E p l o g o . L a s i n g u l a r e j e m p l a r i d a dd e l a v i d a d e G a n d h iL o u i s M a s s i g n o n 163

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    P r l o g o

    Con ocasin del 125 aniversario del nacimientode Mahatma Gandhi , me complace someter a unacomunidad ms ampl ia su fecunda comprens indel dharma1 hind. Los artculos incluidos en estaseleccin se han tomado principalmente de las contr ibuciones de Gandhij i

    2a Young India, Harijan yNavajivan, en hin di y en gujarati . Pero au nq ue estascontribuciones fueron escritas en ocasiones diferentes , ofrecen un cuadro del dharma hind difcilde superar por su r iqueza, ampli tud y sensibi l idadhacia los dilemas existenciales de la vida humana.Las reflexiones del Mahatma sobre lo que es eldharma hind ser an sumamente val iosas en cual

    qu ie r momento , pero c reo que son par t icu la rmente per t inentes en la actual coyuntura.En la publicacin de esta seleccin, he recibidola inest imable ayuda de mi colega en el Nehru Mu-seum y vicerrector del mismo, el Dr. Hari Dev Shar-ma. Es toy tambin profundamente agradec ido a l11

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    N a t i o n a l B o o k T r u s t por l l eva r a c a b o la p u b l i c a c i n de e s t e l i b r o , en n o m b r e del I n d i a n C o u n c i lo f H i s t o r i c a l R e s e a r c h , en un m u y b r e v e e s p a c i o det i e m p o .Ravinder Kumar

    Pres idente del IndianCounci l of Historical ResearchNueva Delhi , 26 de abri l de1994

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    Sobre el hinduismo

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    1 . Q u e s e l h i n d u i s m o ?

    Por suerte o por desgracia , e l hinduismo no t iene nin g n cre do oficial. Por consiguiente , para protegerme de cua lqu ie r malen tendido , he a f i rmadoque mi credo es la verdad y la noviolencia. Si se mepidiera def inir e l credo hind, dir a s implemente:buscar la verdad por medios no violentos. Un hombre puede incluso no creer en Dios y considerarsehind. 'El hinduismo es la bsqueda implacable dela verdad y si ac tua lmente se encu ent ra mo r ibun do ,inactivo, insensible al crecimiento, es porque estamos cansados; en cuanto pase la fatiga, el hinduismo irrumpir en el mundo con un br i l lo ta l vezdesconocido hasta entonces. Por supuesto, e l hinduism o es , en co nsecuencia , la ms toleran te de lasrel igiones. Su credo lo abarca to do.

    Young India, 24 de abril de 1924

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    2 . Existe Satans en el hinduismo?

    En mi opinin, la belleza del hinduismo radicaen su carcter inclusivo y omniabarcante. Lo quedeca el divino autor del Mahabharata de su grancreacin es igualmente cierto del hinduismo. Cual-quier cosa esencial contenida en cualquier religin,se encontrar siempre en el hinduismo. Y lo que noest contenido en l es insubstancial o innecesario,

    Young India, 17 de sept iembre de 1925

    3 . Por qu soy hind?

    Una amiga americana, que se reconoce amigade la India de toda la vida, escribe:

    Dado que el h i ndu i s m o es una de las rel igiones msimportantes de Ori en t e , y usted haes tudiado el cristianism o y elh i ndu i s m o , y ha manifestado, sobre labase de eseestudio, que es us ted h ind, le ruego me permi ta que lepregun t e por las razones de su eleccin . Hindes y crist ianos son igualmente conscientes de que lapr incipal ne-cesidad de) hombre es conocer a Dios y adorarle en espri tu y verdad . Creyendo que Cristo era una revelacin deDios, los cristianos deAmrica enviaron a la India a milesde sus hijos e hijas para hablar al pueblo indio de Cristo.Querr us ted , a cambio, ofrecernos suin terpretacin delh i ndu i s m o y establecer una com parac i n del h i ndu i s m ocon las enseanzas de Cristo? Lequedar a profundamente agradecida porel lo.E n v a r i o s e n c u e n t r o s , me he a t r e v i d o a d e c i r a

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    misioneros ingleses y american os q ue s i se h ubi eranabstenido de hablar a la India de Cristo y se hubieran limitado a vivir la vida como les recomiendael Sermn de la Montaa, la India, en vez de sospechar de ellos, habra valorado su estancia aqu y sehabra beneficiado directamente de su presencia .Puesto que ste es mi punto de vista, no digo nadaa cambio sobre el hinduismo a los amigos americanos . No creo en las personas que hablan a losotros de su fe , pensando especialmente en su conversin. La fe no admite ser contada. Tiene que servivida, y entonces se difunde por s misma.Tam poco m e considero capaci tado para interpretar el hinduismo, salvo a travs de mi vida. Y si nopuedo interpretar el hinduismo por la palabra escrita, no puedo compararlo con el cristianismo. Porconsiguiente, lo nico que puedo hacer es decir, tanbrevemente como me sea posible, por qu soy hind.Creyendo como creo en la inf luencia de la herencia , y habiendo nacido en una famil ia hind, heseguido s iendo hind. Rechazara el hinduismo silo encontrara incompatible con mi sent ido moral omi crecim iento espir i tual . Despus de anal izar lo, hedescubier to que es la rel igin ms tolerante de todas las que conozco. Su libertad respecto del dogma es para m un poderoso atract ivo en la medidaen que ofrece al devoto las mximas posibilidadesde autoexpresin. Al no ser una rel igin excluyen-18

    te , perm ite a sus seguidores no s lo respetar a todaslas dems rel igiones, s ino que les permite tambinadmirar y asimilar todo lo que pueda haber de bueno en ellas. La noviolencia es comn a todas las rel igiones, pero ha s ido en el hinduismo donde heencontrado su expresin y su apl icacin ms elevadas. (No considero el ja inism o n i e l budismo separados del hinduismo.) El hinduismo cree en la unidad no slo de toda la vida humana, s ino en laun ida d de todo lo que vive. El culto a la vaca es, enmi opinin, una contr ibucin nica al desarrol lode una conciencia humanitar ia . Es una apl icacinprctica de la creencia en la unidad y, por consiguiente, en la sacralidad de toda forma de vida. Lagran idea de la t ransmigracin es un a consecu enciadirecta de esa creencia. Por ltimo, el descubrimiento de la ley del varnashrama3 es un resul tadomagnf ico de la bsqueda incesante de la verdad.No quisiera sobrecargar este artculo con definiciones de los elementos esenciales aqu esbozados, pero s debo decir que las ideas actuales del culto a lavaca y el varnashrama son una car icatura de lo que,en mi opinin, son las ideas originales. En este brevs imo esquema he mencionado lo que se me ocurre que son las caractersticas ms destacadas del hinduismo y que me hacen mantenerme dentro de l .

    Young India, 20 de octubre de 192719

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    4 . El h induismo

    He af i rmado que me considero un sanatani* hind, y, sin embargo, hay cosas que se hacen comnmente en nombre del h induismo con las que no meconsidero identificado. No tengo ningn deseo deser l lamad o sanatani hind, o cualquier otra cosa, sino lo soy realmente. Debo, por tanto, de una vez portodas , expl icar cmo ent iendo e l h induismo sanata-na b. Utilizo la palab ra sanatana en su sentido natural.Me cons ide ro un sanatani p o r q u e :

    1. Creo en los Vedas, las Upanishads, lo s Puranasy todo lo que se incluye en las Escrituras hindes, ypor lo tanto en los avataras6 y e l r enac im ien to .2. Creo en e l varnashrama dharma en un ciertosent ido, en mi opinin, es t r ic tamente vdico, perono e n su ac tual sent ido po pul ar y vulgar izado.3. Creo en la proteccin de la vaca en un sentido mucho ms ampl io que e l que popu la rmen te sele da.

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    4. No d ud o del cul to a los dolos .El lec tor observar que me he abstenido a propsito de util izar la expresin origen divino enreferencia a los Vedas o a las otras Escrituras. Puesno creo en la divinidad exclusiva de los Vedas. Creo

    que la Biblia, el Co rn y el Zend-Avesta estn ta n div inamente inspirados como los Vedas. Mi creenciaen las Escrituras hindes no exige de m que acepte que cada palabra y cada versculo estn divinamen te in sp i rados . Tampoco p re tendo t ene r un co nocimiento directo de esos textos maravillosos.Pero afirmo conocer y sentir las verdades de la enseanza esencial de las Escrituras. Me niego a sent i rme obl igado por cualquier in terpre tac in, porerudita que sea, si repugna a la razn o al sentidomoral . -Rechazo de manera enf t ica la pre tensin(si la tienen) de los shankaracharyasy lo s shastris'' ac tuales de d ar la in terpre ta c in correcta d e las Escri turas . Por e l contrar io , creo que nuest ro conocimiento actual de estos l ibros est en un estadocatastrfico. Creo implcitamente en el aforismohind de que nad ie conoce ve rdade ramen te lo sshastrai si no ha alcanzado la perfeccin en la inocencia (ahims), la verdad (satya) y e l autocontrol(brahmachary), y si no h a renu ncia do a toda adq uisicin o posesin de riquezas. Creo en la insti tucinde los gurs, pero, en la poca ac tual , son mil lones

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    las personas que deben prescindir de gur, p o r q u ees muy ra ro encont ra r una combinac in de purezay saber perfectos. Pero n o se deb e deses perar de conocer la verdad de la rel igin propia , porque losfundamentos de l h induismo, como de toda gran re l igin, son inmutables y se com pre nd en fci lmente.Todo hind cree en Dios y su unidad, en el renacimiento y en la salvacin.No puedo descr ibir mejor mi sent imiento por elhinduismo que apelando a mi propia esposa. Meconmueve como n inguna o t ra mujer en e l mundo.No es que no tenga defectos. Me atrevo a decir quetiene muchos ms de los que yo veo. Pero el sentimiento de un lazo indisoluble est ah. As son tambin mis sent imientos hacia el hinduismo, con todos sus defectos y limitaciones. Nada me regocijatanto como los ecos de la Gita9 o del Ramayana deTulsidas, los dos nicos l ibros del hinduismo quepuedo decir que conozco. Cuando me crea al borde de la muerte , la Gita fue mi consuelo. Conozcolos vicios que se desarrollan actualmente en todoslos grandes templos hindes, pero los amo a pesarde sus fallos incalificables. Tengo por ellos un inters que no ten go po r los otros . Soy un reformad orradical , pe ro m i celo nu nc a m e l leva a rechaz ar ninguna de las cosas esenciales del hinduismo. He dicho qu e no du do de l cul to a los dolos. Un dol o nosusci ta en m ningn sent imiento de veneracin.

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    I 'ero pienso que el culto a los dolos forma parte dela naturaleza humana. Anhelamos el s imbolismo.,11'or qu se deb era estar m s tran qu ilo en u na iglesia que en otro lugar? Las imgenes son una ayudapara el cul to. Ningn hind considera que una imagen sea Dios. No p iens o q ue el culto a los dolos sea11 ti p ec ad o.Es evidente , por lo dicho hasta aqu , que el hinduismo no es un a rel igin ex cluyente. En l hay lugar para el cul to de todos los profetas del mundo.No es una rel igin misionera en el sent ido ordinar io del trmino. Sin duda ha absorbido a muchastr ibus, pero esta absorcin ha tenido un impercept ible carcter evolutivo. El hind uism o re com iend a acada uno que adore a Dios segn su propia fe odharma, y po r eso vive en pa z con toda s las religiones.Con es ta concepc in de l h induismo, nunca hepodido reconci l iarme con la intocabi l idad 10. Siempre la he considerado una excrecencia . Cier to esque nos ha s ido t ransmit ida en herencia desde generaciones, pero tambin lo han s ido muchas prcticas negativas todava vigentes en la actualid ad. Meavergonzara pensar que la dedicacin de nias auna vir tual prost i tucin fuera par te del hinduismo.Sin embargo, es pract icada por hindes en muchaspartes de la India. Considero un acto irreligioso sacrificar cabras a Kali y no lo entiendo como partedel hinduismo. El hinduismo es un desarrol lo a lo23

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    la rgo de los s ig los . Su mismo nombre , h induismo,le fue dado a la religin del pueblo del Indostnpor extranjeros . No haba dudas en una c ier ta poca en cuanto al sacrificio de animales ofrecido ennombre de la religin. Pero eso no es religin, ymucho menos r e l ig in h ind . Y por eso , me parecea m, cuando la proteccin de la vaca se convirtien ar t culo de fe para nuest ros antepasados , quienes persistieron en comer carne de res fueron excomulgados". El conflicto civil debi de ser feroz.Se aplic el boic ot social no slo a los reca lcitrantes,s ino que sus pecados se cargaron tamb in sobre sushijos. La prct ica , que probablemente tuvo buenasintenciones en su origen, endureci su uso, e incluso en nuestros l ibros sagrados se deslizaron algunosvers culos que dieron a la prct ica una permanencia to ta lmente inmerecida y de n ingn modo jus t i ficada. Sea correcta o no mi teora, la intocablidades repugnante a la razn y al instinto de misericordia , p iedad o amor . Una re l ig in que es tablece e lculto a la vaca no p ue de ace ptar ni justificar el boicot inh um an o y cruel de o t ros seres hum ano s. Y antes aceptar a ser hecho pedazos que renegar de lasc lases repr imidas . Cier tamente , los h indes no merecern nunca la l ibertad, ni la alcanzarn, si permiten que su noble re l ig in sea deshonrada por e lman ten imien to de l a mancha de l a mtocab i l idad . Ycom o am o al h indu ismo ms que a la v ida mism a, la

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    mancha se ha vuel to para m una carga in to lerable .No neguemos a Dios negando a una quinta par tede nuestra raza el derecho de asociacin en pie deigualdad con e l res to .Young India, 6 de octu bre de 1921

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    5. S a n a t a n a h i n d

    [Gandhiji contesta a un corresponsal que criticaba su interpretacin del hinduismo.]No soy un literalista y, por tanto, trato de comprender el espritu de las diversas Escrituras del

    mundo. Aplico la prueba de la verdad y ahimsa12

    establecida por esas mismas Escrituras para la interpretacin. Rechazo lo que es incompatible con esaprueba, y me adhiero a todo lo que es consecuentecon el la . Rechazo com o interpolac in la his tor ia deu n shudra" que hab a s ido cast igado por Ramachan-dra 14 por atreverse a aprender los Vedas. Y, en todocaso, adoro a Rama, el ser perfecto de mi concepcin, no los hechos de una persona his tr ica cuyavida puede variar con el progreso de nuevos descubrimientos e investigaciones histricas. Tulsidas15no tuvo ninguna relacin con el Rama de la his toria. Juzgado segn criterios histricos, su Ramayanamerecera ser t i rado a la basura. Como experiencia26

    espiritual, su libro es casi incomparable, al menospara m. Y, sin embargo, ni siquiera confiara plenamente en cada palabra que se encuentra en cadauna de las ediciones que se han publicado del Ramayana de Tulsidas. Es el espr i tu que impregna ell ibro lo que me t iene hechizado. No puedo suscr ibir la prohibicin de que los shudras a p r e n d a n l o sVedas. En real idad, en mi opinin, en el momentoac tua l todos somos pred om inan tem ente shudras, enla medida en que somos s iervos. El conocimientono puede ser prerrogat iva de una clase o sector determinado. Pero puedo concebir la imposibi l idadde que las gentes asimilen verdades ms elevadas oms sut i les a no ser que se sometan a una preparacin prel iminar , del mismo modo que quienes nohan pasado por una preparac in adecuada no pueden respirar el aire rarificado de las alturas o quienes no han tenido una enseanza previa en matemt icas e lementa les no pueden comprender oasimilar la geometra superior o el lgebra. Por lt imo , creo en algunas convenciones saludables .Existe una convencin que rodea la recitacin de laGayatri16 . La convencin es que slo se debe reci taren los momentos f i jados y despus de ablucionesrealizadas de la mane ra prescr i ta . Com o yo creo enesas convenciones, y como no s iempre puedo ajus-tarm e a ellas, dur ant e los l t imos aos h e seguido alos santos poster iores , y por lo tanto me he conte n-

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    tado con el Dvadashakshara mantra" o el Bhagava-ta ls, o la frmula todava ms sencilla de Tulsidas yunas pocas selecciones de la Gita y otras obras, yunos pocos bhajanas 19 en prcrito. stos son mi alimento espir i tua l cot id iano, mi Gayatri. Me dan todala paz y todo el consuelo que necesito cada da.Young India, 27 de agosto de 1925

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    6 . Resp uesta a a lgunas ob jec ion es

    Quiero ver la rueca en todas par tes porque veopobreza en todas partes. Hasta que hayamos alim en tad o y vestido a los esqueletos de la India, la religin no tendr ningn significado para ellos. Ellosestn viviendo hoy una vida de animales, y nosotrossomos los responsables. La rueca es, por lo tanto,nuestra penitencia. La religin es servicio a los indefensos. Dios se nos manifiesta en la forma de losindefensos y los afligidos. Pero nosotros, a pesar denuestras marcas en la frente, no les prestamos atencin, es decir , no prestam os ate ncin a Dios. Dios est y no est en los Vedas. Quien lee el espritu de losVedas ve a Dios all. Q uie n se aferra a la letra de los Veda s es un vedia, un li teralista. Narasinha Mehta canta, en efecto, la alabanza del rosario, y la alabanza est justificada. P ero el mismo N arasinha cant :

    De qu aprovecha el tilakam y el tulsi", de qu sirveel rosario y el musitar el Nom bre divino, de qu provecho29

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    es la interpretacin gramatical del Veda, qu uti l idad t iene el dominio de las letras? Todo eso son mecanismos para l lenar la tr ipa y nad a vale si no ayuda a la co mp rens indel Parabrahma11 .L o s m u s u l m a n e s c u e n t a n l a s c u e n t a s d e s u tas-

    bih, y los c r i s t i a nos l a s de l r osa r io . Pe r o unos y o t r osp e n s a r a n q u e s e h a n a p a r t a d o d e l a r e l i g i n s i s utasbih o s u r o s a r i o l e s i m p i d i e r a n c o r r e r e n s o c o r r od e a l g u i e n q u e , p o r e j e m p l o , y a c i e r a h e r i d o p o ru n a m o r d e d u r a d e s e r p i e n t e . E l m e r o c o n o c i m i e n to de l os Vedas n o p u e d e h a c e r d e n u e s t r o s b r a h m a n e s p r e c e p t o r e s e s p i r i t u a l e s . S i l o h i c i e r a , M a xM l l e r h a b r a s i d o u n o d e e l l o s . E l b r a h m n q u eh a y a c o m p r e n d i d o l a r e l i g i n a c t u a l o t o r g a r s i nd u d a a l s a b e r v d i c o u n l u g a r s e c u n d a r i o y d i f u n d i r l a r e l i g in de l a r ue c a , l i b r a r de l ha mbr e a mi l l o n e s d e s u s c o m p a t r i o t a s y s l o e n t o n c e s , y n o a n t es , s e e n t r e g a r a l o s e s t u d i o s v d i c o s .

    C i e r t a m e n t e , h e c o n s i d e r a d o s u p e r i o r e l h i l a d oa l a p r c t i c a de l a s r e l i g ione s c onf e s iona l e s . Pe r oe s o n o s i g n i f i c a q u e s t a s s e a n a b a n d o n a d a s . S l oq u i e r o d e c i r q u e u n dharma que ha de se r obse r va do por l os s e gu idor e s de t oda s l a s r e l i g ione s , l a st r a n s c i e n d e , y p o r l o ta n t o d i g o q u e u n b r a h m n esm e j o r b r a h m n , u n m u s u l m n m e j o r m u s u l m n ,u n vaishnav2* m e j o r vaishnava, s i d a vue l tas a la ru ec a c on e sp r i t u de se r v i c io .

    30

    Si me f ue r a pos ib l e g i r a r l a r ue c a e n l a c a ma , ys i n t i e r a q u e e s o m e a y u d a a c o n c e n t r a r m i m e n t ee n D ios , s i n dud a de j a r a a un l a d o e l r osa r io y g i r a r a l a r ue c a . S i f ue r a l o ba s t a n t e f ue r t e p a r a g i r a rl a r u e c a , y t u v i e r a q u e e l e g i r e n t r e c o n t a r c u e n t a s og i r a r l a r ue c a , s i n duda me de c id i r a e n f a vor de l ar u e c a , h a c i e n d o d e e l l a m i r o s a r i o , m i e n t r a s v i e r aq u e l a p o b r e z a y e l h a m b r e a c e c h a b a n a l p a s . E sp e r o u n t i e m p o e n el q u e i n c lu s o r e p e t i r e l n o m b r ed e R a m a s e c o n v e r t i r e n u n e s t o r b o . C u a n d o h a y ac o m p r e n d i d o q u e R a m a t r a n s c i e n d e i n c l u s o l a s p a l a b r a s , n o t e n d r n e c e s i d a d d e r e p e t i r s u n o m b r e .L a r ue c a , e l r osa r io y e l Ramanama 2* s e r n p a r a m lo mi smo. L os t r e s s i r ve n a l mi smo f i n , me e nse a nl a r e l i g i n d e l s e r v i c i o . N o p u e d o p r a c t i c a r ahimsas in p r a c t i c a r l a r e l i g i n de l s e r v i c io , y n o pu e d o e nc o n t r a r l a v e r d a d s i n p r a c t i c a r l a r e l i g i n d e ahimsa.Y n o e x i s te o t r a r e l i g i n q u e l a v e r d a d . L a v e r d a d e sR a m a , N a r a y a n a , Ishwara, Khuda, A l la h , D ios . [ Com o d i c e N a r a y a n a , la s d i f e r e n t e s f o r m a s e n q u e s et r a b a ja e l o r o d a n o r i g e n a n o m b r e s y f o r m a s d i fe r e n t e s ; p e r o , e n d e f i n i t i v a , t o d o e s o r o . ]

    Young India, 14 de agosto de 1924

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    7 . E l C o n g r e s o y d e s p u s

    En no m bre de la rel igin, nosotros, los hind es,hemos hecho un fetiche de las observancias externas , y hem os degra dad o la rel igin ha ciend o de el launa mera cuest in de comer y beber . El brahma-nismo debe su posicin sin igual a su abnegacin,su pureza in ter ior y su severa auster idad, i lum inadotodo el lo por el conocimiento. Los hindes estncon den ado s al f racaso s i a t r ibuyen una imp ortanciaindebida a los efectos espirituales de los alimentosy a los contactos humanos. Si tuados como estamosen medio de pruebas y tentaciones desde dentro, yafectados y conta min ados po r las corr ientes d e pen samiento ms vi les e intocables , no exa gerem os, ennuestra arrogancia, la influencia del contacto conpersonas a las que, muy a menudo de manera ignorante , y con ms frecuencia de forma arrogante,consideram os infer iores a nosotros. Seremos juzgados ante el Trono del Todopoderoso, no por lo quehayamos comido ni porque hayamos s ido tocados

    32

    por unos u otros , s ino en funcin de a quines hemos servido y cm o. En la me dida en que s irvamosa un solo ser humano sumido en la angust ia , encontraremos favor a los ojos de Dios. Debemos evitar los alimentos malos y estimulantes o sucios, como debemos evi tar un mal contacto. Pero nodemos a estas observancias un lugar desproporcionado a su verdadera importancia . No ut i l icemos laabst inencia de cier tos al imentos como tapadera para el fraude, la hipo cresa y los pe ore s vicios. No nosneguemos a servir a un hermano cado o sucio pormiedo a que su contacto perjudique nuestro crecimiento espir i tual .

    YoungIndia, 5 de enero de 1922 (?)

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    8 . M i m i s i n

    No me considero digno de ser mencionado entre la estirpe de los profetas. Soy un humilde buscador d e la verdad. Estoy imp aciente p or realizarme,po r alcanzar la mokshcf5 en esta mism a existencia. Miservicio a la nacin es parte de mi formacin paraliberar mi alma de la esclavitud de la carne. Considerado de es te modo, mi servic io puede ser considerado como algo puramente egos ta . No deseo e lre ino perecedero de la t ie r ra . Lucho por e l Reinode los Cielos, que es la moksha. Para lograr mi objetivo no me es necesario refugiarme en una cueva.Llevo una conmigo; bas ta con que me d cuenta deello. Quien vive en una cueva puede construir casti l los en el aire, mientras quien, como Janaka 26 , viveen un palacio, no tiene casti l los que construir . Elhabi tan te de la cueva que se c ierne sobre e l m un doen las a las del pensamiento no conoce paz a lguna.Jan aka , au n viviendo en m edio de la pom pa y la;*circunstancias, puede tener la paz que sobrepasa.

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    al conocimiento. Para m, el camino a la salvacinest en el trabajo incesante al servicio de mi pas y,a travs de eso, al servicio de la humanidad. Quieroidentificarme con todo lo que vive. En el lenguajede la Gita, quiero vivir en paz con amigos y enemigos . Aunque un musulmn, un cr is t iano o un hind pu eda desp rec ia rme y od ia rme p or e l lo . Qu ie roamarles y servirles como amara a mi esposa o a mihijo aunque ellos me odiaran. Por eso mi patriotismo es para m una etapa en mi viaje al pas de la l iber tad y la paz e ternas . Pienso que no hay, pues ,ninguna idea polt ica desprovista de sentido religioso. Las ideas polticas sirven a la religin, y lasque es tn ayunas de re l ig in son una t rampa morta l porque matan e l a lma.

    Young India, 3 de abril de 1924

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    9 . L a t e n s i n e n t r e h i n d e sy m u s u l m a n e s .S u s c a u s a s y s u r e m e d i o

    En mi opinin, no hay en e l h induismo nada parecido al proselit ismo tal como se entiende en elcristianismo o, en menor medida, en el islam. Pienso que el Arya Samaj27 ha copiado de los cristianosla p lanif icacin de su propaganda. El mtodo mode rno no me a t r ae . Ha hecho ms ma l que b ien .Aun cons ide rado como un a sun to puramen te de lcorazn, entre e l Creador y uno mismo, ha degener ado en u na apelacin a l ins t in to egosta . El predicador del Arya Samaj nunca es tan feliz comocua ndo in juria a o t ras re l ig iones . Mi ins t in to h ind me dice que todas las re l ig iones son ms o menosverdaderas . Todas proceden del mismo Dios , perotodas son imperfectas en su ins t rumenta l idad humana . El ve rdade ro movimien to shuddhi28 deber aconsistir en que cada uno tratase de l legar a la perfeccin e n su pro pia fe. En ese pla no , el carc ter sera la nica prueba. De qu sirve pasar de un compar t imento a o t ro s i no impl ica un ascenso moral?36

    Qu sent ido t iene in tentar conver t i r a o t ros a l servicio de Dios (pues sa debe ser la consecuencia deshuddhi o tabligh) cuando quienes es tn en mi rebao niegan cada da a Dios con sus acciones? La sentencia que dice mdico, crate a t i mismo es msaplicable a los asuntos religiosos que a los mundanos . Pero s ta es mi opinin. Si los miembros delArya Samaj piensan que hay algo que les dicta suconciencia , t ienen todo e l derecho a l levar adelante e l movimiento . Esa l lamada ardiente no conoceningn l mite de t iempo, n ingn control de la exper iencia . Si la unidad hindo-musulmana es t enpel igro porque un predicador del Arya Samaj o unpred icador musu lmn p roc lama su f e obedec iendoa una l lamada in ter ior , esa unidad ser slo superf ic ia l. Por qu d eber a ser per t urb ada po r esos movimientos? Ahora bien, deben ser autnticos. Si losmalkanas29 queran volver a la grey hind, tenan todo e l derecho a hacer lo s iempre que quis ieran. Pero no se puede pe rmi t i r n inguna p ropaganda queinjurie a otras religiones. Pues eso sera la negacinde la to lerancia . La mejor m ane ra de t ra tar esa propaganda e s condenar la pb l i camen te .

    Young India, 29 de mayo de 1924

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    10. Q u p u e d e n h a c e r l o s h i n d e s ?

    Aunque la mayora de los musulmanes de la India y de los hindes pertenezcan a un mismo tronco, el ambiente rel igioso los ha hecho diferentes .Creo, y he observado tambin, que el pensamientotransforma la forma de ser y el carcter de los hombres . Los sijs son el ejem plo ms rec iente de este he cho . Los musulmanes, a l ser generalmente una minora , han recurr ido a la int imidacin. Adems, a lser herederos de t radiciones recientes , muestran lavir i l idad de un s is tema de vida comparat ivamentenuevo. Au nqu e, en mi opinin , la noviolencia t ieneun lugar predominante en el Corn, los mil t rescientos aos de expansin imperial is ta han hechode los musulmanes un cuerpo combativo. Por tanto , son agresivos. La intimidacin es la expresinnatural de un espr i tu agresivo. Los hindes t ienenuna civilizacin de una gran antigedad y son esencialmente no violentos. Su civilizacin ha pasadopor experiencias que la cristiana y la islmica estn38

    todava atravesando. Si el hinduismo fue alguna vezimperial is ta en el sent ido moderno del trmino, hasobrevivido a su imperialismo y, ya sea deliberadamente o de manera na tura l , lo ha abandonado . E lpredominio del espr i tu no violento ha l imitado eluso de las armas a una pequea minora que s iempre debe estar subordinada a un poder civi l profundamente espir i tual , cul to y desinteresado. Los hindes como sociedad no estn, por consiguiente ,preparados para la lucha. Pero al no haber conservado su formacin espiritual, han olvidado la utilizacin de un sustituto eficaz de las armas, y, al noconocer su uso ni tener apt i tud para el las , se hanvuelto dciles hasta caer en actitudes timoratas ocob arde s. As pue s, este vicio es un a exc rece ncia natural de la mansedumbre. Al sostener esta idea, nopienso que el carcter excluyeme del hind, malocom o sin dud a es , tenga m uch o qu e ver con este carcter t imorato. De ah tambin mi fal ta de confianza en los akhadasm como medio de defensa. Loaprecio para la cultura fsica, pero, para la defensapropia, restaurar a la cul tura espir i tual . La autodefensa mejor y ms duradera es la purificacin. Meniego a renunciar a mis races debido a los temoresque actualmente nos obsesionan. Si los hindes sel imitaran a creer en s mismos y actuaran de acuerdo con sus t radiciones, no tendran ninguna raznpara temer la int imidacin. En el momento en que

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    recupere la verdadera formacin espir i tual , e l musulmn ser sensible a ello. No puede dejar de hacer lo. Si pu ed o reu nir a un gru po de jven es hindes con fe en s mismos y, por tanto, con fe en losmusulmanes, e l grupo se convert i r en un escudoprote ctor para los ms dbi les . Ellos ( los hind es j venes) ensearn cmo morir s in matar . No conozco otro camino. Cuando nuestros antepasados vieron que la afliccin les rodeaba, recurrieron a latapasya, la purif icacin. Comprendieron la indefensin de la carne y en su indefensin oraron hastaque obl igaron al Creador a obedecer su l lamada.Oh, s -d ice mi amigo h ind - , pe ro en tonces Diosenvi a alguno a manejar las armas. No estoy interesado en negar la verdad de la rpl ica. Todo loque digo al amigo es que , com o hind , no p ue de ignorar la causa y obtener el resul tado. Ser t iempode luchar cuando hayamos hecho bas tan te tapasya.Estamos bastante purif icados?, pregunto. Hemoshecho siquiera peni tencia por el pecado de la into-cabi l idad, por no hablar de la pureza personal delos individuos? Son nuestros preceptores religiosostodo lo que deberan ser? Estamos golpeando el airemien t ras concent ramos nues t ra a tenc in en encontrar defectos en la conducta musulmana.Young India, 19 de ju n io de 1924

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    11. 1 h i n d u i s m o a c t u a l

    El hinduism o es un organ ismo vivo sujeto a crecimiento y descomposicin, y sometido a las leyesde la naturaleza. Uno e indivisible en la raz, se haconver t ido en un rbo l inmenso con innumerab lesramas. Los cambios de estacin le afectan. Tiene suotoo y su verano, su invierno y su pr imavera. Laslluvias lo nutr en y lo hac en fructificar. Se basa y nose basa en las Escrituras. No deriva su autoridad deun nico l ibro. La Gita es un texto aceptado umversalmente, pero, aun s iendo as , slo muestra elcamino. Apenas t iene algn efecto sobre las costumbres. El hinduismo es como el Ganges, que, puro e inmaculado en sus fuentes , recoge en su cursolas impurezas del camino. Tambin como el Ganges es beneficioso en su efecto total. Asum e un a forma part icular en cada provincia , pero su substanciainter ior se conserva en todas partes . La costumbreno es rel igin. Las costum bres pu ed en cambiar , pero la rel igin permanecer inal terada.

    La pureza de l h induismo depende de l dominio41

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    de s de sus de vo tos . S i e mpr e que su r e l i g in ha e s t a d o e n p e l i g r o , l o s h i n d e s s e h a n s o m e t i d o a u n ape n i t e nc i a r i gur osa , ha n busc a do l a s c a usa s de l a c r i s is y h a n c o n c e b i d o m e d i o s p a r a c o m b a t i r l a s . L o sshastras e s t n s i e m p r e c r e c i e n d o . L o s Vedas, la s Upa-nishads, la s Smritis, lo s Puranas y los Itihasas no su r g i e r o n a l m i s m o t i e m p o . C a d a u n o s u r g i d e l a sn e c e s i d a d e s d e p e r o d o s p a r t i c u l a r e s , y p o r e s o p a r e c e n e s t a r e n d e s a c u e r d o u n o s c o n o t r o s . E s o s l i b r o s n o e n u n c i a n d e n u e v o l as v e r d a d e s e t e r n a s , sin o q u e m u e s t r a n c m o s e p r a c t i c a b a n s t a s e n e lm o m e n t o a l q u e c o r r e s p o n d e n l o s l i br o s . U n a p r c t i c a q u e f u e a p r o p i a d a e n u n p e r o d o p a r t i c u l a r , s is e r e p i t i e r a c i e g a m e n t e e n o t r a p o c a , s u m i r a a l a sg e n t e s e n l a c i n a g a d e l d e s n i m o . P o r q u e l a p r c t i c a de l s a c r i f i c io de a n ima le s f ue r a v l i da e n una p o c a , d e b e m o s r e s t a b l e c e r l a h o y ? P o r q u e e n u nt i e m p o a c o s t u m b r r a m o s a c o r t a r m a n o s y p i e s a l o sl a d r o n e s , d e b e m o s r e s t a b l e c e r h o y d a e s a b a r b a r i d a d ? D e b e m o s r e c u p e r a r l a p o l i a n d r i a ? D e b e m o sr e s t a b l e c e r e l m a t r i m o n i o i n f a n t i l ? P o r q u e u n d a s ed e c i d i a i s l a r a u n a p a r t e d e l a h u m a n i d a d , d e b e m o s m a r c a r h o y a s u s d e s c e n d i e n t e s c o m o p a r i a s ?E l h i n d u i s m o a b o r r e c e e l e s t a n c a m i e n t o . E l c o n o c i m i e n t o e s i l i m i t a d o , y t a m b i n l o e s l a a p l i c a c i n d e la v e r d a d . C a d a d a a a d i m o s a l g o n u e v o an u e s t r o c o n o c i m i e n t o d e l p o d e r d e Atman, y se gu i r e m o s h a c i n d o l o . L a n u e v a e x p e r i e n c i a n o s e n s e -

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    a r d e b e r e s n u e v o s , p e r o l a v e r d a d s e r s i e m p r e l am i s m a . Q u i n l a h a c o n o c i d o a l g u n a v e z e n s u t o t a l i da d? L os Vedas r e p r e s e n t a n l a v e r d a d , s o n in f in i tos . P e r o , q u i n l o s h a c o n o c i d o e n s u t o t a l i d a d ?L o q u e h o y s e c o n o c e p o r e l n o m b r e d e Vedas no e sn i s i q u i e r a u n a m i l l o n s i m a p a r t e d e l Veda rea l , e lL i b r o d e l C o n o c i m i e n t o . Y q u i n c o n o c e t o d o e ls i g n i f i c a d o s i q u i e r a d e l o s p o c o s l i b r o s q u e t e n e m o s ? M s q u e a c a m i n a r p o r e s t a s c o m p l i c a c i o n e si n f i n i t a s , n u e s t r o s s a b i o s n o s e n s e a b a n a a p r e n d e runa so l a c osa : Como e s e l s mi smo, a s e s e l un i v e r s o . N o e s p o s i b l e e x a m i n a r e l u n i v e r s o a l m i s m on i v el e n q u e s e p u e d e e x a m i n a r e l s m i s m o . C o n o c e e l s m i s m o y c o n o c e r s e l u n i v e r s o . P e r o h a s t a e lc o n o c i m i e n t o d e l s i n t e r i o r p r e s u p o n e u n e s fu e r zoi n c e s a n t e ; n o s l o i n c e s a n t e , s i n o p u r o , y e l e s f u e rz o p u r o p r e s u p o n e u n c o r a z n p u r o , q u e a s u v e zd e p e n d e d e la p r c t i c a d e jamas y niyamas52 , las virt u d e s c a r d i n a l e s y l as p a r t i c u l a r e s .

    E s t a p r c t i c a no e s pos ib l e s i n l a g r a c i a de D ios ,q u e p r e s u p o n e fe y d e v o c i n . P o r e s o T u l s i d a s c a n t a ba l a g lo r i a de Ramanama, p o r e s o e l a u t o r d e lRhagavata e n s e e l Dvadashakshara mantra (Om amo bhagavate vasudevaya). P a r a m , e s u n sanatanih i n d q u i e n p u e d e r e p e t i r e s t e m a n t r a d e m e m o r ia . T o d o l o d e m s es u n p o z o i n s o n d a b l e , c o m o d i j o e l s a b io A kho 3 3 .L o s e u r o p e o s e s t u d i a n n u e s t r a s a c t i t u d e s y c o s -

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    tumbres. Pero el suyo es el estudio de un investigador , no el estudio de un devoto. Su estudio nopuede ensearme la re l ig in .El hinduismo no consis te en comer y no comer.Su centro est en la conducta recta, la correcta observancia de la verdad y la noviolencia. Un hombreque come carne, pero observa las virtudes cardinalesde compasin y verdad, y que vive en el temor deDios, es mejor hind que un hipcri ta que se abst iene de carne. Y aquel cuyos ojos estn abiertos a laverdad de la violencia que supone comer carne deres, o carne en g eneral , y que p or tanto lo ha rechazado, qu ien a ma al ho m br e y al pjaro y al animal,me rece nuestra adorac in. l ha vis to y ha conoc idoa Dios; l es Su mejor devo to. El es un ma estro par ala humanidad .El hinduismo y todas sus formas religiosas estnsiendo pesadas en la balanza. La verdad eterna esuna . Dios tambin es uno . Evi temos cont raponercredos y costumbres y s igamos la senda recta de laverdad. Slo entonces seremos verdaderos hindes.Muchos que se dan e l nombre de sanatanis recorren la tierra. Quin sabe cuntos de ellos sernelegidos por Dios? La gracia de Dios descender sobre q uienes h ace n Su voluntad y Le s irven, no sobreaquel los que s implemente musi tan Rama Rama.

    Young India, 8 de abril de 192644

    12. 1 m o n s t r u o c o n c a b e z a d e h i d r a

    Algunas de las historias que se cuentan en losPutaas son muy pel igrosas s i no conocemos su relacin con las condiciones actuales. Los shastras se r an t rampas mortales s i debiramos regular nues-(ra conducta de acuerdo con los detal les que enellos se dan o co n los personajes qu e en ellos se descr iben. Estos textos nos ayudan solam ente a def iniry razon ar los pr incipios funda men tales . Si un personaje conocido de los libros religiosos pec contraDios o contra el hombre, es eso una justificacinpara que repi tamos el pecado? Nos basta con quenos digan, de una vez por todas, que la verdad es lonico que importa en el mundo, que la verdad esDios. Es irrelevante que se diga que incluso Yud-hishthira34 fue descubier to en una mentira . Es msimportante para nosotros saber que cuando di jouna mentira , tuvo que sufr i r por el lo en ese mismom o m e n t o y q u e su e m i n e n t e n o m b r e d e n i n g u n amanera le protegi del cast igo. Igualmente, es i r re-

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    l e v a n t e p a r a n o s o t r o s q u e s e n o s d i g a q u e A d i s h a n -kara 3 5 evi t a un chandala 36 . N o s b a s t a s a b e r q u e u n ar e l i g in que nos e nse a a t r a t a r a t odos l os s e r e s v i v o s c o m o n o s t r a t a m o s a n o s o t r o s m i s m o s n o p u e d ea c e p t a r e l t r a t o i n h u m a n o d e u n a s o l a c r i a t u r a , ym u c h o m e n o s d e t o d a u n a c l a s e d e s e r e s h u m a n o sp e r f e c t a m e n t e i n o c e n t e s . P o r o t r a p a r t e , n o t e n e m o s a n t e n o s o t r o s t o d o s lo s h e c h o s p a r a j u z g a r l oq u e h i z o o n o h i z o A d i s h a n k a r a . A n m e n o s s a b e mos e l s i gn i f i c a do de l a pa l a br a chandala e n e l c ont e x t o e n q u e a p a r e c e . T i e n e i n d u d a b l e m e n t e m u c h o s s i g n i f i c a d o s , u n o d e e l l o s e s p e c a d o r . P e r o s it o d o s l o s p e c a d o r e s d e b e n s e r c o n s i d e r a d o s i n t o c a b l es , e s m u y d e t e m e r q u e t o d o s n o s o t r o s , s i n e x c l u i r al p r o p i o P a n d i t 3 7 e s t e m o s b a j o e l i n t e r d i c t o d el a i n t o c a b i l i d a d . Q u e l a i n t o c a b i l i d a d e s u n a i n s t i t u c i n a n t i g u a , n a d i e l o h a n e g a d o n u n c a . P e r o , s ie s u n m a l , n o p u e d e s e r d e f e n d i d a s o b r e l a b a s e d es u a n t i g e d a d .Young India, 29 de julio de 1926

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    1 3 . T u l s i d a s

    V a r ios a migos me ha n d i r i g ido c r t i c a s e n d ive r sa s oc a s ione s r e spe c to de mi a c t i t ud ha c i a e l Tulsi-Ramayana. L a e se n c i a de sus c r t ic a s e s l a s i gu i e n t e :

    Has descr i to el Ramayana com o el mejor de los l ibros,pero nu nca hem os podid o es tar de acuerdo con tu visin.No ves cm o Tulsidas meno spre ci a las mujeres, defendi la poco caballerosa emboscada de Rama sobre Vali ,alab a Vibhishan por traicionar a su pas y descr ibi aRama como un avatara a pesar de su gran injusticia conSita? Qu belleza encuentras en un libro as? O piensasacaso que la belleza potica del l ibro compensa todo lodems? Si es as , entonces nos aventuramos a sugerir queno ests cualificado para la tarea.

    A dmi to que s i t oma mos l a s c r t i c a s de f o r ma a i s lada , se r an di f c i les de re futa r y todo e l Ramayanap o d r a s e r , d e e s t a m a n e r a , f c i l m e n t e c o n d e n a d o .Pe r o e so se pue de de c i r de c a s i t odo y de c a s i t odo47

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    el mundo. Se cuenta la his tor ia de un renombradoartista que, para responder a sus crticos, puso uncu adr o suyo en un escapa rate e invit a los visitantesa que dieran su opinin, sealando aquel lo que noles gustara del cuadro. El resultado fue que apenashubo algn elemento del cuadro que quedase a salvo de las crticas. Sin em bar go, el cuad ro e ra en realidad una obra de arte. Efectivamente, ni siquieralos Vedas, la Bibl ia o el Corn han quedado exentosde con den a. Para l legar a un a valoracin aprop iadade un libro se lo debe juzgar en su conjunto. As espara la crtica externa. La prueba interna de un libro consis te en descubrir qu efecto ha producidosobre la mayo ra de sus lectores. Juz gad o p or cualquiera de los dos mtodos, la posicin del Ramayanacomo el libro pa r excellence sigue siendo inatacable.Sin embargo, esto no significa que sea absolutamente impecable. Pero s igue s iendo verdad que elRamayana ha dado paz a mil lones de personas, haproporcionado fe a quienes no la tenan, y todavahoy sirve como blsamo sanador a miles de seres human os que se que ma n con el fuego de la increencia .Cada una de sus pginas desborda devocin. Es unverdadero filn de experiencia espiritual.Es cierto que a veces el Ramayana es utilizadopor p ersonas malintencionadas para apoyar sus prct icas malvadas. Pero eso no es ninguna prueba deque algo est mal en el Ramayana. Admito que Tul-

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    .sidas, involu ntar iam ente, pien so, fue injusto con lasmujeres . En esto, como tambin en otros aspectos,no logr elevarse sobre las ideas dominantes de supoca. En otras palabras, Tulsidas no fue un reformador, era solamente un pr ncipe entre los devotos. Las faltas del Ramayanason menos un reflejo deTulsidas que de la poca en que vivi.Cul debera ser la actitud del reformador respecto de la posicin de las mujeres o respecto deTulsidas en tales circunstancias? Pu ede en co ntr ar elreformador alguna ayuda en Tulsidas? La respuesta es rotundamente s. A pesar de las observacionesdespectivas sobre las mujeres que aparecen en el Ramayana, no se debe olvidar que ah Tulsidas present al mundo una descripcin sin par de Sita. Dnde

    estara Rama sin Sita? Encontramos en el Ramayanaotras muchas f iguras femeninas ennoblecedoras como Kausalya, Sumitra, etc. Inclinamos la cabeza como reverencia ante la fe y devocin de Shabari yAhalya. Ravana era un monstruo, pero Mandodariera una satP9. En mi opinin, estos ejemplos prueban que Tulsidas no injuriaba a las mujeres por conviccin. Por el contrario, por lo que se refiere a susconvicciones, slo tena reverencia hacia ellas. saera la actitud de Tulsidas hacia las m ujeres.

    Sin em barg o, e l tema de la mu erte de Vali da lugar a dos opiniones. En Vibhishan 40 no puedo encontrar ninguna fal ta . Vibhishan recurr i al satya-49

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    graha*1 cont ra su hermano. Su e jemplo nos enseaque s impatizar con unos gobernantes corruptos, otratar de ocultar sus defectos o los del pas, es unaburda parodia de patr iot ismo, pues el verdaderopatr iot ismo consis te en oponerse a el los . Al ayudara Rama, Vibhishan ofreci el mejor servicio que poda rendir a su pas . El t ra to que Rama dispensa aSi ta no denota ninguna crueldad 42. Es una manifestacin de la contradiccin entre el deber regio y elamor del marido hacia la esposa.A los escpticos que sienten dudas lgicas en relacin con el Ramayana, les sugerira que no aceptaran mecnicamente las interpretaciones de nadie .Deberan dejar a un lado esas par tes que les generan confusin. Nada contrar io a la verdad y a laahimsa deb e ser tolerado. Sera pu ra perversidad arg u m e n t a r q u e l o q u e e n t e n d e m o s c o m o e n g a opo r parte de Rama just if ica que tam bin nosotrospodemos engaar igua lmente . Lo apropiado se r apensar que Rama era incapaz de engaar . Como dice la Gita: No existe nada en el mundo que estcom pleta me nte l ibre de defecto. As pues, como elcisne legen dario que rechaza el agua y tom a slo leche , aprendamos a guardar como oro en pao s lolo bueno y a rechazar el mal a l l donde aparezca.Nada ni nadie es perfecto, salvo Dios.

    Young India, 31 de octubre de 192950

    14 . C a rt a s e m a n a l ( O t r a s c u e s t i o n e s )

    [Conversacin de Gandhiji con Mr. Basil Mat-hews, que tena inters en saber si Gandhiji seguaalguna prct ica espir i tual y qu lectu ra en especialle haba resultado til .]Gandhiji: Soy ajeno a las prcticas yguicas. Laprctica qu e sigo es la qu e ap ren d en m i infancia d emi niera. Yo tena miedo de los fantasmas y el lasola dec irme : Los fantasmas n o existen, p ero si t ienes miedo, repi te Ramanama i3. Lo que aprend enmi infancia se ha convert ido en algo importanteen m i horizonte men tal . Es un sol que h a i lum inadomis horas ms oscuras . Un cr is t iano puede encon

    trar e l mismo co nsuelo en la repet ic in del no mb rede Jess, y un mu sulmn en el nomb re de Al. Todas estos actos tienen las mismas implicaciones yproducen idnticos resultados bajo circunstanciasidnticas. Slo qu e la repeticin no d ebe ser un a me ra expresin de los labios, sino una parte de tu ser.51

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    Sobre las lecturas t i les , real izamos regula rme nte lecturas de la Bhagavad Gita, y ah ora la leem os cada semana con anl is is de cap tulos determinadostodas las maanas 44 . Luego tenemos h imnos de d i versos santos de la India , y ah incluimos tambinhimnos cr is t ianos. Cuando est con nosotros Khan-saheb, hacemos tambin lecturas del Corn. Creemos en la igualdad de todas las religiones. Yo sacoel mayor consuelo de la lectura del Ramayana d eTulsidas, pero tambin obtengo solaz del NuevoTestamento y del Corn. No me acerco a el los conmen tal idad cr tica . Para m, son tan impo rtantes como la Baghavad Gita, aunque no todo en el los meatraiga -por ejemplo, en las car tas de san Pablo- ,del mismo modo que no todo me atrae en Tulsidas.La Gita es un discurso rel igioso puro, s in ningnadorno. Simplemente descr ibe el progreso del a lmaperegrina hacia el Objet ivo Supremo. Por tanto,aqu no se plantea la seleccin.

    Mr. Mathews: Usted es , en real idad, un protestante.Gandhiji: No s lo que soy o no soy, Mr. Hodgedeca que soy presbiteriano!Mr. Mathews: Dnde est para usted la sede dela autoridad?Gandhiji: Est aqu (sealando hacia su pecho) .Ejerzo mi juic io s obre todas las Escrituras, incluid ala Gita. No puedo permit i r que un texto escr i tura-

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    r io suplante a mi razn. Aunque creo que los pr incipales l ibros son inspirados, pasan por un procesode doble dest i lacin. En primer lugar , nos l legan atravs de u n profeta hu m an o, y luego a t ravs de loscomentar ios de los intrpretes . Nada de el los vienedirectamente de Dios. Mateo puede dar una vers in de un tex to , y juan puede dar o t ra . No puedorenunciar a mi razn aunque suscr iba la revelacindivina. Y, sobre todo, hay que tener en cuenta quela letra m ata, el espritu vivifica. Pero no de be ma-lentender mi postura. Tambin creo en la fe , en cosas en que la razn no tiene cabida, como la existenc ia de Dios . Ningn a rgum ento p ued e a le ja rmede esa fe , y como aquel la nia que repet a contratoda razn sin embargo, somos siete, me gustararepet i r , cuando en el razonamiento me vea superado por una intel igencia superior a la ma: Sin embargo, Dios existe.Harijan, 5 de diciembre de 1936

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    15. C a r t a S e m a n a l( C o n v e r s a c i n c o n R a o B h a d u r R a j a h )

    En e l h induismo ms puro , un brahmn, unahorm iga, un elefante y un o que com e carne de perro {shvapach) t ienen el mismo estatus . Y comonuestra filosofa es tan elevada, y no hemos logradoestar a su altura, esa misma filosofa apesta hoy ennuestra nar iz . El hinduismo insis te en la hermandad no slo de toda la humanidad, s ino de todo loque vive. Es una concepcin que produce vrt igo,pero tenemos que menta l iza rnos para en tender la .En el m om en to e n qu e hayamos restablecido la verdadera igualdad en la vida de todos los hombres,podremos establecer la igualdad entre el ser humano y toda la creacin. Cuando llegue ese da, tendremos paz en la t ierra y buena voluntad entre loshombres.

    Harijan, 28 de marzo de 1936

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    16. C a r t a S e m a n a l ( L a l l a v e d e o r o )

    [En el encuentro pblico de Quilon, Gandhij iresumi p or pr im era vez la creencia central del hinduismo en un mantra upanishdico, y a par t i r deentonces ofreca en cada encuentro unos comentarios lcidos y sencillos sobre las numerosas consecuencias de ese mantra qu e lo abarcab a to do. La exposicin pura, s in muchos comentar ios , se ofreciel da .anter ior en Quilon y se reproduce aqu . ]Permi t idme re f lex ionar p r imero duran te unosmomentos sobre cul es la esencia del hinduismo,sobre qu es eso que ha enardecido a tantos santosde los que tenemos constancia his tr ica. Por quha aportado tantos filsofos al mundo? Qu hay enel hinduismo que ha entusiasmado de ta l modo asus devotos durante siglos? Vieron stos la intoca-bilidad en el hinduismo y, a pesar de ello, se entusiasmaron con l? En el curso de mi lucha contra laintocabi l idad, var ios t rabajadores me han pregun-

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    tado po r la esencia del hin dui sm o. No tenemo s ning u n a halma ib senci l la , decan, como encontramosen el islam, ni ten em os a Ju an 3, 16 de la Biblia. Tenemos o no tenemos algo que responda a las demandas de los ms filosficos de nosotros, hindes,y los ms pragmticos de ellos? Algunos han dicho,y no sin buenas razones, que la Gayatri46 responde aese propsi to. Yo he reci tado el mantra Gayatri ta lvez un millar de veces, comprendiendo su significad o . Pero, s in embargo, no pareca colmar todas misaspiraciones. Luego, como sabis , durante los l t i mos aos he confiado to talmen te en la Bhagavad Gita , y he afirmado que responde a todas mis dificultades y ha sido mi kamadhenu, mi gua, mi breteSsamo, en cientos de ocasiones en que me enfrentaba con d udas y dif icul tades. No recuer do un asola ocasin en que me haya fallado. Pero no es unl ibro que yo pue da pr op on er al conjunto de esta audiencia . Requiere un estudio piadoso antes de queel kamadhenu produzca la r ica leche que guarda ensus odres. As que me he fijado en un solo mantraque voy a recitar, y que contiene toda la esencia delhinduism o. Muchos de vosotros, pienso, co nocerisla sha Upanishad. Yo la leo hace aos con traduccin y comentar ios . La aprend de memoria en lacrcel de Yeravda. Pero entonces no me cautiv tanto como lo ha hecho durante los l t imos meses, yahora he l legado f inalmente a la conclusin de que

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    si todas las Upanishads y las dem s E scrituras se vieran sbi tamente reducidas a cenizas, y slo el pr i mer versculo de la Isha Upanishad perman ec ie ra intacto en la memoria de los hindes, e l hinduismopervivira para siempre.Ahora bien, este mantra se divide en cuatro partes. La prim era p art e dic e: fsiMlwft' S# ?fft ^m arr IIshavasyamidam sarvam yat hinca jagatyam jagat. Significa, segn mi t raduc cin, que t odo lo que vemosen este inmenso universo est penetrado o impregna do d e Dios. Lueg o vienen la par tes segun da y tercera, que se leen juntas , ta l como yo las leo:fo wt^H *j3fttjr: | Tena tyaktena bhujitha. Lo divido endos y traduzco as: Renuncia a l y disfrtalo. Hayotra posible t raduccin que, s in embargo, viene asignificar lo mismo: Disfruta lo que l te da. Tambin esto se puede dividir en dos partes. Luego viene la parte final y ms im po rta nte : *T 1^'- "WRMS&I^ Ima gridhah kasya sviddhanam, que significa: No codiciar la riqueza o posesiones de nadie. Todos los dems manirs47 de esta ant igua Upanishad son un comentar io o un intento de darnos el s ignif icadopleno del pr imer mantra . Cuando leo ese mantra ala luz de la Gita, o la Gita a la luz de este mantra,descubro que la Gita es un comentar io del mantra .Me parece que satisface los anhelos de los socialistas y los comunistas, de los filsofos y los economistas. Me atrevo a sugerir que satisface tam bin los an-

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    helos de todos los que no pertenecen a la fe hind.Y si es verda dero -y yo sostengo qu e lo es - , no hayque acep ta r nada de l h induismo que sea incompatible con ese mantra o contrario a su significado.Qu ms pue de ap rend er que es to e l hom bre de lacal le : que el nico Dios y Cre ador y Seor d e todolo que vive impregna o penetra todo el universo?Las otras tres partes del mantra se derivan directamente de la pr imera. Si se cree que Dios impregnao penetra todo lo que ha creado, se debe creer queno se puede disfrutar de nada que no sea dado porl. Y viendo que l es e l Creador de Sus innumerables hijos, se sigue que n o se pu ed en codiciar las posesiones de nadie . Si se piensa que uno es una deSus numerosas cr ia turas , le corresponde a uno renunciar a todo y ponerlo a sus pies. Eso significaque el acto de renuncia de todo no es una mera renuncia f s ica, s ino que representa un segundo nacimiento o un nacimiento nuevo. Es un acto del iberado, no realizado en la ignorancia. Es, por lo tanto,una regenerac in . Y en tonces , pues to que qu ient iene un cuerpo debe comer, beber y vest i rse , debebuscar na tura lm ente en l todo lo que n ecesi ta . Ylo consigue como una recompensa natural a esa renuncia . Como si esto no fuera bastante , e l mantrafinaliza con este magnfico pensamiento: No codicies las posesiones de nad ie . En el m om en to e n quecumples estos preceptos, te convier tes en un sabio58 i

    ciudadano del mundo que est en paz con todo loqu e vive, qu e satisface las aspiracion es m s elevadasen esta vida y despus de ella.[Este mantra es el que Gandhiji describi enotro encuentro como l lave de oro para la solucinde todas las dif icul tades y dud as q ue p ue dan asal tarel corazn.]

    Recordad ese nico versculo de la Isha Upanis-ha d y olvidad todo sobre las dems Escrituras. Porsupue sto, podis ahog aros y asfixiaros e n el o can ode las Escrituras. Son buenas para los eruditos siquieren ser humildes y sabios, pero para el hombrede la calle basta con este mantra para llevarle a travs del ocano:Dios, el Soberano, impregna todo lo que hay en esteuniverso. Por lo tanto, renuncia y dedcale todo a El, yluego disfruta o usa la parte que pued a caerte en tu lote.Nunca codicies las posesiones de los otros.

    Harijan, 30 de enero de 1937

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    1 7 . E l d i s c u r s o d e H a r i p a d 4

    En este encuentro, quis iera l lamar vuestra atencin durante unos minutos sobre el mensaje delh induismo que presen t anoche en e l encu ent ro deQuilon. Me aventur a decir ah que todo el hinduismo se poda resumir en el pr imer versculo dela Isha Upanishad.^I N Iw ft ^ j(&*l M'W F ^

    Ishavasyamidam sarvam yat kica jagatyam jagat.Tena tyaktena bhu jitha ma gridhah kasya sviddhanam.

    Quienes conozcan algo de snscri to vern queno hay nada abstruso aqu que no se encuentre enotros mantras vdicos, y su significado es simplem ent e ste: tod o lo que exis te en el universo, grande o peq ue o , inc lu ido el tomo m s d imin uto , est impregnado de Dios, a l que l lamamos Creador oSeor . Isha significa Soberano, y Aquel que es el60

    Creador , de manera na tura l y por e l mismo dere cho , se convier te tambin en S obe rano . Y aqu , eneste versculo, el vidente no escogi otro epteto para la Divinidad s ino el de Soberano, y no exceptunad a de su jur isdiccin . Dice que tod o lo que vemosest imp reg nad o d e la Divinidad, y, a par t i r de ah ,se s iguen naturalmente las otras par tes del mantra .As, dice: Renuncia a todo, es decir, a todo lo queest en este universo, en el conjunto del universo, yno slo en este diminuto globo nuestro; renuncia aello. Nos p ide que renunc iemos porque somos tomos tan insignificantes que si tuviramos cualquieridea de posesin p areceram os r idculos. Y luego,dice el rishi*9, la reco mp ensa de la renu ncia es g^tarbhujitha, es decir, el disfrutar de todo lo que necesites. Pero la palabra traducida como disfrutarpuede ser t raducida tambin por usar, comer,etc. Signif ica, por lo tanto, que no puedes cogerms de lo necesar io para tu crecim iento. Por lo tanto , este disfrute o uso est limitado por dos condiciones. Una es el acto de ren unc ia , o , como dir a e lautor del Bhagavata, disfrute en el espritu de5>in"iHt5i *{krisnaripanamamstu (u ofrecer todo aDios) . Y todos los das , por la m aa na, e l que creeen el Bhagavata Dharmd*3 t iene que dedicar sus pensamientos, palabras y acciones a Krishna, y hastaqu e no haya real izado ese acto diar io de renunc ia uofrenda no t iene derecho a tocar nada, ni s iquiera

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    a beber un vaso de agua . Y cuan do u n h om bre hareal izado ese acto de renuncia y ofrenda, obt ienede ese acto el derecho a comer, beber, vestir y albergarse en la me dida necesar ia para su vida diar ia .Por lo tanto, lo tomes de un m od o o de otro , ya seaen el sentido de que el disfrute o uso es la recompensa de la renuncia , o de que la renuncia es lacondicin del disfrute, lo cierto es que la renunciaes esencial para nuestra existencia, para nuestra alma. Y com o si esa condicin plante ada en el m an-tra fuera incompleta, el rishi se apresur a completarlo, aadiendo: No codicies lo que pertenece aotro. Yo sugiero que cualquier filosofa o religinque se encuentre en cualquier par te del mundo est contenida en este maiitra, y excluye todo lo quese le opone. Segn los cnones de interpretacin,todo lo que sea inconsecuente con la Shruti51 -y laIsha Upanishad es una parte de la Shrutir- debe serrad ica lmente rechazado .

    T e m p l o s p u r i f i c a d o sAho ra me gustar a apl icar este m antr a a las condiciones actuales. Si todo lo que existe en el universo est penetrado por Dios, es decir, si todo serh u m a n o - e l b r a h m n o e l bhangi, el erudito y elque recoge excrementos, e l ezhava53 y el par ia- , no

    importa a qu casta per tenezca, est penetrado porel Seor Dios, a la luz de este mantra, no hay nadieque sea superior ni inferior, todos somos absolutamente iguales , iguales porque todos somos cr iaturas del C read or. Y esto no es un pos tulad o filosfico con el que cr i t icar a brahmanes o kshatriyas54 ,s ino que enunc ia una verdad e te rna que no admi ten inguna reducc in n i d i sminuc in . Por cons i guiente , e l Maharajah mismo y la Maharani55 no sonen absoluto superiores al ser ms humilde de Tra-vancore. Todos nosotros somos criaturas y servidores del nico Dios. Si el Maharajah es el pr im ero entre iguales , com o efect ivamente ocu rre , no lo es porderecho de seoro, s ino por derecho de servicio. Y,por lo tanto, qu agradable, qu nob le es que todoMaharajah sea l lamad o Padmanabhadas\m Por lo tanto , cuando he d icho que e l Maharajah o la Maharani no eran ni una pizca superiores a ninguno de nosotros, he dicho una verdad real aceptada por susmismas Altezas. Y si es as, cmo p ue de alguienarrogarse superior idad sobre cualquier otro ser humano? Por tanto, os digo que, s i es te mantra contiene el bien, si hay aqu algn hombre o mujer quecrea que los templos son profanados por los llamados avarnaf, yo afirmo que esa persona es culpablede un pecado grave. Os digo que la Proclamacin 58ha purif icado nuestros templos de la mancha queestaba adherid a a ellos .

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    Quisiera que el mantra que he reci tado permaneciera en el corazn de todos nuestros hombres,mujeres y nios, y si contiene, como yo sostengo, laesencia del hinduismo, debera ser inscr i to en losprticos de todos los templos. No pensis, pues,que estar amos contradiciendo ese mantra a cadapaso si excluyramos a alguien de nuestros templos? Por lo tanto, s i queris demostraros que merecis la graciosa Proclamacin y ser leales a vosotros mismos y a quienes presid en vuestros de snos ,debis cumplir la letra y el espritu de esa Proclamacin. Desde el da de la Proclamacin, los templos de Travancore, que, como di je una vez, noeran morada de Dios, se convir t ieron en morada deDios, puesto que ninguno de los considerados intocables ser excluido de ellos. Por lo tanto, espero yrezo para que en todo Travancore no haya hombreni mujer que se abstengan de ir a los templos por larazn de que se han abier to a quienes eran considerados los parias de la sociedad.

    Harijan, 30 de en ero de 1937

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    18. D e l d i s c u r s o d e K o t t a y a m

    El mantra 59 describe a Dios como Creador, Sobe ran o y Seor. El vide nte a quien fue revelado esemantra o verso no estaba satisfecho con la magnfica afirmacin de que Dios deba ser localizado entodas partes, as que, yendo ms all, dijo: Puestoque Dios pene t ra o impregna todo , nada te per te n e c e , ni s iquiera tu propio cuerpo. Dios es el Dueo indiscut ible , incuest ionable, de todo cuanto posees. Y por eso, cuan do un a pe rsona que se l lamahind atraviesa el proceso de regeneracin o segundo nacimiento, como lo l lamaran los cr is t ianos, t iene que real izar una ofrenda o renuncia detodo lo que, en su ignorancia , ha considerado propied ad suya. Y enton ces, cua ndo ha real izado esteacto de ofrenda o de renuncia , se dice que, comorecompensa, Dios se ocupar de lo que necesi te para alimentarse, vestirse o alojarse. Por lo tanto, lacondicin de disfrute o uso de lo necesario para lavida es su ofrenda o renu ncia . Y esa ofren da o re-

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    nun cia t iene qu e ser real izada da t ras da , para queen este ajetreado mundo no olvidemos el hechocen tral de la vida. Y par a rem ata r to do esto, dice elvidente: No codicies las riquezas de nadie. Sugiero que la verdad que est encarnada en este brevemantra est pensada para satisfacer los anhelos mselevados de todo ser humano, ya se refieran a estemundo o al futuro. En mi bsqueda por las Escritu ras de l mundo no he encont rado nada que aadir a este mantra . Mirando hacia lo poco que heledo de las Escri turas -poco pero sumamente val ioso- , s iento que todo lo bueno que hay en todaslas Escrituras deriva de este mantra. Si es la fraternidad universal - n o slo la f raternidad de todos losseres humanos, sino de todos los seres vivos-, la encuentro en este mantra . Si es la fe inquebrantableen el Seor y Dueo -y todos los adjetivos que sepuedan pensar- , la encuentro en este mantra . Si esla idea de entrega completa a Dios y de la fe en queEl proporcionar todo lo que necesi to, entoncesvuelvo a decir que lo encuentro en este mantra .Puesto que El penetra cada fibra de mi ser y del serde todo s vosotros, dedu zco de el lo la doctr ina de laigualdad de todas las criaturas de la tierra, y eso debera satisfacer los anhelos de todos los comunistasfilosficos. Este mantra me dice que no puedo tener como mo nada que pertenezca a Dios, y s i mivida y la de todos los que creen en este mantra tie-

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    l ie que ser una vida de ofrenda perfecta, se sigueque tendr que ser una vida de cont inuo servicio ai odas las criaturas .sta, digo, es mi fe y debera ser la fe de todoslos que se considera n hind es. Y me atrevo a suger ir a mis amigos cr is t ianos y mu sulm ane s q ue n o encontrarn nada ms en sus Escri turas s i quierenbuscar en ellas.No soy inconsciente de las muchas superst ic iones que se ocul tan bajo el nombre del hinduismo.Soy dolorosa me nte consciente de tod as las superst ic iones que ah se encuentran enmascaradas, y novacilo en llamar al pan, pan y al vino, vino. No hevacilado en describir la intocabilidad como la mayor de esas supersticiones. Pero, a pesar de todasellas, sigo s iendo hind. Pues no creo que esas superst ic iones formen parte del hinduismo. Los misinos cnones de interpretacin establecidos por elhinduismo me ensean que todo lo que sea incompat ible con la verdad que os he expu esto, y que est contenida en el mantra que he ci tado, debe serrechazado sumariamente como ajeno al hinduismo.Harijan, 30 de e ner o de 1937

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    19. Yaja o s a c r i f i c i o

    Yaja es un acto dirigido al bienestar de los otrosrealizado sin deseo alguno de retribucin, sea de naturaleza temporal o espiritual. Acto debe ser considerado aqu en su sentido ms amplio, e incluyepensamiento y palabra, as como accin. Otros incluye no slo a la humanidad, sino a toda forma devida. Por lo tanto , y tam bin desde el pu nt o de vistade la ahimsa, no es un yaja sacrificar animales inferiores aunque sea con la idea de servicio a la humanidad. No importa que el sacrificio animal aparezcaen los Vedas. Para nosotros es suficiente saber queese sacrificio no puede soportar las pruebas fundamentales de verdad y noviolencia . Adm ito de buen agana mi incom petencia en la erudicin vdica. Perola incompetencia, en lo que se refiere a este tema,no me preocupa , porque aunque se p robara que laprctica del sacrificio de animales ha sido una caracterstica de la sociedad vdica, no puede constituir un precedente para un devoto de la ahimsa.68

    El sacrificio debe ser un acto que conduzca albienestar de la mayora en el rea ms amplia, y quepueda ser real izado por el mayor nmero de hombres y mujeres con el menor problema. No ser ,por lo tanto, un yaja, y m u c h o m e n o s u n mahayaj-a m , desear o hacer mal a cualquier otro, inclusopara servir a un supu esto in ter s su perio r. Y la Gitaense a, y la exp erien cia lo testifica, qu e tod a accinque no se pueda incluir en la categora de yajapromueve la esclavitud.El mundo no puede subsis t i r durante un solomomento s in yaja en este sentido, y por eso la Gita , despus de haber t ra tado de la verdadera sabidura en el cap tulo segundo, se ocupa, en el tercero , de los medios para alcanzarla, y afirma en suspalabras que el yaja viene dad o con la prop ia Creacin. Este cuerpo se nos ha dado slo para que podamos servir con l a toda la creacin. Y po r eso, dice la Gita, quien come sin ofrecer yaja, c o m ecomida robada. Cada acto de quien debe l levar unavida de pureza debera ser de la naturaleza del yaja . Al haber venido el yaja a nosotros con nuestronacim iento, somos deud ores de toda nues tra vida, yas estamos destinados para siempre a servir al universo. Y lo mism o qu e u n esclavo recibe com ida yvestido del amo al que sirve, as nosotros deberamos aceptar agradecidos esos dones ta l como nosson asignados por el Seor del universo. Lo que re-

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    cibimos debe ser considerado un don; pues, comodeudores , no tenemos derecho a n inguna cons ideracin por el cumplimiento de nuestras obl igaciones. Por tanto, no podemos echar la culpa al Seorsi no lo conseguimos. Nuestro cuerpo es Suyo y Elpuede valorar lo o desecharlo segn Su voluntad.No es cuest in de lamentos ni de compasin; a lcontrar io, es natural , e incluso un estado agradabley deseab le , com pren der n ues t ro lugar adecuad o enel proyecto de Dios. Realm ente, necesi tamos u na fefuerte s i queremos experimentar esta bendicin suprema. No te preocupes lo ms mnimo por yabandona toda preocupacin en Dios: ste pareceser el man dat o de todas las rel igiones.Esto no debe asustar a nadie . Quien se consagreal servicio con concienc ia clara com pre nd er la necesidad de ello de forma creciente da a da, y crecer incesantemente en la fe. El camino del serviciodif c i lmente puede ser andado por quien no estdispuesto a renunciar a l inters propio y reconocerlas condiciones de su nacimiento. Consciente o inconscientemente, cada uno r inde un servicio uo t ro . Si cultivamos el hbito de realizar ese serviciodel iberadamente, nuestro deseo de servir se harconstantemente ms fuerte , y contr ibuir no slo anues tra propia fel ic idad, s ino a la del m un do en genera l .

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    * * *Una vez ms, no slo los mejores, sino todos, estamos obligados a poner nuestros recursos a disposicin de la hum an ida d. Y si sta es la ley, y evidentemente lo es, la complacencia deja de ocupar unlugar en la vida y cede el paso a la renu ncia . El deb er

    de la renuncia diferencia al ser humano del animal .Algunos objetan que la vida entendida de esem od o se hace aburr id a, desprovista de ar te , y no deja espacio al cabeza de familia 61 . Pero renunc ia nosignif ica aqu abandonar el mundo y ret i rarse albosque. El espr i tu de renuncia debera gobernartodas las actividades de la vida. Un cabeza de famil ia no deja de ser lo porque considere la vida comoun deber ms que como una s i tuacin ventajosa. Elcomerciante que acta con espritu sacrificial tendr grandes cant idades de dinero pasando por susma nos , per o, si sigue la ley, utilizar sus h abilid adespara el servicio. Por consiguiente , no engaar niespecular, l levar una vida simple, no perjudicara nadie y per der lo que hag a fal ta antes qu e causardao a otro. Que nadie vaya a creer que este comerciante existe solamente en mi imaginacin. Afortunadamente para e l mundo, ex is ten en Occ iden te yen Oriente . Es cier to que estos comerciantes sepue den conta r con los dedos de una ma no, pero e lmodelo dejar de ser imaginario en cuanto se pue-

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    da encontrar a un representante v ivo que respondaa l. Sin duda los sacerdotes que realizan sacrificiosobtienen su sustento de su trabajo. Pero el sustentono es su objetivo, sino slo una consecuencia de suvocacin. Una vida de sacrificio es la mxima expresin del arte, y est l lena de alegra verdadera.Yaja no es yaja si uno lo siente como una carga oalgo fastidioso. La satisfaccin inmoderada de losdeseos conduce a la destruccin, y la renuncia, a lainm orta l idad. La a legr a no t iene una exis tencia indep end ient e . De pen de de nu est ra ac t i tud ante la v ida . Un hombre disf ru tar con un decorado de teat ro , o t ro con e l panorama s iempre nuevo que sedespliega en el f irmamento. La alegra, por tanto,es un asunto re lac ionado con la educacin individual y nacional. Disfrutaremos de las cosas que senos ense aron a disfru tar c uan do ram os nios . Yse pueden citar fcilmente ejemplos de matices nacionales diferentes.

    Por o t ra par te , muchos sacerdotes encargadosde realizar sacrificios imaginan que son libres pararecibir de la gente todo lo que necesi tan , y muchascosas que no necesitan, porque prestan un serviciodes in te resado . Tan p ron to como es ta idea dominaa un hombre, ste deja de ser un servidor y se convier te en un t i rano para e l pueblo .Quien quiera servir no desperdic iar un solopensamien to ded icndo lo a su p rop ia comodidad ,

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    que dejar q ue sea a te nd ida o descuidada po r su Se-ior. Por tanto, no debe cargarse con todo lo que lellega; tomar slo lo que necesita estrictamente ydejar el resto. Ser calmo, l ibre de clera e imper-lu rbab le de men te aunque se encuen t re moles to .Su servicio, como la virtud, es su propia recompensa, y descansar c on ten to con e l la .Por otra parte , que nad ie sea neglige nte en el servicio, o se re t rase en cumpli r lo . Quien piensa queuno debe ser dil igente slo en los asuntos personales, y que los asuntos pbl icos no re t r ibuidos pueden hace r se de cua lqu ie r man era y en e l mom entoque l decida , no ha aprendido todava n i s iquieralos rudimentos de la ciencia del sacrificio. El servicio voluntario a los otros exige lo mejor de lo que

    uno es capaz, y debe tener preferencia sobre el servicio a uno mismo. En realidad, el devoto puro seconsagra a l servic io de la humanidad s in n ingunareserva.De YeravdaMandir, captulos xrv-XV

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    20 . L a c u e s t i n B r a h m n / n o - B r a h m a n

    Lo que vemos actualmente no es hinduismo puro , sino, con frecuencia, una parodia de l. Si nofuera as , no necesi tar a ninguna defensa por miparte , s ino que hablar a por s mismo, del mismomodo que s i yo fuera absolutamente puro no necesitara hablaros. Dios no habla con Su lengua, y elhombre, en la medida en que se acerca a Dios, sevuelve como Dios. El hinduismo me ensea que micuer po es una l imitacin del po der d el a lma que est en su interior.As como en Occidente se han hecho maravi l losos descubrimientos en cosas mater iales , igualmente el hinduismo ha real izado descubrimientos anms maravillosos en asuntos de religin, del espritu, del alma. Pero no tenemos ojos para estos grandes y excelentes descubrimientos. Estamos deslumhrados por el progreso mater ial que ha real izado laciencia occidental . Yo no estoy enamorado de eseprogreso. En realidad, casi parece como si Dios, en

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    Su sabidura , hubiera impedido que la India progresara en esa l nea para que pudiera cumplir sumisin especfica de resistir la avalancha del materialismo. Despus de todo, hay algo en el hinduismo que se ha mantenido vivo hasta ahora. El hinduismo ha presenciado la cada de las civilizacionesbabilnica, siria, persa y egipcia. Echa una mirada atu alrededor. Dnde estn Grecia y Roma? Puedes encontrar hoy en algn lugar la Italia de Gib-bon, o , ms bien, la Roma ant igua, puesto que Romaera Italia? Ve a Grecia. Dnde est la mundialmen-te famosa civilizacin tica? Luego ven a la India,examina los documentos ms ant iguos, mira despus a tu alrededor y te vers obligado a decir: S,aqu veo la India antigua todava viva. Ciertamente , t ambin hay monton es de excrem entos , repar ti dos por todas partes, pero hay ricos tesoros enterrado s bajo ellos. Y la razn de su superviven cia esque el objet ivo que el hinduismo coloc ante l nofue el desarrollo material, sino el espiritual.

    Entre sus muchas contr ibuciones, la idea de laident idad del hombre con la creacin muda es unaidea nica. Para m, el culto a la vaca es una granidea susceptible de expansin. La libertad del hinduismo respecto del prosel i t ismo moderno es tambin para m algo muy valioso. No necesita predicacin . Dice: Vive la vida. Es mi a su nto , es tu a su nto ,vivir la vida, y as harem os qu e su influencia per du-

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    re a lo largo de los siglos. Adems est su contribuc in en hombres eminentes : Ramanuja , Chai tanya,Ramakrishna, por no c i tar o t ros nombres de personajes modernos, han dejado su huella en el hin-du i smo . El h indu i smo no e s de n inguna manerauna fuerza agotada o una re l ig in muer ta .Est igualmente la contr ibucin de los cuatroashramas, tambin una contr ibucin nica . No haynada parecido en todo e l mundo. Los ca tl icos t ienen e l orden del ce l ibato correspondiente a losbrahmacharis, pero no como ins t i tuc in, mientrasqu e en la Ind ia todo jove n tien e que pasar po r elp r i me r ashrama. Qu gran idea fue sa! Actualmente , nuestros ojos estn sucios, los pensamientos anms sucios y los cuerpos todava ms, pues nega mo se l h indu i smo .Hay s in emb argo otra cosa que n o he menc ionad o . Max Mller d ijo hace cuarenta aos que Eu ropaestaba empezando a comprender que la t ransmigracin no es una teora, sino un hecho. Bien, sta esn teg ramen te una con t r ibuc in de l h indu i smo .Hoy, varnashramadharma62 e hinduismo son ter giversados y negados por sus devotos. El remediono es la des t ruccin, s ino la correccin. Reproduzcamos en nos otros mismos e l autnt ico espr itu h ind, y luego preguntemos si satisface al alma o no.Young India, 24 de noviembre de 1927

    2 1 . D i o s y e l C o n g r e s o

    Para m, Dios es verdad y amor: Dios es tica ym oral; Dios es intrepid ez. D ios es la fuente de la luzy la vida, y, sin emb arg o, est po r e nci m a y m s allde todo eso. Dios es conciencia. Es incluso el atesmo del a teo . Pues en Su amor i l imitado, Dios perm ite vivir al ateo . l es el bus cad or de los cora zones :t ransciend e la palabra y la razn. Nos cono ce a nosotros y a nuest ro corazn mejor que nosotros mismos. No nos toma la palabra , pues sabe que a menudo no hablamos ser iamente , a veces a sabiendasy a veces sin saberlo. Es un Dios person al p ara quienes necesi tan Su presencia personal . Se enca rna para quienes necesitan contacto con El. Es la esenciams pura . Simplemente es para aquel los que t iene n fe. Es todas las cosas para todos los hom bre s, est en nosotros y, sin embargo, por encima y ms allde nosotros. Se podr desterrar la palabra Diosdel Congreso, pero no se podr des terrar lo que lapalabra des igna. Qu es una af i rmacin solem ne si

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    no es lo mismo cua ndo se hace en no m bre de Dios?Y sin dud a la conciencia no es sino una p ob re y laboriosa parfrasis de la simple combinacin de cuatro letras llamada Dios. l no puede dejar de serporq ue en su nom bre se cometan inmora l idades es pantosas o brutal idades inhumanas. Es un largo sufr imiento. Es paciente , pero es tambin terr ible . Esel personaje ms severo del m un do y del mu nd o futu ro . Nos impone la misma medida que noso t rosimpo nem os a nues t ro pr j imo, sean hom bres o an imales . Con l, la ignorancia no sirve de excusa. Y,no obs tan te , es t s iempre perdonando , pues s iempre nos ofrece la opo r tun idad de a r repen t imo s . Esel mayor demcrata del mundo, pues nos deja en l i bertad para que elijamos entre el bien y el mal. Ese l mayor t i rano nunca conoc ido , pues a menudoaparta la copa de nuestros labios y con el pretextodel libre albedro slo nos deja la posibilidad de sermotivo de risa para l. Por eso, el hinduismo diceque todo es Su jue go , lila, o que to do es un a i lusin,maya. Nosotros no somos, slo l es. Y si furamos,deber amos can ta r e te rnamente Su a labanza y hacer Su voluntad. D ancem os al son de Su bansi -flauta- y todo estar bien.

    Young India, 5 de m arzo de 1925

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    22 . A d v a i t i s m o y D i o s

    | Respuesta de Gand hij i a la pregu nta d e un ami-H " I

    Soy advaitista y, sin embargo, puedo apoyar elilviiitismo63 . E l m un do cambia a cada mo me nto , y es|HH (ar i to i r real , no t iene exis tencia permanente.I 'r i'i ) au nqu e cam bie con stante me nte, t ien e algo so-lirr lo qu e persiste y es, po r lo tanto , en esa m edi da,i ral . Por consiguiente , no tengo ninguna objecint j i i r hacer a l hecho de entenderlo a la vez comoi ral e irreal, y ser llamado de este modo anekanta-vudi o syadvadiM. Pero mi syadvada no es el syadvadai l r l erudi to, s ino part icularmente mo. No puedoenlabiar un d ebate c on el los . Mi experienc ia m e di-i c que soy siempre veraz desde mi punto de vista, y |ii* estoy a menudo equivocado desde el punto devlNia de mis honrados crticos. S que ambas partesUMiomos razn desde nuestros respectivos puntosi Ir vista. Y este con oci m ien to m e salva de atribu ir79

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    mviles a mis oponentes o crticos. Los siete hombres ciegos que dieron siete descripciones diferentes del elefante tenan todos razn desde sus puntosde vista respectivos, y estaban equivocados desde elpunto de vis ta del hombre que conoca el e lefante .Me gusta mucho esta idea sobre los aspectos mltiples de la realidad. Es esta doctrina la que me hae n s e a d o a juzgar al musulmn desde su punto devista y al cristiano desde el suyo. Antes, sola molestarme la i